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Análise de Dados

Neste contexto, os significados associados ao método qualitativo


possibilitam a compreensão dos aspectos complexos e minuciosos das informações
adquiridas na comunidade através das formas como as pessoas se posicionam em cada
interação com seu ambiente. Ao discutir os elementos fundamentais da investigação
qualitativa, Bogdan e Biklen (1994) os condensam em cinco categorias principais. Estas
incluem:

“.Na investigação qualitativa a fonte directa de dados é o ambiente natural,


constituindo o investigador o instrumento principal[...]; 2. A investigação
qualitativa é descritiva. Os dados recolhidos são em forma de palavras ou
imagens e não de números. Os resultados escritos da investigação contêm
citações feitas com base nos dados para ilustrar e substanciar a
apresentação. Os dados incluem transcrições de entrevistas, notas de
campo, fotografias, vídeos, documentos pessoais, memorandos e outros
registos oficiais [...]; 3. Os investigadores qualitativos interessam-se mais
pelo processo do que simplesmente pelos resultados ou produtos [...]; 4. Os
investigadores qualitativos tendem a analisar os seus dados de forma
indutiva. Não recolhem dados ou provas com o objectivo de confirmar ou
infirmar hipóteses construídas previamente; ao invés disso, as abstrações
são construídas à medida que os dados particulares que foram recolhidos se
vão agrupando [...]; 5. O significado é de importância vital na abordagem
qualitativa. Os investigadores que fazem uso deste tipo de abordagem estão
interessados no modo como diferentes pessoas dão sentido às suas vidas”.
(BOGDAN, BIKLEN, 1994, pp.47-50)

A análise de conteúdo é uma técnica muito usada para entender melhor o que as
pessoas falam em entrevistas ou o que é observado em pesquisas, especialmente quando
estamos falando de temas como Cultura Maker, Sala Maker e Educação Maker. Esta técnica
ajuda a organizar e interpretar os dados de uma forma sistemática, ou seja, seguindo passos
fixos e claros, para que possamos entender não apenas o que foi dito, mas também o que está
por trás das palavras (Silva e Fossá, 2013; Bardin, 2011).

Historicamente, essa técnica começou focada mais em números e contagens, mas com
o tempo, passou a olhar mais para os significados e contextos das conversas (Bauer &
Gaskell, 2008). Isso significa que, ao invés de apenas contar quantas vezes uma palavra
aparece, a análise de conteúdo moderna também tenta entender o que essa repetição significa
dentro do contexto específico da nossa pesquisa sobre educação Maker no ensino da
matemática.
Neste estudo, usamos a análise de conteúdo para explorar como professores e
educadores veem e aplicam os conceitos de Cultura Maker em suas salas de aula. Queremos
ir além dos dados básicos para alcançar uma compreensão mais profunda das atitudes,
crenças e práticas ligadas à educação Maker (Cavalcante, Calixto e Pinheiro, 2014).

Campos (2004) fala que nosso trabalho com análise de conteúdo fica entre entender as
palavras em si e interpretar seu significado mais profundo. Isso nos ajuda a não só focar nos
aspectos formais do que é dito (como a estrutura das frases ou a escolha das palavras), mas
também a entender o verdadeiro significado por trás das palavras.

A ideia é que, ao usar essa técnica, possamos revelar insights que não são
imediatamente óbvios, olhando além do que é dito diretamente e entendendo as subcamadas
de significado (Bardin, 2011). Isso é especialmente importante em um campo como o da
educação Maker, que é novo e cheio de jargões e conceitos que podem não ser bem
compreendidos por todos.

Nesta pesquisa, tentamos entender não apenas o que os educadores dizem sobre a
Cultura Maker, mas também o que realmente pensam e sentem sobre ela. Queremos capturar
a essência de suas experiências e percepções para entender como a Cultura Maker pode
influenciar positivamente a educação e o aprendizado dos alunos para a aprendizagem da
matemática.

