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FARMÁCIA HOSPITALAR: HISTÓRIA, OBJETIVOS E FUNÇÕES.

(Gomes)

A modernização das atividades hospitalares gerou a necessidade da participação efetiva do


farmacêutico na equipe de saúde. A farmácia é um setor do hospital que necessita de elevados valores
orçamentários e o farmacêutico hospitalar está habilitado a assumir atividades clínico-assistenciais e pode
contribuir para a racionalização administrativa com consequente redução de custos.

EVOLUÇÃO DA FARMÁCIA HOSPITALAR

Início do século XX – Fase Artesanal.


O farmacêutico é o profissional de referência para a sociedade nos aspectos do
medicamento, atuando e exercendo influência sobre todas as etapas do ciclo do medicamento. O
farmacêutico é responsável pela manipulação e dispensação de, praticamente, todo o arsenal terapêutico
disponível na época.

1920 a 1950 – Descaracterização da Farmácia.


Expansão da indústria farmacêutica; abandono da prática de formulação pela classe médica.
As farmácias, pública e hospitalar, convertem-se num canal de distribuição de medicamentos produzidos
pela indústria.

1950 a 2000 – Desenvolvimento da Farmácia Hospitalar.


Fase de desenvolvimento industrial do mercado nacional farmacêutico. A Farmácia
hospitalar passa a ter desenvolvimento com o enfoque na fabricação de medicamentos.
1995- Criação da SBRAFH.

Novo Milênio.
Política de Medicamentos Genéricos.
Desenvolvimento do Mercado Nacional de Medicamentos.
A Farmácia hospitalar passa a ser clínico-assistencial.

FARMÁCIA HOSPITALAR.

Conceito:

A farmácia hospitalar é um órgão de abrangência assistencial técnico-científica e


administrativa, onde se desenvolvem atividades ligadas à produção, ao armazenamento, ao controle, a
dispensação e a distribuição de medicamentos e correlatos às unidades hospitalares, bem como à orientação
de pacientes internos e ambulatoriais visando sempre a eficácia da terapêutica, além da redução de custos,
voltando-se, também, para o ensino e a pesquisa, propiciando um vasto campo de aprimoramento
profissional.

Conceito SBRAFH:
Unidade clinica, administrativa e econômica, dirigida por profissional farmacêutico, ligada,
hierarquicamente, à direção do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades de assistência
ao paciente.

Objetivos:

Os objetivos básicos da farmácia hospitalar são:


 Desenvolver, em conjunto com a Comissão de Farmácia e Terapêutica ou similar, a seleção de
medicamentos necessários ao perfil assistencial do hospital;
 Contribuir para qualidade assistencial prestada ao paciente, promovendo o uso seguro e racional de
medicamentos e correlatos;
 Estabelecer um sistema eficaz, eficiente e seguro de distribuição de medicamentos;
 Implantar um sistema apropriado de gestão de estoques;
 Fornecer subsídios para avaliação de custos com a assistência farmacêutica e para elaboração de
orçamentos.

Funções da Farmácia Hospitalar.

A organização Pan-Americana de Saúde – OPAS e o Ministério da Saúde – MS definem


como funções da farmácia hospitalar:
 Seleção de medicamentos, germicidas e correlatos necessários ao hospital;
 Aquisição, conservação e controle dos medicamentos selecionados estabelecendo níveis adequados para
a aquisição por meio de um gerenciamento apropriado de estoques. O armazenamento dos medicamentos
deve seguir normas técnicas para preservar a qualidade dos medicamentos;
 Manipulação, produção de medicamentos e germicidas, seja pela indisponibilidade de produtos no
mercado, para atender prescrições especiais ou por motivos de viabilidade econômica;
 Estabelecimento de um sistema racional de distribuição de medicamentos para assegurar que eles
cheguem ao paciente com segurança, no horário e na dose adequada;
 Implantação de um sistema de informação sobre medicamentos para obtenção de dados objetivos que
possibilitem à equipe de saúde otimizar a prescrição médica e a administração de medicamentos. O
sistema deve ser útil na orientação ao paciente no momento da alta ou nos tratamentos ambulatoriais.

