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NÃO PODE FALTAR

POLÍTICAS PÚBLICAS E LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL –


A LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL BRASILEIRA

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Sueli Helena de Camargo Palmen

seõçatona reV
Fonte: Shutterstock.

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PRATICAR PARA APRENDER


Olá! Nesta seção estaremos conversando sobre A Legislação Educacional
Brasileira, abordando a hierarquia da Legislação no Brasil, as normas legais
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quanto à tramitação da legislação educacional e compartilhamento de


responsabilidades entre entes federados, ou seja, entre Distrito Federal, Estados,
municípios e federação, relativos à implementação das Políticas Educacionais.

Aqui estaremos retomando a trajetória histórica da educação brasileira, visando


demonstrar o quanto os aspectos sociais, políticos e econômicos influenciam na
concepção da educação e o quanto influenciam na elaboração de leis que norteiam
as Políticas Públicas.
Nesta seção, focalizaremos os aspectos legais atuais que orientam e
regulamentam o Sistema Educacional brasileiro, com destaque para a Constituição
Federal (CF), de 1988, e sua influência na educação brasileira, e a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, de 1996, (LDB nº 9394/1996) e o seu papel na

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estruturação da educação básica.

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Vale destacar que, ao final desta seção, espera-se que você compreenda o papel da
legislação educacional para a organização e o funcionamento da Educação
Nacional, favorecendo a reflexão acerca da ação educativa.

Qual a visão de Educação presente em nossa atual Constituição Federal? Você já


parou para fazer essa análise e verificar sua relação com as Políticas Educacionais
que temos vivenciado?

Como você está se preparando para ser um futuro educador, é fundamental


conhecer mais sobre o funcionamento da Educação no Brasil, por isso, adote a
postura de um educador pesquisador e busque conhecer nossa legislação
educacional, com destaque para a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
de 1996.

O contexto de aprendizagem apresentado busca aproximar você da realidade de


seu campo de trabalho. Lembre-se de que, embora seja uma narrativa hipotética, é
um exercício que mobiliza conhecimentos promovidos nesta disciplina,
conectando-os com as situações da prática educacional e tornando-os mais
compreensíveis e significativos.

Em um final de semana, João estava na escola pública de ensino fundamental


“Construindo o Futuro”, onde está estagiando, e enquanto organizava os espaços
para a utilização da comunidade, recebeu um grupo de pais preocupados com
alguns boatos que estão circulando na comunidade. Ouviram dizer que a escola
será municipalizada e estão preocupados com o destino de seus filhos. Muitos
professores têm comentado que no próximo ano letivo talvez não estejam mais na
escola e não sabem se as turmas serão mantidas, ou se haverá alguma
reestruturação, portanto, o futuro dos empregos também é incerto, o que tem
ocasionado grande insegurança e a mobilização da comunidade. Diante dos
comentários, os pais procuraram João para verificar essas informações e juntos
pensarem numa mobilização.

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Durante a conversa com João, alguns pais acabam expondo que estão inseguros,
pois temem que a escola feche no bairro, além de não acreditarem que o

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município consiga manter a escola funcionando no mesmo padrão que o Estado.

João ouve todas as dúvidas da comunidade para, em um segundo momento, poder


orientar e propor ações.

Entre as principais dúvidas pontuadas pelos pais estão:

Com a municipalização corre o risco da escola do bairro fechar?

A qualidade do ensino será mantida pelo município? De onde virá o dinheiro


para a manutenção da escola?

Os professores perderão o emprego? E os demais funcionários da escola?

Por que o Estado não quer mais assumir o ensino nesta escola?

Nesse momento, você, futuro educador, deve ocupar o lugar de João e propor
ações para resolver essa situação-problema apresentada. Descreva
hipoteticamente quais seriam as possíveis ações de João.

Vamos juntos conhecer mais sobre o histórico e funcionamento da Educação no


Brasil?

Um excelente estudo!

CONCEITO-CHAVE
Olá! Vamos conversar nesta seção sobre a Legislação Educacional brasileira
recuperando, de forma breve, o percurso histórico da educação no Brasil, focando
o papel das regulamentações para sua organização e funcionamento.
Na atualidade, quando falamos em Educação, logo nos vem à mente a ideia de um
projeto de sociedade e de formação humana, assim, analisamos aspectos que a
influenciam como: a cultura, a economia e a política em vigor.