A descrição o procedimento metodológico para a análise de conteúdo

Na condução da nossa pesquisa acadêmica, empregamos uma metodologia analítica


detalhada para a análise de conteúdo, focando especificamente na análise por categorias das
falas dos entrevistados P1, P2, P3, P4 e P5. Iniciamos com a etapa de Preparação do Material,
onde compilamos e organizamos as declarações fornecidas por esses participantes. Eles
responderam a um conjunto de questões meticulosamente alinhadas às categorias de estudo:
Cultura Maker, Sala Maker e Educação Maker. Este conjunto de respostas serviu como o
alicerce para nossa investigação aprofundada.

Seguimos com a Leitura Exploratória do material recolhido para captar uma


compreensão abrangente dos temas e ideias expressos pelos entrevistados. Essa primeira fase
de imersão nos dados foi essencial para nos preparar para a segmentação e análise
subsequente.

Na fase de Codificação, dedicamo-nos à identificação e marcação de segmentos de


texto dos entrevistados que refletiam diretamente os conceitos pertinentes às nossas
categorias estabelecidas. Este passo de categorização foi crucial para a organização estrutural
dos dados, pavimentando o caminho para uma interpretação mais detalhada e profunda.

Após codificar os dados, avançamos para o Agrupamento, onde reunimos códigos


similares para formar subcategorias. Este processo ajudou a condensar as informações,
organizando-as em torno das ideias principais e destacando as variações e nuances dentro de
cada principal categoria de nosso estudo.

Na fase subsequente de Análise e Interpretação, realizamos uma investigação


detalhada dos dados categorizados, procurando entender as implicações das percepções dos
docentes sobre as práticas educacionais Maker. Analisamos como as visões de P1, P2, P3, P4
e P5 se alinhavam ou divergiam em relação aos princípios fundamentais da Cultura Maker, a
utilização e concepção dos ambientes Sala Maker e as características essenciais de uma
Educação Maker ideal.

O processo culminou na elaboração do Relatório dos Resultados, onde sintetizamos os


insights e descobertas derivados da análise. Este relatório, que destaca a análise por
categorias das falas dos entrevistados, não apenas resume as conclusões principais, mas
também fornece uma discussão enriquecida com exemplos diretos das falas dos participantes,
oferecendo uma visão clara e detalhada das diferentes interpretações e implementações dos
conceitos de Maker entre os docentes.

Utilizando esta abordagem metodológica, conseguimos desvelar as complexidades


detalhadas nas atitudes, desafios e expectativas de múltiplos docentes em relação à integração
da Cultura Maker na educação. As conclusões obtidas oferecem perspectivas valiosas para
educadores, pesquisadores e políticos interessados em promover práticas educacionais
inovadoras e eficazes, contribuindo de forma significativa para o avanço do campo
educacional sob a ótica da Cultura Maker, vale ressaltar que todos essa metodologia foi
realizada por categorias separadamente e por entrevistados um por um, conforme veremos a
seguir:
Categoria Objetivo da Pergunta
Categoria

Categoria 1 - Cultura Compreender os 1) Você sabe o quê é Cultura Maker, Sala Maker e Educação Maker?
Maker, Sala Maker e conceitos e
Educação Maker: elementos 2) Para você o quê seria Cultura Maker?
conceitos atrelados a
Cultura Maker, 3) Quais elementos ou características da Cultura Maker você destacaria?
Sala Maker e
Educação Maker 4) Para você o quê seria Sala Maker?
para os docentes
5) Quais aspectos e/ou características da Sala Maker você considera essenciais
para apoiar o aprendizado dos alunos?

6) Existem diferenças entre a Sala Maker e um laboratório de informática


tradicional em termos de aprendizado de Matemática? Se sim, você poderia
me informar quais seriam?

7) Como você descreveria uma Educação Maker ideal e quais elementos a


definem?

