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Brenda Antunes

@sobreafisio

Fisioterapia
hospitalar
Facilitada

@sobreafisio
Introdução Olá, seja bem vindo

Meu nome é Brenda Antunes, sou fisioterapeuta e idealizadora do


instagram @sobreafisio. Através do meu instagram busco
descomplicar as disciplinas da fisioterapia com resumos digitados,
utilizando uma linguagem de fácil entendimento, com imagens
que facilitam a compreensão e visam a melhorar a fixação dos
conteúdos.

Você acaba de adquirir um material elaborado com muita


dedicação e carinho. Os resumos foram baseados em aulas dadas,
anotações das explicações do professor, livros, artigos, tudo em
uma única apostila objetivando auxiliar seus estudos durante a
graduação. O material visa oferecer praticidade e otimizar seu
tempo de estudos de uma forma mais efetiva.

Qualquer dúvida entre em contato comigo pelo instagram ou pelo


email. Espero que o conteúdo te auxilie nos seus estudos. Logo
abaixo você irá encontrar o sumário com todos os temas
abordados nesse material.

Obrigada pela confiança, bons estudos!

Brenda Antunes Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por
@sobreafisio qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da autora. A
sobreafisiot@gmail.com violação dos direitos autorais é um crime estabelecido na Lei
Federal n° 9.610 de 1998 e punido pelo artigo 184 do Código
Penal.
Sumário 1. Fisioterapia na UTI

2. Avaliação fisioterapêutica

3. Oxigenioterapia

4. Vias aéreas artificiais

5. Traqueostomia

6. Como avaliar um raio x

7. Exames radiológicos em UTI

8. Gasometria arterial

9. Ventilação mecânica invasiva (VM)

10. Modos ventilatórios

11. Insuficiência respiratória aguda

12. Ventilação mecânica na SARA

13. Ventilação mecânica no DPOC

14. Ventilação mecânica na ASMA

15. Desmame da ventilação mecânica


Brenda Antunes
@sobreafisio
sobreafisiot@gmail.com
16. Ventilação mecânica não invasiva (VNI)
Sumário 17. Sindrome da apneia obstrutiva do sono

Recursos manuais e instrumentais

18. Espirometria de incentivo

19. EPAP

20. CPAP

21. Treinamento respiratório resistido

22. Flutter/Shaker

23. Acapella

24. Drenagem autógena

25. Ciclo ativo da respiração

26. Terapias Manuais

27. Drenagem postural

28. Cought assist

29. Covid 19

30. Exercícios respiratórios


Brenda Antunes
@sobreafisio
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1
Fisioterapeuta na UTI
Brenda Antunes @sobreafisio

Participação do fisioterapeuta OBJETIVO DA TERAPIA INTENSIVA


Cuidados da via aérea artificial Prevenir complicações da incapacidade de
Ventilação mecânica invasiva e não invasiva eliminar as secreções
Atendimento de parada cardíaca, auxilio da Preservar os volumes pulmonares
intu
intubação
bação endotraqueal Diminuir o trabalho respiratório
Monitorização ventilatória Diminuir as complicações da imobilização
Mobilização precoce do paciente e
Redução da Retorno à
posicionamento adequado no leito
mortalidade funcionalidade

Procedimentos realizados
Supervisiona técnicas de treinamento procedimentos
muscular respiratório realizados pelo
Realiza manobras de higiene brônquica
fisioterapeuta ou
Monitoriza a ventilação mecânica
Desmame da via aérea artificial pelo enfermeiro
Interpretação de exames complementares
da rotina UTI (raio x, gasometria) Mudança de decúbito
Realiza manobras de mobilização motora Aspiração traqueal
intensiva (cinesioterapia global, análise de
força, condição muscular global)

Técnicas utilizadas TERAPIAS utilizadas em uti


Remoção de secreção brônquica Ventilação mecânica invasiva (programação,
Aumento da expansão pulmonar processo de supressão, extubação)
Treinamento muscular Ventilação mecânica não invasiva
Controle respiratório e relaxamento (programação, processo de supressão)
Oxigenioterapia
Aerosolterapia

Associação responsavel

A sua missão é promover excelência


profissional e servir como defensora
da qualidade da assistência à saúde
em todos os níveis de atenção.
2 Avaliação no leito UTI
Brenda Antunes @sobreafisio

Anamnese - Prontuário Nível de suporte ventilatório


Dados pessoais (nome, sexo, idade, peso, Observar se o paciente está respirando esponta-
altura, estado civil, profissão, procedência) neamente em ar ambiente ou em:
História da doença atual Oxigênio complementar (cateter nasal,
História da doença pregressa máscara facial, sistema de venturi e anotar
História familiar e social as frações de oxigênio administradas.
Queixa principal Ventilação mecânica não invasiva (CPAP,
Diagnóstico médico BIPAP)
Exames complementares Ventilação mecânica invasiva (tubo traque-
Medicação al, traqueostomia, ventilador mecânico) ano-
Evolução médica e fisioterapêutica tar modalidades e parâmetros ventilatórios

OS MONITORES DA UTI Valores de referência DADOS


As primeiras informações colhidas do paciente vitais em adultos
na UTI vem dos monitores que mostram os
sinais vitais do paciente Frequência cardíaca: 60 a 100bpm
Frequência respiratória: 12 a 20irpm
Frequência cardíaca (FC)
Temperatura axilar: 335,5
5,5 a 37,0ºC
Frequência respiratória (FR)
PA sistólica: 90 a 140mmHg
Pressão arterial (PASxPAD)
PA diastólica: 60 a 90mmHg
Temperatura axilar (TAX)
Saturação de O2: Acima de 90%
Saturação de oxigênio (SpO2)
Eletrocardiograma (ECG)

Avaliação neurológica
O nível de consciência é o grau de alerta com-
portamental que o indivíduo apresenta. Para pa-
dronizar a linguagem utilizamos:
Escala de Glasgow (nível de consciência)
Escala de Ramsay (sedação)

Grau 1 Ansioso, agitado ou inquieto


Grau 2 Cooperativo, orientado, tranquilo
Grau 3 Sedado/sonolento, responde comandos
Se o resultado obtido for
igual ou menor que 8, o Grau 4 Sedado/dormindo resposta rápida
estado de coma estará Grau 5 Sedado/dormindo, resposta lenta
instalado Grau 6 Sedado/dormindo, não responsivo
2 Avaliação no leito UTI
Brenda Antunes @sobreafisio

Avaliação da pele Avaliação do EDEMA PERIFÉRICO


Avaliar a integridade geral da pele O edema é um sinal de insuficiência cardíaca, mas
Coloração (corado, cianótico, icteríco) pode ser encontrado em pacientes com baixo nível
Observar se a pele está hidratada de albumina, função linfática ou venosa reduzida,
Observar se há presença de cicatrizes ou com administração de altas doses de esteróides.
Observar se há presença de úlceras
Edema é o inchaço causado pelo excesso
Observar estado nutricional (eutrófico,
de líquidos nos tecidos do corpo.
distrófico)
Realize uma pressão com o dedo na região
Fique atento as unhas, lábios suspeita de edema durante 5 segundos, em
e orelha dos pacientes. As seguida retire o dedo para avaliar a pressão no
extremidades podem estar local conforme demonstrado na figura abaixo:
cianóticas

As úlceras de pressão podem


ocorrer devido a isquemia
tecidual local provocadas por
alteração do reflexo de dor em
pacientes que ficam na
mesma posição por longos
períodos.

GRAU I- 2mm - desaparecimento quase


Observar o formato das imediato
unhas, se o paciente GRAU II- 4mm - desaparecimento em 15s
apresenta baqueteamento GRAU III- 6mm - desaparecimento em
digital pode indicar DPOC 1min
GRAU IV- 8mm - desaparecimento de 2 a 5
min

Presença de dreno torácico


A drenagem torácica é um
procedimento cirúrgico para a
introdução de um dreno através
da parede torácica na cavidade
pleural para drenar uma grande
quantidade de líquido.

Indicada para drenagem


A toracocentese é uma punção feita com agulha de líquidos e/ou ar
para drenar pouca quantidade de líquido.
2 Avaliação no leito UTI
Brenda Antunes @sobreafisio

Avaliação DO TÓRAX do paciente Ausculta pulmonar do paciente


Inspecionar o tórax visualmente para avaliar a Os sons respiratórios podem estar preservados,
configuração torácica, padrão e se apresenta diminuídos ou aumentados ((unilateral
unilateral ou bilate-
esforço respiratório. ralmente
ralmente).
). A figura abaixo mostra o posicionamen-
to que o estetoscópio deverá ser colocado durante a
Tórax em Barril avaliação da ausculta pulmonar.

Aumento do diâmetro anteroposterior


A largura anteroposterior e latero
lateral é igual. Tórax caracterísctico de
doenças pulmonares.
Possíveis causas: DPOC enfisematoso

Tórax Cifótico Sons respiratórios normais ouvidos em uma


região específica do tórax: som bronqueal,
Aumento da curvatura anteroposterior broncovesicular e murmúrio vesicular.
anormal da coluna vertebral podendo
também ter uma curvatura lateral. Ruídos adventícios
Pode levar a um defeito restritivo
de expansão pulmonar Sibilos: sons agudos de alta frequência
semelhante a assobios. Sugerem
estreitamento das vias respiratórias
Tórax Pectus Excavatum (broncoconstrição). Resistência à saída do ar
DPOC,
nas vias aéreas de pequeno calibre ((DPOC,
Depressão parcial ou total do esterno. ASMA
ASMA))
Este tipo de tórax também é
conhecido como: peito de sapateiro,
infundibuliforme e funil. Roncos: sons graves originados pela vibração
das paredes brônquicas que sugerem a
Pode levar a um defeito presença de secreções nas vias aéreas
pulmonar restritivo Asma brônquica, bronquites,
respiratórias ((Asma
obstruções localizadas
localizadas))
Tórax Pectus Carinatum
Protusão anormal do externo. Este Estridores
Estridores:: som gerado pela turbulência do ar
tipo de tórax ambém e conhecido durante a passagem por um local parcialmente
como: peito de pombo, cariniforme. Doenças congênitas, tumor, edema
obstruído ((Doenças
Pode levar a um defeito na via aérea superior
superior))
pulmonar restritivo
2 Avaliação no leito UTI
Brenda Antunes @sobreafisio

Crepitações grossas: som assemelha-se ao Vibrações reduzidas: indivíduos obesos ou


rompimento de bolhas presentes quando há musculosos e na presença de barreiras de
choque entre o fluxo de ar e secreções líquidas líquido ou ar entre as pleuras.
Bronquite
nas vias aéreas de maior calibre ((Bronquite
crônica, bronquiectasia
bronquiectasia)) Avaliação expansibilidade
A parede torácica normal expande simetricamente
Crepitações finas: som parecido ao atrito de
durante a inspiração profunda. Essa expansão
mecha de cabelo, reabertura súbita e sucessiva
pode ser avaliada no tórax anterior e posterior.
das pequenas vias aéreas durante a inspiração
causando uma série de ondas sonoras
explosivas. Dificuldade de expansão pulmonar
(Edema pulmonar, pneumonia, fibrose
pulmonar
pulmonar))

Avaliação frêmito toracovocal


Frêmito toracovocal refere-se às vibrações
criadas pelas cordas vocais durante a fala. Essas
vibrações são transmitidas em direção à árvore
traqueobrônquica e através do pulmão para a
parede torácica.
Para avaliar a expansibilidade torácica você deve
solicitar ao paciente que faça inspirações lentas e
profundas.

Medida normal:
distancia de cada
polegar da linha
média
(3 a 5cm), pode ser
classificada como
Para avaliar o frêmito o fisioterapeuta posiciona a
preservada,
palma da mão sobre a parede torácica (anterior,
aumentada ou
lateral e posterior), solicita que o paciente fale
diminuído.
''trinta e três'' e observa as vibrações.

Os sons podem estar normossonoros, hipossonoro, Avaliação da percussão


hipersonoros ou ausentes
A percussão da parede torácica produz um som e
uma vibração palpável útil para avaliar o tecido
Vibrações aumentadas: área de condensação
pulmonar subjacente. A vibração criada pela
pulmonar. Substituição do ar nos espaços
percussão penetra o pulmão em uma profundidade
alveolares por líquido e/ou células.
de 5 a 7 cm abaixo da parede torácica.
2 Avaliação no leito UTI
Brenda Antunes @sobreafisio

Como realizar a percussão TESTE DE FORÇA MANUAL


Destina-se a avaliar a capacidade de o músculo
Paciente deitado em decúbito dorsal, coloque o desenvolver tensão contra uma resistência. É o
dedo médio da mão dominante no espaço método mais amplamente utilizado no exame
intercostal, faça movimentos rápidos, rítmicos e físico da avaliação clínica da força muscular.
fortes com o dedo médio da outra mão.

Grau 0: Não há contratilidade


Sons que podem Grau 1: Pouca contratilidade, não havendo
aparecer na hora da mobilidade articular
percussão Grau 2: movimento incompleto contra a
gravidade
Grau 3: movimento completo contra a
gravidade
Som claro pulmonar: regiões que contem ar. Grau 4: vence a gravidade com resistência
mínima
Som maciço: som menos audível devido o Grau 5: vence a gravidade com resistência
aumento da densidade do tecido pulmonar máxima
(tumor, derrame pleural)

Som timpânico: som mais audível devido


aos pulmões hiperinsuflados ou ar no AUSCULTA CARDÍACA do paciente
espaço pleural (asma, enfisema,
pneumotórax)

1º bulha: fechamento das


átrios ventriculares
Tricúspide e mitral '' TUM''

2º bulha: fechamento das


semilunares
Aórtica e Pulmonar ''TA''
Foco pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo
Foco aórtico: 2º espaço intercostal direito
Foco mitral: 5º espaço intercostal esquerdo
Foco tricúspide: apêndice xifóide do esterno
2 Avaliação no leito UTI
Brenda Antunes @sobreafisio

PADRÃO RESPIRATÓRIO CAPNOGRAFIA


Observar o padrão respiratório apresentado pelo A Capnografia é a mensuração e o registro
paciente, podendo ser torácico, abdominal ou gráfico do dióxido de carbono exalado no final
toracoabdominal (misto). da expiração (PETCO2).

Ritmo respiratório
normal
FR: 12 a 20rpm
Relação I:E é de 1:2

RITMO RESPIRATÓRIO ANORMAL O capnógrafo deve ser conectado em


Apneia: ausência de respiração por mais de 15 pacientes que estão entubados
segundos É possível analisar se o paciente está ou
Biot: Respiração irregular com longos períodos não retendo CO²
de apneia
Cheyne-Stokes: Tipo irregular de respiração; OXIGENIOTERAPIA
respiração aumenta e diminui em profundidade
Esse recurso consiste na
e frequência com períodos de apneia
administração de oxigênio
Kussmaul: Respirações profundas e rápidas
em concentrações maiores
Apnêustica: Fase inspiratória prolongada
do que a encontrada em ar
Paradoxal: Parte ou toda a parede torácica
ambiente, com intuito de
move para dentro com a inspiração e para fora
prevenir ou tratar as
com a expiração
manifestações clinicas da
Asmática: Expiração prolongada
hipóxia.

aVALIAÇÃO Gasometria arterial É necessário descrever qual tipo de


oxigenioterapia o paciente está utilizando
A gasometria arterial é um
exame invasivo onde é colhida Sistemas de baixo fluxo
uma amostra de sangue com Sistemas com reservatório
intuito de avaliar os seguintes Sistemas de alto fluxo
dados: Sistemas cercados

Ph- Potencial de hidrogênio do sangue


PaO²- Pressão arterial de oxigênio suporte ventilatório
PaCO² -Pressão arterial de dióxido de carbono Assistência ventilatória pode ser entendida como
BE- Excesso de base a manutenção da oxigenação e/ou ventilação dos
HCO³- Bicabornato de sódio pacientes artificialmente. A avaliação do suporte
Sat O²- Saturação de oxigênio ventilatório dependerá de cada patologia.
3 Oxigenioterapia
Brenda Antunes @sobreafisio

o QUE É A OXIGENIOTERAPIA? Esse fenômeno pode produzir colapso pulmonar,


pois o O2 se difunde rapidamente para o sangue e
A oxigenioterapia é administração de oxigênio em
o alvéolo perde a sua fonte de estabilização.
uma concentração maior que a encontrada na
A pressão no interior do alvéolo cai progressiva-
atmosfera. É útil no tratamento de estados hipo-
mente até que ocorra o colapso.
xêmicos que resultam de transporte inadequado
de oxigênio pelo sangue.

objetivos da OXIGENIOTERAPIA
Proporcionar um transporte adequado de oxigênio
no sangue enquanto diminui o trabalho da
respiração e reduz o estresse sobre o miocárdio.