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A partir da visão de Educação e do contexto sociopolítico, teremos Legislações que
regulamentaram sua implementação.

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Hierarquia da Legislação no Brasil

Pensando na hierarquia das leis, cabe destacar que, no Brasil, vigora o princípio
da Supremacia da Constituição, ou seja, as normas constitucionais estão num
patamar de superioridade em relação às demais leis, servindo de fundamento de
validade para estas.

Pensando na normatização e nessa hierarquia, Bittencourt e Clementino (2012)


pontuam que podemos pensar em três grupos de normas legais:

Normas constitucionais.

Normas infraconstitucionais.

Normas infralegais.

Quadro 1.2 | Normas legais

Normas Constituição Federal (05/10/88)


constitucionais
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
(ADCT)

Emendas Constitucionais (nem tudo pode ser


alterado, sendo que devem ser respeitadas as
cláusulas Pétreas)

Tratados e Convenções internacionais sobre


Direitos Humanos
Normas Lei Complementar – as hipóteses de
infraconstitucionais regulamentação da constituição por meio de lei
complementar estão taxativamente previstas na CF.

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Lei Ordinária – o campo por elas ocupado é
residual, ou seja, tudo o que não for regulamentado

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por lei complementar, decreto legislativo,
resoluções, será regulamentado por lei ordinária.

Lei Delegada – é a espécie normativa utilizada nas


hipóteses de transferência da competência do
Poder Legislativo para o Poder Executivo.

Medida provisória.

Decreto Legislativo.

Resolução.

Normas infralegais Decretos – são expedidos pelo Presidente de


República, para dar fiel execução a uma lei já
existente.

Portaria – é o instrumento pelo qual Ministros ou


outras autoridades de alto escalão expedem
instruções sobre procedimentos relativos à
organização e ao funcionamento de serviços e,
ainda, podem orientar quanto à aplicação de textos
legais.

Instrução Normativa

Fonte: adaptado de Bittencourt e Clementino (2012)


É fundamental destacar que não há hierarquia entre as normas de um mesmo
grupo, o que existe é campo de atuação diferenciado, específico entre essas
normas que compõem o mesmo grupo.

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O que existe também é hierarquia entre os grupos, sendo que as normas
constitucionais são hierarquicamente superiores às normas infraconstitucionais,

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que são hierarquicamente superiores às normas infralegais.

Pensando na organização e no funcionamento da educação brasileira, o caminho


histórico que constituiu nossa realidade educacional é longo e pautado em leis que
revelam cenários sociais, políticos e econômicos.

Antecedentes históricos da Legislação Educacional e Políticas Públicas

Neste momento, futuro educador, resgataremos o histórico da educação


brasileira para compreendermos sua forma de organização e funcionamento,
compreendendo o momento em que a Legislação Educacional passou a compor
sua história.

De acordo com Freitag (1980), para compreendermos melhor a organização da


Educação brasileira podemos dividi-la em três períodos históricos, cada qual com
uma perspectiva política e que revela interesses sociais e econômicos do período
em que abrangem. São eles:

1º período: de 1500 a 1930, envolvendo a Colônia, o Império e a Primeira


República.

2º período: de 1930 a 1960.

3º período: de 1960 em diante.

1º período (1500 a 1930)

Podemos dizer que o 1º período da história da Educação Brasileira iniciou-se com a


chegada dos jesuítas no Brasil, no período colonial português, sendo “Regimentos”
o primeiro documento que marcou a política educacional daquele momento,
assinado por Dom João III, em 1548. Quando Manuel da Nóbrega chegou no Brasil,
em 1549, iniciou-se o ensino na colônia, sendo este pautado na catequese, sob o
comando dos jesuítas e com a manutenção financeira da coroa portuguesa.

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Já em 1564, foi criado o primeiro sistema de cobrança de impostos que previa a
aplicação de 10% da arrecadação para a manutenção dos colégios jesuíticos, ou

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seja, para a Educação na colônia, a qual se caracterizava como religiosa, sendo o
ensino ministrado pelos jesuítas. Embora os recursos financeiros fossem de
origem pública, a infraestrutura, os materiais pedagógicos, os agentes
educacionais (jesuítas), as normas disciplinares e diretrizes pedagógicas eram de
domínio privado, ou seja, sob o controle dos jesuítas.