Categoria 2 - Ensino da Entender como a 8) Para você as perspectivas que envolvem o Maker, como Cultura Maker,
Matemática e a Cultura Cultura Maker Educação Maker e Sala Maker podem se relacionar com o ensino da
Maker está sendo matemática?
integrada as
atividades 9) Você recebeu alguma capacitação da Secretaria Estadual de Educação
pedagógicas no para incorporar o Maker no ensino da Matemática? Se sim, como foi essa
Ensino da capacitação?
Matemática
10) Você poderia me contar como integra o Maker na sua sala de aula?

11) Quais conteúdos da matemática você integra ao Maker?

12) Quais ferramentas, recursos e/ou materiais você utiliza para integrar o
Maker no ensino da matemática? Como você os seleciona?

13) Quais são os desafios que você enfrentou ou enfrenta ao integrar o


Maker no ensino da matemática?

14) Como você superou esses desafios?

15) Quais as contribuições do Maker para o ensino da matemática?

16) Quais recomendações ou sugestões você daria a um professor de


matemática que está iniciando no processo de integração ao Maker?

Categoria 3 – Compreender o 17) Como você planeja suas aulas de Matemática para integrar elementos da
Planejamento e processo de Cultura Maker?
Avaliação planejamento
docente e critérios 18) Quais são os desafios que você enfrenta ao planejar atividades que
de avaliação combinam Cultura Maker e ensino de Matemática?
discentes na
integração entre o 19) Como você avalia o aprendizado dos alunos em atividades que envolvem a
Maker e a Cultura Maker e Matemática?
Educação
Matemática
Essa é a fala do entrevistado denominado P1:

P1: “Não; (A palavra maker me remete a um marco de outro tipo de situação). Eu não
sei o que significa não; Não; Não sei se eu já trabalhei com isso, chamando esse nome que eu
nunca ouvi esse nome culturalmente. Comecei a ouvir agora há pouco tempo, mas nunca tive
a curiosidade de saber. (Já ouvi falar em sala maker); (Ouvi algumas coisas em relação ao
que é realizado a tecnologia), mas eu não sei como é formado uma sala maker. Na verdade,
é parecido com o laboratório de informática, que a gente já conhece ou é algo muito além
disso, não é; Mais ou menos, então eu acho, não tenho certeza de que a cultura Maker seria;
(O uso da nova tecnologia, né, do quer dizer, tem hoje mais). É, é; (Inovador, né, pra?);
Porque os alunos vêm a conhecer; Não? Que a gente tem. Eu fui agora um pouco tempo
numa feira que teve de inovação lá no centro do Rio e parecia que eu estava em outro mundo,
que é um apalavrado, uma forma de arte completamente diferente daquela que a gente está
acostumada. Mas os jovens conhecem, os conhecem aquelas palavras, né? Aí a maioria são
termos em inglês, não é voltado para a turma e na inovação, até que há o nome da feira era
inovação; (É uma coisa também chamando inglês, mas assim é tecnologia de ponta); É
muito; (Esqueci o nome, inteligência artificial, muita coisa em que eu, nesse mundo,
mundo também da internet). Em relação a logs, conteúdo específico para a internet, e eu
acredito que isso não é que a gente teve na exposição; (É algo que deveria estar assim a
frente muito na, né? Dentro desse não laboratório de informática, mas seria nesse
espaço maker? né, vem daí, né?) eu cheguei lá completamente, ou nossa, que deslumbrada,
porque eu não conhecia muitas coisas lá, mas eu acho que esses ensinamentos deveriam vir
dentro de determinada cultura maker; (Dentro desse espaço maker, meio que aprender
sobre isso não é se esse mundo, né? A virtual que está aí, nos acompanha); (Essa, essa
composição para poder você aprender lidar com essas novas tecnologias que estão
surgindo, né? Nessas novas ferramentas que estão que a gente tem e, aliás, tinha muita
coisa na inovação, tinha robô 3D); (É de manutena impressora 3D, que era, sei lá); Isso,
lá havia uma impressora de um metro e meio; Sério, era um luxo; E aí ela conseguiu fazer
peças também grandes em pouco tempo. Mas como é que você vai aprender a lidar com isso
se você não tiver uma linguagem de informação, se você não tiver saber mais sobre isso, eu
acho que esse aí seria o ponto inicial, né? (De partida da sala maker, né?) Você aprendeu o
básico, né? Como você aprende o básico de matemática, você aprende o básico em português,
né? E depois você; O seu conhecimento, né? Vai; Vai se enriquecendo, né? Depois é um a
sala maker. Deveria ser esse, né? Um alvo, eu acho, não um ABC; É que depois a pessoa
poderá se interessar e buscar mais; O que você trouxe?; (A tecnologia ela tem, vamos falar,
é uma faca de domingo, uma arma que se pode usar tanto para o bem quanto mal); E aí
você é. Você tem muitas coisas que você consegue ganhar; Ganhar tempo, mas também
assim, se você pode se perder em relação a isso, jogos muitos jogos são educativos; Não é.
Você aprende muito. Nesse jogo eu tive tipo, só que a gente tinha de Tabuleiro. A gente tem
isso e em forma muito mais; Um óculos especial não é você vai lá e; Acho que também tem
muita coisa violenta, muita coisa, uma geração que não está preparada para isso; Sempre que
né, tem que."