Sinais clínicos da hipoxemia


Dispneia, Cianose (tardia)
Alterações no estado mental
Elevação da pressão sanguínea
Índice de oxigenação (pao2/fio2)
Alterações na frequência cardíaca Relação PaO2/FiO2: índice de oxigenação muito
utilizado durante a ventilação mecânica.
Toxidade do oxigênio (hiperóxia) PaO2: pressão parcial de O2 no sangue na
O oxigênio em altas gasometria
doses ou por um período FiO2: fração inspirada de oxigênio que o
prolongado de tempo paciente está recebendo
pode causar lesão PaO2/FiO2 ≥ 300 troca gasosa normal
pulmonar e sistêmica. PaO2/FiO2 ≤200 troca gasosa anormal (shunt)

Estresse oxidativo
Sistema de baixo fluxo
O estresse oxidativo é definido como o excesso de
radicais livres no organismo. A geração desses Fornecem oxigênio por meio
radicais causam lesão celular e tecidual nos de um fluxo inferior à de-
pulmões. manda do paciente.
Fluxo máximo: 5L/min
Atelectasia de absorção FiO2 é variável e
imprevisível (depende do
Altas frações de oxigênio
padrão respiratório do
(FiO2 ) promove efeito
paciente)
rápido de nitrogênio do
Tipos: cateter nasal, máscara facial e trans-
organismo, havendo assim
uma redução de N2 no gás traqueal
alveolar.
3 Oxigenioterapia
Brenda Antunes @sobreafisio

Cânulas nasais Colar/capuz de traqueostomia


É utilizado quando não se precisa oferecer uma Fornece oxigênio e umidade diretamente à tra-
concentração elevada de O2 - 2l a 5l. quéia. É utilizado com frequência para pacientes
que estão sendo retirados do respirador mecânico.
Vantagens: fácil de aplicar,
permite que o paciente
possa falar, tossir e
alimentar-se durante o uso. Fluxo: 6 a 15l/min
Desvantagens: desconforto, Permite alcançar
nasal, a respiração bucal FiO2 de 35 a 60%
diminui a fração inspirada de
oxigênio, desloca-se
facilmente.

Tenda facial /Macronebulização


Fluxo: 6 a 15l/min
Permite alcançar
FiO2 de 21 a 40%
Fluxo inferior a 5
aumenta o risco de
reinalação de CO2
Máscara simples facial
Aumentam o reservatório artificial de oxigênio,
permitindo uma maior inalação do gás na Sistema de Alto fluxo
inspiração. Fluxo de oxigênio entre 5l a 10l.
O alto fluxo de oxigênio oferecido é suficiente para
exceder o pico de fluxo inspiratório do paciente.
Indicação: pacientes Pode-se regular a FiO2 de acordo com as neces-
conscientes sidades terapêuticas. (+5L/min)
Contraindicação: pacientes
dispneicos ou ansiosos. Não é possível manter valor
fixo da FiO2 que vai variar em
função do volume minuto do
Máscara com reservatório paciente.
Tipos: máscara com sistema
As válvulas unidirecionais
reservatório, máscara com
permitem que o ar exalado
sistema de venturi, tenda
escape e impede que o ar
facial, máscara/colar traque-
ambiente seja inspirado. O
ostomia e peça T (tubo T).
paciente inala 100% do
oxigênio ofertado
3 Oxigenioterapia
Brenda Antunes @sobreafisio

Máscara de venturi
Esse tipo de máscara utiliza um alto fluxo de Fluxos: 5 a 12L/min
oxigênio suficiente para exceder o pico de fluxo FiO2: pode atingir de 24 a 50%
inspiratório do paciente. Indicações: paciente com DPOC

Máscara de venturi
e conectores

Tubo t

Vantagens: A concentração de oxigênio e a


umidade podem ser reajustadas a todo
momento.
Desvantagens: Se houver obstrução da via de
saída do ar, poderá ocorrer um barotrauma.

tENDA/capacete OXIGÊNIO (HOOD)

Fornece uma concentração de oxigênio muito variável


e não muito alta, sendo geralmente indicado para
recém-nascidos (HOOD)
Vantagem: Fornece uma atmosfera fresca e
úmida.
Desvantagem: A concentração de oxigênio cai
para valores de ar ambiente, toda vez que se abre
a tenda.
4 Vias aéreas artificiais
Brenda Antunes @sobreafisio

Vias aéreas artificiais 22-24 padrão ideal no canto da boca


Fica de 3 a 7cm da carina
A via aérea artificial consiste na inserção por via Ao colocar o tubo, realize raio x para ver se a
nasal, oral, transtraqueal de um tubo que permita a posição do tubo está correta (evitar ventilar só
passagem dos gases respiratórios para que com- um pulmão, ou se o tubo está muito alto e não irá
plicações associadas á hipóxia ou hipoventilação ventilar)
sejam evitadas. Material: preferencialmente tubos de cloreto de
A via aérea artificial fornece o polvinil, náilon ou silicone.
acesso á instituição de VM, Tubos de borracha tem a vantagem de
protege os pulmões contra reutilizações frequentes após esterilização, mas
aspiração de conteúdo de não deve usar por muito tempo por que são
secreções gástricas, previne irritantes para a mucosa respiratória
insuflação gástrica, permite
aspiração direta de secreções
Tamanho do tuboendotraqueal
e administrações de
medicamentos.

Papel do fisio na intubação


O procedimento de intubação é um ato médico,
porém o fisioterapeuta é parte atuante do pro- Após a intubação
cesso, pois ele é o responsável pela ventilação do
paciente. Verificar posicionamento
da cânula (traqueia)
Checagem do tubo orotraqueal (TOT)
O posicionamento está
Montar o laringoscópio e passar para o médico
correto? ou seletivo?
Introduzir o fio GUIA dentro do TOT
É necessário um RX
Realizar a ventilação através do ambu
Fixar o TOT Realize a ausculta, veja se o paciente está
Insuflar o balonete respirando normal e expandindo os dois
Instituir a ventilação mecânica invasiva pulmões
Cuidados com as vias aéreas O paciente tosse quando a cânula está presente
na traqueia.

Tubo endotraqueal
Tubos com cuff/balonete
O tubo endotraqueal possui
A presença do cuff inflável
na face lateral indicação do
(balonete) de alto volume e
diâmetro, distancia medida
baixa pressão, reduz o grau
a partir da extremidade
de compressão mucosa,
inferior para o correto
permitindo melhor vedação
posicionamento em relação
e menor possibilidade de
a linha dos dentes incisivos.
vasamento aéreo.
4 Vias aéreas artificiais
Brenda Antunes @sobreafisio

Indicações intubação (iOT) com intubação quando é necessário um rápido con-


trole de via aérea, pode ser útil em pacientes com
Apneia
traumatismos faciais e cervicais.
Escala de Glasgow menor ou igual a 8
Lesão de vias aéreas superiores que ofereça
cÂnula de guedel
perigo a ventilação
Risco elevado de aspiração As cânulas de Guedel foram desenvolvidas para
Traumatismo instável da face utilização em pacientes que necessitam manter as
Convulsões mantidas vias aéreas permeáveis e em casos onde há neces-
Incapacidade de manter a permeabilidade sidade de aspiração frequente. Tem como função
aérea ou oxigenação manter a língua distante da parede posterior da farin-
Falência respiratória ge ou proteger o tubo endotraqueal da compressão
dos dentes.
Complicações comuns da iot
Paralisia de cordas vocais
Sinusite
Aspiração
Auto-extubação
Estenose de laringe
Traqueomalácia
Disfagia
Disfonia
Estridor laríngeo
Pneumonia
Traumatismo de boca ou nariz. Método rápido e prático de manter a via área
Edema de glote aberta em situações de emergência
Hemoptise No paciente entubado pode ser utilizada para
Edema pulmonar evitar danos decorrentes da mordedura ao tubo
Odinofagia ou estruturas da boca.
Estimulo do reflexo de tosse
Passo a passo colocação da cânula
Com uma sonda de aspiração faríngea, limpe a
mÁSCARA LARÍNGEA boca e faringe de secreções, sangue ou vômito.
Pode ser utilizada Escolha o tamanho ideal da cânula. Coloque o
quando uma intubação dispositivo com a porção redonda no canto da
endotraqueal for boca do paciente e a ponta em direção ao ângulo
difícil de ser alcançada. da mandíbula. A ponta deve chegar na altura do
ângulo da mandíbula.
Indicações: inabilidade de Coloque a cânula de forma que ela se curve para
intubar pacientes que cima, na direção do palato duro, à medida que
precisam de proteção de penetra a boca
vias aéreas, dificuldade Gire-a 180º a medida que vá introduzindo-a
4 Vias aéreas artificiais
Brenda Antunes @sobreafisio

Após a intubação A pressão do cuff deve ser menor do que a pres-


são de perfusão capilar traqueal, que é em torno
Verificar posicionamento de 25 a 35 mmHg e aceitável (intra-cuff) de 20 a
da cânula (traqueia) 25 mmHg, que equivale a 25 e 35 cmH2O. Para
O posicionamento está obtenção da pressão do cuff utiliza-se um apare-
correto? ou seletivo? lho específico denominado cuffômetro
É necessário um RX

Realize a ausculta, veja se o paciente está Objetivo de avaliar a pressão


respirando normal e expandindo os dois Verificar o nível de pressão existente no balonete
pulmões encontrado nas extremidades distais das cânulas
O paciente tosse quando a cânula está presente endotraqueais, a fim de impedir o escape aéreo, a
na traqueia. broncoaspiração e as lesões traqueais.

Tubos com cuff/balonete Como realizar a monitoração


A presença do cuff inflável Lavar as mãos
(balonete) de alto volume e Calçar as luvas
baixa pressão, reduz o grau Realizar aspiração da orofaringe para retirar as
de compressão mucosa, secreções acumuladas acima do cuff
permitindo melhor vedação Lavar extensão de látex ou silicone com água
e menor possibilidade de destilada
vasamento aéreo. Acoplar o cuffômetro no balonete externo da
cânula traqueal
Fazer a leitura da pressão obtida e de acordo
Monitorização pressão do Cuff com os valores aferidos
A pressão de perfusão sanguínea situa-se entre 25- Inflar a bomba de calibração se a pressão do
35 mmHg entre 20-30 quando realizada a medida cuff estiver abaixo de 25 cmH2O
em cmH2O. Estes valores são considerados seguros Pressionar o botão alívio de pressão para
para evitar lesões como isquemia dos vasos e outras desinsufla-lo se a pressão estiver acima de
importantes alterações precoces da mucosa traqueal, 35cmH2O
caracterizadas por edema celular, perda de cílios e Retirar as luvas e lavar as mãos
descamação do epitélio quando hiperinsuflado o cuff. Registrar o procedimento na avaliação
fisioterapêutica

Periodocidade: diariamente

O monitoramento da pressão de CUFF associado à


rotina de mudança de decúbito evita e minimiza os
efeitos nocivos do cuff e complicações mais sérias
para o paciente.
5 Traqueostomia e decanulação
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é a traqueostomia? Tipos de cânulas


A traqueostomia é um Shiley: possui válvula de fonação própria,
procedimento cirúr- canula interna e podem dispor ou não de
gico no qual uma conexão para VM, bem como balonetes.
abertura é feita para Cânulas metálicas (Jackson): são feitas de aço
dentro da traquéia inoxidável ou prata esterlina, possuem sistema
e uma cânula é inserida dentro dela . Inserção de de travamento da cânula interna, não possuem
endoprótese respiratória na traqueia na região da conexões para equipamento respiratório e são
cartilagem cricóide. utilizadas por pacientes traqueostomizados por
longo prazo por possuírem maior durabilidade.
Indicações da traqueostomia (Não usa balonete, é utilizado para pacientes
que vão permanecer traqueostomizados).
VMI por tempo maior que 7-14 dias
Cânulas de plástico: possui custo baixo e está
Obstrução das vias aéreas
disponível no mercado, mas sua durabilidade é
Inabilidade do paciente de garantir limpeza ou
questionável. (UTI: portex). Possui conexão para
proteção das vias aéreas
VM e ambu, apresentação com ou sem
Suporte respiratório em pacientes com VM
balonete, mas não conta com cânula interna.
Proteção de vias aéreas superiores
Cânulas fenestradas: possibilitam a passagem
Eliminar o espaço morto
do ar por meio da cânula e das cordas vocais,
Edema glote
permitindo a fala.
Trauma facial

Vantagens da traqueostomia TAMANHOS dAS CÂNULAS


Redução da resistência das vias aéreas
Aumento da complacência pulmonar
Via aérea segura, mais fácil de retirar
Facilidade para remoção de secreção
Maior conforto do paciente
Maior possibilidade de desenvolver a fala
Reconecção rápida se necessário voltar para VM
Menor trabalho respiratório
Função da glote preservada

Complicações da traqueostomia
Tamanho das cânulas: 1mm a 10mm
de diâmetro
Tamanho das cânulas (Portex) 7 a 9
homens – 5 a 7 mulheres

Desvantagem da traqueostomia:
traqueomalácia
5 Traqueostomia e decanulação
Brenda Antunes @sobreafisio

Aspiração DA CÂNULA DE TQT Capacidade de manter o pH e a PaCO2


adequados durante a ventilação espontânea
Deve-se aspirar
Presença do reflexo de tosse e habilidade de
primeiramente a
manipular secreções
cânula, depois a
Força da musculatura inspiratória adequada
nasofaringe, e por
(PImax < -30cmH2O)
fim, a cavidade oral.
Capacidade vital maior que 10ml/kg peso ideal
Em casos da presença
Volume minuto exalado <10l/min
de cânula interna, ela
Complacência de sistema respiratório
deve ser frequentemente removida para inspeção e >25mL/cmH2O
limpeza. Frequência respiratória <35ipm
Extubação (retira da via aérea)
Complicações da extubação
Quando o paciente atinge a estabilidade clínica e a
presença da via aérea artificial não é necessária, esta Imediatamente: hipoxemia
deverá ser retirada. Em geral o paciente deve ser Obstrução das vias aéreas superiores (edema de
capaz de manter: glote, traquéia e cordas vocais)
Edema pulmonar pós obstrução
Ventilação espontânea sem a
Atelectasia e colapso pulmonar
necessidade de altos níveis de pressão
Aspiração de secreções
positiva ou fração inspirada (PEEP
Hipoventilação (fraqueza muscular)
≤10cmH2O e FIO2 ≤ 50%)
Broncoespasmo/laringoespasmo
Vômito, agitação, taquicardia e hipertensão
Procedimento de extubação
arterial.
Paciente preferencialmente sentado, fazer
aspiração, realizar a desinsuflação do cuff, retirar
decanulação
os cadarços de fixação, solicitar que o paciente
inspire profundamente. Com a sonda de aspiração Critérios fundamentais para a retirada definitiva da
posicionada dentro do tubo, faz-se a retirada do cânula de traqueostomia:
mesmo, após a extubação o paciente deve ser
solicitado a tossir, após retirada coloca em Quando o motivo que levou ao seu emprego
macronebulização. for controlado
Outra forma de extubação: retirada do tubo Quando o paciente é capaz de controlar
endotrauqueal, juntamente com a hiperinsuflação saliva e secreções pulmonares, deglutição
através do ambu. efetiva, tosse eficaz e impossibilidade de
voltar para a VM.
CRITÉRIOS PARA EXTUBAÇÃO
Capacidade de garantir proteção das vias aéreas
inferiores (glasgow maior que 8) Sucesso de 24 a 48 horas.
Estabilidade hemodinâmica Observar os dados vitais.
Eletrólitos dentro dos valores normais
Índice de Tobin (FR/VC em litros) <105
5 Traqueostomia e decanulação
Brenda Antunes @sobreafisio

Métodos de decanulação
Após o paciente estar bem hemodinamicamente Vantagens: não requer a utilização de anestesia
pode-se realizar a decanulação. durante o procedimento e permite ao paciente
Deve-se desinsuflar o balonete uma adaptação progressiva a sua retirada.
Após 48 horas pode ser a realizada a troca da Desvantagens: aumento progressivo da
cânula de plástico pela de metal (2 números resistência à passagem do ar e o risco de
abaixo da cânula de plástico). obstrução.
Retirada da cânula de forma direta: o paciente é Complicações: se a decanulação for realizada sem
submetido ao exame de vias aéreas com fibro- uma avaliação por meio de endoscopia, pode
broncoscópio durante ventilação espontânea a ocorrer falha devido a presença de tecido de
cânula é removida durante o exame, caso o granulação anômalo.
paciente não apresente nenhuma alteração que
Outra forma de decanular é ocluir a
comprometa a performance respiratória.
cânula e esperar de 24 a 48 horas.

