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AÇÃO PREVIDENCIÁRIA
em face de INSS - Instituto Nacional da Seguridade Social, que deverá ser citado por meio de
seu Representante Legal, na Av. ..........., nº ......., nesta cidade, doravante REQUERIDO, pelas
razões de fato e de direito a seguir expostas:
DA NECESSÁRIA GRATUIDADE
Data maxima venia, não fossem as Benesses da Lei 1.060/50, com as alterações posteriores, a
REQUERENTE estaria impossibi-litada de buscar o seu Direito.
Assim, antes de adentrar o mérito da presente lide a REQUE-RENTE requer, porque faz jus, o
benefício da GRATUIDADE DE JUSTIÇA:
DOS FATOS
Em .../.../.... a REQUERENTE engravidou e, por opção pessoal, pediu demissão de seu emprego
indo se dedicar, ex-clusivamente, à sua família e a partir de tal data, por não mais possuir
rendimentos, deixou de realizar as contribuições previ-denciárias.
Em .../.../.... a REQUERENTE deu à luz uma criança, conforme faz prova o documento em
anexo, e assim compareceu à Sede do REQUERIDO pleiteando a concessão do Salário--
Maternidade.
Tal concessão lhe foi negada, sob a infundada alegação de perda da qualidade de segurada.
Justiça !!!
DO DIREITO
Conforme sabemos, a situação de desemprego pode ser comprovada por qualquer meio
idôneo, sendo que tal prova não é limitada à existência de registros no Órgão do Ministério do
Trabalho e/ou Previdência Social, ou seja, a determinação constante do Artigo 15 deve ser
interpretada de forma lógica e em conformidade com a natureza do Benefício em comento.
Sob esse prisma, o salário-maternidade se apresenta, muitas vezes, como única fonte de renda
nos 120 dias de licença contados antes e após o parto. E, justamente por ter natureza de verba
alimentar, sua privação joga no desamparo, e deixa em situação de risco, a segurada que tem
indevidamente sua pretensão negada pelo INSS.
Diz-se que o indeferimento é injustificado e portanto ilegal, porque se por um lado é certa a
assertiva de que o salário-mater-nidade substitui o salário da segurada empregada, por outro,
não é correta a afirmação de que esse benefício só é devido durante a relação de trabalho. O
artigo 71 da Lei nº 8.213/91 contempla todas as seguradas da previdência com o salário-
maternidade, sem qualquer restrição à desempregada, que mantém a qualidade de segurada
pelo período de graça.
Mais: O legislador pátrio não apresenta óbice algum ao paga-mento do Benefício em questão
na hipótese de a segurada haver pedido demissão e, seguro é: onde o legislador não restringe,
ao intérprete não é dado o Direito de fazê-lo.
Na verdade, por força do Decreto nº 6.122/2007, durante o período de graça a que se refere o
art. 13, a segurada desempregada fará jus ao recebimento do salário-maternidade nos casos
de demis-são antes da gravidez, ou, durante a gestação, nas hipóteses de dispensa por justa
causa ou a pedido, situações em que o benefício será pago diretamente pela previdência
social.
A condição de segurado é, em regra, mantida pelo prazo de 12 meses (art. 15, II, da Lei nº
8.213/91) conta-dos do último vínculo empregatício ou contribuição in-dividual, sendo que
esse prazo é alargado em mais 12 meses nas situações de desemprego (art. 15, § 2º, da Lei nº
8.213/91), ainda que essa situação não tenha sido registrada no Ministério do Trabalho. Além
do mais a perda da qualidade de segurado não acontece tão-lo-go tais prazos se esvaiam, mas,
apenas no dia seguin-te ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade
Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do
final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos (art. 15, § 4º, da Lei nº 8.213/91).
(Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais do Rio de Janeiro Classe: REC -
Recurso/Sentença Cível/RJ Número do Proces-so: 20045160009379001 Órgão Julgador: 2.
Turma Recursal - 4. Juiz Relator: MARCELO LÚZIO MARQUES ARAÚJO Revisor: Data de
Julgamento: 04/10/2007 Data de Autuação: 04/09/2007 Número de Origem:
200451600093790 Natureza: Cível: Data do Documento: 02/10/2007)
DO PEDIDO
(Local e data).
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AdvogadoOAB/... - nº .............