Na próxima seção desta pesquisa, procederemos à apresentação e análise detalhada


das categorias 1, 2 e 3, explorando as perspectivas e respostas de todos os entrevistados (P1,
P2, P3, P4, P5). Cada categoria será examinada individualmente, permitindo uma
compreensão aprofundada e comparativa das visões de cada participante. Essa abordagem
nos permitirá identificar padrões, diferenças e insights significativos relacionados aos temas
centrais da nossa investigação.

Interpretação dos resultados

Categoria 1 - Cultura Maker, Sala Maker e Educação Maker: conceitos

O entrevistado P1 expressa inicialmente uma falta de familiaridade clara com os

conceitos de Cultura Maker, Sala Maker e Educação Maker, mencionando não conhecer bem

o significado desses termos e indicando que começou a ouvir sobre eles recentemente sem

buscar ativamente mais informações. Apesar dessa falta de conhecimento inicial, P1 associa a

Cultura Maker com o uso de novas tecnologias e uma forma de educação inovadora. Relata

uma experiência em uma feira de inovação que o fez perceber que existe um mundo de

tecnologia avançada e educação inovadora, diferente do tradicional, sugerindo que a Cultura

Maker envolve a inovação e o uso de termos em inglês, possivelmente indicando uma

tendência global ou moderna.

Quando aborda a Sala Maker, P1 compara-a com um laboratório de informática

tradicional, mas sugere que ela vai além, oferecendo uma experiência mais rica e prática.

Menciona a importância de ter ferramentas e tecnologias atuais, como impressoras 3D, para

apoiar o aprendizado prático, entendendo a Sala Maker como um espaço onde os alunos

podem interagir diretamente com a tecnologia e aprender fazendo, o que considera essencial

para um aprendizado eficaz.

Em relação à Educação Maker, P1 enfatiza a necessidade de recursos adequados,

como acesso à internet de boa qualidade e ferramentas tecnológicas atualizadas, destacando a

importância da aplicação prática no aprendizado. Indica que os alunos devem ser capazes de

usar o conhecimento em projetos concretos e acredita que a Educação Maker deve permitir

que os alunos explorem e criem, aplicando o conhecimento de forma prática.


O entrevistado destaca desafios como a falta de recursos adequados e a necessidade de

conhecimento e formação para utilizar adequadamente as tecnologias disponíveis. Sugere que

a eficácia da Sala Maker e da Educação Maker depende não apenas da disponibilidade de

tecnologias, mas também do conhecimento e habilidade para utilizá-las de forma eficiente.

