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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
DAS BOAS PRÁTICAS PARA O SERVIÇO DE
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ESCOLAR
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Vicente de Paulo Queiroz Nogueira Portaria CVS 18, de 09/09/08 - Regulamento Técnico sobre os parâme-
Secretário Estadual de Educação tros e critérios para controle higiênico-sanitário em estabelecimento de
alimentos.
MARIA CINLANY TORRES DE AGUIAR Resolução RDC 216 de 15/09/2004 - Dispõe sobre o Regulamento Téc-
Responsável Técnica PNAE/DELOG/SEDUC nico de Boas
Práticas para Serviços de Alimentação.
Sebastião Holanda Portaria SMS n° 1210 de 02/08/2006 - Regulamento Técnico de Boas
Coordenador Regional SEDUC Careiro da Várzea Práticas na Produção de Alimentos.
JOSICARLOS DE SÁ ALVES Portaria CVS/SP - 15, de 7/11/1991 - Normas para Transporte de Ali-
mentos para Consumo Humano. (alguns itens foram revogados pela
Gerente de Departamento Logístico da Merenda Escolar - CVS 01).
DELOG
Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimentação.
Êneo Alves da Silva Jr., 6° edição.
SEBASTIÃO HOLANDA DA SILVA Portaria 1428 de 26/11/93 - MS/SVS - Regulamento técnico sobre ins-
Coordenador Regional de Educação de Careiro da Várzea peção sanitária, boas práticas de produção e/ou prestação de serviços
e padrão de identidade e qualidade na área de alimentos.
Rosina Stefanello
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10 MANEJO DE RESÍDUOS..............................................................................................28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................47
Contaminantes físicos
Contaminantes de natureza física, como corpos estranhos, em
níveis e dimensões inaceitáveis.
Tipos de perigos físicos mais comumente associados aos ali-
mentos:
Vidros: podem provocar cortes na boca e se engolidos causam
sérias consequências, como perfuração do trato digestivo.
Metais: Pode causar engasgamentos ou ferimentos, como pa-
lha de aço.
Pedras: São comumente encontradas em produtos de origem
vegetal. Podem produzir danos nos dentes ou engasgamento.
Lascas de madeira: Podem provocar cortes na língua e/ou
engasgamento.
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- Da autuação Art. 272 da lei Nº9677 de 02/07/1999: - A solução clorada deve ser preparada e testada com a fita
“Corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou dosadora para verificar se:
produto alimentício destinado a consumo, tornando-o A solução está adequada antes do produto ser colocado nela.
nocivo à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo”. - O produto deverá estar totalmente coberto pela solução clora-
"Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e mul- da (desinfetar uma tabua de altileno e colocar em cima das frutas, legu-
ta."(NR) mes e verduras para que fiquem totalmente imersos).
- Do autuado, Art. 86, VII da lei Nº420/2014/PMCV: - Nunca colocar gêneros que apresentem sujidades de qualquer
“Assinatura do autuado, ou na ausência ou recusa, menção pelo servi- espécie, pois terra, detritos e gêneros danificados diminuem a eficiência
dor atuante, e a assinatura de duas testemunhas”. da solução clorada.
- Não colocar na mesma cuba dois tipos diferentes de legumes
Dimensionamento ou tubérculos para desinfetar, pois poderá ocorrer contaminação cruza-
A relação do número de merendeira (o) por aluno é definido da.
por Instrução Normativa Nº002/2014/SEDUC para dimensionamento de - Todos os produtos utilizados “para decoração” deverão ser
pessoal nas unidades escolares. desinfetados: salsa, cebolinha, coentro, alho, cebola, etc.
- Cebola e alho poderão ser desinfetados com casca.
Seleção - Nunca picar ou cortar vegetais antes de clorar, em função da
A seleção de merendeira (o) é feita por concurso público ou reação química, exceto o produto repolho.
através de contrato temporário (terceirizadas), mediante processo sele- - A solução clorada deve ser trocada a cada lote imerso.
tivo conforme edital de seleção vigente. São exigências para contrato: - O tempo de contato do hortifruti com a solução clorada é de
- Ensino fundamental completo 15 minutos, podendo variar de acordo com as características do produ-
- Exame de saúde to:
- Experiência anterior em manipulação de alimentos. 1. Ovos, colocá-los na solução clorada e retirá-los imediata-
mente.