Em 1759, o Marquês de Pombal rompe com os jesuítas da Companhia de Jesus,


dando início a uma nova fase na educação brasileira, marcada pela “Reforma
Pombalina”, que vigorou de 1759 a 1827, fase a qual podemos considerar como
um ensaio da educação pública estatal.

Quando os jesuítas foram expulsos do Brasil, apenas uma ínfima parcela da


população acessava as escolas, pois o acesso era restrito. Como pontua Marcílio
(2005, p. 3), “estavam excluídas as mulheres (50% da população), os escravos
(40%), os negros livres, os pardos, filhos ilegítimos e crianças abandonadas”.

Com o fechamento dos colégios jesuíticos em 1759, iniciaram-se as “aulas régias”


mantidas pela Coroa e para as quais se criou um novo imposto em 1772, o
“subsídio literário”. Em termos educacionais, cabe destacar que as reformas
pombalinas romperam com as ideias religiosas, baseando-se em ideias laicas em
termos de instrução, iniciando uma nova forma de “educação pública estatal”
(SAVIANI, 2008).

Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, foi preciso
implementar o Ensino Superior com o intuito de garantir o acesso aos serviços que
anteriormente tinham na Europa: assim nasce o ensino superior baseado no
modelo de instituto isolado e de natureza profissionalizante, elitista, apenas para
atender aos filhos da aristocracia colonial, que não mais tinham acesso às
academias europeias, sendo forçados a cursar estudos superiores por aqui
mesmo, no Brasil. A primeira faculdade de medicina é criada em Salvador, em
1808: FAMEB – Faculdade de Medicina da Bahia (SOUZA, 1997).

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Com a independência do Brasil em 1822, instaurou-se o Primeiro Império, política
esta que estabeleceu, a partir de 1827, uma nova diretriz educacional que instituiu

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as escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos.
Em 1834, o Ato Adicional à Constituição do Império colocou o ensino primário sob
a responsabilidade das Províncias, desobrigando o Estado Nacional a cuidar desse
nível de ensino.

É possível ver que desde os primeiros tempos de nossa história, a consolidação de


uma Educação Nacional tem sido um desafio, principalmente em termos de
educação pública e sua responsabilização como um bem nacional. Cabe destacar
que as províncias não apresentavam estrutura financeira para financiar o ensino
de forma local.

De 1889 a 1930, ou seja, durante a Primeira República, o ensino no Brasil


continuou estagnado, com grande número de analfabetismo, correspondendo a
mais da metade da população brasileira. Cabe destacar nesse período, como
retoma Freitag (1980), foram criadas escolas superiores e escolas primárias e
secundárias, o que ampliou o número de estabelecimentos, mas não o número de
oportunidades educacionais, mantendo o sistema educacional elitista e
excludente.

O grande marco expansionista e de investimentos foi sentido no ensino superior,


pois muitas escolas superiores foram criadas nesse momento de nossa história,
focando a formação de profissionais liberais, atendendo aos interesses da classe
dominante visando sua manutenção no poder.

Em termos econômico, político e social, é importante recuperarmos que durante a


Primeira República o Brasil vivenciou um momento de efervescência cultural que
marcou as transformações sociais do século XX. Em 1922, a Semana da Arte
Moderna foi um marco para a cultura brasileira. As inovações apresentadas
naquele momento histórico geraram um entusiasmo em termos educacionais,
levando a um “otimismo pedagógico”.

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A partir disso, as reflexões acerca da escola primária aumentaram, contudo,
somente após a Primeira Guerra Mundial que a política educacional passou a ser

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revista no Brasil.

2º período (1930 a 1960)

Nos anos de 1930, surge um movimento conhecido como “Movimento


Escolanovista” formado por educadores como Anísio Teixeira, Lourenço Filho,
Fernando de Azevedo e Francisco Campos, que juntos buscavam renovar o ensino,
organizando um manifesto, o qual seria conhecido mais tarde como “Manifesto
dos Pioneiros da Educação”.

Esse manifesto denunciava o atraso do sistema educacional brasileiro e


evidenciava a necessidade de ampliação da educação para toda a população,
dando destaque à educação escolarizada. Enfim, o Manifesto dos Pioneiros da
Escola Nova surgiu em 1932 contendo uma nova proposta pedagógica e trazendo
em seu bojo uma proposta de reconstrução do sistema educacional brasileiro,
demandando por uma Política Educacional do Estado (PIANA,2009).