A maioria dos pacientes


traqueostomizados são
decanulados, e o estoma
se fecha espontâneamente

Abordagem para a remoção da cânula de traqueostomia


6 Como avaliar um raio x
Brenda Antunes @sobreafisio

Exames de imagem na uti CARACTERíSTICAS do rx


Diversos exames por imagem são usados para Ar: hipertransparente – cor preta
pacientes internados (Rx, tomografia, ressonância Gordura: hipertransparente – cor cinza
magnética). A radiografia é um recurso diariamen- Partes moles: hipotransparente – cinza claro
te presente na UTI sendo necessário um domínio Raio x muito preto: DPOC ou pode ter borrado
de interpretação pelo fisioterapeuta.
característica bom rx
tIPOS DE INCIDêNCIA DE RX Identificação da trama pulmonar
Anteroposterior (AP): Penetração até o espaço intervertebral
O feixe de raios entra Expansibilidade até a sexta costela anterior e oitava
pela região ventral do e nona costela posterior
paciente e o filme está
colocado nas suas
Qualidade da técnica do RX
costas Posicionamento do paciente (uma clavícula não
Posteroanterior (PA): O pode estar mais elevada que a outra)
feixe de raios entra pela Grau de radiação (as radiografias não podem ser
região dorsal do paciente pouco ou muito penetradas)
e o filme está colocado Grau de inspiração (inspiração adequada ocorre
em sua frente. (Melhor quando de 9 a 11 costelas são visíveis)
incidência)
Interpretação do rx de tórax
Verificar a qualidade da técnica da imagem
Perfil: incidência
Avaliação das partes moles (mama, tecido
lateral.
subcutâneo)
Avaliar a existência de fratura em costela e
clavícula
Posicionamento das cúpulas diafragmáticas
CARACTERíSTICAS DAS INCIDENCIAS (cúpula da direita estará mais elevada)
Avaliação do mediastino (traqueia, bifurcação
AP: aumento do coração e estruturas
brônquica, coração)
anteriores, escapulas no campo pulmonar,
Hilos pulmonares
clavículas acima do ápice, frequentemente fica
Verificação do parênquima pulmonar
rodado, difícil fazer RX na CPT, ocorre
borramento por irradiação secundária.
PA: coração menos ampliado, escapulas fora
do campo pulmonar, clavículas 2-4cm abaixo
do ápice (padrão verticalizado), presença da
bolha gástrica à esquerda (Melhor incidência).
Perfil: consegue avaliar o espaço retroesternal
e retrocardíaco, seios costofrênicos posterior e
coluna vertebral.
6 Como avaliar um raio x
Brenda Antunes @sobreafisio

Estruturas visualizadas O hilo pulmonar esquerdo têm posição


superior em relação ao direito.

Os vasos (artérias e veias pulmonares) são as


estruturas mais facilmente identificadas.

Pulmões
Hilo pulmonar
No raio x você deverá buscar diferenças de trans-
Composto por artérias parências. Pulmão normal: hipertransparente com
pulmonares, brônquios e ‘’estrias densas’’ (vasos pulmonares).
vasos linfáticos. O hilo
direito tem localização
mais baixa que o
esquerdo.

Aumento do volume: sugestivo de dilatação das


artérias pulmonares, bem como linfodomegalias.
6 Como avaliar um raio x
Brenda Antunes @sobreafisio

Mediastino Avaliação do coração


Tamanho (aumento do ICT?)
Estruturas presentes no mediastino: coração, peri-
Configuração do coração (anormal?)
cárdio, aorta e ramos, artéria pulmonar,esôfago,
Avaliação da aorta (posição)
traqueia e brônquios principais, veia cava superior
Configuração da aorta (alongamento?
e suas tributárias, segmento proximal da veia cava
Calcificação?)
inferior, linfonodos e vasos linfáticos, nervos,
Botão aórtico muito redondo: alongamento ou
tecido adiposo.
calcificação da aorta (pressão alta)

Diafragma
Hemicupulas com contornos regulares
Direito mais elevado que o esquerdo
Ângulos: costofrênicos (laterais e posteriores)
e cardiofrênicos
Vê o coração grosseiramente Câmara de ar gástrica: distância câmara
Observa apenas uma silhueta (contorno diafragmática <1cm
direito: AD e contorno esquerdo VE, AE) Direita o diafragma (aparece mais alto) devido
Dimensão da imagem: em adultos < 16cm a presença do fígado
O coração deve ocupar no máximo 0,5 Esquerda pode-se identificar o estômago pela
(coração acima de 0,5: cardiomegalia) presença de ar em seu interior (bulha gástrica)

Índice cardiotorácico (ICT):


diâmetro transverso do coração
-----------------------------------
diâmetro transverso do diafragma

Falsos aumentos: expiração, AP, escoliose.


7 Exames radiologicos em UTI
Brenda Antunes @sobreafisio

Infiltrado pulmonar
Emaranhado de células: pode ser pneumonia
Intubação
endotraqueal
normal

Intubação
endotraqueal
seletiva
Linfonodos ou massas
Pode ser câncer

Pneumotórax
O pneumotórax é definido como o aumento do
volume de ar no interior do espaço pleural.
Pneumotórax espontâneo: surge em
repouso e de modo súbito (homens
fumantes, pessoas magras e altas, risco
entre 20 e 30 anos) sem doença pulmonar
prévia
Pneumotórax secundário: surge em
pacientes que já apresentam doença
pulmonar, doentes ligados ao VM
Pneumotórax traumático: ocorre devido
RX APÓS INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL lesão perfurante ou de alto impacto no tórax

O raio x deverá ser feito após a


entubação endotraqueal para con-
ferir se o tubo está bem colocado.É
necessário que ventile os dois pul-
mões, se ventilar apenas um o ou-
tro pode colabar e atelectasiar. A
ausculta fica diferente de uma lado
para o outro.
7 Exames radiologicos em UTI
Brenda Antunes @sobreafisio

pNEUMOTÓRAX Derrame pleural


Tratamento: drenagem torácica, reexpansão É o acumulo anormal de líquidos no espaço pleu-
pulmonar, mobilização torácica. ral. É uma doença restritiva que limita a expan-
Tratamento pneumotórax pequeno (2 a são pulmonar.
3cm): se o paciente estiver clinicamente Transudativo: Não há envolvimento da
estável, basta manter o paciente em pleura. Aumento da pressão hidrostática
observação que o pneumotórax costuma capilar pulmonar, passagem transdiafrag-
regredir sozinho. mática de líquido peritoneal.
Tratamento pneumotórax volumoso: é Exudativo: envolve alteração na pleura.
necessário a colocação de um tubo através Processos infecciosos, inflamatórios ou
do tórax para aspiração do ar e expansão do neoplásicos na pleura.
pulmão (drenagem torácica) Sintomas: dor localizada, tosse, dispneia,
Sintomas: dor torácica, dispneia, tosse febre, dor ventilatório dependente.
Tratamento: drenagem pulmonar,
reexpansão torácica, orientações posturais.
Derrame pleural pequeno: deve-se esperar e
ver se há necessidade de drenar
Derrame pleural grande: necessário drenar o
líquido, que pode sair amarelado ou
sanguinolento.

Achados radiológicos

Hipertransparência do seio costofrênico


Desvio do mediastino para o lado
contralateral
Rebaixamento da hemicúpula diafragmática
homolateral
Aumento dos espaços intercostais Achados radiológicos
Ausência da trama vascular
Hipotransparência pulmonar Hipotransparência no lado acometido
Visualização da linha pleural Apagamento do seio costofrênico homolateral
Desvio do mediastino para o lado contralateral
Aumento do espaço intercostal
7 Exames radiologicos em UTI
Brenda Antunes @sobreafisio

Atelectasias Atelectasia completa do


A atelectasia se caracteriza pelo colapso de pulmão esquerdo
forma total ou parcial de uma região do pulmão
que reduz a capacidade dos pulmões de fornecer
oxigênio ao corpo.

Sinais e
sintomas: tosse,
dispneia, dor
torácica, febre,
aumento da
frequência
respiratória.

Sinais clínicos: murmúrio vesicular diminuído


ou ausente na região da atelectasia, macicez Achados radiológicos
à percussão , redução da expansibilidade
Hipotransparência no segmento afetado
torácica no lugar acometido.
Apagametno do contorno diafragmático e
cardíaco
Atelectasia lobo superior direito Desvio do mediastino para o lado da
hipotransparência
Redução do espaços intercostais
Hiperinsuflação do pulmão contralateral

Sinal do Broncograma aéreo


Visualização de ar no interior dos brônquios
intrapulmonares chama-se sinal do broncograma
aéreo. Aparece quando os brônquios se mantem
arejados no seio de uma consolidação.

Exemplos de broncograma aéreo,


pneumonia, edema pulmonar,
infartos pulmonares, algumas
lesões pulmonares crônicas.
7 Exames radiologicos em UTI
Brenda Antunes @sobreafisio

Pneumonia
A pneumonia é uma infecção envolvendo os
pulmões (infecção do trato respiratório inferior). Pneumonia
Condensação inflamatória aguda dos alvéolos de
e/ou infiltração do tecido intersticial pulmonar condensação
Causas: são provocadas pela inalação de
partículas infecciosas (bactérias, vírus,
fungos e por reações alérgicas) no espaço
alveolar.
Tipos de pneumonia: hospitalar e adquirida Achados radiológicos
na comunidade
Opacificação lobar podendo o broncograma
Sintomas: tosse, expectoração, dispneia, dor
aéreo estar presente
torácica, febre, confusão, cefaléia, calafrios
Ausência da borda do coração e silhueta do
Sinais clínicos: macicez à percusssão,
hemidiafragma direito
redução do murmúrio vesicular, aumento do
frêmito toracovocal.
Fibrose pulmonar idiopática
É uma doença crônica onde ocorre substituição do
pulmão normal por fibrose (tecido de cicatrização),
Pneumonia alterando a sua capacidade de realização de trocas
intersticial gasosas (oxigenação do sangue).

Tecido pulmonar fibrótico, faz com que perca a


complacência pulmonar, tira capacidade de
oxigenar e ventilar (diminui O2 e aumenta CO2)

Pneumonia lobar
sem broncograma
aéreo

Diminuição da transparência do interstício


pulmonar
Infiltrado reticular bilateral nas bases
Padrão em favo de mel
8 Gasometria arterial
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é a gasometria arterial? Regulação respiratória do ph


A gasometria arterial é um exame que consiste na
leitura do pH e das pressões parciais de O2 e CO2
em uma amostra de sangue. A leitura é obtida pela
comparação dos parâmetros na amostra com os
padrões internos do gasômetro.
Diagnóstico dos desvios do
componente respiratório
(O2 /oxigenação e pCO2
Diminuição do pH: essa informação é
/ventilação) e do
mandada para o centro respiratório, o CO2
componente metabólico
manda mensagem ''falando que está muito
(BE e HCO3 -)
ácido, tem que eliminar CO2 na respiração''.
Sangue arterial coletado: artéria radial, braquial, Vem resposta para aumentar a FR (taquip-
femoral ou dorsal do pé. neia) fazendo você respirar mais rápido para
Verifica-se: o estado ácido básico pH e ventilação eliminar CO2 tentando regular.
PaCO2 e PaO2. Aumento do pH: oposto diminui a FR para
reter CO2
Sangue arterial: avaliação pulmonar
Sangue arterial/venoso: avaliação metabólica Sistema de tampões
Sistemas que tentam contrabalancear o pH e
Objetivos gasometria arterial manter a homeostase.
Resposta do paciente a terapia Extracelulares: HCO3/proteínas
Diagnóstico Intracelulares: Hb/células em geral
Evolução clínica Pulmões (regula CO2 e O2)
Ventilação (PaCO2) Rins (equilíbrio bicabornato)
Oxigenação (PaO2)
Condição ácido base (pH, CO2 e HCO3) Distúrbios ácido básico misto
Valores normais da gasometria Sempre que houver um distúrbio ácido básico
misto respiratório o organismo estabelecerá
uma resposta compensatória metabólica, a fim
pH = 7,35 a 7,45 de que o equilíbrio seja mantido e vice e versa.
pO2 = 70 a 90 mmHg
pCO2 = 35 a 45 mmHg Um distúrbio respiratório é compensado por
CO2 = 23 a 27 mMol/L uma alteração metabólica e vice e versa.
HCO3 = 22 a 26 mEq/L Uma acidose é compensada por uma
BE = -2 a +2 mEq/l alcalose e vice e versa
Sat O2 = 95 a 97% A resposta compensatória raramente é
capaz de corrigir totalmente o pH, ela
apenas evita r uma grande variação do pH .
8 Gasometria arterial
Brenda Antunes @sobreafisio

Distúrbios ácido básico misto Interpretando a gasometria


Gasometria compensada devido a resposta Passo 1: o pH
compensatória tentando manter os valores em Passo 2: definir o distúrbio ácido basico, isto é:
homeostasia (Acidose mista ou alcalose mista). avaliar a PaCO2 e o HCO3-
Passo 3: observar os sinais de compensação
Passo 4: avaliar a oxigenação a partir da PaO2
Alcalose mista e da SaO2
Alcalose: pH ↑ 7,45
Mista: PaCO2 ↓ 35mmHg e HCO3
Passo 1: O PH ESTÁ NORMAL?
↑ 30 mEq/L Valores normais: 7,35 - 7,45
Acima de 7,45: alcalose
Ex: hiperventilação em VMI → PaCO2 ↓ → Abaixo de 7,35: acidose
perda de suco gástrico por vômito → HCO3↑ pH >7,8 ou <6,45: incompatível com a vida
= pH ↑
Passo 2: Definir distúrbio ab
Acidose mista
Acidose: pH ↓ 7,35 PaCO2 (componente respiratório – ácido)
Mista: PaCO2 ↑ 45mmHg e HCO3 ↓ 20 Concentração depende da função pulmonar
mEq/L
Valores normais: 35 a 45
Ex: IResp → PaCO2 ↑→fadiga mm Acima de 45: acidose respiratória
respirat.→↑ produção de ácidolático → tam- (hipoventilação)
ponado pelo HCO3 ↓ ↓
= pH Abaixo de 35: alcalose respiratória
(hiperventilação)

HCO3 (componente metabólico – base)


Concentração depende da função renal
Distúrbio ácido Resposta
básico misto compensatória
Valores normais: 22 a 26
Acima de 26: alcalose metabólica ( pH)↑
Alcalose metabólica Acidose respiratória Abaixo de 22: acidose metabólica ( pH)↓
Acidose metabólica Alcalose respiratória

Alcalose respiratória Acidose metabólica


pH < 7.35 – AUMENTO do PCO2 -
Acidose respiratória Alcalose metabólica REDUÇÃO DO HCO3 à Acidose

pH > 7.45 – AUMENTO DO HCO3- -


REDUÇÃO DO PCO2 à Alcalose
8 Gasometria arterial
Brenda Antunes @sobreafisio

Base excess (BE) Causas da alcalose metabólica


Insuficiência respiratória
Sinaliza o excesso ou déficit de bases dissolvidas
crônica (DPOC)
no plasma sanguíneo necessários para norma-
Oferta excessiva de bicar-
lizarem o pH.
bonato
Perda excessiva de con-
Valores normais: -2 a +2
teúdo gástrico
Aumento de BE: o excesso de base indica
alcalose metabólica
Alcalose: pH ↑7,45
Redução de BE: o déficit de base indica a
acidose metabólica
Metabólica: HCO3 ↑ 28 mEq/L
Manifestações das gasometrias gASOMETRIA ARTERIAL VALORES
Causas da acidose respiratória
↓ drive ventilatório (lesão
SNC ou inibição por drogas)
Obstrução das vias aéreas
Doenças neuromusculares,
SARA, TEP, edema
pulmonar, atelectasia,
fibrose
VM inadequada Adulto

Criança
Causas da alcalose respiratória
Dor, ansiedade, febre,
grandes altitudes
gASOMETRIA VENOSA
Lesão SNC
VM inadequada

Hiperventilação PaCO2
↑ pH = Alcalose
Compensação: ↑
eliminação renal de HCO3 Valores normais
pH: 7.32-7.42;
Causas da acidose metabólica pCO2 : 41-51 mmHg;
Insuficiência renal pO2 : 25-40 mmHg;
Cetoacidose diabética HCO3: 24-25 meq/L.
Febre, doenças infecciosas SATO2: 52% a 84%
Compensação: Hiperven-
tilação
Acidose: pH ↓ 7,35
Metabólica: HCO3 ↓ 20 mEq/L
9 Ventilação mecânica invasiva
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é um ventilador mecânico Quando instituir a vm?


