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FISIOTERAPIA NA TÉCNICA DE REMOÇÃO

DE SECREÇÃO

M.Sc. Glívia Barros


Coord. de Fisioterapia- Santa Casa de Misericórdia de Recife
Coord. de Pós Graduação de Fisioterapia em Terapia Intensiva
Título de Especialista em Fisioterapia Intensiva Adulto pela ASSOBRAFI/COFFITO
Membra da Associação Brasileira de Fisioterapia em Terapia Intensiva e Cardiorrespiratória
Docente Estácio- Recife
Técnica de Remoção de Secreção

“São técnicas ou manobras da Fisioterapia Respiratória baseadas em princípios físicos


(mecânicos) que visam otimizar o clearance mucociliar, previnir a obstrução e
acumulo de secreções brônquicas favorecendo maior efetividade da tosse.”

 Vias aéreas patentes


Depuração  Tapete mucociliar funcional
Normal
 Tosse eficaz
Depuração de vias aéreas

Camada Gel e Sol


Batimento ciliar
Movimento Metacronal
Foster, 2002.

10-15 mm/min (saudáveis)


6 mm/min (tabagistas)
Schans , 2007.
densa e viscosa,  proteína 2-10mícrons
Fluida e  água

Narcose
Sedativos B2-agonistas
Viscosidade Exercícios
ITR
Discinesias
Imobilidade

Rubin, 2002.
Bloqueio dos
canais de cloro

Entrada excessiva do sódio PROCESSO


para dentro da mucosa INFLAMATÓRIO
(A) normal; (B) bronquiolite leve; (C) bronquiolite grave; (D) durante a
infecção viral em Fibrose Cística
Unidade osmótica Nenhuma unidade Unidade osmótica
externa adicionada osmótica externa interna adicionada
A solução hipertônica adicionada 0% de NaCl adicionado
adicionada aumentará O soro fisiológico aumentará o edema
ainda mais o volume da adicionado aumentará o subepitelial
superfícia líquida da via volume da superfícia
aérea Mandelberg e Amirav, 2010
líquida da via aérea
Depuração de vias aéreas

1. LIMPEZA
2. DESLOCAMENTO DO MUCO
3. CERCA DE 60 VEZES/SEG
4. ONDA METACRONAL

Propulsiona o muco
Até VAS
Mecanismo da Tosse

• Fase Nervosa
Irritantes mecânicos,
químicos, físicos
 Nervo Vago
• Fase Inspiratória
• Fase Compressiva
• Fase Explosiva
Até 180Km/h

Rubin, 2010.
Mecanismo da Tosse

 Discinesias
 Reologia do
muco
 Fraqueza
muscular
 Desordens
neurológicas
 VAA

Fink et al, Respiratory Care, 2007.


Depuração Anormal

Retenção de secreção

Obstrução completa Obstrução parcial


1- Edema epitelial
CARACTERÍSTICAS
2- Broncoespasmo
DA OBSTRUÇÃO
3- Secreção
Algoritimo da decisão
OBSTRUÇÃO MULTIFATORIAL

Edema
Hipersecreção
Broncoespasmo

Sibilâncias Estertores

Uma parte da hipersecreção


Inaloterapia leva
Manobras a
Físicas
sibilância, tornando a AR Fisioterapia
difícil de
diferenciar. O ideal é FAZER
O diagnósticoMANOBRAS DE EXPIRAÇÃO
é secundário: a fisioterapia é sintomática e não nosológica
LENTAauscultar
É indispensável PARA DIFERENCIAR A AR.
para definir uma estratégia terapêutica
(Guy Postiaux, 2017)
Objetivo

Auxiliar na mobilização de
secreções retidas

Melhora da troca gasosa

 Trabalho respiratório
Classificação das Técnicas de
Remoção de Secreção Brônquica
DESCONTRUÇÃO....
Classificação das técnicas de remoção de secreção brônquica.
Consenso de Lyon (1994-2000)