Cabe recuperar aqui que, em 1929, a economia mundial sofreu com a quebra da
Bolsa de Nova Iorque, e no Brasil a crise foi sentida em 1930, pois como nossa
economia era agrícola, a superprodução do café, nosso principal produto de
exportação, fez com que os preços sofressem uma queda no mercado
internacional, o que ocasionou um colapso em nossas finanças públicas.

Nesse momento de nossa história republicana, o governo de Getúlio Vargas


adotou medidas para diminuir o prejuízo dos cafeicultores em decorrência da crise
e restringiu as importações dos bens de consumo, o que favoreceu e fortaleceu
nossa produção industrial.
Portanto, somente no 2º período da História de Educação brasileira, ou seja, de
1930 a 1960, com o avanço da industrialização e urbanização que a pressão para
uma maior escolarização se tornou uma demanda política e social, exigindo uma
nova condição em termos de investimentos.

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Você, futuro educador, consegue perceber, a partir dessa contextualização

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histórica, o quanto a economia pode influenciar nos rumos das Políticas
Educacionais?

De um país agroexportador, o Brasil passa a se configurar também como um país


com potencial industrial, da qual emergiu um novo grupo econômico: a burguesia
urbano-industrial.


O País foi assumindo desta forma, uma política de industrialização e, consequentemente, esta mudança
evidenciou uma reestruturação no seio da sociedade política e da sociedade civil, pois ao lado dos aristocratas e
latifundiários do café, emergiu a burguesia financeira e industrial, e o operariado também sofreu ampliações.
— (FREITAG, 1980, p. 50)

Esse período foi marcado por grandes transformações no campo educacional


brasileiro, pois se desenhou uma possibilidade de democratização no ensino, fruto
das ideias dos “Escola Novistas”: Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Fernando de
Azevedo e Francisco Campos, pautados na concepção de “escola ativa” de Dewey.

Não podemos deixar de frisar que em 1930 criou-se o Ministério da Educação e


Saúde, com a função de orientar e coordenar as reformas educacionais que
aconteceriam adiante, entre as quais estavam a Reforma Francisco Campos, que
integrou as escolas primária, secundária e superior e elaborou o estatuto da
universidade brasileira. Através da Reforma Francisco Campos, a Política
Educacional brasileira introduziu o ensino primário gratuito e obrigatório e o
ensino religioso facultativo.

A Constituição de 1937 incorporou as indicações dessa reforma educacional e,


visando fortalecer a industrialização nacional, introduziu o ensino
profissionalizante na lei como obrigatório para as indústrias e sindicatos, os quais
deveriam criar escolas na esfera de sua especialidade para os filhos de seus
operários ou associados a fim de prepará-los para o trabalho nas indústrias.

É nesse cenário político e legalista que no ano de 1942 foi criado o Serviço Nacional

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de Aprendizagem Industrial (SENAI) e, em 1946, o Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial (SENAC).

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Outra reforma que marcou a história da educação brasileira foi a Reforma
Capanema, em 1942, relativa ao ensino secundário (PIANA, 2009).

3º período (1960 em diante)

Em 1946 foi promulgada uma nova Constituição, e juntamente com esse novo
cenário político marcado pela redemocratização do Brasil, pós-Segunda Guerra
Mundial (1945), baseado num Estado populista desenvolvimentista, é que surgem,
no campo da educação, movimentos em favor da escola pública, universal e
gratuita que culminam, em 1961, na promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional no Brasil: Lei nº 4.024/1961.

Essa foi nossa primeira LDB – Lei de Diretrizes e Bases. De acordo com essa lei, o
ensino no Brasil de nível primário poderia ser ministrado pelo setor público e
privado, extinguindo a obrigatoriedade do ensino gratuito, o que permitia a
subvenção estatal de estabelecimentos de ensinos particulares através de bolsas
de estudo e empréstimos.

Dentro da Política Educacional brasileira, a LDB se configurou como uma das


medidas que marcou os rumos da educação no Brasil. Vale destacar que entre
1961 a 1963, o Brasil foi marcado por várias mudanças no campo político, social e
econômico que, por sua vez, impactaram na educação nacional, considerando que
o índice de analfabetos revelava as desigualdades, não apenas educacionais, mas
também sociais e econômicas.