Das responsabilidades 2. banana, morango, caqui, pêssego, uva e outras frutas delica-
A RDC 216/2004/ANVISA é o Regulamento Técnico de Boas das, diluição por 5 minutos.
Práticas para Serviços de Alimentação, com o objetivo de aperfeiçoa- - Folhosos, legumes crus, frutas inteiras pós desinfecção quan-
mento constante das ações de controle sanitário na área de alimentos do não utilizados, devem ser armazenados a 10°C e novamente desin-
visando sempre à proteção à saúde da população. fetados no prazo máximo de 24 horas.
A resolução é válida a todos os estabelecimentos que traba- Para o controle do tempo, identificar o produto com o horário de
lhem com alimentação coletiva (restaurantes, escolas, hospitais, esta- preparo.
belecimentos filantrópicos, etc.), descreve que o proprietário ou funcio-
nário designado é responsável pelas atividades de manipulação dos Enxágue
alimentos. O mesmo deve ser capacitado, sem prejuízo dos casos onde Lavar em água corrente (enxaguar) para retirar resíduos de
há previsão legal para responsabilidade técnica. O mesmo deve ter os cloro, com uso de recipiente tipo escorredor ou peneira.
conhecimentos, no mínimo, dos seguintes temas:
a) Contaminantes alimentares; Produto pronto para o preparo ou consumo direto
b) Doenças transmitidas por alimentos; Após executados os procedimentos acima, a matéria-prima es-
c) Manipulação higiênica dos alimentos; tá pronta para ser preparada conforme o cardápio.
d) Boas Práticas de Fabricação.
Preparo da Solução Clorada
3 REQUISITOS BÁSICOS PARA EDIFICAÇÕES E Cálculo do volume de água para preparo da solução clorada:
INSTALAÇÕES
As orientações abaixo descrevem a estrutura física de toda a
área do Serviço de Alimentação e Nutrição Escolar - cozinha,
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- No caso das folhas, sacudir para retirar o excesso de água e despensa, refeitório e vestiário, de acordo com a Resolução nº216 da
posicionar os maços de cabeça para baixo, se colocado em monoblo- Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
cos; A edificação e as instalações devem ser projetadas de forma a
No caso do Armazenamento do produto, cobrir a matéria prima possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas
com filme PVC ou acondicionar em sacos plásticos transparentes ou da preparação de alimentos e a facilitar as operações de manutenção,
acondicionar em monoblocos fechados, para não absorver o cheiro de limpeza e, quando for o caso, desinfecção. O acesso às instalações
outros alimentos no refrigerador e estar protegido do frio. devem ser controlado e independente, não comum a outros usos
(BRASIL, 2004).
A. Higienização de hortifrutigranjeiros
O processo de higienização dos alimentos é de fundamental Padrão para instalação
importância para eliminar ou reduzir os perigos microbiológicos, minimi- A edificação e as instalações devem ser projetadas de forma
zando os riscos de transmissão de agentes patogênicos causadores de a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as eta-
doenças. pas da preparação de alimentos e a facilitar as operações de manuten-
Os alimentos “in natura” chegam até a unidade com impurezas ção, limpeza e sanitização. O acesso às instalações deve ser controla-
e sujidades, estas partículas trazem em seu interior bactérias que, se do e independente, não comum a outros usos.
não eliminadas adequadamente através das etapas de lavagem e sani- O dimensionamento da edificação e das instalações de-
tização, podem contaminar o próprio alimento, o ambiente e outros ali- ve ser compatível com todas as operações. Deve existir
mentos através de cruzamentos. separação entre as diferentes atividades por meios físi-
Segue abaixo a descrição detalhada das etapas de higieniza- cos ou por outros meios eficazes de forma a evitar a con-
ção de gêneros hortifrutigranjeiros. taminação cruzada.
Seleção Localização
A seleção dos hortifrutis é realizada com a retirada das folhas, A edificação deve estar localizada em área livre de focos de
legumes e frutas danificadas. insalubridade, direcionada para o sol nascente (garantido o conforto
Executar o processo de seleção, preferencialmente, em local térmico), ausência de lixo, objetos em desuso, animais, insetos e roe-
exclusivo para este fim e separado fisicamente do local onde serão e- dores, o acesso dever ser direto e independente, não comum a outros
xecutadas as etapas de lavagem e desinfecção. usos (habitação). As áreas circundantes não devem oferecer condições
de proliferação de animais domésticos, insetos e roedores. Os pátios
Lavagem devem ser mantidos com piso lavável, grama aparada ou cascalho.