Ação da Compressão do Choque


Gravidade Gás (alteração Mecânico
do fluxo)

Drenagem Pressão expiratória, Vibração


postural Tosse, AFE, PEP, Percussão
Flutter, DA, ELTGOL
III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica
FISIOTERAPIA NO PACIENTES SOB VENTILAÇÃO MECÂNICA
CLASSIFICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA
RESPIRATÓRIA DE ACORDO COM O EFEITO MECÂNICO
Escoamento Emprego da ação da gravidade para drenar ou deslocar as
gravitacional do secreções de segmentos predeterminados da árvore
muco traqueobrônquica.
Exemplo: drenagem postural.
Estilhaçamento do Emprego de ondas de choque ou choque mecânico na
muco por ondas de parede torácica.
choque Exemplo: técnicas de vibração e percussão torácicas
Cisalhamento do Emprego da compressão dinâmica de vias aéreas ou
muco pelo variações do fluxo expiratório, favorecendo a interação
mecanismo de gás-líquido. A passagem do gás exalado interage com a
interação gás-líquido camada de muco aderida à parede das vias aéreas,
provocando a deformação e o cisalhamento do muco.
A deformação produzida pela camada aérea causa aceleração
na camada fluida, levando ao transporte de secreção pelo
chamado fluxo de duas fases gás-líquido
Exemplo: tosse, a compressão torácica manual, PEP, Flutter.

Shannon et al, 2010


RESCONTRUÇÃO: NOMECLATURA FUNCIONAL

(Guy Postiaux, 2015)


Drenagem Postural

Baseado nas propriedades fisiológicas da distribuição da


ventilação e no efeito sobre a depuração mucociliar
(efeito gravitacional).
POSICIONAMENTO

Abscesso Pulmonar
Drenagem Postural

Trendelemburg:
Contra- Indicações
 Hemoptise

 Pressão intracraniana (PIC > 20 mmHg)

 Hipertensão não controlada

 Cirurgia esofágica
Drenagem Postural

Riscos e complicações:
 Hipoxemia

 Hipertensão intracraniana

 Vômitos e aspirações

 Broncoespasmo
Drenagem Postural

Roto-Rest
Drenagem Postural
QUESTIONAMENTOS?

 Raramente utilizada isolada.

 Indicada em doenças com


produção de muco > 25 ml/dia.

AARC CLINICAL PRATICE GUIDELINE


RESPIR CARE, 1991; 36: 1418-25
Drenagem Postural
QUESTIONAMENTOS?

RESULTADOS INCONSISTENTES!!!!!

 Técnica com bastante tradição, porém sem base científica.


Shapiro e cols., Chest, 1988; 93: 1038-1042
Eid e cols., Respir care, 1991; 36: 270-282

 Eficaz em pacientes portadores de fibrose cística.


Varekojis e cols., Respir care, 2003; 48(1): 24-28

 De forma isolada, eficaz apenas no tratamento de bronquiectasia.


Consenso de Lion, 1994
Percussão e Vibração

Envolve a aplicação de energia mecânica


sobre a parede torácica utilizando as mãos ou
dispositivos elétricos.
Vibração Torácica Manual

BASE FISIOLÓGICA:

Vibrações na fase expiratória

Aumenta o fluxo expiratório

Ressonância ciliar (13 Hz)

Aumenta amplitude dos batimentos ciliares

Mobiliza secreções
Pryor JA, 1999; 14 (6): 1418-24.
Stiller K, 2000; 118 (6): 1801-13.
Vibração Torácica Manual

QUESTIONAMENTOS:

 Frequência mínima considerada para realizar a


técnica de forma eficaz durante tempo suficiente;

 Limites físicos para a transmissão da vibração


através de órgãos ocos;

 Alterações patológicas da função pulmonar.

Stiller, K. Chest, 2000; 118 (6): 1801-13.