Com o início da ditadura militar, em 1964, o Estado ampliou o sistema de ensino,


inclusive o superior e estendeu o ensino obrigatório de quatro para oito anos.
Contudo, cabe destacar que nesse período os movimentos sociais passam a se
organizar para demandar a implementação de Políticas que respondessem suas
necessidades enquanto Políticas Públicas.

Quanto ao problema do analfabetismo, é nesse período de nossa história da

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Educação que desponta o educador Paulo Freire, que, com seu método
pedagógico de alfabetização, compreendia a Educação como prática da libertação

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e da conscientização política por meio da prática da leitura e da escrita, como
veremos mais adiante.

Legislação Educacional

As forças sociais tiveram um papel preponderante para o retorno da democracia


enquanto política brasileira. Durante o período da transição do autoritarismo para
a democracia, as propostas educacionais foram foco de discussão entre diferentes
setores sociais, os quais funcionaram como grupos de pressão para a formulação
da Constituição de 1988, que, por sua vez, expressa a política educacional do
Brasil contemporâneo.


A Constituição Federal de 1988, promulgada após amplo movimento de redemocratização do País, marca um
novo período. Ampliam-se as responsabilidades do Poder Público e da sociedade em geral para com a
educação, a partir das novas demandas do mundo moderno e globalizado, em atendimento ao ideário
neoliberal. Essa Lei apresenta o mais longo capítulo sobre a educação de todas as Constituições Brasileiras, pois
apresenta dez artigos específicos (art. 205 a 214) que detalham a matéria, que também figura em quatro artigos
do texto constitucional (Art. 22, XXIV; 23, V; 30, VI e Art. 60 e 61 das Disposições Transitórias.
— (PIANA, 2009, p.73)

Com promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988, temos uma


nova realidade brasileira pautada numa ordem política que declara, como um de
seus princípios, a descentralização político-administrativa garantindo à
sociedade o direito de formular e de controlar políticas, redimensionando relações
entre Estado e sociedade civil. Entre as conquistas afirmadas na referida legislação
estão:

A concepção da educação como direito público subjetivo (Art. 208 § 1°).

O princípio da gestão democrática do ensino público (Art. 206, VI).


O dever do Estado em prover creche e pré-escola às crianças de 0 a 5 anos de
idade (Art. 208, IV).

A oferta de ensino noturno regular (Art. 208, VI).

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O ensino fundamental obrigatório e gratuito inclusive para os que a ele não

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tiveram acesso em idade própria (Art. 208, I).

A Constituição Federal de 1988 fez emergir também a ideia de Plano Nacional de


Educação, apontando sua necessidade.

A ideia de um “Plano Educação” existia desde a década de 1930 no Brasil, porém,


apenas planos menores e pontuais aconteceram desde então. A ideia de um Plano
Nacional de Educação ganhou força com a Constituição de 1988, que em seu artigo
214 destacou:


Art. 214. - A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o
sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de
implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e
modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que
conduzam a:
I – Erradicação do analfabetismo;
II – Universalização do atendimento escolar;
III – Melhoria da qualidade do ensino;
IV – Formação para o trabalho;
V – Promoção humanística, científica e tecnológica do País.
VI – Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto
interno bruto.
— (BRASIL, 1988)

A regulamentação da previsão constitucional do Plano Nacional de Educação (PNE)


aconteceu em 1996, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Lei nº 9394/1996.

Vale destacar aqui que o PNE é um plano de Estado, não um plano de governo,
portanto, seu processo de elaboração pode acontecer em diferentes instâncias:
federal, estadual e municipal, originando os Planos Estaduais e Municipais em
conexão com o PNE, cuja vigência no Brasil é de dez anos.
De acordo com a LDB nº 9.394/1996, o PNE seria elaborado pela União, com
colaboração dos demais entes federativos (estados, municípios e Distrito Federal),
pois, segundo a Constituição Federal brasileira, a Educação é responsabilidade
compartilhada. O artigo 211 da CF reforça essa ideia.

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Conforme pontua o referido artigo, cabe aos Municípios prioritariamente o ensino

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fundamental e a educação infantil; aos Estados e ao Distrito Federal compete
prioritariamente o ensino fundamental e médio; e destaca ainda que a verba
destinada à educação será redistribuída entre a União e os entes federativos.

O Quadro 1.3 apresenta a organização e o funcionamento da Educação Nacional


com a LDB.