Um ventilador mecânico é um aparelho
projetado para alterar ou dirigir energia
aplicada de maneira predeterminada,
com o propósito de ajudar ou de subs-
tituir a função natural dos músculos
respiratórios.

Indicações da vmi
Aliviar o desconforto respiratório
Prevenir ou tratar atelectasia
Promover o descanso dos músculos
respiratórios
Permitir sedação em caso de cirurgia
Diminuir o consumo de oxigênio sistêmico ou
do miocárdio
Reanimação devido á parada
cardiorrespiratória Variáveis ventilatórias
Hipoventilação e apneia
Comando respiratório instável
Doenças neuromusculares e paralisia Volume corrente (vc)
Falência mecânica do aparelho respiratório
Insuficiência respiratória É a quantidade de ar que entra (inspiração) e sai
(expiração) dos pulmões a cada ciclo respirató-
Objetivos da vm rio. É recomendada a utilização de 6 a 8ml a
cada quilo corporal.
Manutenção das trocas gasosas
Corrigir hipoxemia e hipercapnia e acidose
O volume corrente deve ser calculado de acordo
respiratória
com o peso ideal do indivíduo:
Diminuição do trabalho respiratório
Reversão ou prevenção de fadiga muscular
Homens: 50 + 0,91 x (altura em cm – 152,4)
Diminuição do consumo de oxigênio
Mulheres: 45,5 + 0,91 x (altura em cm – 152,4)

Ventilação mecânica invasiva Volumes elevados: risco


de hiperinsuflação alveolar
O VM aplica uma pressão posi-
e barotrauma.
tiva que gera uma diferença de
Volumes baixos: risco de
pressão que abre as vias aé-
hipoventilação com
reas e os alvéolos que vai
consequente atelectasia.
ventilar o paciente.
9 Ventilação mecânica invasiva
Brenda Antunes @sobreafisio

Frequência respiratória Volume minuto


É a quantidade de vezes que o volume corrente ou É a quantidade de gás que circula em um minuto
a pressão programada será entregue ao paciente. dentro dos pulmões; nada mais é do que o
volume corrente × frequência respiratória. É um
dos principais fatores que determinam as
concentrações arteriais e alveolares de dióxido
de carbono (CO2 ) e oxigênio.

Geralmente utiliza-se uma FR entre 8 e 12


Valores acima de 12 irá hiperventilar o
paciente podendo diminuir o tempo
expiratório, favorecendo o aparecimento de
auto-PEEP.

Fração inspirada de oxigênio


É a concentração ou teor de oxigênio ofertado ao
paciente. Na VM, o valor ideal de volume-minuto deve
ser aquele capaz de manter o pH dentro da
normalidade

Cálculo do volume-minuto
ideal: 100 mL × peso em kg
(peso predito)

Relação inspiração expiração


É a fração entre os tempos inspiratório e expira-
Iniciada a ventilação, devemos ajustar a FiO2 o tório, durante o ciclo respiratório.
suficiente para manter SatO2 entre 93 e 97% A fase inspiratória deve ser
Após a estabilização do paciente, podemos, mais curta, para permitir a
então, titular a fração/teor para o valor mínimo completa exalação do ar,
que mantenha uma oxigenação adequada caso contrário, ocorrerá o
FiO2 valor mínimo: 40% (não abaixar) aprisionamento aéreo ou
auto-PEEP.

Ideal: ≤ 50 com a PaO2 ≥ 60mmHg


Manter entre 1:2 e 1:3
Valores altos de FiO2: toxidade oxigênio
9 Ventilação mecânica invasiva
Brenda Antunes @sobreafisio

Sensibilidade pausa inspiratória


A sensibilidade é a força que o paciente deve rea-
É usado para que o volume ofertado no pulmão
lizar para que o ventilador dispare e o seu ajuste
se espalhe homogeneamente, permitindo uma
nada mais é do que determinar quanto mais fácil
melhor distribuição do ar alveolar.
ou mais difícil será para o paciente provocar a rea-
ção do ventilador.
Varia de 0,5 a 2 segundos

Fluxo inspiratório
Nos ciclos controlados, o pico de fluxo determi-
nará a velocidade com que o volume corrente
será ofertado. Fluxos elevados diminuem o tem-
po inspiratório e aumentam a pressão no interior
das vias aéreas.
Disparo a pressão: –0,5 a –2 cmH2O
Disparo a fluxo: 1 a 5 L/min
Sensibilidade baixa: aumenta o risco de
assincronia por auto disparo
Sensibilidade elevada: gera risco de lesão
muscular devido à contração excessiva do
paciente.

pressão positiva (peep)


Pressão positiva que o ventilador mecânico exerce Fluxo inspiratório: 40 a 60 l/min
ao fim da expiração. Tem como funções básicas: Valor inicial: Fluxo (l/min)= peso (kg) x 0,6 a
expansão alveolar, melhora da troca gasosa, da 0,9
oxigenação.
Pressão inspiratória
Pressão ajustada pelo operador e que será obe-
decida pelo ventilador a cada ciclo respiratório.
Deve ser ajustada respeitando o limite de pres-
são de pico da via aérea.

PEEP inicial: 3-5 cmH2O (impede colabamen-


to alveolar)
PEEP >8cmH2O melhora a oxigenação
PEEP > 12cmH2O repercussão hemodinâmica Limite pressão de pico: Pacientes gerais até
negativas (redução debito cardíaco, hipoten- 40 cmH2O
são, barotrauma, injuria pulmonar, auto peep, O ajuste ideal deve visar o volume ideal para
pneumonia, aumenta espaço morto, shunt) o paciente.
10 Modos ventilatórios
Brenda Antunes @sobreafisio

Ciclo ventilatório
Disparo: início da fase inspiratória, abertura Modalidades ventilatórias
das válvulas inspiratórias e fechamento das
Controlados: disparados, contro-
válvulas expiratórias
lados e ciclados pelo ventilador
Tempo (modo controlado) mecânico indicados quando há
Fluxo ou pressão (modo assistido) necessidade de repouso absoluto da
musculatura res-piratória. (ventilação
Ciclagem: fim da fase inspiratória e início da controlada a volume (VCV) ventilação
fase expiratória, abertura da válvula expiratória controlado a pressão (PCV)
e fechamento da válvula inspiratória
Assistido: disparados pelo paciente,
Realizada pelas variáveis: controlados e ciclados pelo ventilador
tempo, pressão, volume mecânico caso o paciente não inicie a
e fluxo. respiração (ventilação mandatória
intermitente sincronizada (SIMV))
Fases do ciclo ventilatório Pressão positiva contínua nas vias
aéreas (CPAP)
O ciclo ventilatório compreende uma serie de
eventos para entrada e saída do volume ofertado. Espontâneos: disparado pelo paciente
que respira ‘’espontaneamente’’ ligado
ao ventilador, o ventilador apenas
disponibiliza o ar pro paciente,
‘’monitora’’ se o paciente não vai pre-
cisar dele. Ventilação com pressão de
suporte (PSV)

Ventilação volume controlado


Fase 1: Disparo (Inicio da inspiração), depende
A ventilação com volume controlado (VCV) as-
do tempo, fluxo, pressão se o paciente parti-
segura o volume corrente para o paciente. De-
cipa (assistido controlado) se não participa
termina também o fluxo, tempo inspiratório. Não
(controlado).
tem controle da pressão, depende o sistema
Fase 2: inspiração, fornecimento de volume
respiratório do paciente.
(ar) pelo ventilador
Fase 3: transição da inspiração para a expira- Disparo: tempo (controlada)
ção (CICLAGEM) termina a inspiração fecha a pressão/fluxo (assistido)
válvula e libera a expiração. Limite: volume, fluxo
Fase 4: Início da expiração, abertura da vál- Ciclagem: volume, tempo
vula expiratória
Fase 5: início do novo ciclo respiratório
10 Modos ventilatórios
Brenda Antunes @sobreafisio

Ventilação volume controlado


Benefícios: cálculos da resistividade /compla- Ventilação Pressão controlada
cência (calcula a mecânica respiratória) O ventilador vai ofertar a pressão desejada (ajus-
Desvantagens: parâmetro mais rígido, hiper- tada), contudo, o volume dependerá das condições
insuflação, atrofia muscular, fluxo inspiratório pulmonares do indivíduo. O ciclo respiratório pode
constante sincronismo em pacientes com ven- ser desencadeado por tempo (modo controlado)
tilação ativa, ausência de controle sobre as ou pelo esforço do paciente (modo assistido-con-
pressões inspiratórias. trolado).
Ajustes pré-determinados: modo respiratório,

Ajustes iniciais (VCV) pressão, frequência respiratória e o tempo


inspiratório.
Volume corrente: : 6 a 8 mL/kg peso predito.
Taxa de fluxo: 40 a 60 litros/minuto Modo Controlado: disparo: a tempo /
Tempo inspiratório: é consequência do limite: pressão / ciclagem: a tempo
volume corrente e da taxa (velocidade de
fluxo). Modo Assitido: disparo: pressão fluxo
PEEP: 3 a 8cmH2O / limite: pressão / Ciclagem: a tempo
Pausa inspiratória: 0,5 segundos (melhor
distribuição alveolar)
FiO2: suficiente para manter oxigenação de
93 a 97% (entre 40 e 100%)

Curva de pressão, fluxo e volume

Vantagens: reduz risco de barotrauma, taxa de


fluxo variável ou fluxo livre adapta às necessi-
dades do paciente, melhor adaptação do paci-
ente melhor distribuição do gás na superfície
alveolar, melhora da troca gasosa
Desvantagem: risco de hipoventilação

Curva de pressão, fluxo e volume


10 Modos ventilatórios
Brenda Antunes @sobreafisio

Durante uma janela de tempo se o paciente faz um


Ajustes iniciais (PCV) esforço respiratório, o ventilador ‘’vai deixando o
Pressão inspiratória: 6 a 8 mL/kg peso paciente respirar espontaneamente’’, se caso o pa-
predito. ciente não fizer o disparo, o VM assume a respira-
Alarme pressão: limite até 40 cmH2O ção impondo os parâmetros que você colocou pre-
Tempo inspiratório : 0,8-1,2 segundo viamente
PEEP: 3 a 8cmH2O (valores iniciais 3 a 5)
Pausa inspiratória: 0,5 segundos (melhor
distribuição alveolar)
FiO2: suficiente para manter oxigenação de
93 a 97%. (entre 40 e 100%)

Alterações que podem


acontecer no volume corrente
Aumento da resistência da via aérea, redução Vantagens: ausência de sincronismo
da complacência pulmonar, PEEP intrínseca, Desvantagens: requer FR muito baixa para
frequência respiratória elevada diminui o funcionar, é pouco utilizado, aumenta o tempo
volume corrente. do desmame.
Quanto maior a diferença de pressão, menor a
resistência e maior complacência, maior será o Ventilação pressão de suporte
volume corrente. O PSV é um modo assistido/controlado, com ciclos
Tempo inspiratório curto limitará o volume espontâneos que permite que o paciente ventile
corrente. sozinho, o ventilador só dá suporte quando vê que
o paciente não atinge o que foi programado.
Alterações que podem
Ajustes pré-fixados: modo ventilatório, sensi-
acontecer no fluxo
bilidade, nível pressão de suporte.
A desaceleração do fluxo depende do sistema
respiratório do paciente. Aumento da pressão
alveolar diminui a intensidade do fluxo. Quan-
do a elevação da pressão dos alvéolos é mais
lenta, determina um fluxo com desaceleração
menor.

Ventilação mandatória intermi-


tente sincronizada (SIMV)
Nesse modo ventilatório, há ciclos controlados, as- Disparo: a fluxo/pressão
sistidos e espontâneos. Você deverá estabelecer Ciclagem: a fluxo
um parâmetro mínimo predeterminado no respira- (geralmente 25%)
dor que irá ocorrer de forma sincronizada com o Limite: pressão
paciente.
10 Modos ventilatórios
Brenda Antunes @sobreafisio

Ventilação pressão de suporte

Indicação: resolveram a causa da insuficiência


respiratória e estão iniciando o desmame
ventilatório, apresentar drive e estímulo
respiratório adequado Ajustes iniciais (PSV)
Recomendações do volume: 6mL/kg peso
Vantagens: auxilia no desmame ventilatório,
predito
menor necessidade de sedação, menor risco
Ajuste do alarme de pressão da via aérea:
de atrofia muscular, melhor sincronismo
Limitação de 40 cmH2O
paciente e ventilador.
PEEP: 3 a 5 (valores iniciais)
Frequência respiratória: < 30irpm
Desvantagens: hipoventilação alveolar, hiper-
ventilação alveolar, volume corrente não é ga-
rantido

Existem outros modos ventilatórios, mas


esses são os modos mais utilizados.

Caso você tenha que entender ou usar


outros modos ventilatórios recomendo
leitura no capítulo 21 do livro Bases da
Fisioterapia Respiratória - Terapia
Intensiva e Reabilitação

Autora: Maria da Glória Rodrigues


Machado
11 Insuficiência respiratória
Brenda Antunes @sobreafisio

Insuficiência respiratória aguda Fatores de insucesso da vni


É uma incapacidade súbita do sis- Idade avançada
tema respiratório em suprir as de- Excesso de secreção
mandas metabólicas do organis- Piora da condição clínica prévia
mo no que se refere a oxigenação Vazamento recorrente das interfaces
e eliminação de gás carbônico (in- Não redução da FR, PaCO2 nas primeiras
correto fornecimento de de oxigê- horas de uso
nio aos tecidos ou inadequada eli- Não normalização da PaO2/FiO2 nas
minação de gás carbônico pelos primeiras horas
pulmões).
Se a VNI não for eficaz encaminhe
Mecanismo Falha na oxigenação rapidamente o paciente para a VM.