Desfolhar, lavar folha/folha ou unidade/unidade em água cor-
rente, removendo totalmente terra e outros resíduos. Utilizar água potá- Piso
vel. Material liso, resistente, impermeável, lavável, de cores claras
Reservar em utensílio limpo aguardando o preparo da solução e em bom estado de conservação, antiderrapante, resistente ao ataque
clorada. de substâncias corrosivas e que seja de fácil higienização (lavagem e
Após o processo de lavagem, a cuba e o tampo da pia devem desinfecção), sem rachaduras ou trincas, não permitindo o acúmulo de
ser cuidadosamente limpos e desinfetados. alimentos ou sujidades.
Deve ter inclinação suficiente em direção aos ralos, não per-
Desinfecção mitindo que a água fique estagnada. Em áreas que permitam existên-
A utilização da solução clorada de modo eficiente requer: cia, os ralos devem ser em número suficiente, sifonados, e as grelhas
- A desinfecção deve ser realizada em cuba identificada com o devem possuir dispositivos que permitam o fechamento e que impeçam
volume de água para preparação de solução clorada (fita marcadora a entrada de vetores.
nível de água).
- Na impossibilidade de designar uma pia exclusiva utilizar mo-
nobloco específico, devidamente higienizado e identificado.
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Paredes
Acabamento liso, impermeável, lavável, de cores na embalagem ou produto, tais como, estufamento da lata, salmoura
claras, isento de fungos (bolores), umidade, descascamentos, turva, etc.
rachaduras e em bom estado de conservação. Se for azuleja- A presença de produtos vencidos em estoque ou entregues aos
da deve respeitar a altura mínima de 2 metros. Deve ter ân- consumidores caracteriza infração sanitária e crime contra as relações
gulos arredondados no contato com o piso e teto. de consumo.
Em caso de produtos para troca, identificá-los como “Não Con-
Forros e Tetos forme” e armazená-los separadamente para realizar troca com o forne-
Acabamento liso, impermeável, lavável, de cores claras e em cedor.
bom estado de conservação. Deve ser isento de goteiras, vazamentos,
umidades, trincas, rachaduras, bolores, crostas de gorduras e descas- 14 PRÉ-PREPARO E PREPARO
camentos.
Proibido o forro de madeira. Se houver necessidade de a- O Pré-preparo é a etapa onde os alimentos sofrem modifica-
berturas para ventilação, esta deve possuir tela com espa- ções através de higienização, temperos, corte, porcionamento, seleção,
çamento de 2mm e removíveis para limpeza. O pé direito no escolha, moagem e/ou adição de outros ingredientes.
mínimo de 3m no andar térreo e 2,7m em andares superio-
res. Considerações Gerais
- Embalagens plásticas primárias de cereais, farináceos, pudins
Portas e Janelas e outros:
As portas devem ter superfície lisa, de cores claras, de fácil - Higienizar com a utilização de papel toalha branco ou pano
limpeza, ajustadas aos batentes, de material não absorvente, com fe- limpo umedecido com água clorada.
chamento automático (mola ou similar) e protetor no rodapé. As entra-
das principais devem ter mecanismos de proteção contra insetos e roe- - Leite/sucos pasteurizado
dores ou mantidas fechadas. Retirar da embalagem plástica, colocar em recipiente limpo e
Janelas com telas milimétricas, limpas, sem falhas de revesti- ferver antes do uso.
mento e ajustadas aos batentes.
As telas devem ter malha de 2mm e serem de fácil limpeza, - Produtos enlatados
devem ser removíveis para facilitar a limpeza periódica e em bom esta- Lavar em água corrente antes de abri-lo.
do de conservação. As janelas devem estar protegidas de modo a não
permitir que os raios solares incidam diretamente sobre os alimentos ou - Preparo de sucos
equipamentos mais sensíveis ao calor. A água de preparo do suco deve ser potável, recomendamos a
instalação de um filtro. Importante barreira física para eventuais ele-
Iluminação mentos presentes na água.