Feltrim MIZ e Parreira VF. Consenso de Lyon, 1994.
Percussão Manual

BASE FISIOLÓGICA: Efeito tixotropo

PERCUSSÃO - ENERGIA MECÂNICA (COXIM


AÉREO)

Reologia do muco
Physiotherapy, 1992
Percussão Manual
TAPOTAGEM
PERCUSSÃO CUBITAL
PUNHO PERCUSSÃO
DIGITO PERCUSSÃO (bebês)

Cross, 2012;Pisi, 2009; Bernard 2007.


Vibro-Percussão
QUESTIONAMENTOS?
RESULTADOS INCONSISTENTES!!!!!

 Efetiva apenas no tratamento de pacientes portadores de Fibrose


Cística.
REISMAN E COLS., J PEDIATR, 1988; 113: 632-36
WALLIS E COL., ARCH DIS CHILD, 1999; 80: 393-397

 Terapêutica ERAPÊUTICA INEFETIVA E ONEROSA”


STILLER E COLS., CHEST, 1994; 105(3): 741-47
ALEXANDER E COLS., CHEST, 1996; 110(2): 430-32

 Os resultados contraditórios de uma literatura pouco convincente e


pouco abundante traduzem bem a eficácia aleatótia desta técnica.
CONSENSO DE LION, 1994
Vibro-Percussão - Manual x Mecânica

 Não há diferença quanto a eficácia.

AARC, CLINICAL PRATICE GUIDELINE


 Vibro-percussão manual relacionada a
RESPIR CARE, 1991; 36; 1418-1426
maior incidência de Síndrome do Túnel
do Carpo.

FORD E COLS, RESPIR CARE, 1991; 36: 1307


Tosse Manualmente Assistida -TMA

Nomenclatura:
 squeezing
 compressão torácica manual (brusca)

 pressão torácica manual

Fisioterapia em UTI, 2006.


Tosse Manualmente Assistida -TMA
 Consiste na compressão vigorosa do tórax no início da expiração espontânea
ou na fase expiratória da ventilação mecânica.
 Pressão manual na parede do tórax.
 Pode ser realizado a nível tóraco-abdominal.

Pressão expiratória:
A) em ápices, inspiração;
B) expiração; A B
C) em bases inspiração;
D) expiração.

C D
Ramos EMC et al, Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2015. p. 87-119.
Tosse Manualmente Assistida -TMA

CONTATO TORÁCICO OU ABDOMINAL


 FLUXOEXP P/  RECOLHIMENTO ELÁSTICO

Cross J, Elender F. Findings from the MATREX study: a treatment protocol for the delivery of manual chest
therapy in respiratory care. Respir Care. 2012 Aug;57(8):1263-6.
Tosse Manualmente Assistida -TMA
Representação do sistema ventilatório como um recinto deformável
com dois compartimentos:
Torácica (Th) -flexível e Abdominal (ABD)- fluido
Tosse Manualmente Assistida -TMA

Indicações:
 PFE < 5 l/s;
 Diminuição da capacidade inspiratória;
 Diminuição da eficácia da tosse;
 Prejuízo do transporte mucociliar;
 Retenção de secreções
Stiller, K. Chest, 2000; 118 (6): 1801-13.
Feltrim MIZ e Parreira VF, Consenso de Lyon, 1994.
Tosse Provocada
Tosse Dirigida
Tosse Manualmente Assistida -TMA

Contra-Indicações:
 Osteoporose;
 Tórax instável;
 Abdomen agudo;
 Aneurisma da Ao abdominal;
 Hérnia hiatal;
 Gravidez;
 Pneumotórax não drenado;
 Marcapasso cardíaco.
Starr JB et al. Clinics in therapy. Churchill Livingstone, 1992.
Sivasothy P et al, Thorax, 2001; 56 (6): 438-44.
Avena KM et al. AM J Respir Crit Care Med, 2004; 169 (7): A124.
Bach JR, Chest, a994; 105 (5): 1538-44., 2000; 118 (6): 1801-13.
Feltrim MIZ e Parreira VF, Consenso de Lyon, 1994.
Tosse Manualmente Assistida -TMA

Riscos e complicações:
 Redução da perfusão coronariana

 Dor torácica

 Fadiga

 Broncoespasmo
Tosse Manualmente Assistida -TMA

Limitações Técnicas:
 Obesidade;
 Deformidade torácicas;
 Dificuldades no posicionamento das mãos;

NOVOS ESTUDOS????