Competências da Farmácia Hospitalar.


(Conselho Federal de Farmácia, Resolução 308/97)

Para desenvolver suas funções a farmácia deve executar as seguintes atividades:


 Distribuir medicamentos por dose unitária e/ou individualizada para todas as Unidades de Internação e
Unidades de Apoio Propedêutico;
 Manter e controlar estoque-padrão de medicamentos e produtos farmacêuticos utilizados na unidade de
internação, apoio propedêutico, pronto atendimento e outros serviços;
 Dispensar medicamentos para pacientes externos e em alta hospitalar prestando orientação farmacêutica
adequada;
 Manipular soluções desinfetantes e distribuí-las na diluição de uso para todas as unidades;
 Preparar soluções anti-sépticas e distribuir em condições de pronto uso;
 Preparar, aditivar e controlar a qualidade das soluções de nutrição parenteral;
 Fracionar formas sólidas e líquidas para uso oral e/ou parenteral necessárias à pediatria, unidade neonatal
e pacientes especiais.
 Controlar a qualidade dos produtos manipulados e adquiridos, da matéria-prima e do material de envase
utilizados nas preparações manipuladas no hospital;
 Manter central de abastecimento farmacêutico e executar as atribuições e tarefas inerentes ao controle
físico e contábil necessários à prestação de contas no hospital;
 Elaborar pedidos de compra de medicamentos, emitir pareceres técnicos, inspecionar, receber, armazenar
e distribuir medicamentos, produtos e insumos farmacêuticos;
 Controlar, de acordo com a legislação vigente, medicamentos que podem levar a dependência física e/ou
psíquica ou que provoquem efeitos colaterais importantes;
 Participar da Comissão de Farmácia de Terapêutica ou similar fornecendo subsídios técnico-científico
para tomada de decisões quanto à inclusão e à exclusão de medicamentos;
 Participar da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar subsidiando as decisões políticas e técnicas,
relacionadas, em especial, à seleção, à aquisição, ao uso e controle de antimicrobianos e de germicidas
hospitalares;
 Participar da Comissão de Terapia Nutricional, prestando informações relacionadas à compatibilidade, à
estabilidade e ao custo das formulações, etc...
 Participar das atividades de pesquisas que utilizam medicamentos; providenciar sua aquisição, controlar
e definir normas para a solicitação à farmácia, bem como fornecer orientação sobre o uso racional;
 Participar de reuniões técnico-científicas desenvolvidas nos serviços assistenciais do hospital;
 Participar das atividades de reciclagem dos funcionários do hospital, ministrando temas relacionados a
medicamentos e outros produtos farmacêuticos.

Outras Competências:
 Realização de estudos farmacoepidemiológicos;
 Elaboração de avaliações farmacoeconômicas;
 Implantação de monitorização plasmática de fármacos e de farmacocinética clínica;
 Estruturação de programas de farmacovigilância;
 Elaboração de protocolos farmacoterápicos;
 Desenvolvimento de atividades de farmácia clínica/atenção farmacêutica;
 Desenvolvimentos de programas de terapia nutricional;
 Implantação de Central de Misturas Endovenosas;
 Estruturação do Centro de Informações de Medicamentos – CIM;
 Desenvolvimento de atividades educacionais e de pesquisa.

