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AUTORAS:
ANDREIA SANTOS
PAULA FRAZÃO
SARA GOUVEIA
VANDA SILVA
CARLA BERTIN
ANA CAROLINA
INTRODUÇÃO
Bem-vindo ao nosso guia sobre os direitos e apoios sociais em
Portugal, dedicado a Pais de crianças com o diagnóstico de
Perturbação do Espectro do Autismo. Muitas famílias
desconhecem os detalhes fundamentais em relação à saúde,
segurança social, finanças e educação. Aqui, forneceremos as
informações essenciais para navegar pelos recursos
disponíveis, facilitando o acesso a benefícios e apoios
importantes. O nosso objetivo é esclarecer e fazer com que
compreenda os seus direitos e deveres, condensando toda a
informação e procedimentos neste Ebook.
Vamos começar esta jornada juntos!
SUMÁRIO
ATESTADO
DIAGNÓSTICO
MULTIUSO
AUTISMO NA ESCOLA
PRINCIPAIS
ABREVIATURAS
•Síndrome de Asperger;
•Perturbação desintegrativa da segunda infância;
•Perturbação de Rett;
DIAGNÓSTICO
1. Défice na reciprocidade social e emocional que pode ir desde a aproximação social desajustada e limitação
na conversação, reduzida partilha de interesses, emoções e afetos, dificuldades em iniciar ou em responder a
interações sociais;
2. Défice nos comportamentos comunicativos não-verbais usados para a interação social, que podem variar
desde a fraca integração da comunicação verbal e não-verbal, a alterações no contacto ocular e linguagem
corporal; limitações na compreensão e uso da comunicação não-verbal, assim como ausência total de
expressão facial ou gestos;
3. Défice no desenvolvimento e manutenção de relações apropriadas ao nível de desenvolvimento (além dos
cuidadores), que se pode traduzir pela dificuldade na adequação do comportamento à mudança de diferentes
contextos sociais, na partilha de jogo imaginativo e em fazer amigos, com aparente falta de interesse nas pessoas;
DIAGNÓSTICO
DSM-V
PADRÕES DE COMPORTAMENTOS, INTERESSES OU ATIVIDADES RESTRITOS E REPETITIVOS,
MANIFESTADOS EM PELO MENOS 2 DOS SEGUINTES CRITÉRIOS:
INTERESSES RESTRITOS E
NÍVEL DE GRAVIDADE COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO SOCIAL
COMPORTAMENTOS REPETITIVOS
NÍVEL 2 Défices marcados com iniciação limitada Óbvio para o observador acidental e
REQUER ACOMPANHAMENTO MODERADO e respostas atípicas ou reduzidas ocorre em todos os contextos
NÍVEL 3
Comunicação Social mínima Interferência marcada no dia-a-dia
REQUER ACOMPANHAMENTO INTENSIVO
PREVALÊNCIA PEA
EM PORTUGAL
(1) - Oliveira, G. (2005). Epidemiologia do autismo em Portugal: Um estudo de prevalência da perturbação do espectro
do autismo e de caracterização de uma amostra populacional de idade escolar. Coimbra: Universidade de Coimbra
PREVALÊNCIA PEA
EM PORTUGAL
•Todos estes motivos têm contribuído para uma mais rápida sinalização e intervenção precoce,
contudo ainda não é consensual o principal fator para o aumento da prevalência da PEA (a nível
mundial).
“A diferença de ganhar
e perder, na maioria das
vezes, é não desistir.”
WALT DISNEY
DOCUMENTOS
NECESSÁRIOS PARA OS
PRÓXIMOS PASSOS
Relatório Médico explicativo da situação clínica da criança
(exposição das principais dificuldades e hipóteses de diagnóstico em estudo)
Atenção: Não pode acumular com subsídio por assistência de terceira pessoa.
2.SUBSÍDIO DE
EDUCAÇÃO
ESPECIAL
Como posso requerer?
Formulários:
RP5020 – DGSS – Requerimento de Subsídio de Educação Especial
GF61 – DGSS – Declaração Médica
GF 62 – DGSS – Declaração Médica da Necessidade e Tipo de Apoip
2.SUBSÍDIO DE
EDUCAÇÃO
ESPECIAL
Documentação necessária:
mensalidade do estabelecimento;
valor do apoio;
A prestação social para a inclusão é uma prestação mensal em dinheiro paga aos cidadãos
nacionais e estrangeiros, refugiados e apátridas, que tenham uma deficiência da qual resulte
um grau de incapacidade igual ou superior a 60%.