Quadro 1.3 | Organização e funcionamento da LDB

LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/1996 Níveis e


Modalidades de ensino

EDUCAÇÃO BÁSICA Educação Infantil: creche e pré-escola


Ensino Fundamental
Ensino Médio

ENSINO SUPERIOR Graduação


Pós-Graduação

Fonte: adaptado de Brasil (1996).

Vale retomar que a primeira LDB foi promulgada em 1961 (Lei nº 4.024/1961) e
apresentava outra configuração em termos organizacionais.

Pela Lei nº 9.394/1996, o governo passou a assumir a política educacional como


tarefa de sua competência, descentralizando sua execução para Estado e
municípios. A Política de Avaliação da Educação em todos os níveis de ensino
também passou a ser exercida, buscando um “controle” do sistema escolar.
Assim, nos anos de 1990, o tema “descentralização” ganhou um local de destaque
na Educação brasileira, acompanhado da “gestão democrática”, no sentido de
possibilitar a participação de diferentes atores no processo educativo,
inaugurando, como pontua Piana (2009), o sentido democrático da prática social

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da educação.

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No quadro a seguir, você, futuro educador, pode rever alguns marcos da História
da Educação no Brasil, apresentados nesta seção, visando favorecer a
compreensão acerca do processo histórico que tem permeado as Políticas
Educacionais e as legislações que fundamentaram em nosso país.

Quadro 1.4 | Marcos na História da Educação no Brasil – “linha do tempo”

Período Em 1549, chega ao Brasil o primeiro grupo de padres


Jesuítico jesuítas, chefiados por Manoel da Nóbrega.
(1549–1759)
Início “formal” da Educação no Brasil.

Período Expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, e a destruição do


Pombalino único sistema de ensino.
(1760-1808)
As Reformas Pombalinas no campo da educação
introduziram as chamadas “aulas régias”: estudos
autônomos e isolados de Latim, Grego, Filosofia e Retórica.

Cada disciplina possuía um professor único e as matérias


não se articulavam uma com as outras.

Período Mudança da Família Real para o Brasil em 1808.


Joanino
D. João VI refunda a academia militar que havia (atual
(1808–1821)
Academia Militar das Agulhas Negras) e cria duas escolas de
medicina – uma no Rio de Janeiro e outra em Salvador.
Período D. João VI volta a Portugal em 1821.
imperial
D. Pedro I proclama a Independência do Brasil em 1822.
(1822-1889)
A primeira Constituição brasileira é outorga em 1824.

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Essa lei dizia que a “instrução primária é gratuita para todos

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os cidadãos”.

República Proclamou-se a República no sistema presidencialista em


Velha 1889.
(1889-1929)
Na organização escolar, percebe-se como princípios
orientadores a liberdade e laicidade do ensino, como
também a gratuidade da escola primária.

Segunda Revolução de 1930 marca a entrada do Brasil no modelo


República capitalista de produção e o primórdio do investimento na
(1930-1936) produção industrial.

Há necessidade de uma mão de obra especializada sendo


preciso investir na educação.

Criação do Ministério da Educação e Saúde Pública em


1930.

Em 1931, decretos organizam o ensino secundário e as


universidades brasileiras ainda inexistentes. Esses decretos
ficam conhecidos como “Reforma Francisco Campos”.
Estado Novo Em 1937, a Constituição outorgada com tendências
(1937-1945) fascistas, com orientação político-educacional para o
mundo capitalista:
Enfatiza o ensino pré-vocacional e profissional.

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Propõe que a arte, a ciência e o ensino sejam livres à

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iniciativa individual tirando do Estado o dever da
educação.

Mantém a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino


primário.

República Nova Constituição em 1946.


Nova
Na área da Educação, determina-se a obrigatoriedade de se
(1946-1963)
cumprir o ensino primário e volta o preceito de que a
educação é direito de todos.

Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961 - prevalece as


reivindicações da Igreja Católica e dos donos de
estabelecimentos particulares de ensino, confrontando com
o dever do Estado para a oferta da educação aos
brasileiros.
Ditadura Civil- Em 1964, o Golpe militar aborta todas as iniciativas de se
Militar revolucionar a educação brasileira.
(1964-1985)
Nesse período, deu-se a expansão das universidades no

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Brasil.

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Criou-se o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL)
visando erradicar o analfabetismo.