Hipoventilação: paciente retém CO2 e não


consegue eliminar IRA de origem pulmonar (Tipo I)
Distúrbio de ventilação/perfusão
SARA
Shunt (área ventilada mas não perfundida)
DPOC
Atelectasias
Mecanismo de hipercapnia Asma grave
Hipoventilação Pneumonias
Aumento do espaço morto Pneumotórax
Aumento da produção de CO2 Edema pulmonar
Doenças neuromusculares Embolia pulmonar

dIAGNÓSTICO e tratamento ira IRA EXTRapulmonar (Tipo iI)


Guillain barré
Miastenia gravis
Lesões medulares
Gasometria arterial Raio x Intoxicação exógena
PaO2 <60 Infiltrado bilateral, as- Hipoventilação central
SpO2 <90 sociado a broncograma Acidente vascular encefálico
PaCO2 > 45-55 aéreo e áreas e atelec-
pH <7,30-7,35 tasias

Tratamento Infarto agudo do miocárdio


Oxigenioterapia (hipoxemia) Hipotireoidismo
VNI e VM (hipercapnia) Alcalose metabólica
Apneia do sono central
15 Sara e ventilação mecânica
12
Brenda Antunes @sobreafisio

CONCEITO DA SARA/SDRA Causas EXTRAPulmonares da SARA


A síndrome do desconforto respiratório agudo é Sepse
ocorre devido ao processo inflamatório difuso Choque circulatório
que envolve os dois pulmões através do Politrauma
acumulo de material exudativo (eritrócitos, Queimaduras
leucócitos e debris protéicos. Multiplas transfusões
Edema pulmonar não cardiogênico Pancreatite aguda
caracterizado pelo aumento da Circulação extracorporea
permeabilidade da membrana alvéolo Overdose de drogas
capilar, com extravasamento de células e Coagulação intravascular disseminada
proteínas para o interstício pulmonar. Traumatismo craniano
Quadro clínico DA sara
Fisiopatologia da sara
Febre A lesão inicia-se com alteração da barreira alvéolo
Dispneia capilar e edema intersticial. Há extravasamento para
Taquipneia os alvéolos e favorece o aparecimento de áreas com
Taquicardia distúrbio V/Q , principalmente shunt. As microatelec-
Tosse produtiva tasias se formam por instabilização das unidades
Dor ventilatório alveolares e das pequenas vias aéreas são decorrente
Presença de crepitações do peso do pulmão edemaciado, por isso o colapso
alveolar é mais evidente nas porções dependentes de
SINAIS INDICATIVOS DE SARA gravidade em decorrência da inativação do
surfactante pelas proteínas plasmáticas. A lesões
Hipoxemia grave
dos pneumocitos tipo II causa redução da produção de
Hipotensão arterial
surfactante que agrava ainda mais o desequilíbrio da
Relação PaO2/FiO2 <200
ventilação alveolar e perfusão sanguínea capilar.
Aumento do peso pulmonar
Diminuição do tecido aerado
Aumento da permeabilidade vascular
Diminuição da complacência pulmonar

Causas pulmonares da SARA Fisiopatologia em tópicos


Lesão do parênquima pulmonar
Pneumonia
Areas de shunt
Aspiração
Edema infiltrado de células
Contusão pulmonar
inflamatórias
Embolia gordurosa
Descamação do epitélio
Quase afogamento
Lesão dos pneumocitos tipo II
Lesão de reperfusão
Redução do surfactante
15 Sara e ventilação mecânica
13
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Brenda Antunes @sobreafisio

EXAMES DE IMAGEM Classificação do padrão raio x

Infiltrado bilateral difuso (parece algodão)


Áreas atelectasiadas base (branco)
Áreas aeradas no ápice (preto)

critério de berlim
Início até 7 dias da doença de base (EX: IRA,
pneumonia)

Infiltrado/opacidade bilaterais que sugestiva de


edema (não causado por derrame pleural e
nodulação ou causas cardiogênicas/congestivas
O Raio x apresenta aspecto alargado
ou hipovolêmicas)

Hipoxemia, PaO2/FiO2 ≤ 300 + PEEP ≥


5cmH2O
15 Sara e ventilação mecânica
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Brenda Antunes @sobreafisio

vENTILAÇÃO MECÂNICA NA SARA


Uso de ventilação protetora
Volume corrente: 6ml/kg Hipercarpnia permissiva
FiO2: 60% Ventilação limitada a pressão
Driving pressure: ≤ 15cmH2O Ventilação com relação INS/EXP invertida
Hipercapnia permissiva: limite de pH 7,20 Ventilação em prono (decúbito ventral)
Hipoxemia persistente: sedação/ECMO

OPPEN LUNG APPROACH TEORIA DE BABY LUNG


Manter o pulmão aberto A teoria basea-se no fato de
Manter o paciente sedado pelas primeiras que devido as áreas de
48 horas colapso em regiões
PEEP mínima para manter FiO2 < 60%, dependentes, o volume
evitando a toxidade pelo O2 corrente oferecido pelo
aparelho de ventilação mecânica é desviado
Posição prona principalmente para as áreas aeradas e quase
Existe uma hipótese de que com o uso da nenhum volume é acomodado pelas áreas que
posição prona, o peso do coração e do estão colabadas. Possui uma pequena área
diafragma não contribui para o colapso e as pulmonar aerada, altas pressões e baixa
áreas previamente colabadas poderiam abrir-se complacência. Deve-se tomar cuidado na
durante a ventilação em prono, realizado de ventilação mecânica (quantidade de volume
períodos de 4 a 6 horas por dia. corrente) para que não ocorra barotrauma.
15 Sara e ventilação mecânica
13
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Brenda Antunes @sobreafisio

O que é a ECMO? DESMAME DA VM NA SARA


A oxigenação por membrana de circulação Modo preferencial pressão suporte, reduzindo-se
extracorpórea tem como objetivo a remoção do inicialmente o suporte até níveis mínimos (7
CO2. Exitem dois tipos de ECMO a veno-venosa 8cmH2O) deixando a redução da PEEP para o
e a veno-arterial. final.
Quando for artingida uma PEEP de 5cmH2O
pode-se extubar o paciente.
A VNI pode ser utilizada nos primeiros dias de
forma intermitente

Ventilação Não invasiva na SARA

Indicações da ecmO

Insuficiência respiratória hipoxêmica


PaO2/FiO2 < 100, com FiO2 > 90% e/ou
escore de Murray 3 - 4 por mais que 6 horas
PaO2/FiO2 < 80, com FiO2 > 80% por mais SARA LEVE: o uso da VNI poderá ser usado com
que 3 horas os cuidados de se observar se há sucesso de
pH ≤ 7,20 com FR de 35rpm, volume 30min a 2horas. No caso de não estar surtindo
corrente de 4 - 6mL/kg de peso predito e P efeito, parar a VNI e realizar a intubação.
platô ≤ 15cmH2O
Insuficiência respiratória hipercápnica SARA MODERADO/GRAVE: não usar a VNI, risco
Ponte para transplante pulmonar/ de falência respiratória e IOT
transplante cardíaco
Choque cardiogênico associado a infarto Lesão pulmonar aguda
agudo do miocárdio
É considerada uma reação
Contra Indicações da ecmO inflamatória dos pulmões,
que ocasionam a diminuição
Hemorragia ativa não controlada
do volume pulmonar e
Neoplasia sem perspectiva de tratamento
aumento dos shunts
Transplante de órgão sólido ou
comprometendo a troca
imunossupressão
gasosa.
Disfunção irreversível do sistema nervoso
central Quanto mais tempo em VM,
Falência cardíaca ou respiratória mais danos ocorrem no pulmão.
15 Dpoc e ventilação mecânica
13
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é DPOC? Critérios diagnósticos


A Doença pulmonar obstrutiva crônica é Tabagismo importante
definida como obstrução fixa ao fluxo aéreo Tosse crônica
reversível incompletamente. Existem dois tipos Dispneia e/ou broncoespasmo
de DPOC a bronquite crônica e o enfisema Gasometria com hipoxemia e ou hipercapnia.
pulmonar. RX apresentando hiperinsuflação
Sobrecarga câmaras direitas
Tipos de dpoc
Bronquite crônica Características do raio x
É caracterizada por
hipersecreção brôn-
quica e inflamação • Hiperinsuflação
crônica dos brônquios,
levando a fibrose e • Horizontalização das
costelas
ao estreitamento irreversível das vias aéreas.
(durante a crise retem secreção)
• Diafragma mais
Enfisema pulmonar
aplainado
se manifesta por
dispneia progressiva e
caracteriza-se por
destruição dos septos
alveolares, com con- Distúrbio ventilação/perfusão
sequente diminuição da retração elástica dos
pulmões e limitação do fluxo aéreo. (Na expi- Os distúrbios de ventilação/perfusão
ração o alvéolo colaba e não deixa sair o ar) acentuam-se nas exarcerbações da
DPOC e podem gerar combinações
Alteração fisiopatológica de efeito shunt e efeito de espaço
morto, causando hipoxemia, além da
Aumento da resistência das vias aéreas:
hipercapnia e aumento da pressão
represamento de ar e a presença de uma
da artéria pulmonar.
pressão positiva nos alvéolos ao final da
expiração (auto-PEEP)
Diminuição da retração elástica pulmonar,
Distúrbio ventilação/perfusão
diminuição do calibre de vias aéreas, aumento do Dificuldade em se manter as
esforço respiratório, redução do fluxo expiratório, trocas gasosas entre o alvéolo
leva ao colabamento das vias aéreas distais e o capilar pulmonar por depo-
antes do esvaziamento completo dos alvéolos. sição de líquido ou outras
Fadiga muscular, que colabora com uma substâncias da membrana
ventilação insuficiente causando retenção de alveólo capilar
CO2 e acidose
Entra pouco O2 e retem muito CO2
15 Dpoc e ventilação mecânica
13
Brenda Antunes @sobreafisio

TRATAMENTO DA DPOC O paciente deve ser observado de


perto e reavaliado a cada 30 minutos. Se apresen-
Após serem avaliados pela gasometria tar oxigenação inadequada, não redução na FR,
arterial, deve-se ajustar a oferta de oxigênio acidose respiratória refratária, desconforto ou
(via cateter ou máscara para se obter a agitação com a mascara ou queda da consciência
saturação acima de 90%), não há devera ser intubado e submetido a VM.
necessidade de corrigir a hipercarpnia
(exceto quando acidose respiratória Indicações da vni
importante pH <7,20).
Resistências das vias aéreas: devem ser Aumento da dispneia
tratadas com medicamentos Taquipneia (FR >24)
(broncodilatadores, corticoesteróides, Uso da musculatura acessória
antibióticos, metilxantinas) Respiração paradoxal
Quando não se obtém correção da PaCo > 45mmHg + pH < 7,35
hipoxemia com a suplementação de O2, ou SaO2 < 90% apesar do O2 suplementar
quando surge instabilidade hemodinâmica,
deterioração do estado de consciência do Contra Indicações da vni
paciente, é indicado a ventilação de suporte
Parada cardiorrespiratória
invasivo e não invasivo.
Redução do nível de consciência
Agitação psicomotora
ventilação não invasiva Pneumonia associada
Deve-se usar VNI no tratamento da DPOC Obstrução de via aéreas superiores
agudizada para diminuir a necessidade de Excesso de secreção
intubação, diminuição do tempo de internação Reflexo de tosse comprometido
no hospital e diminuição da mortalidade.
Retirar da VNI, intubar
BIPAP: propor- para dar início a VM
ciona repouso da
musculatura bENEFÍCIOS DA VNI
respiratória
Melhora as trocas gasosas
através da oferta
Diminuição da sensação de dispnéia
de pressão
Menor trabalho muscular respiratório
positiva na fase
Menor necessidade de intubação traqueal e
inspiratória, diminuindo o trabalho respiratório,
utilização do suporte ventilatório invasivo.
aumentando o volume corrente, permitindo uma
redução na frequência respiratória, levando a
uma melhora da ventilação alveolar com SUCESSO DA VNI
correção da acidose.

Ajuste inicial
EPAP: em 5 ou 6cmH2O - IPAP: 12cmH2O
Volume corrente: 6 a 8ml/kg.
FR: < 20ipm
15 Dpoc e ventilação mecânica
13
Brenda Antunes @sobreafisio

Ventilação mecânica invasiva Objetivos da vmi


Os objetivos principais são a Promover o repo
repouso
uso muscular respiratório
correção da hipoxemia e aci- Diminuir a hiperinsuflação pulmonar
dose respiratória, repouso da Melhorar a troca gasosa e garantir a
musculatura respiratória e di- ventilação alveolar corrigindo a acidose
minuição da resistência de vias respiratória
aéreas. Possibilitar a resolução da causa básica
da exarcerbação aguda
parâmetros ventilatórios iniciais Possibilitar a aspiração de secreções
Modo ventilatório: volume controlado ou pressão traqueobrônquicas
controlada Possibilitar o sono
Volume corrente: 6 a 8ml/kg (não deve Otimizar o tratamento da DPOC
ultrapassar 8)
Frequência respiratória: < 12
MONITORIZAÇÃO DURANTE VMI
Tempo inspiratório curto e expiratório aumentado
(permitem o esvaziamento mais completo das Saturação de O2
unidades alveolares, com consequente correção Hemodinâmica e arritmias
ou redução do auto-PEEP) Auto-PEEP
Manter o pH acima de 7,20. Gasometria arterial, RX de
Oxigênio acima de 90 (não há vantagem em tórax diários e capnografia
mantê-la acima de 95) Pressão de Pico (até 45cmH2O), pressão de
Devem ser feitas medidas de mecânica platô (até < 30 cmH2O) e resistência de
respiratória (auto-PEEP, resistência e vias aéreas (RAW).
complacência estática do sistema respiratório) ao
menos uma vez por dia para auxiliar no ajuste do
Auto peep no paciente dpoc
respirador mecânico.
Nível de pressão: o suficiente para manter VC>
350 e FR < 28 Colabamento das vias
FIO2 suficiente para manter SpO2 > 92% (PaO2 aéreas distais antes do
entre 65 e 80 mmHg) esvaziamento completo
PEEP= 5 cmH20 ou 85% do Auto-PEEP dos alvéolos.
PaCO2 entre 45 e 65 mmHg (é tolerado a
hipercapnia com pH acima de 7,20)
Aumento da resis-tência das vias aéreas.
Diminuição da retração elástica pulmonar
Aumento do esforço respiratório
Redução do fluxo expiratório
15 Dpoc e ventilação mecânica
13
Brenda Antunes @sobreafisio

Aplicação de PEEP na ventilação controlada

Aplicar PEEP externa para contrabalançar a Efeito da PEEP externa: deve ser utilizada a
auto-PEEP secundária à limitação ao fluxo aéreo medida da pressão de platô no modo
expiratório como tentativa de desinsuflação volume controlado (VCV) e o volume expiratório
pulmonar desde que associados a uma no modo pressão controlada
monitorização adequada da mecânica (PCV).
respiratória.

PEEP NO MODO VCV


No modo VCV, a desinsuflação induzida
pela PEEP externa pode ser detectada pela
manutenção ou queda da Pplatô. Se a
Pplatô aumentar significa que a PEEP
externa pode estar ocasionando
hiperinsuflação pulmonar adicional e deve
ser reduzida ou retirada.

PEEP NO MODO PCV

No modo PCV, à medida que se aumenta o


valor da PEEP externa, monitora-se o VCE.
Se este reduzir, está havendo piora da
hiperinsuflação e a PEEP externa deverá ser
reduzida ou retirada.

DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA


Iniciar pela redução dos níveis de PSV e após
O desmame deve ser iniciado assim que
intercalando períodos curtos de VNI e oxige-
houver controle da condição de base e
nioterapia. Caso insucesso, deixar em repouso
estabilidade hemodinâmica, preferen-
por 24 horas.
ciamente em pressão de suporte ou
tubo T. A ventilação não invasiva pode
ser utilizada após a extubação para diminuir
o risco de reintubação.
14 Asma e ventilação mecânica
Brenda Antunes @sobreafisio

fisiopatologia da asma iNDICAÇÕES DA VMI NA ASMA


A asma é uma doença inflamatória crônica
Parada cardíaca
caracterizada por hiperresponsividade
Parada respiratória
das vias aéreas inferiores e limitação variável ao
Redução da consciência (Glasgow <12)
fluxo aéreo reversível espontaneamente ou com
Hipoxemia (Pa02 <60mmhg; SpO2 <90) que não
tratamento.
for corrigida com máscara (FiO2 40 – 50%)
Arritmia grave
Fadiga progressiva
Hipercapnia progressiva

PROGRAMAÇÃO DO VM NA ASMA

O principal mecanismo fisiopatológico


responsável pela insuficiência respiratória nos
asmáticos é a alta resistência das vias aéreas.
A resistência aumentada ao fluxo é mais crítica
na fase expiratória e leva a um incremento no
esforço respiratório, a hiperinsuflação e ao
desenvolvimento de auto-PEEP.

Manifestações clínicas Quando a VM é necessária deve-se lembrar que


esses pacientes apresentam hiperinsuflação
Tosse pulmonar, o que dificulta muito sua ventilação.
Dispneia As cânulas de maior calibre (8 ou maior) devem
Aperto no peito ser utilizadas para evitar maior aumento da
Sibilos na ausculta pulmonar resistência das vias áreas.