O ambiente deve ter iluminação uniforme, sem ofuscamentos, A troca das velas dos filtros deve ser prevista no DSS
sem contrastes excessivos, sombras e cantos escuros. As lâmpadas e 09/R, conforme recomendação do fabricante.
luminárias devem estar limpas protegidas contra explosão e quedas
acidentais e em bom estado de conservação. As instalações elétricas - PRÉ-SELEÇÃO (quando possível)
devem ser embutidas. Retirar da embalagem do fornecedor, eliminando (jogando no
As externas devem ser perfeitamente revestidas por tubula- lixo) as folhas ou unidades danificadas, ou seja, impróprias para o con-
ções isolantes, presas e distantes e das paredes tetos, para facilitar a sumo.
limpeza. - PRÉ-LAVAGEM (quando possível)
- Com água, retirar os resíduos visíveis das folhas e / ou unida-
Padrões mínimos: des;
Áreas de inspeção - 1000 lux - Colocar em escorredores ou monoblocos plásticos;
Áreas de processamento - 250 lux
Outras áreas - 150 lux
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PVPS
Para qualquer tipo de matéria prima, em qualquer condição de
armazenamento, deverá ser adotado o critério para controle físico, on-
de o primeiro a vencer é o primeiro a sair (PVPS). Este item será con-
trolado através da data de validade do produto.
Os prazos de validade deverão ser verificados, a fim de evitar
desperdício e manutenção em estoque de produtos vencidos. Alimen-
tos deteriorados ou com prazo de validade vencido devem ser pronta-
mente desprezados, bem como aqueles que apresentarem alterações
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Limpeza e Organização
As caixas de madeira e papelão não devem entrar na área de
armazenamento (estoque seco e refrigerado) e manipulação.
Não devem ser observados alimentos deteriorados ou com pra-
Lixo zo de validade vencido.
Os recipientes para lixo devem possuir tampas e constituídos Os produtos devem estar agrupados conforme suas caracterís-
de material de fácil higiene. O lixo fora da cozinha deve ficar em local ticas.
fechado, isento de moscas, roedores e outros animais. As caixas de papelão devem ser retiradas no momento do ar-
O lixo não deve sair da cozinha pelo mesmo local onde en- mazenamento, e o conteúdo disposto em prateleiras. Na total impossi-
tram as matérias primas. Na impossibilidade, o mesmo deve ser retira- bilidade de remoção das caixas de papelão, estas devem ser envoltas
do em horário em que não estejam manipulando alimentos. ou cobertas com plástico transparente ou segregadas em prateleiras
Na total impossibilidade de áreas distintas, determinar esses exclusivas.
horários diferenciados aos funcionários da cozinha e serviços gerais. As embalagens nunca deverão ser fechadas com grampos de
O lixo deve estar devidamente acondicionado, de modo que qualquer espécie.
não represente riscos de contaminação. As embalagens primárias não devem estar em contato direto
com embalagens secundárias (embalagens primárias podem estar em
Botijões de gás contato com embalagens secundárias, desde que estejam protegidas
De acordo com a ABNT deve existir área exclusiva para por filme plástico, plástico transparente ou outros meios).
armazenamento de recipientes de GLP e seus acessórios. A deli-
mitação desta área deve ser com tela, grades vazadas ou outro Câmaras frias (refrigerados/congelados)
processo construtivo que evite a passagem de pessoas estra- Tipos diferentes de alimentos podem ser armazenados no mes-
nhas à instalação e permita uma constante ventilação. mo equipamento, desde que devidamente embalados e separados. Ha-
vendo um único equipamento de frio positivo, regulá-lo no máximo a
Área / Local para higiene das mãos +4ºC, respeitando a seguinte disposição:
Devem existir lavatórios exclusivos para higiene das mãos. - Alimentos prontos para consumo nas prateleiras superiores;
Quando não houver separação de áreas deve existir pelo menos uma - Alimentos semi-prontos e/ou pré-preparados nas prateleiras
pia para higiene das mãos, em posição estratégica em relação ao fluxo do meio;
de preparações dos alimentos, torneiras dos lavatórios acionadas sem - Alimentos in natura como carnes resfriadas, produtos em
contato manual. descongelamento, que ainda serão pré-preparados para o consumo.
