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HEMORRAGIA PÓS PARTO:

CASO:

Sofia, 25 anos

# PN domiciliar às 11h de 21/10


# Manejo de HPP hospitalar com ocitocina, acido tranexamico e misoprostol no dia 21/10
# G2 P2
# IG 38 semanas
# TS A+
# Sorologias nega vas de abril/2023
# Comorbidades nega
# 4 consultas de PN
# Testes rápidos nega vos

S:

No dia 21/10, há 3 dias, paciente deu entrada no CO, trazida pela SAMU, já com dequitação
placentária realizada. Técnico de enf da SAMU referiu que o parto já havia ocorrido na residência
da paciente e que ela mesmo havia clampeado o cordão com barbante.

SV estáveis, revisão do trajeto: laceração de 1 grau em fúrcula.

Conduta: Realizado sutura, atb e ocito e solicitado avaliação serviço social.

Após duas horas de chegada, evolução: atonia uterina rever da após transamin + ocito + miso.
Solicitado hemograma.

Passado 24 hrs do parto: interna na unidade cegonha

Dia 22, há 2 dias, durante a tarde: Paciente apresentou episódio de hipotensão, com queixa de
fraqueza e tontura.

- LABS 22/10 - 12:41: HB:6,40/ HT:18,40/ LEUC:17.260

- Conduta: Prescrevo 02 concentrados de hemácias

Dia 23, há 1 dia: nega queixas, porém ao exame sico, inspeção, paciente pálida.

- Conduta: Solicitado hemograma, dosagem de ferro sérico e ferre na.

- LABS 23/10: Hb: 8,8 / Ht 25,5 / Leuco: 12960


Revisão HPP:

- Principal causa mundial de morte materna e de histerectomia periparto;

- As principais e ologias de hemorragia pós-parto são a atonia uterina, o trauma do trajeto, a


retenção de material ovular e os distúrbios de coagulação (os quatro Ts: tônus, trauma, tecido
e trombina);

- Controle do sangramento dentro da primeira hora do seu diagnós co (“hora de ouro”) é a


medida mais eficiente no tratamento da hemorragia pós-parto;

- O índice de choque é o método clínico de escolha na es ma va da perda sanguínea e um bom


parâmetro para orientar a necessidade de transfusão sanguínea;

- Os principais medicamentos u lizados na terapia farmacológica da hemorragia pós-parto são


a ocitocina, os derivados do ergot, o misoprostol e o ácido tranexâmico;

- DEFINIÇÃO: definida como a perda sanguínea cumula va de 1.000 mL ou mais de sangue,


acompanhada de sinais ou sintomas de hipovolemia, dentro de 24 horas após o nascimento;

- HORA DE OURO: controle precoce do sí o de sangramento para prevenir o choque


hipovolêmico.

- PREVENÇÃO: Dentre os vários fatores de risco, destacam-se a anemia e as síndromes


hipertensivas. São fatores de alto risco: placenta prévia ou de inserção baixa, pré-eclâmpsia
com sinais de gravidade, hematócrito < 30%, plaquetas < 100.000/mm3 , sangramento a vo à
admissão, coagulopa as, uso de an coagulantes, descolamento prematuro da placenta e
acre smo placentário;

- MEDIDA PREVENTIVA: principais medidas preven vas para HPP são a administração
de ocitocina e o manejo a vo do terceiro período. O esquema de ocitocina profilá ca mais
preconizado é a administração intramuscular de 10 unidades de ocitocina imediatamente após
o nascimento. O manejo a vo do terceiro período inclui o clampeamento oportuno (entre um
e três minutos) e a tração controlada do cordão umbilical (manobra de Brandt-Andrews), o
contato pele a pele (por duas horas ou mais) e a vigilância/massagem uterina nas primeiras
duas horas após a dequitação.

- DIAGNÓSTICO: 1.000 mL cumula vos como critério diagnós co de HPP


- ABORDAGEM:

- MEDS: ocitocina e o ácido tranexâmico devem ser os primeiros medicamentos infundidos.


Miso com úl ma linha.

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