DESENVOLVIMENTO ESCALONADO DOS SERVIÇOS DA FARMÁCIA


HOSPITALAR
Fase 1
Implantar ou atualizar o processo de seleção de medicamentos
Estuturar e/ou dinamizar a comissão de padronização
Aprimorar ou implantar o gerenciamento de estoque de medicamentos
Distribuir medicamentos pelo sistema mais viável
Implantar farmacotécnica básica e adaptativa
Participar da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
Fase 2
Implementar o sistema de distribuição de medicamentos
Estruturar o Centro e Informação de Medicamentos – CIM
Transformar a Comissão de Padronização em Comissão de Farmácia e Terapêutica
Editar e divulgar o formulário farmacêutico
Participar da Auditoria de antimicrobianos
Ampliar a participação nas ações de Controle de Infecção Hospitalar
Fase 3
Realizar estudos biofarmacotécnico de formulações de uso hospitalar
Estruturar a unidade de centralização de preparo de citostáticos
Estruturar a unidade de manipulação de nutrição parenteral e de misturas endovenosas
Implantar controle de qualidade de matéria-prima e medicamentos manipulados
Fase 4
Desenvolver estudos de utilização de medicamentos
Realizar análises farmacoeconômicas
Estruturar sistema de farmacovigilância
Participar da monitorização plasmática de fármacos
Desenvolver estudos farmacocinética clínica
Participar de ensaios clínicos de medicamentos
Implantar farmácia clínica ou atenção farmacêutica

Requisitos e Diretrizes para viabilizar uma Farmácia Hospitalar:


 Área física e localização adequada;
 Posição adequada na estrutura organizacional;
 Planejamento e controle;
 Gerenciamento de materiais;
 Recursos humanos adequados;
 Horário de funcionamento;
 Sistema de distribuição de medicamentos;
 Informação sobre medicamentos;
 Otimização da terapia medicamentosa.

1. Área Física e Localização.


O ideal, ao prever o dimensionamento de uma farmácia é considerar:
Número de leitos;
Tipo de hospital – especializado, geral, policlínico, de ensino, filantrópico;
Nível de especialização da assistência médica prestada no hospital;
Fonte mantenedora e tipo de atendimento – particulares, convênios;
Região geográfica onde se localiza o hospital, considerando as dificuldades de aquisição e transporte de
medicamentos.

Devem ser observados


 Facilidade de circulação e reabastecimento;
 Grau de isolamento devido a ruídos, odores e poluição;
 Equidistâncias das unidades usuárias e consumidoras, permitindo fácil acesso.

Ambientes mínimos determinados pela ABRAFH:


 Área de administração;
 Área de armazenamento;
 Área de dispensação e orientação farmacêutica.

2. Posição adequada na Estrutura Organizacional:


 Deve ser vinculada a diretoria clínica ou geral.

3. Planejamento é Controle.
 O planejamento é o processo de estabelecer objetivos e linhas de ações adequadas para alcança-los.

Recursos Humanos.
Um serviço de farmácia deve ser administrado por um profissional farmacêutico com qualificação e
experiência em farmácia hospitalar. O serviço de farmácia deve dispor de um número adequado de
farmacêuticos e profissionais de apoio (nível médio) qualificados e competentes. Os profissionais devem ter
formação compatível com a complexidade das funções a serem executadas e ser devidamente trinados de
acordo com programas previamente elaborados. A ABRAFH preconiza que a unidade de farmácia hospitalar
deve contar com, no mínimo, 1 (um) farmacêutico para cada 50 leitos e 1 (um) auxiliar para cada 10 leitos.

Procedimentos de Habilidades.
O serviço de farmácia hospitalar deve dispor de Manual de Habilidades contendo as atribuições de
cada categoria profissional para conhecimento e consulta de todos os funcionários. O manual deve ser
elaborado e revisado periodicamente, a fim de manter-se atualizado quanto as alterações que possam ocorrer
nas decisões administrativas.
A comunicação no ambiente de trabalho é muito importante, portanto, devem ser estabelecidos
mecanismos facilitadores tais como: quadro de avisos, circulares internas, livro de ocorrência, boletins e
outros.