FATORES DESENCADEANTES
Os fatores desencadeantes levam a liberação de
células inflamatórias resultando em
múltiplas interações entre células inflamatórias,
mediadores e células estruturais das vias aéreas
inflamação nas vias aéreas que levam a
obstrução fluxo expiratório e produção de muco

Poeira Mofo
Ácaros Cheiros fortes
Pelos Fator emocional
14 Asma e ventilação mecânica
Brenda Antunes @sobreafisio

PARAMÊTROS E VALORES PRECONIZADOS na ventilação mecânica

Modalidade: PCV ou VCV (preferencialmente PCV Frequência respiratória: 8–12/min


para não jogar pressão de pico muito alta e causar Fluxo: necessário para manter tempo
pneumotórax) ou VCV na onda decrescente. expiratório suficiente para terminar a expiração
Volume corrente: 6ml/kg peso predito (volume (60-100L em VCV) ou (livre em PCV)
mais baixo para iniciar para que o paciente realize FiO2: PaO2 >60mmHg (necessário para
a expiração, já que ele tende a fazer o AUTO- manter SpO2 >92)
PEEP) PEEP: baixa 3-5cm H2O (em casos
Pressão inspiratória máxima: <50cmH2O selecionados, alguns pacientes monitorados
Pressão de platô: <35cm H2O adequadamente, a PEEP pode ser usada em
AUTO-PEEP: <15cm H2O valores superiores pelo efeito mecânico)

mONITORIZAÇãO DO PACIENTE Desmame da vM na asma


Os pacientes asmáticos em VM devem ser
monitorados periodicamente com objetivo de Deve ser iniciada assim que haja controle do
identificar hiperinsuflação alveolar (pressão de broncoespasmo e da hiperinsuflação alveolar
platô e a PEEP intrínseca) e cálculo da resistência (melhora da ausculta, da expansibilidade e
das vias aéreas. volume corrente inspirado)
Deve ser iniciado preferencialmente em
pressão de suporte para limitar a pressão
Utilizar VC de 5-6 ml/kg peso predito alveolar e deve-se observar a frequência
Hiperinsuflação: volume corrente <5 respiratória do paciente que não deve elevar-
ml/kg; FR 8-12rpm se pelo risco de retorno da auto-PEEP.
PaCO2 <80mmHg e pH >7,20 O paciente asmático pode ser extubado sob
(hipercapnia permissiva) sedação leve
PCV com pressão de distenção ≤ Administrar as medicações broncodilatadores
15cm H2O por via inalatória por meio de nebulizador ou
Ao se aumentar a PEEP (em caso de spray dosimetrado acoplado a espaçador.
PEEPi), se aumentar o volume
expiratório, houve redução da PEEPi.
Ventilação mecânica não invasiva
A VNI na crise de asma ainda não é comprovadamente benéfica,
essas modalidades podem ser tentadas em pacientes na UTI em
crise de asma agudizada se os pacientes apresentarem:

Ausência de murmúrio vesicular


Acidose respiratória grave
Instabilidade hemodinâmica
Alteração da consciência importante
15 Desmame da VM
Brenda Antunes @sobreafisio

DESMAME VENTILAÇÃO MECÂNICA


O desmame é o processo de liberação da
ventilação mecânica quando as causas que
levaram a intubação foram resolvidas. Quanto
mais tempo o paciente fica na ventilação invasiva
o desmame será mais lento.

CRITÉRIOS PARA O DESAMAME


Estabilidade hemodinâmica Índice de tobin
Estado normal de consciência (glasgow)
Aplicação: indica o grau de dependência do
Desordens metabólicas e eletrolíticas
paciente da ventilação mecânica. Valores
corrigidas
próximos de 105 indica insucesso no processo
Resolução ou melhora da causa da falência
de desmame da ventilação mecânica. E valores
respiratória
menores que 50 otimiza o desmame.
Ausência de sepse ou estado gerador de
hipertermia
Índice de Tobin = Frequencia respiratória
Troca gasosa adequada (com PEEP ≤ 5 – ________________________
Volume corrente (L)
8cmH2O / FiO2 ≤ 0,4 – 0,5)
Boa gasometria ((PaO2 > 60 mmHg a uma
FIO2 < 40%; PEEP < 5 cmH2O; PAO2/PaO2
> 0.35; PaO2/FIO2 > 200 mmHg)
escore avaliação paciente em vm
Indíces preditivos de fracasso
Nenhum dos parâmetros são suficientemente
sensíveis ou específicos para serem usados como
preditores de sucesso do desmame. São apenas
uma '’noção’’ de quais seriam os valores.

Não é recomendado o
uso rotineiro na prática

Pontuação entre 0 a 2: desmame


Pontuação 3: indeterminado (sucesso ou fracasso)
Pontuação entre 4 e 9: não desmamar
15 Desmame da VM
Brenda Antunes @sobreafisio

Teste respiração espontânea Desmame em tubo-T


No TRE o paciente deve ser colocado em modo
pressão suporte ventilatória (PSV) de 5 a 7 cm-
H20 ou em Tubo T durante 30-120 minutos.

É considerado sucesso no TRE pacien-


tes que mantiverem padrão respirató-
rio, troca gasosa, estabilidade hemodi-
nâmica e conforto adequados durante
30 a 120 minutos.

critérios interrupção do teste


FR > 35ipm
SaO2 < 90
FC > 140bpm dESVantagens Desmame tubo-T
PAS >180 mmHg ou < 90mmHg
Falta de controle sobre a FiO2
Início ou piora do desconforto respiratório
Incapacidade de garantir o volume mínimo
Sinais de aumento do trabalho respiratório
Colapso alveolar devido a ausência de PEEP
(uso de musculatura acessória e
Maior necessidade de supervisão devido a
assincronismo toracoabdominal)
falta de alarmes
Clínica: agitação, sudorese, alteração nível de
Ausência de monitorização adequada devido
consciência.
a desconexão total do respirador
Retirada brusca de pressão positiva das vias
critérios indicando tolerância aéreas podendo levar a insuficiência
ventricular esquerda
Troca gasosa aceitável
Resistência imposta pelo tubo trauqueal a
SpO2 >85-90%
qual aumenta o trabalho respiratório durante
PaO2 > 50-60mmHg
a respiração espontânea.
pH ≥ 7,32
Aumento da PaCo2 < 10mmHg Desmame por modo psv
Hemodinâmica estável Nesse modo de desmame, cada esforço inspiratório
FC < 120- 140bpm do paciente é assistido por pressão inspiratória
PAS < 180-200 preestabelecida no ventilador.
PAD > 90mmHg com aumento <20%
Padrão ventilatório estável Nível inicial: assegurar um volume corrente
FR < 30-35irpm e aumento < 50% maior que 5ml/kg e frequência respiratória
abaixo de 25irpm
A redução da PSV é geralmente entre 2 a
4cmH2O de acordo com a tolerância do
paciente.
15 Desmame da VM
Brenda Antunes @sobreafisio

vantagens do desmame psv Desvantagens do desmame psv


Compensa o trabalho imposto pelo tubo traqueal Incapacidade de assegurar um volume
Pode incorporar SIMV, PSV, PEEP minuto mínimo
Padrão de fluxo mais fisiológico e confortável Ineficiência de manutenção da ventilação
Permite variabilidade do trabalho respiratório do alveolar
paciente Colapso alveolar devido à ausência de PEEP

O que fazer na PIORA CLÍNICA E GASOMETRICA?

Reintubação com cânula 0,5 mm menor que a


anterior
Atentar para aparecimento de pneumonia
nasocomial
Nova tentativa só após dois a três dias e sempre que
possível com avaliação endoscópica das VAS.
Na presença de lesões importantes, de paralisia das
cordas vocais ou na constatação da necessidade de
uso

CAUSAS E MEDIDAS TERAPÊUTICAS


16 Ventilação não invasiva
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é a VNI? Distúrbios do sono


Doenças neuromusculares
A ventilação não invasiva é uma forma de
ventilação mecânica que utiliza interface externa. Contraindicações da VNI
As máscaras servem para ofertar uma pressão Diminuição da consciência, sonolên-
através delas, fazendo com que o ar adentre as cia, agitação, confusão ou recusa do paciente
vias aéreas. Instabilidade hemodinâmica com necessidade
de medicamento vasopressor
Objetivos da VNI Obstrução de via aérea superior ou trauma de
Melhora das trocas gasosas face
Aumento do volume corrente Tosse ineficaz ou incapacidade de deglutição
Redução da frequência respiratória Distenção abdominal, náuseas ou vômitos
Redução do trabalho muscular respiratório Sangramento digestivo alto
Infarto agudo do miocárdio
Fatores preditivos dE sucesso P.O recente de cirurgia de face, via aérea
superior ou esôfago.
Menor idade
Secreções escassas Interrupção da VNI
Ausência de pneumonia Intolerância à interface
Melhor score neurológico Assincronismo doente / ventilador
Gravidade inicial mais baixa Ausência de melhoria das trocas gasosas
92 mmHg < paCO2 > 45 mmHg e/ou dispneia
Boa adaptação à interface (sem fugas) Instabilidade hemodinâmica, isquemia do
Capacidade de cooperação; sincronismo miocárdio ou disritmia ventricular
doente/ventilador Necessidade urgente de EOT (secreções
Melhoria clínica e das trocas gasosas nas abundantes, protecção da via aérea)
primeiras duas horas de VNI Incapacidade de melhorar o estado de
consciência após 30 minutos de VNI em
Problemas com o uso de VNI doentes hipoxêmicos e agitados

Congestão nasal
Secura das mucosas Interromper a VNI caso o
Escape de ar na máscara paciente apresente alguma
Conjuntivite dificuldade mencionada
Pneumonia de aspiração acima.
Distensão gástrica
Iniciar o avanço para
Indicações para o uso de VNI intubação orotraqueal.

Insuficiência respiratória aguda


Edema agudo pulmão
DPOC
Crise asmática
16 Ventilação não invasiva
Brenda Antunes @sobreafisio

Tipos de máscaras Escolha da interface da VNI


Conforto
Máscaras Nasais Peso da máscara
Tipo de fixação (facilitar colocar e retirar)
Vantagem: menor risco de Presença de menor escape de ar
aspiração e claustrofobia, permite Pressão homogênea dos pontos de contato
a fala e alimentação.
Desvantagem: vazamento
oral, irritação nasal

Critério de ajuste das máscaras


Máscaras Oronasais 0 a 6 LPM: muito justa
7 a 25 LPM: bem ajustada
Vantagem: reduz o vazamento 2 a 60 LPM: folgada
oral
Desvantagem: claustrofobia,
risco de aspiração e asfixia, Medida do tamanho
risco de reinalação de CO2, do nariz
dificuldade na fala.

Modos de vNI
Máscaras facial total Assistido: o doente desencadeia todos os
movimentos ventilatórios e o ventilador
Vantagem: evita escapes
auxilia insuflando o volume
aéreos, menor risco de úlceras,
fácil ajuste, mais confortável em
Assistido controlado: o paciente
usos prolongados.
desencadeia alguns movimentos ventilatórios
Desvantagem: maior risco de
e o ventilador inicia os restante
broncoaspiração, risco de
reinalação de CO2, maior
CPAP: pressão contínua nas vias aéreas –
espaço morto
aumenta pressão nas vias aéreas, ganho na
CRF, expansão de áreas pulmonares
Capacete (Helmet) colapsadas, redução do shunt, redução da
hipoxemia, benefícios na complacência
Vantagem: pulmonar e redução do trabalho respiratório.
confortável, menor
escape aéreo. BIPAP: dois níveis de pressão (IPAP: pressão
Desvantagem: inspiratória e EPAP: pressão expiratória)
reinalação CO2, risco reduz o trabalho respiratório e FR, aumenta o
de asfixia, alto ruído VC.
interno.
17 Apneia obstrutiva do sono
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é Síndrome apnéia (saos) Exames diagnósticos


A apneia do sono é caracterizada por insuficien- Polissonografia domiciliar
tes esforços inspiratórios associados a oclusão Polissonografia no laboratório do sono
dinâmica e repetitiva da faringe durante o sono
que resulta em pausas inspiratórias de 10 segun- Polissonografia
dos ou mais, acompanhado ou não de hipoxemia. Fases do sono (%)
Microdespertares
por hora
Desenvolvimento da SAOS Dessaturações
Complacência das paredes musculares da Apneia (ev/h)
faringe Hipopneia (ev/h)
Pressão negativa inspiratória no interior das Movimento pernas
vias aéreas
Desequilíbrio de forças entre as pressões Classificação gravidade SAOS
positivas de estruturas da faringe
Normal: até 5 (ev/h)
Leve: 5 < a < 15 (ev/h)
Hipopneia (roncos): diminuição do
Moderada: 15 < a < 30 (ev/h)
fluxo inspiratório (de 30-90%) por
Grave: >30 (ev/h)
mais que 10 segundos.

Apneia: diminuição do fluxo Reação do corpo após apnéia


inspiratório ( >90%) por mais que 10 Elevação da frequência cardíaca
segundos Despertar súbito ou ativação subcortical
Hiperventilação com reoxigenação
Fatores de risco para saos Elevação súbita da pressão arterial sistêmica

Idade avançada
Sexo masculino Tratamento apnéia do sono
Obesidade, Objetivos gerais do tratamento é reverter a hipo-
Hormônios ventilação melhorar a qualidade do sono, reduzir
Genética o peso, melhorar a função pulmonar.
Anatomia do palato
Circunferência do pescoço Placa: puxa a língua à frente
CPAP: mantem a via aérea
Sintomas da apnéia do sono aberta, evita o colapso e
melhora a oxigenação
Cefaléia matinal
Perda de memória BILEVEL: os ajustes de IPAP e EPAP aju-
Défict de Atenção dam a manter a via aérea aberta e melhora
Fadiga, cansaço a oxigenação
Irritabilidade, ansiedade
18
Espirômetro de incentivo
Brenda Antunes @sobreafisio

eSPIROMETRIA DE INCENTIVO ESPIRÔMETROS A Fluxo


A espirometria de incentivo é uma técnica de Os espirômetros de incentivo a fluxo não têm
expansão pulmonar a qual utiliza-se os marcador de volume, mas somente escalas
espirômetros para estimula inspirações numéricas indicando o fluxo inspiratório que
profundas, lentas e sustentadas. deve ser desenvolvido durante a realização das
inspirações.
Tipos de espirômetros
Exitem dois tipos de espirômetros de incentivo: Escalas numéricas
espirômetros orientados a volume e a fluxo. indicando fluxo

Fluxo: um fluxo predeterminado deve ser


atingido
Volume: um volume predeterminado deve
ser atingido Marca conhecida
Respiron Classic
ESPIRÔMETROS A VOLUME
Os espirômetros de incentivo a volume têm Descrição da técnica
indicadores da qualidade do fluxo inspiratório. Envolver o bocal do aparelho com os lábios,
Durante o uso de aparelhos a volume, deve-se de forma a evitar a entrada de ar
prescrever o volume a ser alcançado e orientar externamente a ele
quanto ao fluxo inspiratório. Segurar o espirômetro de incentivo na
posição vertical, dentro do seu campo de
Prescrição do volume: deverá corresponder visão
a 2 ou 3 vezes o volume corrente do Inspirar profunda e lentamente, tentando
paciente (VC: 5 a 8 mL/kg) manter o fluxo inspiratório constante até
atingir o volume ou o fluxo prescritos. Essa
inspiração deve ser iniciada a partir da
capacidade residual funcional, ponto de
Marca conhecida
equilíbrio do sistema respiratório.
Voldyne
Retirar os lábios do bocal.
Realizar uma pausa pós-inspiratória de 3 a 5
segundos.
Expirar até a capacidade residual funcional,
de maneira "suave': sem realizar expiração
forçada.
Repetir as inspirações no mínimo de 5 a 10
vezes, podendo haver descanso entre elas
Determinando
para evitar a ocorrência de hiperventilação.
o volume
18
Espirômetro de incentivo
Brenda Antunes @sobreafisio

Indicações da espirometria de incentivo


Condições que predispõem o desenvolvimento de atelectasias
Cirurgias abdominais altas, cirurgias torácicas e cirurgias em
portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica.
Alterações pulmonares restritivas associadas à tetraplegia e/ou
disfunção diafragmática.

cONTRA-Indicações da espirometria de incentivo


Falta de cooperação ou pela incapacidade de compreender as
instruções
Crianças menos de 4 anos de idade
Paciente incapaz de respirar profundamente de maneira efetiva
(capacidade vital menor que 10 mL/kg, ou capacidade inspiratória
menor que 1/3 do previsto)
Hiperinsuflação pulmonar

BENEFÍCIOS da espirometria de incentivo


Melhora da função pulmonar
Fortalecimento da musculatura respiratória
Aumento dos volumes e capacidades pulmonares
Auxilia a normalização dos padrões ventilatórios
Maior controle da ventilação
Educação respiratória do paciente

FREQUÊNCIA da espirometria de incentivo


Os exercícios para expansão pulmonar estão indicados com
realização diária.