Os lavatórios devem possuir sabonete líquido inodoro antis- Abrir as portas dos equipamentos de refrigeração somente
séptico, toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e quando necessário e pelo menor tempo possível, para otimizar a capa-
seguro de secagem das mãos e coletor de papel, acionado sem cidade do equipamento.
contato manual. As caixas de papelão só devem permanecer nos locais de ar-
Os lavatórios que não possuir acionado manual; deve ser fe- mazenamento, sob congelamento em local segregado, delimitado ou
chado com um auxilio de papel toalha para não contaminar nova- em equipamento exclusivo para os produtos acondicionados nessas
mente as mãos. embalagens. Não devem apresentar sinais de umidade ou bolor.
Não deve existir sabão antisséptico para higiene das mãos Os descartáveis devem ser armazenados separados dos produ-
nas pias utilizadas para manipulação e preparo dos alimentos, devido tos alimentícios e dos produtos de higienização e limpeza.
ao alto risco de contaminação química dos alimentos. Os produtos de limpeza e higienização devem ser armazena-
dos separados dos produtos alimentícios e dos descartáveis.
Refeitório Antes do armazenamento, os locais devem estar rigorosamente
Deve possuir as mesmas características das áreas de preparo higienizados.
dos alimentos.
Os ornamentos e plantas não devem propiciar contamina- Proteção
ção dos alimentos, as plantas não devem ser adubadas com adubo Acondicionar os alimentos cujas embalagens foram abertas ou
danificadas em recipientes adequados, de plástico, com tampa ou pro-
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A pontualidade é outro fator muito importante, onde deverá res- orgânico e não devem estar entre o fluxo de ar e os alimentos, nem
peitar o acordado. Deve-se solicitar a entrega durante o horário comer- sobre os balcões de distribuição. É permitida a existência de ventilado-
cial, em dias úteis nas escolas. res de teto ou chão, desde que o fluxo de ar não incida diretamente
Os veículos apropriados ao transporte deverão ser de material sobre os ornamentos, as plantas e os alimentos.
e construção que permitam uma completa limpeza. Devem estar livres
de sujidades no piso e laterais internas. 4 REQUISITOS BÁSICOS PARA EQUIPAMENTOS, MÓ-
VEIS E UTENSÍLIOS
Rotulagem
No ato do recebimento deve ser conferida a identificação do Equipamentos, Móveis e Utensílios
produto no rótulo: Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato
- Nome do produto; com alimentos devem ser de materiais que não transmitam substâncias
- Lote; tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, conforme estabelecido em
- Data de fabricação; legislação específica. Devem ser mantidos em adequado estado de
- Data ou prazo de validade; conservação e ser resistentes à corrosão e a repetidas operações de
- CNPJ, nome e endereço do fabricante, distribuidor e importa- limpeza e desinfecção.
dor; Devem ser realizadas manutenção programada e periódica
- Condições de armazenamento; dos equipamentos e utensílios e calibração dos instrumentos ou equi-
- Quantidade (peso ou volume), se encontra correto com o soli- pamentos de medição, mantendo registro da realização dessas opera-
citado. ções.
As superfícies dos equipamentos, móveis e utensílios utiliza-
13 ARMAZENAMENTO dos na preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribui-
ção e exposição à venda dos alimentos devem ser lisas, impermeáveis,
laváveis e estar isentas de rugosidades, frestas e outras imperfeições
Estabelecer critérios para armazenamento de matérias-primas, que possam comprometer a higienização dos mesmos e serem fontes
produtos semi - elaborados, produtos prontos para o consumo, materi- de contaminação dos alimentos.
ais descartáveis e materiais de limpeza, para garantir as características Os utensílios devem ser em quantidade igual ou maior que o
originais dos produtos, prevenindo alterações microbiológicas, físicas e número provável de alunos, lavados manualmente. Utensílios de prepa-
organolépticas. ração suficientes, bem conservados, sem crostas, limpos e sem resí-
Aspectos Físicos duos. Armazenados, após a lavagem e desinfecção, de forma ordenada
As matérias-primas, descartáveis e produtos de limpeza devem e protegidos contra sujidades e insetos.
ser armazenados sobre pallets, estrados e ou prateleiras, respeitando- Os equipamentos e utensílios de material poroso, madeira,
se o espaçamento mínimo necessário para garantir adequada ventila- vidro, material esmaltado, susceptível à oxidação, não serão permitidos
ção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção do local. Os pallets, es- nas etapas de fracionamento, pré-preparo e preparo, e/ou manipulação.