Fisioterapia em UTI, 2006


Aumento do Fluxo Expiratório-AFE
 Barthe em 1976;
 Inciada como tratamento de remoção de secreções de crianças com
mucovisiodose;
 AFE baseia-se na Lei de Poiseuille (“A resistência ao fluxo de ar em um tubo é
inversamente proporcional à quarta potência do raio do tubo”);
 A expiração prolongada favorece a ação de cisalhamento, de interação gás-líquido.

A) fase inicial; B) fase de compressão ou aumento do fluxo.

Ramos EMC et al, Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2015. p. 87-119.


Técnica de Expiração Forçada- TEF
 Thompson - 1968 (asma);
 TEF, Tosse soprosa ou Huffing;
 Médio a baixo volumes (regiões distais??) – glote aberta.
 1-2 huffs com período de relaxamento diafragmático.
“TEF, AFE, e outras que aceleram o
fluxo expiratório tem o local de ação Pryor, 1999.

e predominante
Técnica alternativa nas vias
de tosse para remoção aéreas com
de secreções
menor alteraçãoproximais ou nas
da pressão pleural primeiras
e menor 4ª a 5ª de
probabilidade
colapso bronquiolar.
geração, Realizada com menores
a secreção tende a pressões
migrar
transpulmonares, reduzindo a compressão
dos brônquios médiosnaspara
viasos
aéreas e
promovendo maior estabilidade das mesmas.
brônquios proximais”
.
Rodrigues-Machado, 2008.
Técnica de Expiração Forçada- TEF

Fink et al, 2007.


Técnica de Expiração Forçada- TEF

Enfisema pulmonar, fibrose cística e bronquiectasia.


Van der Schans, 2007.

PIP
( até a 5ª geração)
Ciclo Ativo da Respiração
Relaxamento e controle
da respiração

3 a 4 exercícios de
expansão torácica

Relaxamento e controle Combinação da TEF, controle da


da respiração respiração (diafragmático) e exercícios de
reexpansão (inspiração profunda e
3 a 4 exercícios de expirações relaxadas), sendo eficaz na
expansão torácica
remoção de secreção evitando a obstrução
do fluxo aéreo.
Relaxamento e controle
da respiração

TEF -huffing

TEF -huff
Fink, 2007
Ciclo Ativo da Respiração

Fink, 2007
Vantagens do CAR
 Evita PIP;
 Melhora a ventilação colateral:

 Aumenta a CRF;

 Indicações: pneumonia, asma...


Ciclo Ativo da Respiração

Fink et al, 2007

Foi observado melhora


na performance física
de crianças com fibrose
Resultados semelhantes aos da cística após
terapia convencional. implementação de
Van Hengstum et al, 1988. terapia com CAR.
Reisman et al, 1988. Elbasan, 2012.
Drenagem Autogênica-DA

Auto-remoção de secreções brônquicas através


de respirações a diferentes volumes pulmonares
com inspirações e expirações lentas.

BASE FISIOLÓGICA:
 Maior fluxo aéreo dentro das vias;
 Deslocar e mobilizar secreções das vias periféricas
para as vias centrais e posterior eliminação.

Gui Posteaux,2004.
Drenagem Autogênica-DA

Técnica:
 Respiração diafragmática

 Variação de volumes pulmonares

 Posição sentada
Drenagem Autogênica-DA

4 a 5 ciclos
respiratórios

Descolar Coletar Eliminar

Sistema de exercícios respiratórios desenvolvido em 1967 por


Jean Chevallier (Bélgica).