Variam de 3 a 5 séries de 5 a 20 repetições


É recomendado que o espirômetro de incentivo seja utilizado a
cada hora, enquanto o paciente estiver acordado.
19 EPAP
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é o epap? Aumento permeabilidade alvéolo-capilar


(devido ao aumento da pressão, pode
O EPAP (pressão expiratória positiva nas vias
distender as junções e alterar permeabilidade)
aéreas) é uma técnica de expansão pulmonar
que utiliza a PEEP (pressão positiva expiratória) Indicações do epap
a qual atua sobre as vias aéreas podendo ser
Remoção de secreções, em pacientes
utilizada na respiração espontânea ou na
hipersecretivos
ventilação artificial.
Prevenção ou tratamento de atelectasias
Otimização do uso de broncodilatadores
Fundamento fisiológico Realização de exercícios respiratórios
Na terapia com pressão positiva, o aumento da Redução do aprisionamento aéreo (DPOC,
pressão transpulmonar ocorre por meio do ASMA)
aumento da pressão alveolar. A aplicação da Pós operatório de cirurgias
pressão positiva expiratória prolonga a
permanência do ar dentro dos pulmões e, dessa Contra Indicações do epap
forma, otimiza a hematose. Dificuldade de realizar a técnica devido ao
aumento do trabalho respiratório
Efeitos terapêuticos Instabilidade hemodinâmica
Pressão intracraniana (>20mmHg)
Sinusite aguda e otite média
Pneumotórax e fistulas broncopulmonares
Hemoptise e epistaxe
Recrutamento alveolar (ventila todos os
Traumatismo ou cirurgia região da face
alvéolos colapsados e não colapsados)
Cirurgia no esôfago
Aumento da CRF (decorrente do
recrutamento alveolar, favorece a hematose)
Descrição da técnica
Redistribuição da água extravascular
Melhora da relação ventilação/perfusão Paciente assentado, braços sobre a mesa e com
(diminui shunt e melhora hematose) corpo inclinado de 45 a 60º mascara bem ajustada
Melhora oxigenação arterial na boca e nariz. Quando for utilizado o bocal, deve-
Melhora a complacência pulmonar se usar o clipe nasal.
Remoção das secreções brônquicas (devido
ao aumento da ventilaçao colateral) A relação inspiração/expiração deve ser
Melhora a troca gasosa mantida, sempre que possível, na proporção de
1:3 ou de 1:4
A evolução do nível pressórico deve ser lenta e
gradual
Efeitos DELETÉRIOS
Conjunto EPAP: máscara facial, válvula
Aumento da resistência vascular pulmonar
unidirecional, conecção redutora e válvula
(compressão dos capilares devido a distenção
spring load (válvula PEEP 5-20cmH2O)
dos alvéolos)
20 Cpap e Bipap/Bilevel
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é o CPAP? O que é o BIPAP?


O CPAP é uma modalidade ventilatória na qual O BIPAP é uma modalidade ventilatória
é aplicada uma pressão contínua nas vias aéreas pressórica que permite ajuste da pressão
durante todo o ciclo respiratório. positiva durante a inspiração (IPAP) e a
expiração (EPAP) de forma independente. A
EFEITOS FISIOLÓGICOS CPAP e Bipap pressão positiva inspiratória é mais elevado e a
Ganho na capacidade residual funcional expiratória menor devendo ter pelo menos
Reduz o trabalho respiratório 5cmH2O e diferença entre elas.
Reduz o shunt e melhora as trocas gasosas
Aumenta a ventilação colateral Indicações do BIPAP
Melhora a complacência pulmonar
Insuficiência respiratória hipoxêmca e
Indicações do cpap hipercarpnica (DPOC)
Suporte ventilatório no desame
Apneia do sono
Insuficiência respiratória hipoxémica contra Indicações do BIPAP
Edema agudo de pulmão
Parada respiratória
Atelectasia / Pneumonia
Traumas faciais
Pacientes com hipoxemia na ausência de
Paciente hemodinamicamente instável
hipercapnia
Falência multipla dos orgãos
Distenção abdominal, náuseas
ContraIndicações do cpap Tosse ineficaz ou incapacidade de deglutir
Parada cardiorrespiratória
Necessidade de intubação
Instabilidade neurológica com perda do
reflexo protetor Modo espontâneo: requer que o paciente
Pós operatório recente de cirurgia facial, inicie cada ciclo respiratório (ajuste IPAP e
esofágica ou gástrica EPAP)
Hipoxemia ou hipercapnia refratária com pH
< 7,25 Modo assistido-controlado: o ventilador
cicla entre INS e EXP de acordo com o
O USO do cpap esforço do paciente, cicla automaticamente
se o paciente não iniciar a inspiração dentro
O paciente deve respirar de um intervalo de tempo predeterminado
espontaneamente (ajuste IPAP, EPAP e frequência de
Pressão: ≥ 8cmH2O segurança)
Tempo: ≥ 30 minutos
Posicionamento: 30-45º Modo controlado: o ventilador controla todo
ciclo respiratório (ajustar tempo INS e EXP,
ajuste IPAP, EPAP e frequência de
segurança)
21 Treino muscular respiratório
Brenda Antunes @sobreafisio

Treino muscular respiratório É necessário o paciente manter padrão


respiratório constante, mesmo com a variação
O treinamento dos do tamanho do orifício.
músculos respira-
tórios deve seguir Treinamento: 30 minutos,
os princípios bá- Frequência: 5 vezes por semana
sicos, tais como a ou diariamente
especificidade, a
sobrecarga (inten-
sidade e duração TreinO carga linear (Threshold)
do estímulo) e a reversibilidade.O treinamento da Estratégia mais utilizada para treinar músculos
musculatura respiratória pode ser feito com o obje- inspiratórios, devido ao fato de ser realizada com
tivo de aumentar a força ou a endurance. carga linear que se mantém constante, indepen-
dentemente do fluxo gerado pelo paciente.
TreinO carga alinear (P-fLEX)
Treinamento realizado com resistência a fluxo
(P-Flex)
Desvantagem do P-Flex: resistência alinear (flu-
xo-dependente). Quanto menor o fluxo gerado,
menor é o esforço necessário.
Carga: imposta pelo tamanho dos orifícios, o
menor orifício é o que proporciona a maior
sobrecarga
Técnica: inspirar através do bocal com utili-
zação de clipe nasal e gerar uma pressão sub-
atmosférica capaz de abrir a válvula
Carga: resistência aumentada com o aumento
da resistência da mola (cmH20).

Treinamento: 3 a 7 vezes por


semana, 10 a 30 minutos (1 ou 2x
ao dia) Intensidade: 30 a 70% da
PImáx.

benefícios do treino
Descrição da técnica p-flex Diminuição da dispneia
O indivíduo deve inspirar por meio de um orifício Aumento da força musculatura inspiratória
A expiração é realizada de forma fisiológica. Aumento da tolerância ao exercício
O treinamento deve ser iniciado utilizando o Melhor qualidade de vida, capacidade
maior orifício disponível. funcional em indivíduos com DPOC
22 Flutter/Shaker
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é o flutter? Fisiologia do flutter


O flutter é um aparelho em forma de cachimbo A pressão expiratória positiva na via aérea
usado para assistir a eliminação de secreções evita o colapso prematuro das vias aéreas, e
brônquicas. Possui uma esfera metálica que ge- gera recrutamento de unidades periféricas, o
ra oscilação oral de alta frequência durante a ex- que auxilia na mobilização de secreção.
piração que gera a pressão expiratória positiva.
O mecanismo de vibração e aumento do
fluxo aéreo promova um descolamento da
secreção da parede das vias aéreas,
facilitando o movimento do muco para
regiões mais centrais.

Indicações clínicas do flutter


Asma
DPOC
Fibrose cística
Bronquiectasia
dESCRIÇÃO DA TÉCNICA Instabilidade bronquial
Paciente sentado, inclinando o aparelho 30º Colapso prematuro das vias aéreas
Posicionar o aparelho com os lábios Pós-operatório de cirurgias abdominais e
envolvendo completamente o bocal torácicas.
Realizar uma inspiração nasal, seguida de
pausa pós-inspiratória com duração de 2 a 3 CONTRAIndicações clínicas
segundos
Expiração oral com velocidade suficiente Enfisema
para movimentar a esfera. Hemoptise;
Pneumotórax;
Sequência: repetida de 10 a 15 ciclos Doenças cardiovasculares descompensadas.
respiratórios
Tempo de uso: 15 minutos por Benefícios do uso do flutter
sessão.
Dimi
Diminuição
nuição da
viscosidade da secreção
Previne colapso prema-
turo das vias aéreas
Mobilização de secre-
ções na árvore tra-
queobrônquica
23 Acapella
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é A Acapella? Realização da técnica


A acapella é um recurso de higiene brônquica Posição: confortável para o paciente, não
que tem como objetivo facilitar o clearance de depende da gravidade
secreções em pacientes hipersecretivos. Esse Início: resistência mínima para que o
dispositivo associa os benefícios da oscilação de paciente aprenda a técnica correta e se
alta frequência do fluxo aéreo com a eficiência adapte ao procedimento.
da terapia por PEEP. Resistencia ideal: paciente deve manter a
expiração por 3 segundos sem interrupção.
Cores da acapella (padronizada) Relação I:E 1:3

VERDE= fluxo maior que 15L/min


AZUL= fluxo menor que 15L/min

Inspirar lenta e profundamente com


volumes pulmonares entre a CRF e CPT
Expiração deve ser sempre realizada a
CRF.
Deve-se sempre usar o padrão
respiratório diafragmático
Realizar pausa inspiratória de 2-3
Funcionamento da acapella segundos..
segundos

O ar expirado através da acapella, é direcionada 10-20 sequencias I:E, seguidas


para um orifício que periodicamente abre e fe- de 3 a 4 series de huffing.
cha, promovendo oscilações no fluxo de ar du-
rante toda fase expiratória . Indicações da acapella
Ajuste da frequência: dispositivo rotatório Asma
localizado na extremidade da peça bucal DPOC
Fibrose cística
Doenças pulmonares que causam
hipersecreção
O USO do cpap Prevenção e reversão de atelectasias

ContraIndicações da acapella
Instabilidade hemodinâmica
Incapazes de tolerar aumento de trabalho
respiratório
Sentido horário: aumenta a resistência Pressão intracraniana maior que 20mmHg
Sentido anti-horário: diminui a resistência Traumas ou cirurgia recentes face/esôfago
Pneumotorax não drenado
24 Drenagem autógena
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é drenagem autógena? Fase 1: fase do descolamento


A drenagem autógena é uma técnica de desobs- Inicia-se com uma expiração oral lenta e
trução brônquica. Trata-se de um método de forçada, recrutando-se percentuais do volume
controle da respiração que mobiliza secreções de reserva expiratório (VRE).
de diferentes gerações brônquicas, por meio da Inspiração a baixo volume, recrutando-se per-
maior variação possível do fluxo expiratório, sem centuais do volume corrente (VC).
provocar a compressão dinâmica das vias aére- Pausa pós-inspiratória de 2 a 3 segundos.
as. Expiração oral lenta recrutando-se
percentuais do VRE.
Posicionamento da técnica
Fase 2: fase da coleta
Inspiração nasal a médio volume, ou seja,
com variações progressivas, recrutando-se
percentuais maiores de VC.
Pausa pós-inspiratória de 2 a 3 segundos.
Expiração oral lenta recrutando-se
percentuais do VRE.

Fase 3: fase da eliminação


Inspiração nasal a alto volume, recrutando-se
o VC e percentuais do volume de reserva
inspiratório (VRI).
Paciente: assentado, ereto, relaxado, com a Pausa pós-inspiratória de 2 a 3 segundos.
cabeça em neutro, deve-se utilizar um bocal Expiração oral em nível de VC.
(ativação do reflexo bucofaríngeo que Por último, realização da técnica de expiração
favorece a manutenção da glote aberta.) forçada a altos volumes (huffing).
Mãos do terapeuta: as mãos apoiadas sobre
o tórax superior para auxiliar na Cada fase da técnica deve ser repetida de 4 a 5
desinsuflação pulmonar durante as duas vezes, sucessivamente, sem intervalos. Todo o
primeiras fases da técnica procedimento pode ser repetido por 30 a 45
minutos, 2 vezes ao dia. Porém, a duração duração
fases da técnica e o número de sessões podem ser alterados,
Fase 1: fase do dependendo da quantidade e da viscosidade da
descolamento secreção.
Fase 2: fase da
coleta
Princípios fisiológicos
Fase 3: fase de Inspirações e expirações lentas com o objetivo de
eliminação "descolar, "coletar, e "deslocar’’ progressivamente
(desobstrução) as secreções até sua eliminação proximal.
24 Drenagem autógena
Brenda Antunes @sobreafisio

Princípios fisiológicos
Fase 1: baixos volumes pulmonares, o fluxo aéreo atingirá a periferia descolando as secreções
Fase 2: médios volumes pulmonares, as secreções serão coletadas nas vias aéreas médias
Fase 3: altos volumes pulmonares o fluxo aéreo atingirá as vias aéreas centrais, o que permitirá a
eliminação das secreções por meio do huffing ou tosse.

Efeitos fisiológicos
Melhora da hematose
Auxilia na mobilização de secreções das vias aéreas periféricas
Melhora da ventilação, observada por meio dos testes de função
pulmonar
Ganho na relação ventilação/perfusão (V/Q), observado por meio
da gasometria arterial
Ganhos na capacidade funcional observados por meio dos
testes de performance física e das escalas de dispneia

Indicações clínicas

Adultos, adolescentes e crianças a partir dos 5 ou 6 anos de


idade apresentando enfermidades respiratórias crônicas,
hipersecretivos, com retenção de secreções em vias aéreas
periféricas
Pacientes cooperativos e motivados que tenham boa
concentração e domínio da técnica, e consigam controlar sua
respiração sem desenvolver fadiga
Pacientes hipersecretores e broncorreativos, nos quais a
técnica é melhor tolerada quando comparada às que utilizam
as expirações forçadas

Contraindicações clínicAS

Pacientes instáveis hemodinamicamente


Pós-operatório recente de toracotomia e ou laparotomia
Doença respiratória aguda
Pacientes pouco cooperativos e que controlam mal sua
respiração.
25 Ciclo ativo da respiração
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é o ciclo ativo? realizadas as técnicas de percussão, tapotagem e


vibração.
O ciclo ativo das técnicas respiratórias (CATR) é
uma técnica desobstrutiva com a finalidade de Técnica de expiração lenta (TEL)
promover a perviedade das vias aéreas a partir
Esta técnica consiste em 1 ou 2 expirações lentas
da periferia pulmonar. São combinações de
realizadas a baixo volume pulmonar conforme
técnicas de controle da respiração.
descr
descrição
ição a seguir:
Inspiração nasal a VC
Posicionamento da técnica Expiração oral lenta com a glote aberta
O paciente pode posicionar-se em decúbito recrutando percentuais de VRE.
dorsal, ventral, lateral ou assentado. A técnica Após sua realização, faz-se um período de
pode ser realizada de forma independente ou controle da respiração (até 2x)
com assistência.
Se a secreção atingir as vias aéreas proximais,
Sequência do ciclo ativo o paciente realiza o huffing para a higiene
brônquica.
Controle da respiração (CR)
Exercícios de expansão torácica (EET)
Caso as secreções não atinjam as vias aéreas
Controle da respiração (CR)
proximais, todo o ciclo deve ser repetido.
Exercícios de expansão torácica (EET)
Controle da respiração (CR)
Técnica de expiração lenta (TEL) Realização da técnica
Controle da respiração (CR) Realizar no míni
mínimo
mo 10 minutos na posição que
Técnica de expiração forçada (TEF) favorece a desobstrução
(huffing) ou tosse espontânea A técnica pode ser ensinada para o paciente
para que ele possa realiza-la quantas vezes for
necessária durante o dia
Controle da respiração (CR) Interromper se o paciente apresentar tosse
O paciente deve relaxar a região torácica supe- seca após 1 ou 2 expirações forçadas a baixo
rior e os ombros e respirar ca
calmamente
lmamente usando o volume pulmonar em um período de até 30
tórax inferior. O controle da respiração deve ser minutos.
realizado por meio de inspirações e expirações
em nível de VC. Esta fase pode ser repetida de 3
a 4 vezes.

Exercícios expansão torácica


Consistem em exercícios de inspiraçõ
inspirações
es profun-
das realizados da seguinte forma:
Inspiração nasal lenta em nível de VRI
Pausa pós-inspiratória de 2 a 3 segundos
Expiração oral em nível de VC.
Repetida de 3 a 4 vezes, nas pausas podem ser
25 Ciclo ativo da respiração
Brenda Antunes @sobreafisio

Princípios fisiológicos
Controle da respiração: ao respirar o VC utilizando o
diafragma, é possível prevenir o aumento na obstrução
ao fluxo aéreo.
Exercício de expansão torácica: auxiliam a ventilação
dos canais colaterais por diminuírem a resistência ao
fluxo aéreo no sistema colateral e gerarem forças
expansivas nos alvéolos adjacentes
Técnica de expiração lenta: mobilizar as secreções
situadas em vias aéreas médias em direção às vias
aéreas centrais.

