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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
(Tramitação Prioritária)
MM. JUIZ(A)
2 – CAUSA DE PEDIR
EMENTA
AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO DENEGATÓRIA DA
PRESIDÊNCIA DA TURMA - EMBARGOS EM EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO EM AGRAVO EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
RECURSO DE REVISTA - OPOSIÇÃO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
13.467/2017 - HORAS EXTRAS - PAGAMENTO DEVIDO -
ADVOGADA EMPREGADA - CONTRATAÇÃO OCORRIDA EM 1997 -
AUSÊNCIA DE PREVISÃO CONTRATUAL EXPRESSA DE DEDICAÇÃO
EXCLUSIVA - JORNADA DE TRABALHO DE QUATRO HORAS (ART.
20 DA LEI 8.906/1994) 1. A Turma consignou que "(...)
a SDI-I do TST, ao julgamento do E-RR-1606-
53.2011.5.15.0093, firmou entendimento no sentido de
que ' o regime de dedicação exclusiva, por
consubstanciar situação excepcional, requer ajuste
contratual expresso nesse sentido", não restando
configurado pela "mera submissão do empregado
advogado à jornada de oito horas diárias e quarenta
semanais' (...)" (fls. 1380). Entendeu que, " à
míngua de previsão expressa no ajuste contratual de
dedicação exclusiva, a reclamante tem direito à
jornada de quatro horas e carga semanal de 20 horas,
a teor do art. 20 da Lei nº 8.906/94 ." (fls. 1382).
Não houve prequestionamento da controvérsia à luz da
antiga redação do art. 12 do Regulamento Geraldo
Estatuto da Advocacia e da OAB. 2. Não se vislumbra
contrariedade à Súmula 126 do TST, pois a Turma não
reexaminou fatos e provas. Registre-se que o Eg. TRT
decidiu que, " ausente cláusula expressa, há que se
entender que o advogado-empregado, no curso da
jornada laboral, deve se dedicar exclusivamente ao
serviço daquele que o contratou ." (fls. 1209). 2.
Não há divergência jurisprudencial específica quanto
ao paradigma que trata de jornada de trabalho
prevista em edital de concurso. Óbice do item I da
Súmula nº 296 do TST corretamente aplicado pela
decisão agravada. Precedentes da C. SBDI-I. 3. Quanto
aos paradigmas que adotam a tese genérica de que a
duração diária de seis horas e a semanal que não
ultrapasse quarenta horas configura o regime de
dedicação exclusiva na vigência da Lei nº 8.906/94,
deve ser mantida a decisão agravada, que aplicou
corretamente o óbice do § 2º do art. 894 da CLT. Isso
porque a jurisprudência desta Corte Superior orienta
no sentido de que, após a vigência da Lei nº
8.906/1994, deve haver cláusula expressa no contrato
de trabalho do advogado empregado quanto à submissão
a regime de dedicação exclusiva, não prevalecendo a
mera presunção de sua existência ou ajuste tácito.
4. Em relação ao paradigma de fls. 1419/1420, a tese
adotada teve como premissa a redação antiga do art.
12 do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia da
OAB, matéria não prequestionada no caso concreto.
Óbice do item I da Súmula nº 296 do TST. Agravo
Interno a que se nega provimento" (Ag-E-ED-Ag-ED-RR-
919-64.2014.5.09.0020, Subseção I Especializada em
Dissídios Individuais, Relatora Ministra Maria
Cristina Irigoyen Peduzzi, DEJT 24/02/2023).
EMENTA
AGRAVO CONTRA DECISÃO DE PRESIDENTE DE TURMA
DENEGATÓRIA DE SEGUIMENTO DE EMBARGOS REGIDOS PELA
LEI Nº 13.015/2014, PELO CPC/2015 E PELA INSTRUÇÃO
NORMATIVA Nº 39/2016 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO
TRABALHO. ADVOGADO CONTRATADO APÓS A LEI Nº 8.906/94.