trados e/ou prateleiras devem ser de material liso, resistente, imperme- Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato
ável e lavável com dimensionamento de 0,80 x 1,20 m - 800 x 1200 mm com alimentos devem ser de materiais que não transmitam substâncias
ou de acordo com a estrutura do depósito, respeitando a altura padrão. tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, conforme estabelecido em
Prateleiras não podem ser de madeira. legislação específica. Devem ser mantidos em adequado estado de
Todos os produtos devem ser armazenados respeitando-se o conservação e ser resistentes à corrosão e a repetidas operações de
distanciamento mínimo de 25 cm do piso, 10 cm das paredes e entre as limpeza e desinfecção.
pilhas de alimentos e 60 cm do forro e nunca devem ser armazenados As superfícies dos equipamentos, móveis e utensílios utiliza-
diretamente sobre o piso, encostados na parede ou no teto. dos na preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribui-
Os equipamentos de refrigeração devem estar de acordo com a ção e exposição à venda dos alimentos devem ser lisas, impermeá-
necessidade e tipos de alimentos a serem produzidos/armazenados. veis,laváveis e estar isentas de rugosidades, frestas e outras imperfei-
ções que possam comprometer a higienização dos mesmos e serem
fontes de contaminação dos alimentos.
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Os equipamentos e utensílios de material poroso, devem ser programadas de maneira que não coloque em risco a quali-
madeira, vidro, material esmaltado, susceptível à oxidação, dade dos alimentos armazenados. Os alimentos armazenados no equi-
não serão permitidos nas etapas de fracionamento, pré- pamento que for higienizado devem ser transferidos para outro similar e
preparo e preparo, e/ou manipulação. só retornarem quando a temperatura tiver voltado ao normal. Caso seja
Os equipamentos, móveis e utensílios que en- necessário que os alimentos fiquem à temperatura ambiente durante a
tram em contato com alimentos devem ser de materiais limpeza e desinfecção dos equipamentos de refrigeração, o período
que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sa- não pode exceder 30 minutos e estes devem retornar ao equipamento
bores aos mesmos, conforme estabelecido em logo após o término da limpeza e desinfecção.
legislação específica. Devem ser mantidos em adequado es- - Os pisos devem ser mantidos secos.
tado de conservação e ser resistentes à corrosão e a repeti- - Não lavar a cozinha durante a produção.
das operações de limpeza e desinfecção. - A limpeza da tubulação da coifa deve ser realizada semestral-
As superfícies dos equipamentos, móveis e utensílios utiliza- mente por empresas especializadas.
dos na preparação, embalagem, armazenamento, transporte, - Todos os equipamentos, após a higienização, devem ser pro-
distribuição e exposição à venda dos alimentos devem ser tegidos contra sujidades e poeiras.
lisas, impermeáveis, laváveis e estar isentas de rugosidades, -O tempo de remolho para utensílios não deve ultrapassar o
frestas e outras imperfeições que possam comprometer a higienização período de 1 (uma) hora. Sendo necessário tempo superior a este, efe-
dos mesmos e serem fontes de contaminação dos alimentos. tuar troca da solução detergente a cada uma hora.
- Antes de serem usados, os utensílios devem ser borrifados
com solução clorada, deixar a solução clorada em contato mínimo du-
rante 15 minutos e após enxaguar.
- Durante os processos de preparo de alimentos, os utensílios
neles envolvidos devem ser lavados com água e detergente antes da
reutilização em outra preparação.
- As esponjas utilizadas para limpeza de utensílios devem ser
Lista básica de solicitação de equipamentos e utensílios e trocadas com frequência, além de serem lavadas após cada utilização.
suas especificações: Não deixá-las imersas em detergentes diluídos, bem como sabão em
pedra.
1. Fogão industrial – a gás, com quatro queimadores duplos, grelhas me- - Solução de detergente: diluir o detergente conforme orienta-
dindo 40X40 cm e com forno, estrutura e quadro em chapa de aço carbo- ção do fabricante, impressa na embalagem do produto.
no, registro de latão cromado laminado, bandeja coletora em chapa de - Na lavagem de utensílios utilizarem luvas de borracha especí-
aço tratado pintado, queimadores em ferro fundido. fica, quando o manipulador estiver com afecções ou corte.