Efeitos fisiológicos

Maximização da ventilação Mobilização de secreções


nos canais colaterais das vias aéreas médias

Indicações clínicas

Pacientes idosos, jovens e crianças cooperativos


e com bom entendimento da técnica
Pacientes hipersecretivos e com patologias
pulmonares de diversas origens
Pacientes em pós-operatório
Pacientes com DPOC

Contraindicações clínicAS

Pacientes não Pacientes extremamente


cooperativos doentes.
26 Técnicas manuais
Brenda Antunes @sobreafisio

Tapotagem

Técnica fisioterapêutica que consiste na percussão da parede


do tórax com a mão em forma de concha, produzindo assim
uma onda de energia que é transmitida através dessa parede
para as vias aéreas promovendo afrouxamento do muco das
paredes brônquicas.

Deve ser aplicada sobre a roupa ou algum tecido para


evitar irritação da pele.

Movimento ideal: medial Tempo: 5 a 10 minutos de


para lateral manobras

Vibração

São movimentos oscilatórios aplicados sobre o tórax


podendo ser realizada manualmente ou utilizando aparelhos
elétricos que produzem vibração na parede torácica do
paciente. O efeito clínico desta técnica é a modificação das
propriedades físicas do muco, especialmente a viscosidade.

É aplicado na fase expiratória, o terapeuta deve colocar as


mãos na região selecionada pela ausculta pulmonar. As
mãos executam leve pressão na região torácica, necessária
para potência alisar o efeito vibratório o que é produzido
pela tetanização dos músculos do antebraço e repercutido
para as palmas da mão do terapeuta e tórax do paciente.

Vibradores mecânicos e almofadas vibratórias são menos eficientes.


26 Técnicas manuais
Brenda Antunes @sobreafisio

COMPRESSÃO-DESCOMPRESSÃO

Consistem em comprimir o tórax na expiração e descomprimir de


forma abrupta permitindo restaurar a ventilação das unidades
alveolares comprometidas.

Pressiona-se manualmente a região torácica correspondente à


área pulmonar comprometida durante a fase expiratória que deve
ser forçada e longa.

Em seguida, pede-se ao paciente que realize uma inspiração


profunda; nesse momento encontrará uma resistência promovida
pelo fisioterapeuta que, no mesmo momento, retira a compressão
bruscamente, o que direciona o fluxo ventilatório para a região
dependente e promove a expansibilidade da região a ser tratada.

vibrocompressão

Consiste na associação das manobras de vibração e de


compressão torácica, no sentido anatômicos dos arcos
costais, aplicada na fase expiratória do ciclo respiratório, de
forma constante, lenta e moderada, promovendo fluidificação
e deslocamento de secreções pulmonares para vias aéreas de
maior calibre para que, posteriormente, sejam eliminadas
pela tosse ou aspiração.

A vibrocompressão associa essa vibração com compressão


torácica. O fundamento da vibração está vinculado à
propriedade do muco de liquefazer-se durante a agitação,
portanto, o emprego desse recurso facilita a depuração da
secreção.

Vibradores mecânicos e almofadas vibratórias são menos eficientes.


27 Drenagem postural
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é a drenagem postural? Objetivos fisiológicos


A drenagem postural é uma técnica de remoção de Tentativa de mobilizar secreções, acelerar a velo-
secreção brônquica que utiliza a força da gravida- cidade do muco traqueal, aumentando sua elimi-
de para auxiliar o batimento mucociliar, na tenta- nação através de posições que permitem a gravi-
tiva de ajudar a deslocar as secreções brônquicas. dade exercer sua influência sobre áreas lesadas do
pulmão, melhorando assim a condutância das vias
aéreas.

Indicações da drenagem
Bronquiectasia
Fibrose cística
Pneumonia
Atelectasias
Hipersecreção

ContraIndicações da drenagem

Posição do paciente
O paciente deve ser posicionado de modo que o
brônquio correspondente ao segmento bronco-
pulmonar a ser drenado permaneça na mesma
direção da força da gravidade (posição vertical).

Princípios fisiolÓgicos

A verticalização dos brônquios segmentares


facilita a remoção de secreção localizada nas
regiões ventiladas por esses brônquios.
As posturas favorecem a abertura de
brônquios e alvéolos, melhorando a interação
gás líquido
Posição prona: ocorre redução do gradiente de
pressão intrapleural e a ventilação se torna
mais uniforme.
27 Drenagem postural
Brenda Antunes @sobreafisio

Posturas de drenagem
Cada posição deve ser mantida de 3 a 15 minutos, o que requer
pelo menos 1 hora para uma drenagem completa.
27 Drenagem postural
Brenda Antunes @sobreafisio

Posturas de drenagem
Cada posição deve ser mantida de 3 a 15 minutos, o que requer
pelo menos 1 hora para uma drenagem completa.
27 Drenagem postural
Brenda Antunes @sobreafisio

Posturas de drenagem
Cada posição deve ser mantida de 3 a 15 minutos, o que requer
pelo menos 1 hora para uma drenagem completa.
28 Cough Assit
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é o Cough assist? mECANISMO DE AÇÃO


O cough assist é um aparelho que auxilia na tosse. A aplicação gradual de pressão positiva com
Ele torna a sua tosse mais eficaz, ajudando a man- uma rápida mudança para pressão negativa.
ter as vias aéreas desobstruídas, reduzindo a ocor- Essa mudança brusca de pressões gera um
rência de Infecções respiratórias Esse é um dispo- fluxo exalatório rápido e turbulento que simula
sitivo insuflação/exsuflação mecânica que simula a o processo da tosse.
tosse natural administrando gradualmente um
grande volume de ar aos seus pulmões.

Benefícios do uso
Diminuição da falta de ar
Melhora na oxigenação
tecidual global
Auxilio na tosse ou
substituição da mesma
Redução da recorrência
de infecções respira-
tórias
Diminuição do tempo de
internações hospitalares
Facilidade no desloca-
mento da secreção pul-
monar

O Cough Assist é utilizado


com uma máscara facial de
borda inflável sem exalação,
um bocal ou diretamente na
traqueostomia ou tubo en-
dotraqueal.

ContraIndicações
Indicações
ELA
Pacientes hipersecretivos
SARA
Fraqueza muscular
Traqueomalácia
Incapacidade de gerar
Enfisema bolhoso
volumes inspiratórios
Barotrauma recente
suficientes para auxílio
Edema agudo pulmonar
das fases da tosse.
Instabilidade hemodinâ-
mica
29 Coronavírus (covid 19)
Brenda Antunes @sobreafisio

O que é o Covid 19? Transmisssão e contaminação


A COVID-19 é uma doença causada Espirro, tosse,
pelo coronavírus, denominado Aperto de mão
SARS-CoV-2, que apresenta um Gotículas de saliva
espectro clínico variando de infec- Objetos ou superfícies contaminadas
ções assintomáticas a quadros Tocar vias aéreas superiores e olhos
graves. causa sintomas parecidos
com os de uma gripe comum. Diagnóstico da covid 19

Histórico covid 19
Clínico: se o paciente apresenta alguns dos
Em dezembro de 2019, casos de infecção do sinais ou sintomas descritos previamente
sistema respiratório diagnosticados em
Wuhan, província de Hubei, na China, Diagnóstico laboratorial: PCR e exame
chamaram a atenção. sangue (IgM e IgG)
Poucos dias depois, em janeiro de 2020,
uma nova cepa de coronavírus foi RT-PCR (swab-nasal): deve ser realizado
identificada no lavado brônquico de uma das normalmente até o oitavo dia de início de
pacientes infectadas. sintomas. Apresenta elevação da proteína C
A OMS denominou como Coronavírus 2019 reativa.
(SARS-CoV2).
Com evolução muito rápida na contamina- Imunológico (exame de sangue): detecta, ou
ção de pessoas (altamente virulento), a OMS não, a presença de anticorpos em amostras
declarou a COVID-19 como emergência de coletadas a partir do oitavo dia de início dos
saúde pública de preocupação mundial. sintomas: Ensaio imunoenzimático, Imunocro-
matografia (teste rápido), Imunoensaio por
sINAIS E SINTOMAS DA COVID 19 eletroquimioluminescência.
Tosse
Febre Diagnostico imagem: RX ou tomografia
Coriza computadorizada (TC) de tórax alterados
Dispnéia com consolidação e sinal de vidro fosco.
Cansaço
Perda de olfato Infecção pelo covid 19
Dor de garganta
Alteração do paladar Receptor da enzima conversora de angioten-
Diminuição do apetite sina 2 (ACE2)
Dificuldade para respirar Receptores que existem em células epiteliais
Náuseas, vômitos, diarreia dos pulmões, intestinos, rins e vasos
sanguíneos, e aos quais o SARS-CoV-2 se
liga para infectar o organismo humano.
29 Coronavírus (covid 19)
Brenda Antunes @sobreafisio

Classificação da covid 19 Sistema fechado de aspiração


Assintomática: aquela sem nenhum sinal e Tem como objetivo conservar a via aérea limpa e
sintomas de desconforto, RX normal, com pérvia, proporcionando uma ventilação eficaz, atra-
swab ou lavado positivo para COVID-19. vés da remoção de secreções.
Leve: sintomas leves de infeção respiratória de
vias aéreas superiores, incluindo febre, fadiga, Faze
Fazerr uso sempre que o paciente apresentar
tosse retenção de eliminações nas vias aéreas e não
Moderada: infecção de vias aéreas inferiores conseguir eliminar por si só.
com tosse, febre, desconforto respiratório,
sibilos na ausculta pulmonar, e possível
hipoxemia. TC de tórax com lesão pulmonar diagnóstico de imagem covid
subclínica
Grave: infecção de vias aéreas inferiores com
tosse, desconforto respiratório precoce, febre,
cianose, hipoxemia (SpO2 <92%), diarréia,
sintomas gastrointestinais
Gravissíma: Vias aéreas inferiores, tosse com
desconforto respiratório, evolução rápida para Imagens de vidro
IRA e SARA (sepse, encefalopatia, IC e renal) fosco em bases
pulmonares

Fenótipos covid tipo l - h


Tipo L: complacência pulmonar normal,
baixa relação ventilação-perfusão, den-
sidades de vidro fosco na TC, baixa ca-
pacidade de recrutamento pulmonar.

Tipo H: aumento da elastância pulmo-


nar, shunts elevados da direita para a es-
pARÂMETROS VENTILATÓRIOS COVID
querda, aumento do peso e da recrutabi-
lidade pulmonar.
VC≤ 6 ml/ kg predito
Tratamento da covid 19 FR= 12 irpm
Pplatô ≤ 30 cm H2O
Cânula de alto fluxo nasal
PEEP ≥ 5 cm H2O
Ventilação não invasiva
Segue em anexo arquivo de recomenda-
Sistema fechado de aspiração
ções para guiar a prática clínica: manejo
Ventilação mecânica invasiva
de fisioterapia para covid-19 em am-
Risco elevado de contaminação na VNI biente hospitalar para casos agudos.
devido ao potencial de aerossolização.
30 Exercícios respiratórios
Brenda Antunes @sobreafisio

exercício freno labial Expansão torácica


Paciente deverá realizar expiração suave contra O paciente deverá realizar uma inspiração
a resistência imposta pelos lábios ou dentes se- profunda nasal, expandindo a região na qual está
mifechados, o paciente deverá soltar o ar entre posicionada as mãos do fisioterapeuta (mãos
os dentes fazendo um barulhinho “tsssssss” o no lado, na região das costelas inferiores) deverá
tempo de expiração pode ser curto ou lento. exercer uma leve compressão no início dessa fase
A fase expiratória pode ser associada ao freno-
labial e a uma compressão leve e firme da mão, na
área apoiada, o que contribui para a depressão das
costelas.

Expansão Apical
respiratório diafragmático A técnica consiste no apoio da mão ou dos dedos
O exercício diafragmático é realizado aplicando na região abaixo da clavícula. A inspiração deve
estímulo manual na região abdominal, com leve ser nasal, expandindo-se o tórax superior contra a
compressão, solicitando-se inspiração nasal de pressão manual. A expiração pode ser associada
forma suave e profunda com deslocamento ao freno labial.
anterior da região abdominal.

Suspiros inspiratórios
Inspirações nasais breves,
sucessiv
sucessivasas e rápidas até atingir
a capacidade inspiratória
máxima. A expiração deve ser
realizada de forma suave e
prolongada, com resistência
labial e leve compressão na
região estimulada.
30 Exercícios respiratórios
Brenda Antunes @sobreafisio

Inspiração 3 tempos Exercício respiratório intercostal


Inspiração nasal, suave e curta, fracionando o Paciente sentado. Inspiração nasal enfatizando o des-
tempo inspiratório total com pausas intermediá- locamento da região superior do tórax, seguida de
rias. A expiração é lenta e suave, podendo ser expiração passiva pelo nariz (trabalha músculos do
associada ao freno-labial. tórax).

Exercício INSPIRAção máxima


Colocação das mãos na região torácica inferior ou na
respiração desde o vr região abdominal, associando uma inspiração lenta e
suave, pelo nariz, até a máxima capacidade inspira-
Expiração prolongada entre os lábios aaté
té atingir
tória. Na sequência, faz-se uma exalação de pequeno
o nível do volume residual com o indivíduo na
volume, outra inspiração máxima, nova expiração
posição sentada. A seguir, realiza-se uma ins-
breve e uma última inspiração máxima. Ao final do
piração nasal, profunda, expandindo a região to-
exercício, faz-se uma expiração labial suave até a
rácica superior. O estimulo manual deve ser
CRF.
exercido durante a fase expiratória com com-
pressão da região torácica superior.

Exercício canativo, realizar poucas vezes


Tempo respiratório equivalentes (5-8 repetições)
Relação inspiração:expiração de 1:1
Inspiração máxima sustentada
Inspiração nasal lenta até atingir a capacidade
inspiratória máxima. Mantem-se a inspiração por
cerca de 3 segundos e expira sem esforço.
30 Exercícios respiratórios
Brenda Antunes @sobreafisio

Exercício para fortalecer a musculatura respiratória


Estes exercícios têm o objetivo de manter a ventilação pulmonar normal e
fortalecer a musculatura respiratória, como o diafragma e músculos
acessórios da respiração. Os seguintes exercícios foram retirados do site o
globo, achei muito interessante e trouxe aqui para compartilhar com vocês.
31 Referências e dicas
Brenda Antunes @sobreafisio

Referência bibliográfica Dicas para complementar


RECURSOS Manuais e Instrumentais em Fisioterapia seu estudo
Respiratória. 2º . ed. rev. e aum. [S. l.]: Manole, 2014.
Livros para aprofundar seus estudos
ABC da ventilação mecânica. 2º . ed. [S. l.]: Atheneu,
2015.

MACHADO, Maria da Glória Rodrigues. Bases da


fisioterapia respiratória: terapia intensiva e
reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2008. 557 p. ISBN 9788527713658.


SCANLAN, Craig L.; WILKINS, Robert L.; STOLLER,
James K.

Fundamentos da terapia respiratória de Egan. 7. ed.


São Paulo: Manole, 2000.1284 p. ISBN 8520409873

Sferraza Papa GF, Di Marco F, Akoumianaki E,


Brochard L. Recent advances in interfaces for non-
invasive ventilatilation: from bench
studies to pratical issues Minerva Anestesiol.
2012;78(10):114611:53

Exercícios musculatura respiratória[S. l.], 12 abr.


2020. Disponível
Canais do youtube
https://oglobo.globo.com/sociedade/coronavirus-
servico/especialistas-indicam-exercicios-para- Reabilitação Cardiovascular com Otávio Plazzi
fortalecer-musculatura-respiratoria-aumentar- Liga Nacional da FisioIntensiva
capacidade-pulmonar-1-24364125. Ivens Giacomassi - Fisioterapia
Medicina resumida
PINHEIRO, Carlos et al. Modificação do padrão
respiratório melhora o controle
cardiovascular na hipertensão essencial. Arquivos
Brasileiros de Cardiologia, [S. l.], p. 1-9, 14 dez. 2006
Brenda Antunes
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