Ins e exp lenta, ativa, 1-2 horas aprendizagem


controlada pelo pcte. 2 vezes ao dia
Contraindicação da DA

 Desompensação cardiorespiratória;
 Doença pulmonar unilateral;
 Lesões cavitárias;
 Broncoespasmo;
 Pacientes desorientados;
 Rígidez tóraica;
 Osteoporose.
EXPIRAÇÃO LENTA PROLONGADA

-Técnica passiva utilizada em neonatos e lactentes.


-Adaptação do ELTGOL.
-Princípio de cisalhamento do muco brônquico por fluxo aéreo lento.

CUIDADOS:
- RGE;
- Atresia de esôfago;
- Malformações cardíacas;
- Tumores abdominais;
- Afecções do SNC;
- Distúrbios do desenvolvimento;
- Broncoespasmo.
EXPIRAÇÃO LENTA PROLONGADA

 As pequenas vias aéreas constituem a região pulmonar de


danos precoces;
 Não desloca o ponto de igual pressão no sentido de
favorecer o colapso das vias aéreas com consequente
“ELTgol, ELPr, DA tem ação nas
aprisionamento de ar;
vias aéreas médias, dos
 Consiste em deslocar as secreções distais???, sem gerar
reatividade. brônquios proximais até a 8-10ª
 Melhor toleradas.
geração, e cronologicamente

precede as técnicas de expiração
Baixo custo energético.
forçada”
Bellone et al, 2000; Martins et al, 2011; Kodric et al,
2009; Postiaux et al, 1990.
Expiração Lenta Total com a Glote Aberta
em Decúbito Infralateral (ELTGOL)

 Proposta por Guy Postiaux (Bélgica) 1987


 Consenso de Lyon
 Poucos estudos.

Secreções retidas identificadas por


radioisótopos em DPOC.

Martins, 2006. Menos secreção retidas no Eltgol


Expiração Lenta Total com a Glote Aberta
em Decúbito Infralateral (ELTGOL)

 Bases fisiológicas:

- Decúbito lateral  região dependente (V/Q)


Ação dinâmica - mobiliza fluxo
- Expiração lenta (CRF-VR)  VAs médias e periféricas
Lesões cavitárias BRONCORREATIVOS
Abcessos 10-12 anos
Bronquiectasias Graves Bellone et al, 2000; Martins et al, 2011; Kodric et
al, 2009; Postiaux et al, 1990.
Carcinomas
Distúrbios V/Q

DESINSUFLAÇÃO DO PULMÃO INFRALATERAL


A Fisioterapia Respiratória guiada pela Ausculta Pulmonar , Guy Postiaux
A Fisioterapia Respiratória guiada pela Ausculta Pulmonar , Guy Postiaux
Tosse Mecanicamente Assistida

É realizada através do Mechanical In-Exsufflator, um


dispositivo portátil que altera gradualmente pressões
positiva e negativa à vias áereas.

Técnica complementar as anteriores.

Pacientes neuromusculares.

Bach JR, Chest, 1994; 105 (5): 1538-44.


Tosse Mecanicamente Assistida

40 a -40 cmH2O

Cough Assist Mechanical In-Exsufflator


Bach JR, Chest, 1994; 105 (5): 1538-44.
Tosse Mecanicamente Assistida

 Pressão positiva – insuflação


 Pressão negativa – tosse
 Os níveis de pressão são ajustados independentemente
 Máscara facial, bucal ou adaptador para TOT ou TQT.

Bach JR, Chest, 1994; 105 (5): 1538-44.


Gomez-Merino E, et al, Am J Phys Med Reabil, 2002; 81 (6): 411-5.
Van der Schans CP, Phys Med Reabil CI N AM, 1996; 7 (2): 277-97.
Tosse Mecanicamente Assistida

BASE FISIOLÓGICA:
Insuflação pulmonar

Rápida desinsuflação

Liberação de altos fluxos expiratórios

Remoção de secreções
Fisioterapia em UTI, 2006.
Tosse Mecanicamente Assistida

Indicações:
 Pacientes incapazes de remove secreções
das vias aéreas;
 Doenças neuromusculares;

 Doenças pulmonares.