2. Freezer - horizontal com capacidade mínima 480 litros.
3. Liquidificador – modelo industrial, capacidade para 8 litros, copo em Quando se utilizarem termômetros
aço inoxidável AISI 304 polido, com potencia ½ cv, tensão de 127 volts. - Para higienização do termômetro de haste, lavar a ponta com
4. Refrigerador - tensão 127 volts, baixo consumo de energia, capacida- detergente neutro, enxaguar em água corrente e aplicar solução clora-
de mínima de 340 a 380 litros. da para desinfecção. Durante a distribuição, quando não for possível
5. Estrados – para utilização em freezer, material recomendado em poli- lavar e sanitizar a haste do termômetro, limpar com papel descartável e
propileno. solução clorada.
6. Panelas – de tamanho médio - podendo ser de alumínio fundido, com 2
alças, tampa, no mínimo de 0,4mm de espessura, com borda lateral de 23 12 SELEÇÃO E RECEBIMENTO
cm e capacidade para 30 litros, com selo que tenha a composição e infor-
mações do fabricante estampados na peça. Condições do transporte e do entregador
7. Panelas – de tamanho grande - podendo ser de alumínio fundido, com A apresentação do entregador deve ser com roupas adequadas
2 alças, com tampa, no mínimo de 0,4 mm de espessura, com borda late- e limpas e aspecto físico apresentável para sua atividade.
ral de 23cm e capacidade para 40 litros, com selo que tenha a composi-
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- Fumar
- Atender o telefone É uma seleção de métodos de controle e o desenvolvimento
de critérios que garantam resultados favoráveis sob o ponto de vista
Documentos Local de Arquivamen- Período de realização higiênico.
to do documento do procedimento Medidas Preventivas - compreendem as Boas Práticas de
ASO das (os) Escola Anualmente ou; quando Fabricação/Operação e os trabalhos de educação e treinamento, visan-
merendeiras (os) houver ameaça à segu- do evitar infestações.
rança alimentar ou; em Medidas Corretivas - compreendem a implementação de
regiões endêmicas ou; de barreiras físicas e armadilhas, sendo que tais medidas são complemen-
acordo com a legislação tadas pelo Controle Químico.
da Vigilância Sanitária em Controle Químico - é aquele que visa eliminar as pragas a
vigor. partir da utilização de praguicidas (desinsetização e desratização). O
controle químico, apesar da ênfase maior em ações preventivas, tam-
bém está presente, mas tem papel coadjuvante, complementar às ori-
entações de limpeza e higiene.
Certificado ou Comprovante de Execução do Serviço - docu-
mento que as empresas são obrigadas a fornecer ao final de cada ser-
viço executado.
Procedimento
Medidas Preventivas
- Sempre que executar atividade que leve à contaminação das A sobrevivência de pragas depende de 3 condições básicas:
mãos Água, Abrigo e Alimento.
A regra básica de prevenção é tentar impedir o acesso das
Utilização de Luvas Descartáveis pragas às instalações, considerando estes três fatores. Es-
A luva permitida à manipulação de alimentos é a luva de plásti- tas, portanto, não devem proporcionar condições de atração
co transparente e descartável. Seu uso não é obrigatório, desde que (resíduos de alimentos, água parada, lixeiras abertas) e pro-
haja a lavagens das mãos. liferação (locais de abrigo como frestas, aberturas, objetos
As luvas descartáveis são utilizadas em procedimentos onde em desuso acumulados, azulejos quebrados) das pragas.
não é possível utilizar utensílios (talheres) na manipulação dos produ- - Áreas circundantes sem condições de proliferação de inse-
tos prontos para consumo que não serão submetidos a tratamento tér- tos e roedores;
mico (cocção ou reaquecimento), como: - Aberturas (portas, janelas) com telas milimétricas, vedadas
- Na montagem dos lanches; (sem frestas);
- Na distribuição de alimentos prontos para consumo; - Tubulações bem vedadas e sem vazamentos;
- Quando houver ferimentos nos dedos, com uso de dedeiras; - Ralos com sifão e/ou proteção sem água empoçada;
- Azulejos íntegros e bem assentados;
Observações: - Manuseio, armazenamento e descarte adequado dos resí-
- Na distribuição, substituir as luvas a cada troca de tarefa ou duos;
no mínimo a cada meia hora; - Equipamentos e utensílios protegidos;
- Usar luvas novas toda vez que retornar a uma função previa- - Áreas mantidas sem entulho, sucata ou materiais fora de
mente interrompida; uso;
- Manter as luvas armazenadas em sacos plásticos transparen- - Adequado armazenamento de matéria-prima;
tes ou recipientes exclusivos, limpos e fechados/tampados; - Adequada proteção e armazenamento de produto em elabo-
- Em atividades que envolvam corte de alimentos crus e cozi- ração e pronto.