DEDICAÇÃO EXCLUSIVA. AUSÊNCIA DE AJUSTE CONTRATUAL
EXPRESSO. HORAS EXTRAS DEVIDAS. DIVERGÊNCIA
JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADA. ARESTO
INESPECÍFICO. Discute-se nos autos o direito do
reclamante à percepção de horas extras, em razão do
labor além da jornada de quatro horas diárias,
estabelecida no Estatuto da Ordem dos Advogados do
Brasil (Lei nº 8.906/94). Inicialmente, cumpre
esclarecer que não se constatada, in casu , a alegada
contrariedade à Súmula nº 126 desta Corte, que tem
sido admitida apenas em casos excepcionais, quando
constatado que, para chegar à conclusão obtida acerca
da controvérsia, o órgão colegiado realizou novo
exame das provas dos autos, o que não ocorreu neste
caso. Quanto ao mérito, a tese defendida pela
agravante é a de que a decisão embargada viola o
princípio da isonomia constitucional, pois evidencia
a existência de tratamento distinto para advogados
de empresas estatais e advogados de empresa privada.
Argumenta que esta Corte, em casos envolvendo empresa
estatal, admite, como caracterizadora da dedicação
exclusiva, a existência, em edital de concurso
público, de previsão de jornada de trabalho de oito
horas diárias, mas, quando se trata de advogado de
empresa privada, essa mesma jornada, prevista em
contrato de trabalho, não é aceita como prova do
labor em regime de dedicação exclusiva. Todavia, o
único aresto colacionado pela agravante, com o
intuito de demonstrar a existência de teses
conflitantes não é específico para o caso sub judice
, uma vez que trata de advogado empregado da CEF,
contratado após a Lei nº 8.906/94, com jornada de
oito horas prevista no edital do concurso público,
circunstância distinta da hipótese destes autos, em
que a controvérsia não envolve empresa estatal, nem,
por conseguinte, jornada de trabalho prevista em
edital de concurso público. A discussão destes autos
é restrita à possibilidade de se reconhecer, ou não,
a configuração do regime de dedicação exclusiva
quando não há ajuste contratual expresso dessa
condição, mas, apenas, comprovação de labor em
jornada de trabalho de oito horas diárias e quarenta
horas semanais. Nesse contexto, a divergência
jurisprudencial não está demonstrada, ante a ausência
de especificidade do paradigma colacionado pela
agravante, nos termos em que exige a Súmula nº 296,
item I, do Tribunal Superior do Trabalho. Agravo
desprovido " (Ag-E-ED-ED-RR-907-78.2010.5.04.0004,
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais,
Relator Ministro Jose Roberto Freire Pimenta, DEJT
07/10/2022).
EMENTA
ADVOGADO EMPREGADO. REGIME DE DEDICAÇÃO EXCLUSIVA.
JORNADA DE TRABALHO. ART. 20 DA LEI 8.906/94.
Comprovado nos autos que a reclamante foi contratada
e desenvolveu suas atividades advocatícias em regime
de dedicação exclusiva, não faz jus à jornada de
trabalho reduzida prevista no caput do art. 20 Lei
nº 8.906/94. Submete-se, portanto, à jornada de oito
horas diárias. (TRT da 8ª Região; Processo: 0000446-
98.2020.5.08.0019 ROT; Data: 30/07/2021; Órgão
Julgador: 2ª Turma; Relator: GABRIEL NAPOLEAO VELLOSO
FILHO)
EMENTA
I - HORAS EXTRAS. ADVOGADO. DEDICAÇÃO EXCLUSIVA
CONTRATAÇÃO OCORRIDA APÓS A EDIÇÃO DA LEI 8.906/94.
. INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO EXPRESSA NO CONTRATO DE
TRABALHO. HORAS EXTRAS DEVIDAS ALÉM DA 4ª HORA
DIÁRIA. A jurisprudência do TST possui o entendimento
de que a dedicação exclusiva deve ser expressamente
prevista no contrato de trabalho para que a jornada
laboral do advogado possa ser elastecida além da
quarta hora diária. II - HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA.
BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA.
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 791-A, §4º, DA CLT.