Em 1971, é instituída a Lei nº 5.692: a Lei de Diretrizes e


Bases da Educação Nacional, focando a formação
educacional com um cunho profissionalizante.

Nova Fim do Regime Militar em 1985.


República
Constituição Federal aprovada em 1988 dentro dos
(pós-ditadura -
princípios democráticos, reconhecendo a Educação como
a partir de
direito subjetivo de todos.
1985)
Declaração Mundial sobre Educação para Todos é
aprovada, em 1990, na Tailândia.

Promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional (LDB nº 9.394/1996), que estipulou a formação do
docente em nível superior e colocou a Educação Infantil na
posição de etapa inicial da Educação Básica.

Entra em vigor o Plano Nacional de Educação (2001-2011).

Novo Plano Nacional de Educação (2014-2024).

Fonte: adaptado de Freitag (1980) e Aranha (1989).

ASSIMILE

1. Aulas régias: durante o período do Brasil colônia, essa modalidade de


aula foi implementada e concentrava o ensino correspondente ao nível
secundário, em especial às classes de latim. A responsabilidade do
Estado limitava-se ao pagamento do salário do professor e às diretrizes
curriculares da matéria a ser ensinada, deixando a cargo do próprio
professor a provisão das condições materiais relativas ao local,
geralmente sua própria casa, e a sua infraestrutura, assim como aos

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recursos pedagógicos a serem utilizados no desenvolvimento do ensino.

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2. Associação Brasileira de Educação (ABE): criada em 1924 por
educadores, intelectuais, políticos e figuras de expressão da sociedade
brasileira, impulsionou as discussões em torno dos problemas
educacionais. Por meio dessa organização, eram promovidos cursos,
palestras, semanas da educação e conferências, principalmente as
Conferências Nacionais de Educação. Entre 1927 a 1929, foram
realizadas três grandes Conferências Nacionais de Educação, ocorridas
em Curitiba, Belo Horizonte e São Paulo. Foi por meio dessas
Conferências que surgiu. em 1932. o Manifesto dos Pioneiros da Escola
Nova, contendo uma nova proposta pedagógica e trazendo em seu bojo
uma proposta de reconstrução do sistema educacional brasileiro.

3. Plano Nacional de Educação (PNE): é uma lei brasileira que estabelece


diretrizes e metas para o desenvolvimento nacional, estadual e
municipal da educação. O Plano vincula os entes federativos às suas
medidas e os obriga a tomar medidas próprias para alcançar as metas
previstas. Também podemos considerar o Plano Nacional de Educação
como um documento editado periodicamente e que compreende desde
diagnósticos sobre a educação até a proposição de metas, diretrizes e
estratégias para o desenvolvimento da Educação.

REFLITA

Quando falamos em Educação, você considera necessário compreender as


políticas que a sustentam?

Você acredita que o cenário econômico determina os rumos das Políticas


Educacionais?
EXEMPLIFICANDO

Quando falamos em PNE, por exemplo, vale destacar que ele é composto
por várias metas. O atual PNE, Lei nº 13.005 aprovada em 2014, apresenta
20 metas e tem a duração decenal (2014-2024).

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A meta 1, por exemplo, refere-se à Educação Infantil: “universalizar, até

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2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5
(cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de
forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até
3 (três) anos até o final da vigência deste PNE”.

Assim, como apresentamos aqui a meta 1, você pode acessar o Plano


Nacional e conhecer todas as metas para a Educação Nacional.

Estamos chegando ao final de mais uma seção da disciplina “Funcionamento da


Educação Brasileira e Políticas Públicas”, lembrando que nosso foco foi resgatar
a trajetória histórica da Educação Brasileira, focando a hierarquia das leis e da ação
da legislação na normatização da Educação Nacional.

Nesse contexto, vimos o papel da Constituição como lei maior do país dentro dos
princípios democráticos, embasando as demais legislações em termos normativos,
bem como pontuando o papel dos entes federados e as responsabilidades de cada
um na organização da Educação em regime de colaboração, como prevê a Carta
Magna, ou seja, a Constituição Federal do Brasil.

Seguiremos conversando sobre o cenário político, econômico e social, pois vemos


o quanto cada um deles interfere na formulação das Políticas Públicas, dando
ênfase à atual legislação educacional, as quais configuram a Política Educacional.