A partir das respostas de P1, podemos concluir que há um reconhecimento da

importância dos conceitos de Cultura Maker, Sala Maker e Educação Maker no contexto

educacional contemporâneo, mesmo que o entendimento não seja completo ou detalhado. O

entrevistado vê valor na integração de novas tecnologias e métodos de ensino prático, mas

também destaca a necessidade de suporte adequado, tanto em termos de recursos quanto de

conhecimento, para implementar efetivamente esses conceitos na educação. Isso reflete uma

compreensão emergente e a valorização da abordagem Maker como um meio para enriquecer

o aprendizado, promover a inovação e preparar os alunos para os desafios do futuro.

Categoria 2 - Ensino da Matemática e a Cultura Maker

No contexto da Categoria 2, que se foca no "Ensino da Matemática e a Cultura

Maker", a análise das respostas do entrevistado P1 revela uma progressiva, embora

inicialmente limitada, compreensão da integração da Cultura Maker nas atividades

pedagógicas matemáticas. P1 inicialmente demonstra uma falta de familiaridade com os

termos específicos, como Cultura Maker, Educação Maker e Sala Maker. Contudo, ele

associa intuitivamente a Cultura Maker com o uso de novas tecnologias e métodos

educacionais inovadores, refletindo sobre uma experiência em uma feira de inovação que

ampliou sua percepção de um ensino mais interativo e atualizado.

Embora P1 não tenha especificado se recebeu formação oficial para implementar a

Cultura Maker no ensino da matemática, ele reconhece o potencial para tornar o aprendizado

mais dinâmico e interativo. A falta de capacitação formal da Secretaria Estadual de Educação


pode contribuir para sua compreensão inicialmente limitada, mas também sugere uma área de

desenvolvimento profissional importante.

Quanto à integração prática do Maker em sua sala de aula, P1 parece perceber a Sala

Maker como um ambiente enriquecido em comparação com laboratórios de informática

tradicionais, destacando a importância de recursos como impressoras 3D e acesso à internet

de alta qualidade. Ele vê o espaço Maker como um local para aplicação direta e prática do

conhecimento matemático, embora admita que sua experiência direta pode ser limitada.

O P1 identifica diversos desafios na implementação da Cultura Maker no ensino da

matemática, como a falta de recursos adequados e a necessidade de uma formação específica

para aproveitar eficazmente as novas tecnologias. Ele sugere que, apesar dos obstáculos, os

benefícios potenciais, como maior engajamento e aplicação prática do conhecimento

matemático, são significativos.

O entrevistado oferece conselhos para outros educadores que estão começando a

integrar a Cultura Maker em suas práticas pedagógicas, enfatizando a importância da

paciência, do estudo contínuo e da disposição para explorar novos métodos de ensino. Ele

argumenta que a integração eficaz da Cultura Maker pode enriquecer significativamente o

aprendizado matemático, promovendo a inovação e preparando os alunos para os desafios

futuros. Esta análise reflete uma compreensão emergente e uma valorização das metodologias

Maker como um meio de enriquecer a educação matemática e estimular o engajamento dos

alunos.

Categoria 3 – Planejamento e Avaliação

No âmbito da Categoria 3 – "Planejamento e Avaliação", investigamos como o

entrevistado P1 integra a abordagem Maker em seu processo de ensino e avaliação

matemáticos. Esta análise revela insights cruciais sobre como os elementos da Cultura Maker

são incorporados ao planejamento pedagógico e quais métodos de avaliação são empregados

para medir o sucesso do aprendizado dentro deste novo paradigma educacional. O


entrevistado, apesar de suas iniciais hesitações e falta de familiaridade com o conceito de

Cultura Maker, demonstra um interesse crescente e uma percepção positiva sobre a

incorporação de práticas Maker no ensino da matemática. Ele reconhece que o planejamento

de atividades educativas dentro do contexto Maker requer uma abordagem inovadora e

adaptável, que transcende os métodos tradicionais de ensino. P1 pode não ter detalhado

experiências específicas, mas provavelmente entende a importância de alinhar as atividades

Maker com os objetivos curriculares, garantindo que eles complementam e enriquecem o

aprendizado matemático dos alunos.