Tendo em vista a recente decisão do Egrégio Tribunal
Pleno deste Tribunal, proferida nos autos do Processo
de Arguição de Inconstitucionalidade Nº 0000944-
91.2019.5.08.0000, tem-se como inconstitucional o
parágrafo quarto do art. 791-A da CLT, incluído pela
lei nº 13.467/17, não sendo devidos honorários de
sucumbência pelo beneficiário da justiça gratuita.
(TRT da 8ª Região; Processo: 0000884-
94.2019.5.08.0008 ROT; Data: 26/08/2020; Órgão
Julgador: 3ª Turma; Relator: LUIS JOSE DE JESUS
RIBEIRO)
EMENTA
EMENTA
PRESCRIÇÃO BIENAL. AVISO PRÉVIO INDENIZADO. CONTAGEM
DO PRAZO. Considerando que o artigo 3º da Lei
14.010/2020, que dispõe sobre o Regime Jurídico
Emergencial e Transitório das relações de direito
privado no período da pandemia do coronavírus (COVID-
19), estabelece a suspensão dos prazos prescricionais
a partir do início da sua vigência até 30.10.2020, e
ajuizada a ação em 10.08.2020, ou seja, na vigência
da mencionada Lei, não há falar em prescrição total.
(TRT-3, Processo: RO - 0010504-06.2020.5.03.0180,
Redator: Convocada Sabrina de Faria F.Leao, Data de
julgamento: 11/02/2021, Décima Terceira Turma, Data
da publicação: 12/02/2021) - (Destacou-se)
EMENTA
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. LEI Nº 14.010/2020.
SUSPENSÃO DOS PRAZOS PRESCRICIONAIS. Passados mais
de dois anos desde a entrada em vigor da Lei nº
13.467/17 (11/11/2017), mostrar-se-ia bastante
razoável que se pusesse fim ao processo,
especialmente porque a partir desta data, também
passou a ter vigência a nova redação do art. 878 da
CLT que determina que a execução seja promovida pela
própria parte interessada quando estiver
representada por advogado. Ocorre que, em 10/06/2020,
entrou em vigor a Lei nº 14.010/2020, que dispõe
sobre o Regime Jurídico Emergencial e Transitório
das relações jurídicas de Direito Privado no período
da pandemia do coronovírus (COVID-19), e que prevê
em seu artigo 3º que "Os prazos prescricionais
consideram-se impedidos ou suspensos, conforme o
caso, a partir da entrada em vigor desta Lei até 30
de outubro de 2020." Dessa forma, os prazos
prescricionais ficaram suspensos do dia 10/06/2020
até 30/10/2020. Não considerada a suspensão pelo
juízo de origem, é de ser dado provimento ao agravo
de petição do exequente. (TRT-3; Processo: AP -
0010314-92.2016.5.03.0112; Órgão Julgador: Nona
Turma; Relator: Rodrigo Ribeiro Bueno;
Disponibilização: 28/01/2021) (Destacou-se)
EMENTA
AGRAVO DE PETIÇÃO. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.
SUSPENSÃO. LEI 14.010/2020. PROSSEGUIMENTO DA
EXECUÇÃO. A Lei 14.010/2020 suspendeu o curso dos
prazos prescricionais a partir da vigência da
referida norma, até a data de 30/10/2020. Apesar da
decisão que declarou a prescrição ter sido proferida
após a vigência da supracitada lei, tem-se que esta
norma operou a suspensão do prazo prescricional no
seu interregno de vigência, a saber, 12/06/2020 a
30/10/2020 (art. 3º, caput, da Lei 14.010/2020),
restando claro que, ao tempo da propositura do
presente apelo, não havia findado o biênio
prescricional, de modo que deve prosseguir a execução
trabalhista. Agravo provido. (TRT-6,
Processo: Ag - 0001030-43.2015.5.06.0005, Redator:
Carmen Lucia Vieira do Nascimento, Terceira Turma,
Data da publicação: 12/02/2021) – (Destacou-se)
2 – PEDIDO
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Belém, 06 de abril de 2023.