Sivasothy P et al, Thorax, 2001; 56 (6): 438-44.


Bach JR, Chest, 1994; 105 (5): 1538-44.
Tosse Mecanicamente Assistida

Contra-Indicações:
 Sem relatos na literatura de contra-indicações relativas
ou absolutas quanto ao uso de pressão positiva e
negativa às vias aéreas;
 Interfaces escolhidas;
 Cautela em casos de enfisema pulmonar,
susceptibilidade de pneumotórax, pneumomediastino e
barotrauma recente.

Sivasothy P et al, Thorax, 2001; 56 (6): 438-44.


Bach JR, Chest, 1994; 105 (5): 1538-44.
Tosse Mecanicamente Assistida

Complicações:
 Distensão abdominal;
 Hiperinsuflação pulmonar;
 Não existem relatos de pneumotórax, aspiração de
conteúdo gástrico, fechamento precoce de VAS,
lesão parenquimatosa ou ruptura de incisões
cirúrgicas.
Sivasothy P et al, Thorax, 2001; 56 (6): 438-44.
Bach JR, Chest, 1994; 105 (5): 1538-44.
Bach JR et al, Chest, 1993; 104 (5): 1553-62.
TÉCNICAS DE OSCILAÇÃO DE ALTA
FREQUENCIA
USO DE DISPOSITIVOS

Oscilação Oral de Compressão da


Alta Frequência Parede Torácica de
Alta Frequência
Ventilação
Intrapulmonar
Percussiva- IPV
OSCILAÇÃO DE ALTA FREQUENCIA

 As técnicas de
oscilação de alta
frequência
compreendem a
geração de fluxos
expiratórios com
pressão positiva
oscilatória
controlada e
interrupções do
débito ventilatório
com frequências
reguláveis.

Chatburn et al, 2007.


Pressão Positiva Expiratória Oscilante

Oscilação Oral de Alta Frequência


 Flutter R Shaker R Acapela R
 Mucolítico físico (12-25Hz)
 Frequência de ressonância ciliar

(PEEP, vibração oscilatória e


aceleração intermitente
do fluxo de ar)
Pressão Positiva Expiratória Oscilante

 Dispositivo em cachimbo;
 Cabeça angulada;
 Esfera de aço p/ oscilação da PEP;
 Tampa perfurada;
 Paciente expira;
 Esfera tremula
Flutter R
Gera PEP de 10 a 25 CmH2O;
Freqüência de aprox. 15 Hz; Shaker R
Depende da força da gravidade para gerar PEP;
Pressão Positiva Expiratória Oscilante

Acapela R

 Desenvolvida em 1990.
 Resistência expiratória ajustável
 Não depende da gravidade
 Eficiencia da terapia por PEEP
 Fluxo dependente
 Verde > 15L/min
 Azul< 15L/min
Ventilação Percussiva Intrapulmonar-IPV

É uma técnica desobstrutiva das vias aéreas, baseada na utilização


de freqüências respiratórias entre 100 e 225 ipm (1,6 a 3,75 Hz),
utilizada invasivamente ou não-invasivamente,
a qual funciona como um “mucolítico físico”(efeito tixotropo).
Ventilação Percussiva Intrapulmonar-IPV

 Ventilador com dispositivo pneumático;


 A PEP é mantida constante nas VA;
 Mecanismo de liberações de gás
pressurizado;
 Peça bucal;
Ventilação Percussiva Intrapulmonar-IPV

“Utilizada em pacientes traqueostomizados


durante o desmame melhorou as trocas
gasosas e a atividade muscular respiratória,
reduzindo a incidência de pneumonia”

Clini et al, 2006


Compressão Torácica de Alta Frequência

Gerador de pulso de ar variável


Colete inflável (tronco)
Volumes de gás são injetados e
retirados do colete
Alta frequência (5 a 25 Hz)
Movimento oscilatório contra o
tórax
Duração: 30 minutos - 1 a 6
sessões/dia
Pressão Positiva expiratória como
Técnica Desobstrutiva
PEP E EPAP
Pressão Positiva Expiratória

Ventilação colateral
Aumento CRF
Pisi, 2009; Marks, 2007.