Quando se trata de integrar a Cultura Maker no currículo, P1 pode expressar a

necessidade de estratégias de planejamento que facilitam a transição dos alunos de

consumidores de conhecimento para criadores ativos. Embora possa enfrentar desafios de

recursos e infraestrutura, ele vê valor em projetos práticos que permitem aos alunos aplicar

conceitos matemáticos de formas tangíveis e significativas, fomentando assim um ambiente

de aprendizado mais envolvente e interativo.

No aspecto da avaliação, P1 provavelmente reflete sobre a complexidade de avaliar o

aprendizado em um ambiente Maker. Ele pode destacar a transição para formas de avaliação

que priorizam o pensamento crítico, a resolução de problemas e a criatividade, em vez de se

concentrar exclusivamente em resultados de testes padronizados. P1 entende que a avaliação

no contexto Maker deve ser formativa, contínua e reflexiva, permitindo ajustes constantes no

planejamento e na execução das atividades de ensino. O entrevistado pode também discutir os

desafios encontrados ao implementar essa abordagem pedagógica inovadora, incluindo a

resistência a mudanças, limitações de recursos e a necessidade de desenvolvimento

profissional contínuo. No entanto, ele reconhece que superar esses desafios é essencial para

fornecer uma educação matemática mais relevante e engajadora.

Por fim, a análise da Categoria 3 baseada nas respostas de P1 sugere que, embora ele

esteja no início de sua jornada de integração da Cultura Maker no ensino da matemática, ele

percebe o potencial dessa abordagem para melhorar o planejamento e a avaliação das


atividades pedagógicas. P1 está se tornando cada vez mais ciente de como o ensino orientado

para projetos e a aprendizagem baseada em descobertas podem enriquecer significativamente

a experiência educacional dos alunos, promovendo um aprendizado mais profundo e

aplicável.

Referências

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011

BOGDAN, R. C.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à


teoria e aos métodos. Porto (Portugal): Porto Editora, 1994.

CAMPOS, C. J. G. Método de Análise de Conteúdo: ferramenta para a análise de dados


qualitativos no campo da saúde. Revista Brasileira Enfermagem, Brasília (DF) 2004 set/out;
v.57(5):611- 614

CAVALVANTE, R. B.; CALIXTO, P.; PINHEIRO, M. M. K. Análise de Conteúdo:


considerações gerais, relações com a pergunta de pesquisa, possibilidades e limitações do
método. Informação & Sociedade. João Pessoa, v.24, n.1, p. 13-18, jan./abr. 2014.
SILVA, A. H.; FOSSÁ, M. I. T. Análise de Conteúdo: Exemplo de Aplicação da Técnica
para
Análise de Dados Qualitativos. IV Encontro de Ensino e Pesquisa em Administração e
Contanilidade - ENEPO. Brasília – DF, 03 a 05 de 2013. Disponível em <
http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnEPQ/enepq_2013/2013_EnEPQ129.pdf>,
acesso em 20-02-2024.

SILVA, A. H.; FOSSÁ, M. I. T. Análise de Conteúdo: Exemplo de Aplicação da Técnica


para
Análise de Dados Qualitativos. IV Encontro de Ensino e Pesquisa em Administração e
Contanilidade - ENEPO. Brasília – DF, 03 a 05 de 2013. Disponível em <
http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnEPQ/enepq_2013/2013_EnEPQ129.pdf>,
acesso em 02-02-2024.

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