Procedimentos Operacionais.
O serviço de farmácia hospitalar deve dispor de Manual de Procedimentos Técnicos, em linguagem
clara e objetiva, contendo todas as rotinas dos setores que compõem os serviços da farmácia. Os funcionários
devem-se familiarizar com o manual e serem incentivados a consultá-lo sempre que necessário.

4. Gerenciamento de Recursos Materiais.


A gestão de recursos materiais deve ser executada pela seção administrativa do serviço de farmácia e
supervisionada pelo farmacêutico.
A administração de estoques de medicamentos compreende gerir estoques essenciais e padronizados,
exigindo pessoal qualificado e com conhecimento profundo em:
 Bases farmacológicas dos medicamentos em estoque;
 Similaridade;
 Condições ideais e exigências de conservação; controle do prazo de validade dos medicamentos
estocados, de forma a proporcionar o escoamento mais rápido dos estoques mais antigos e cujos prazos
de validade estão mais próximos.

5. Horário de Funcionamento.
Funcionamento em horário integral ou estabelecer mecanismos que proporcionem um controle
efetivo e uma assistência adequada, os quais devem ser acordados entre a farmácia, administração e
enfermagem.

6. Sistema de Distribuição e Medicamentos.


A farmácia deve ser responsável pela aquisição, distribuição e controle de todos os medicamentos
utilizados no hospital. A definição de normas e procedimentos relacionados ao sistema de distribuição deve
ser realizada com a participação de representantes da equipe de enfermagem, dos médicos e da comissão de
farmácia e terapêutica.
As prescrições devem ser analisadas pelo farmacêutico antes de serem dispensadas, exceto em
situações de emergência. As duvidas devem ser resolvidas com o prescritor e as decisões tomadas ser
registradas.

7. Informações sobre Medicamentos.


A farmácia deve dispor de biblioteca especializada contendo farmacopéias, livros de farmacologia e
terapêutica e outras publicações relacionadas às ciências farmacêuticas. O suporte da informática é essencial,
propiciando pesquisas bibliográficas em base de dados específicas.

8. Otimização da Terapia Medicamentosa.


Elaboração de uma política de “Uso Racional de Medicamentos” visando melhorar e garantir a
qualidade da farmacoterapia.
O USO RACIONAL DO MEDICAMENTO consiste em obter o efeito terapêutico adequado à
situação clínica do paciente com o menor número de fármacos, durante o período mais curto e com o menor
custo possível.

Para otimização da terapia medicamentosa é imprescindível:

 Análise da prescrição médica;


 Anamnese farmacológica;
 Monitorização terapêutica;
 Participação nas decisões do plano terapêutico;
 Incentivo à prescrição de medicamentos padronizados;
 Desenvolvimento de mecanismos de notificação de reações adversas e;
 Avaliação continua da atenção farmacêutica prestada aos pacientes.

NOVAS PERSPECTIVAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR

A tendência atual é que a prática farmacêutica se direcione para o paciente.


Verifica-se atualmente a incorporação de recursos tecnológicos de tecnologia de ponta com
prescrição informatizada, sistema de automação para distribuição de medicamentos e informatização de
processos. O essencial é que a tecnologia contribua para a qualidade da assistência ao paciente, colaborando
para que a farmácia hospitalar alcance seu objetivo principal que é promover o uso seguro e racional dos
medicamentos.
O farmacêutico hospitalar deve desenvolver ações na equipe de saúde e com os pacientes em
tratamento ambulatorial visando a segurança e eficácia dos tratamentos. A orientação farmacêutica integrada
com um programa de terapêutica adequado, assegura melhor aderência ao tratamento, aumentos dos
conhecimentos sobre farmacoterapia e a doença, reduzindo as internações hospitalares e melhorando a
qualidade de vida.
Recomenda-se a atuação farmacêutica em cada grupo específico de pacientes como: hipertensos,
psiquiátricos, renais crônicos, tuberculosos, hansenianos e outros.
FARMÁCIA HOSPITALAR: HISTÓRIA, OBJETIVOS E FUNÇÕES.