Válvula de PEEP
Pressão Positiva expiratória como
Técnica Desobstrutiva
Resistor linear
pressórico dependente
da gravidade.

EPAP em selo d’agua


Ou Urofix
Hiperinsuflação Manual-HM

Descrita por Clement e


Hubsch – 1968.

Sinonímia: ¨bag squeezing”


“Bagging”

Manobra de desobstrução
realizada com auxílio da
bolsa de resusucitação
manual – ambú.
Stiller, K. Chest, 2000; 118 (6): 1801-13.
Hiperinsuflação Manual-HM

Desconexão do ventilador seguida de insuflação


pulmonar com um ressuscitador manual aplicando-se
volume de ar maior do que o volume corrente utilizado.
Frequentemente, realiza-se inspiração lenta e profunda,
seguida de pausa inspiratória em rápida liberação, a fim
de obter um AUMENTO DO FLUXO EXPIRATÓRIO.
Hiperinsuflação Manual-HM

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA

Inspiração manual lenta realizada através do AMBÚ,


ofertando um volume 50% maior que o ajustado pelo
ventilador mecânico, uma pausa inspiratória em trono de 2
segundos seguida de uma liberação rápida de
compressão do AMBÚ associada ou não à compressão
torácica manual durante a fase de exalação.

Denery L., et al, 1999, Eur Resp J, 14: 958-65.


Hiperinsuflação Manual-HM
Hiperinsuflação Manual-HM
BASE FISIOLÓGICA

Rápida liberação expiratória

Aumenta as forças de recolhimento elástico


pulmonar

Aumento do PFE

Desloca muco para as VAC

Patman S. et al. Physiotherapy Theory Practice, 1998; 14: 5-12.


Denehy L., Eur Respir J, 1999; 14 (4): 958-65.
Stiller K., Chest, 2000; 118 (6): 1801-13.
Hiperinsuflação Manual-HM
RESULTADOS OBTIDOS:

 Incrementar o deslocamento das secreções em


direção as VAC;
 Melhorar a ventilação pulmonar;
 Melhorar a oxigenação;
 Incrementar a complacência pulmonar;
 Prevenir o colapso pulmonar;
 Reexpandir segmentos atelectasias.
Patman S. et al. Physiotherapy Theory Practice, 1998; 14: 5-12.
Maxwell L. et al, Physioterapy Theory Practice, 1998; 14: 189-97.
Stiller K. Physiotherapy in intensive care: towards an evidence-based practice. Chest. 2000 Dec;118(6):1801-13
Hiperinsuflação Manual-HM
CONTRA-INDICAÇÕES:

 Instabilidade hemodinâmica;
 Pneumotórax não-drenado;
 Broncoespamo;
 EAP;
 SDRA;
 Hemóptise;
 Pacientes PEEP dependente;
 Agitação psicomotora;
 Aumento da PIC.

Patman S. et al. Physiotherapy Rest Int, 2000; 5 (3): 157-71.


Stiller K., Chest, 2000; 118 (6): 1801-13.
Berney S. et al, Physiotherapy Rest Int, 2002; 7 (2): 100-8.
Hiperinsuflação Manual-HM

O QUE PODE INFLUENCIAR NA


EFICÁCIA DA TÉCNICA?

 Estado clínico do paciente – condição patológica;


 Realização da técnica por diferentes profissionais;
 Condições do equipamento – checar previamente.
 Monitorizar o paciente durante a manobra de HM.