Conto com você nessa caminhada! Vamos em frente!

FAÇA VALER A PENA


Questão 1
Para falarmos da organização e do funcionamento da Educação é importante
conhecermos as legislações que a regulamentam e destacar que existem
hierarquias entre as leis, vigorando o princípio da Supremacia da Constituição, ou
seja, segundo o qual as normas constitucionais estão num patamar de

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superioridade em relação às demais leis. Pensando na normatização e nessa

seõçatona reV
hierarquia, é importante destacarmos que existem três grupos de normas legais:
Normas constitucionais, Normas infraconstitucionais e Normas infralegais.

Leia as afirmações a seguir e analise se são verdadeiras.

I. Podemos afirmar que não há hierarquia entre as normas de um mesmo grupo,


o que existe é campo de atuação diferenciado, específico entre essas normas
que compõem o mesmo grupo.

II. Existe hierarquia entre os grupos, sendo que as normas constitucionais são
hierarquicamente superiores às normas infraconstitucionais, que são
hierarquicamente superiores às normas infralegais.

III. A organização e o funcionamento da Educação brasileira se fundamentam em


Normas infralegais.

Indique a alternativa que apresenta a resposta correta.

a. As afirmações I e II são verdadeiras.

b. As afirmações I e III são verdadeiras.

c. As afirmações II e III são verdadeiras.

d. As afirmações I, II e III são verdadeiras.

e. Somente a afirmação III é verdadeira.

Questão 2
Em termos econômico, político e social, é importante recuperarmos que durante a
Primeira República o Brasil vivenciou um momento de efervescência cultural, que
marcou as transformações sociais do século XX. Em 1922, a Semana da Arte
Moderno foi um marco para a cultura brasileira. As inovações daquele momento
histórico geraram um entusiasmo em termos educacionais, levando a um
“otimismo pedagógico”.

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Diante do contexto apresentado, analise as afirmações a seguir e coloque V (para
Verdadeiro) ou F (para Falso):

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( ) Durante a primeira República, de 1889 a 1930, foram criadas escolas superiores
e escolas primárias e secundárias, que ampliou o número de estabelecimentos,
mas não o número de oportunidades educacionais, mantendo o sistema
educacional elitista e excludente.

( ) Nos anos de 1930, surgiu um movimento conhecido como “Movimento


Escolanovista”, formado por educadores que juntos buscavam renovar o ensino,
organizando um manifesto, o qual seria conhecido mais tarde como “Manifesto
dos Pioneiros da Educação”.

( ) O Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova surgiu em 1932 com uma nova
proposta pedagógica e trazendo em seu bojo uma proposta de elitização do
sistema educacional brasileiro.

( ) Durante a Primeira República, o ensino no Brasil continuou estagnado, com


grande número de analfabetismo, o que correspondia a mais da metade da
população brasileira.

Assinale a alternativa que apresenta a ordem correta, de cima para baixo.

a. V, V, V, V.

b. V, V, F, F.

c. F, V, F, V.

d. F, V, V, F.

e. V, V, F, V.

Questão 3
Com promulgação da Constituição Federal do Brasil, em 5 de outubro de 1988,
temos uma nova realidade brasileira, pautada numa ordem política que declara,
como um de seus princípios, a descentralização político-administrativa, garantindo
à sociedade o direito de formular e de controlar políticas, redimensionando

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relações entre Estado e sociedade civil. Quanto às propostas educacionais, a

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Constituição Federal traz a democratização como marca para as Políticas
Educacionais.

Leia as afirmações a seguir e analise se são verdadeiras.

I. A Constituição de 1988 trouxe a concepção da educação como direito público


subjetivo.

II. A Constituição de 1988 trouxe o princípio da gestão democrática do ensino


público.

III. A Constituição de 1988 pontuou o dever do Estado em prover creche e pré-


escola às crianças de 0 a 5 anos de idade.

IV. A Constituição de 1988 considera o ensino fundamental obrigatório e gratuito


inclusive para os que a ele não tiveram acesso em idade própria.

Indique a alternativa que apresenta a resposta correta.

a. As afirmações I, II e III são verdadeiras.

b. As afirmações I, II e IV são verdadeiras.

c. As afirmações II, III e IV são verdadeiras.

d. As afirmações I, II, III e IV são verdadeiras.

e. As afirmações I, III e IV são verdadeiras.

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