Conceito SBRAFH:
A Farmácia Hospitalar é "uma unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por
farmacêutico, ligada, hierarquicamente, à direção do hospital e integrada funcionalmente com as demais
unidades de assistência ao paciente".

Para alcançar estes resultados cabe à Farmácia, de acordo com sua complexidade, desenvolver
atividades tais como:
• Coordenar os aspectos técnicos e administrativos relacionados à aquisição, armazenamento e controle
fisico-fmanceiro de medicamentos e produtos farmacêuticos;
• Participar da comissão de farmácia e terapêutica ou similar, fornecendo subsídios técnicos para seleção
de medicamentos;
• Atuar na comissão de controle de infecção hospitalar subsidiando as decisões políticas e técnicas
relacionadas, em especial, à seleção, à aquisição, ao uso e controle d e antimicrobianos e saneantes;
• Participar da comissão de terapia nutricional, prestando informações relacionadas à compatibilidade, à
estabilidade e ao custo das formulações;
• Contribuir com suporte técnico operacional nos ensaios clínicos com medicamentos desenvolvidos no
hospital;
• Participar de reuniões técnico-científicas desenvolvidas nos serviços assistenciais do hospital;
• Desenvolver sistemática de dispensação de medicamentos para pacientes ambulatoriais;
• Planejar estudos de utilização de medicamentos;
• Colaborar em programas de capacitação e educação continuada dos funcionários do hospital, abordando
temas relacionados a medicamentos e ciências farmacêuticas;
• Implantar unidade centralizada de fármacos citotóxicos;
• Manipular nutrição parenteral e outras misturas endovenosas;
• Manipular medicamentos não-estéreis;
• Desenvolver atividades de pesquisa relacionadas a ciências farmacêuticas e assistência farmacêutica
hospitalar;
• Realizar seguimento farmacoterápico de pacientes internados e ambulatoriais;
• Implantar programa de farmacovigilância;
• Implementar estratégias de intervenção farmacêutica para otimização da farmacoterapia, tais como:
terapia sequencial, auditoria de antimicrobiano, intercambialidade terapêutica e monitorização
farmacoterápica.

DIMENSIONAMENTO DA ÁREA FÍSICA DA FARMÁCIA HOSPITALAR

O dimensionamento da área física de uma Farmácia Hospitalar tem relação direta com as atividades
a serem desenvolvidas, que são determinadas pelo perfil assistencial e complexidade do cuidado prestado no
hospital.
Aspectos administrativos como a sistemática de compras, o número de atendimentos de particulares,
convênios (medicina supletiva e Sistema Único de Saúde - SUS), a política de faturamento e o modelo de
gestão financeira influenciam a política de materiais. A localização geográfica do hospital em relação aos
centros fabricantes de medicamentos interfere na agilidade de reposição de estoques de medicamentos.

Para definição da área física é essencial um trabalho conjunto com arquitetos e engenheiros. Ao
farmacêutico cabe repassar suas necessidades, explicar os fluxos de trabalho, as circulações, o número
previsto de pessoas trabalhando em cada ambiente e os equipamentos a serem utilizados.

LOCALIZAÇÃO DA FARMÁCIA HOSPITALAR

A Farmácia Hospitalar deve estar localizada em ponto estratégico, que facilite a provisão de serviços
a pacientes e a distribuição de 1nedicamentos, o armazenamento dentro dos critérios técnicos e a
comunicação com os demais setores do hospital, Na escolha da localização da Farmácia é importante
considerar os seguintes aspectos:
• facilidade de acesso interno e externo. O acesso interno é importante para as unidades de internação e
serviços de apoio propedêutico e terapêutico; já o acesso externo é destinado a fornecedores,
representantes da indústria farmacêutica e visitantes,
• localização que permita a recepção adequada dos medicamentos e demais produtos farmacêuticos
adquiridos;
• posição que favoreça a implantação de um sistema de distribuição de medicamentos ágil e seguro para
as unidades de internação e serviços de apoio;
• proximidade com elevadores e monta-cargas é recomendável;
• evitar subsolos e áreas congêneres

É aconselhável que os ambientes da Farmácia estejam localizados em áreas contíguas ou próximas. A


localização conjunta facilita a execução das atividades e o controle de todos os processos de trabalho.