É constituída por três componentes:
*uma vez passado este prazo, envie email a USP a reclamar a sua consulta
com a junta médica. Se não obtiver resposta positiva, envie email para a Junta
Médica da sua área de residência e ainda reclame para:
https://www.livroamarelo.gov.pt/pt/homee
sg@sg.min-saude.pt
geral@dgs.min-saude.pt
QUAIS SÃO OS
BENEFÍCIOS
ASSOCIADOS?
Nunca entregue o original. Esse é seu! Apenas entregue cópia. Leve o original apenas
para autenticação. A partir de julho de 2022 o atestado aparece na área pessoal no
portal do SNS e no aplicativo.
LEGISLAÇÃO DE APOIO
1 - Os progenitores têm direito a licença por período até seis meses, prorrogável até
quatro anos, para assistência de filho com deficiência, doença crónica ou doença
oncológica.
2 - Caso o filho com deficiência, doença crónica ou doença oncológica tenha 12 ou
mais anos de idade a necessidade de assistência é confirmada por atestado médico.
3 - A licença prevista no n.º 1 pode ser prorrogável até ao limite máximo de seis anos,
nas situações de necessidade de prolongamento da assistência, confirmada por
atestado médico.
PROTEÇÃO SOCIAL NA
PARENTALIDADE
Como pedir?
Eu, (nome) , identificação do cargo e do vinculo laboral (contrato de trabalho), venho solicitar licença para
assistência a filho com doença crónica, com duração de X meses (máximo 6 – prorrogável a cada 6 meses), nos
termos do disposto no artigo 53º ponto 1, do Código do Trabalho, e demais normas legais e regulamentares
aplicáveis, para assistência inadiável e imprescindível a filho menor/maior* de 12 anos, com data de inicio data x.
Declaro ainda que o menor vive em comunhão de mesa e habitação com o requerente e que o outro
progenitor tem atividade laboral e não se encontra ao mesmo tempo em situação de licença.
Data
Aguardo deferimento,
(assinatura)
PROTEÇÃO SOCIAL NA
PARENTALIDADE
Subsídio de Assistência a Filho
com deficiência, doença crónica
ou doença oncológica
É um apoio em dinheiro dado às pessoas que tiram uma licença no seu trabalho para
acompanharem os filhos (biológicos, adotados ou do seu cônjuge) devido a deficiência,
doença crónica ou doença oncológica por período até 6 meses, prorrogável até ao limite de
4 anos.
Nas situações de necessidade de prolongamento da assistência, confirmada por declaração
de médico especialista, comprovativa dessa necessidade, a licença pode ser prorrogável até
ao limite de 6 anos.
PROTEÇÃO SOCIAL NA
PARENTALIDADE
Subsídio de Assistência a Filho
com deficiência, doença crónica
ou doença oncológica
Condições de atribuição:
A criança:
Rendimentos de trabalho
Subsídio de desemprego
Subsídio social de desemprego, inicial ou subsequente ao subsídio de desemprego
Subsídio por cessação de atividade para trabalhadores independentes
economicamente dependentes ou com atividade empresarial
PROTEÇÃO SOCIAL NA
PARENTALIDADE
Subsídio de Assistência a Filho
com deficiência, doença crónica
ou doença oncológica
Não pode acumular com:
Subsídio por cessação de atividade para membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas
(MOES)
Subsídio de doença
Prestações concedidas no âmbito do subsistema de solidariedade, exceto rendimento social de
Inserção e complemento solidário para idosos
Prestações concedidas no âmbito do Subsistema de Solidariedade exceto Rendimento Social de
Inserção e Complemento Social para Idosos.
PROTEÇÃO SOCIAL NA
PARENTALIDADE
Subsídio de Assistência a Filho
com deficiência, doença crónica
ou doença oncológica
Como requerer:
O subsídio pode ser requerido online através da Segurança Social Direta ou diretamente nos balcões
da SS, com os seguintes documentos:
Também a pode requerer através do formulário Mod.RP5003-DGSS, o qual deve ser apresentado nos
serviços de atendimento da Segurança Social.
