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ELIZETE ROGÉRIO

ADVOGADA
AV. FAGUNDES DE OLIVEIRA N.º 1841, VILA SÃO JOSÉ - DIADEMA -SÃO PAULO
- CEP: 09950- 300 - FONE/FAX 4125.9383 - 4075 - 4275
___________________________________________________
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA
COMARCA DE DIADEMA - SP

PROCESSO N.º

MARINA DE SOUZA SANTOS,


brasileira, casada, líder, portadora da cédula de identidade RG n.º
25.254.656-8 e do CPF/MF sob n.º 155.283.348-88, residente e domiciliada
á Rua Júpiter n.º 1000, Casa 92, Jardim Bandeirantes - Diadema - São
Paulo- CEP: 09990-040, vem por sua advogada e bastante procuradora, que
esta subscreve, à presença de V.Exa., com escritório na Av. Fagundes de
Oliveira n.º 1841, Vila São José, Diadema, São Paulo, CEP: 09950-300,
fone/fax 4125-9383, em conformidade com a Lei 8.213/91 e suas ulteriores
modificações e a Constituição Federal em seu artigo 201, V, propor a
presente

AÇÃO PARA PERCEPÇÃO DE SALÁRIO


MATERNIDADE PREVIDENCIÁRIO
segundo o procedimento ordinário, em face do INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, sito Av. Fábio Eduardo Ramos
Esquive S/N., Centro de Diadema - São Paulo, pelos fatos e fundamentos a
seguir:
A Autora, em data de 11 de Junho de 2002,
ingressou com o seu pedido de SALÁRIO DE MATERNIDADE, na qual a
mesma tem direito, inclusive protegido pela Carta Magna , sob n.º
124.872.086- 2, no qual a sua grande surpresa, foi que o seu pedido foi
indeferido, com a “pífia”, de por falta de qualidade de segurado ,, porem esta
alegação, não condiz com a realidade dos fatos, como passaremos a
demonstrar:

Conforme declara a Autarquia, a Autora não


poderá receber o seu salário maternidade, face que a mesma perdeu a
qualidade de segurado.

Nobre Julgador, conforme demonstrado em anexo,


a Autora trabalhou na empresa LOTUS SERVIÇOS TÉCNICOS LTDA, no
período de 05 de Setembro de 2000 até 08 de Julho de 2003, e requereu o
seu auxilio maternidade, em 11 de junho de 2002, portanto mais ou menos
um ano antes de ser despedida da empresa.

Ínclito Julgador, infelizmente, os Segurados,


estão fazendo o papel “de fiscal do INSS”, vamos explicar melhor:

Quando o Segurado, comparece a qualquer


agência do INSS, para requerer qualquer tipo de beneficio Previdenciário, o
mesmo somente é concedido, se a empresa estiver quites com aquele órgão.
A Carteira Profissional documentos de credibilidade, até que prove ao
contrário e demonstrando o vinculo empregatício, que a pessoa trabalhou na
empresa não é suficiente, para conceder o beneficio.

O INSS, acata, somente o que consta no CNIS,


( um programa de computador que a Autarquia, adquiriu da Caixa
Econômica Federal), porém qualquer empresa que deixar de constar neste
programa automaticamente o período laborado na empresa a mesma é
descartado, mesmo tendo o registro na CTPS.
E foi exatamente isto que aconteceu com a Autora,
a mesma preste a ter filhos, tinha que comparecer a Caixa Econômica, na
empresa, entre outros, para regularizar um erro que não é seu.

Pergunta - se

n Porque no INSS, tem o setor de fiscalização?????


n Será que é para fiscalizar as empresas irregulares???? Ou exerce outras
atividades, que necessita do segurado, cumprir os deveres dos
mesmos?????

Nobre Julgador isto é um absurdo?????

No procedimento administrativo, ficou claro, que a


Autora, deveria se tornar uma “fiscal “do INSS, para regularizar um
problema que não é seu.

A legislação é límpida e protege a Requerente,


como passaremos a transcrever:

O artigo 7º , XVIII, da Carta Magna:

artigo 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
`a melhoria de sua condição social:

XVIII - licença à gestante, sem prejuízos do emprego e do salário, com a duração de


cento e vinte dias.

E ainda

artigo 71 da Lei 8.213/91

O salário maternidade é devida à segurada da Previdência Social, durante no 120 dias,


com inicio no período entre 28 dias antes do parto e a data de o ocorrência deste,
observadas as situações e condições prevista na legislação no que concernente à
proteção à maternidade, sendo pago diretamente pela Previdência Social.

Artigo 72 da Lei 8213/91

O salário maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa consistirá


numa renda mensal igual a sua remuneração integral
Caudalosa é a corrente Jurisprudência de nossos
Tribunais no sentido de reconhecer o direito do salário maternidade.

Outroassim, além da lei 8.213/91, o direito da


autora está assegurado, ainda pelo artigo 201, V, da Constituição Federal.

Ressalta - se, que mais uma vez vem a Autarquia -


Ré, eximir - se de sua função primordial como “Seguradora Social”.

Assim, como na condição de Segurada, e com a


qualidade de segurado, devidamente comprovada através da xerox da CTPS,
lhe assegura o direito requerido na peça vestibular..

Face ao exposto, requer, se digne Vossa


Excelência, determinar a citação do INSTITUTO NACIONAL DO
SEGURO SOCIAL, na pessoa de seu representante legal, para tomar ciência
e responder aos termos da presente, que, ao final, deverá ser julgada
PROCEDENTE, condenando o Réu a pagar à Autora o SALARIO
MATERNIDADE, desde da entrada do procedimento administrativo, ou
seja, em 11 de junho de 2002, com as prestações em atraso corrigidas
monetariamente, acrescidos de juros e correção monetária, honorários
advocaticios na base de 20% sobre o total da condenação e demais
cominaçoes legais.

Requer que seja a Autarquia - Ré, oficiada


para que envie aos autos toda a documentação do Segurado ANTONIO DA
PAZ , relativo ao beneficio n.º 124.872.086- 2 do Salário Maternidade da
Autora.

Requer ainda, os benefícios da justiça


gratuita, conforme artigo 128 da Lei 8.213/91, por ser a presente causa da
natureza previdenciária, e por ser pessoa pobre na acepção da palavra, não
podendo arcar com o ônus processual, senão em prejuízo do próprio
sustento, conforme Lei 1060/50, e suas ulteriores alterações.

Provará o alegado por todos os meios de


provas em direito admitidas, juntada de outros documentos, principalmente
oitiva de testemunhas, expedições de ofícios e tudo o que mais que se fizer
necessários para a devida apreciação desse DD. Juízo, sem exclusão de
nenhuma.

Dar - se à causa o valor de R$ 15.800,00


(quinze mil e oitocentos reais), para efeito de alçada.

Nestes Termos,
P.E. Deferimento
Diadema, 11 de Maio de 2004

ELIZETE ROGÉRIO
OAB/SP 125.504

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