Rusterholta e Ellis, 1998, Australian J Physiotherapy, 44: 23-8.


Hiperinsuflação Manual-HM

EXISTE PADRONIZAÇÃO DA TÉCNICA?

 Tempo inspiratório usado;


 Utilização ou não de pausa inspiratória;
 Tempo de aplicação;
 Realização ou não de compressão brusca.

Jones A., et al, 1992, Physiotherapy Theory and Practice, 8: 39-47.


King et al. Physiotherapy, 1992; 78: 747-50.
TÉCNICAS INSPIRATÓRIAS
LENTAS

 Inspirometria de Incetivo:
“Essas técnicasBartlet
atem 1970
ao pulmão
profundo, ou seja além da 10ª
 EDIC: Guy Postiaux 1984
geração”
 Resistive Inspiratory Manouever (RIM): Chatham 2004

 Suspiros e choro: Guy Postiaux 1992, 2011; Lanza 2012


Manobra de Resistência
Inspiratória (RIM)- Inglaterra
Resistores de carga linear
O pulmão profundo não tem
cartilagem, tem mais elasticidade,
tornando bastante complacente

COMPLACÊNCIAS
DIFERENCIAIS
threshold powerbreathe

A distensão alveolar por pressão inspiratória


resistiva pode quebrar as ligações protéicas e
auxiliar no deslocamento das secreções
Lei de Boyle-Mariotte (EFEITO PISTÃO)
Powerlung Inspiratory and
Expiratory Muscle Trainer

Expirações com resistência (válvula de PEEP )+


Inspirações lentas (inspirometria de incentivo)
Exercício a Débito Inspiratório
Controlado(EDIC)
 Proposta por Guy Postiaux (Bélgica- 1984)
 Supra lateral
 Técnica de Inspiração lenta até a CPT
 Estática / Apnéia tele-inspiratória de 3-4s
 Duas formas dependendo da localização da secreção
Exercício a Débito Inspiratório Controlado(EDIC)

 Bases fisiológicas:

1. Decúbito lateral  região não dependente (V/Q)


2. Inspiração lenta (CRF-CPT)  VAs médias e periféricas

Indicação: Pneumopatias na fase de consolidação,


atelectasias, doenças periféricas restritivas e obstrutivas
reversíveis

INSUFLAÇÃO DO PULMÃO SUPRALATERAL


Aspiração

TIPOS DE SISTEMAS DE
ASPIRAÇÃO

ABERTO

FECHADO
TRACH CARE

David D, Samuel P, David T, Keshava SN, Irodi A, Peter JV. An open-labelled randomized controlled trial comparing costs and
clinical outcomes of open endotracheal suctioning with closed endotracheal suctioning in mechanically ventilated medical
intensive care patients. J Crit Care. 2011 Oct;26(5):482-8
Aspiração- Sistema Aberto

 Checar o equipamento (pressão);


 Oxigenação prévia;
 Luvas estéreis;
 Cateteres estéreis;
 Tempo de aspiração;
 Monitorizar.
Aspiração

É um procedimento rotineiramente
utilizado para remover a secreção
pulmonar das vias aéreas
centrais e estimular a
tosse em pacientes intubados
e traqueostomizados.
Sistema de Aspiração Fechado
Sistema de Aspiração Fechado
Complicações Provenientes da
Aspiração de Secreções

 Hipoxemia;
 Contaminação:
 Trauma mecânico;
 Atelectasias;
 PCR;
 Arritmias cardíacas;
 Broncoespasmo;
 Infecção cruzada;
 Interrupção da AVM;
 Labilidade da PA.
Scalan CL, Manole, 2000. American Association for
Respiratory care, Critical Care, 2002; : 45-51
“A fisioterapia de desobstrução
broncopulmonar será
INSPIRATÓRIA, resistida,
posicional, estetoacústica, ecográfica
e bioquímica”

“As técnicas inspiratórias devem


anteceder as manobras expiratórias”.

Guy Postiaux, 2017

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