PROTEÇÃO SOCIAL NA
PARENTALIDADE
Prestações compensatórias de
Subsidio de Férias e Natal
Montante:
O valor a receber corresponde a 80% da importância que o beneficiário deixa de
receber do respetivo empregador.
ARTIGO 166.°A
2-Além das situações referidas no número anterior, o trabalhador com filho com
idade até três anos ou, independentemente da idade, com deficiência, doença
crónica ou doença oncológica que com ele viva em comunhão de mesa e habitação,
tem direito a exercer a atividade em regime de teletrabalho, quando este seja
compatível com a atividade desempenhada e o empregador disponha de recursos e
meios para o efeito.
NOTA: Em situação de incumprimento recorrer à ACT
AUTISMO NA ESCOLA
Muitas famílias desconhecem detalhes sobre os
direitos do autista na escola. Neste capítulo
abordamos apenas alguns pontos essenciais
sobre os direitos da sua criança autista no que se
refere à educação, bem como os seus enquanto
encarregado de educação, de acordo com a
legislação em vigor desde 2018
(DL 54/2018).
A matrícula no ensino básico é obrigatória para todas
as crianças em idade escolar, no entanto, existem
condições especiais para as crianças com NEE
Participar e acompanhar a definição e implementação das -Disponibilizar toda a informação relevante para efeitos de
medidas a aplicar determinação de medidas de suporte a aprendizagem.
Participar na elaboração e na avaliação do programa -Acompanhar ativamente a vida escolar escolar do seu educando.
educativo individual
-Respeitar a autonomia pessoal do seu filho ou educando,
nomeadamente o direito a ser ouvido e a participar ativamente em
Receber uma cópia do relatório técnico — pedagógico e, se todos os assuntos do seu interesse, tomando em consideração os seus
aplicável, do programa educativo individual e do plano interesses e preferências.
individual transição
-Fundamentar a necessidade de revisão do programa educativo
Solicitar a revisão do programa educativo individual individual.
Identificação dos fatores que facilitam e que dificultam o progresso e o desenvolvimento das aprendizagem do
aluno, nomeadamente, fatores da escola, do contexto e individuais do aluno.
Identificação do(s) responsável(eis) pela implementação das medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão e
do respetivo coordenador
Momentos intercalares de avaliação da eficácia das medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão (quando
propostas)
Procedimentos de articulação ombros recursos específicos de apoio à inclusão definidos no artigo 11°
MEDIDAS SELETIVAS
MEDIDAS SELETIVAS-
Dirigem-se a alunos que evidenciam necessidades de suporte à aprendizagem que
não foram supridas em resultado da aplicação das medidas universais.
MEDIDAS UNIVERSAIS-
Dirigem-se a todos os alunos e têm como objetivo promover a participação e o
sucesso escolar.
Legislação que estabelece o regime jurídico
da educação inclusiva em Portugal:
Leituras recomendadas:
Nota: Sempre comunique com a escola e agrupamento por escrito, para ter provas do
incumprimento, e assim fundamentar a sua reclamação.
CONCLUSÃO
Esperamos que este Ebook ajude a sua família na busca
dos seus direitos, ao iniciar a sua jornada pelo Autismo.
Os direitos estão assegurados pela lei, mas nem sempre
os conseguimos à primeira. Não desista facilmente!
Quebrar as barreiras atitudinais, físicas e culturais é
essencial para acabar com o preconceito e
discriminação contra a pessoa com deficiência, ainda
tão presente na atualidade. É essencial que a sociedade
e a família conheça os obstáculos que pessoas com
autismo enfrentam no dia-a-dia e que exijam do Estado
e das empresas a verdadeira inclusão. Ter direitos não é
um privilégio!
FONTES
Decreto-Lei n.º 15/2024 (Altera o regime de avaliação de incapacidade das pessoas com deficiência)
Decreto-Lei n.º 202/96 (Estabelece o regime de avaliação de incapacidade das pessoas com deficiência)
Decreto-Lei n.º 136/2019 (Procede à terceira fase implementação da prestação social para a inclusão,
definindo o acesso à medida para crianças e jovens com deficiência
www.seg-social.pt
Código de trabalho
OBRIGADA!
“No mesmo mar, mas em barcos Diferentes”
AUTORAS:
DESIGN
Andreia Santos Paula Frazão Sara Gouveia Vanda Silva Carla Bertin
Ana Carolina