AMBIENTES DA FARMÁCIA HOSPITALAR


Os padrões mínimos para o funcionamento de uma unidade de Farmácia Hospitalar, preconizam a
existência de, pelo menos, os seguintes ambientes: área para administração, área para armazenamento, área
para dispensação e orientação farmacêutica.
Se houver outros tipos de atividades (manipulação de nutrição parenteral, fracionamento e
reconstituição de agentes citotóxicos, manipulação de misturas endovenosas e radiofármacos etc.) deverão
existir ambientes específicos para cada uma destas atividades. Recomenda-se que a gerência da Farmácia
conte com ambiente privativo e que haja infraestrutura para a atividade de informação sobre medicamentos e
correlatos.

Dispensação Intra-hospitalar
A localização do setor de distribuição de medicamentos deve ser próxima da CAF. Na estrutura
física do setor de distribuição de medicamentos devem constar os seguintes ambientes:
• Área de Recepção - para atendimento das requisições dos serviços de apoio propedêutico e terapêutico,
recepção de prescrições médicas e requisições da equipe de enfermagem;
• Área de Supervisão Farmacêutica - destinada aos farmacêuticos do setor para supervisão dos processos
de trabalho e orientações técnicas e análise de prescrições;
• Área de Separação de Medicamentos - reservada para atendimento das prescrições médicas e
requisições. Geralmente é dividida em estações de trabalho, onde são colocados os medicamentos mais
dispensados, visando evitar o deslocamento frequente dos técnicos de Farmácia;
• Área de Estocagem dos Medicamentos - prateleiras e estantes com estoque de medicamentos para
reposição das estações de trabalho e atendimentos em geral. O estoque nesta área é reduzido e reposto
periodicamente pela CAF;
• Área para Medicamentos Mantidos sob Refrigeração – é necessário prever espaço para um número
adequado de refrigeradores;
• Área para Medicamentos Sujeitos a Controle Especial – atendendo aos requisitos legais, deverá ser
destinada uma área ou estação de trabalho para separação destes medicamentos, garantindo a segurança
e os controles exigidos pela Portaria n° 344/98;
• Área de Medicamentos Atendidos - é necessário prever espaço para colocar as caixas plásticas,
contêineres ou sacolas com os medicamentos já separados até o momento da entrega nas unidades de
internação e serviços;

Centro De Informações De Medicamentos


No centro de informações de medicamentos são recomendáveis os seguintes ambientes:
• Área de Biblioteca - local reservado para a organização de livros, revistas e arquivo de informações
elaboradas;
• Área de Reuniões - destinada para reuniões da equipe de Farmácia e atendimento de pessoas que
buscam informações.

A localização do centro de informações de medicamentos deve ser próxima da seção de dispensação para
facilitar consultas que demandem resposta imediata pelos farmacêuticos dessa seção.

Farmácia Satélite
A Farmácia Satélite é uma necessidade em hospitais de grande porte, que exigem grandes
deslocamentos para entregar os medicamentos nas unidades assistenciais, sendo uma estratégia adequada
para otimizar o sistema de distribuição de medicamentos nesses hospitais

Farmácia Ambulatorial
O farmacêutico deve desenvolver ações junto ao paciente e à equipe de saúde para melhorar a
aderência do paciente ao tratamento, aumentar seu conhecimento sobre a Farmacoterapia e a doença,
reduzindo as internações hospitalares e melhorando a qualidade de vida.

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