dos devem ser usadas as luvas de malha de aço. Recomendamos a
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Estas condições devem ser então, observadas na supervisão e dora da escola deve providenciar e manter atualizados os exames de saú-
rotina das atividades, além de: de e laboratoriais periódicos.
- Presença de insetos e/ou roedores vivos e locais de abrigo; Na pasta de cada merendeiro (a) devem constar os últimos regis-
- Sinais de danos, presença de fezes, manchas, cheiro de urina, tros de exames de saúde e laboratoriais atualizados (ASO).
ninhos; O PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacio-
- Possíveis pontos de entrada de insetos e roedores no ambiente, nal) é um programa determinado pelo Ministério do Trabalho, através da
como falhas de vedação em tubulações, ralos sem proteção (telas, sifão, NR - 7, para prevenção de doenças adquiridas no exercício da profissão,
etc.) portas e janelas mal vedadas, etc; ou seja, problemas de saúde decorrentes da atividade profissional.
- Possíveis pontos de abrigo para insetos e roedores, como aber- Devem ser realizados exames médicos na admissão, periódicos,
tura e frestas de portas, janelas e rodapés; demissionais e de retorno ao trabalho.
- Azulejos mal assentados ou quebrados;
- Acúmulo de água em ralos; Controle de saúde ocupacional (ASO)
- Falhas na manipulação, armazenamento e descarte de lixo; O ASO verifica de forma objetiva a saúde do merendeiro (a) e
- Presença de entulhos, materiais fora de uso; sua condição para estar apto para o trabalho, não podendo ser portador
- Vazamentos em dutos de água e torneiras. aparente ou inaparente de doenças infecciosas ou parasitárias.
Para isto devem ser realizados exames laboratoriais como: he-
Medidas Corretivas mograma, coprocultura, coproparasitológico.
O fornecedor para desinsetização e desratização que for selecio- A periodicidade para a realização dos exames médicos laborato-
nado ou aprovado em uma licitação pela SEDUC-AM deve ser qualificado, riais é anual, podendo ser reduzidas em regiões endêmicas ou
cumprindo a legislação aplicável à atividade. de acordo com a legislação da Vigilância Sanitária em vigor.
Deve haver um responsável (diretor, coordenador, supervisor ou
professor) da escola para supervisionar o trabalho da prestadora de servi- Higiene do Merendeiro (a)
ço quando nas instalações da cozinha e refeitório da escola. A higiene adequada das mãos dos merendeiros (as) é
A terceirizada deve fornecer o comprovante de execução de ser- de fundamental importância, tendo em vista os processos de segurança
viço. alimentar, assim como, o produto final oferecido aos alunos. Para tanto,
são estabelecidos alguns critérios:
9 HIGIENE E SAÚDE DO MERENDEIRO (A) - Produto utilizado: sabonete líquido bactericida (anti-séptico)
com registro no Ministério da Saúde (fornecedor, marca e produto qualifi-
cados);
Saúde do Merendeiro (a) - Local: Pias exclusivas equipadas com torneiras acionadas sem
De modo algum devem manipular alimentos merendeiros (as) contato manual, providas de material necessário: sabonete bactericida,
que apresentem: lesões de pele, mucosas e unhas, feridas ou cortes nas papel toalha descartável não reciclado e coletor de papel com tampa e pe-
mãos e braços, distúrbios gastrintestinais (diarreia ou disenteria) agudos dal (acionamento não manual).
ou crônicos, os que tiverem acometidos de infecções pulmonares ou oro- Frequência: Higienize as mãos a cada 01 hora e sempre que:
faríngeas, com dentes com periodontites (inflamações que acometem gen- - Entrar na cozinha
givas e ossos de suporte dos dentes). - Utilizar o sanitário
O (a) merendeiro (a) que apresentar as condições citadas acima - Mudar de tarefa
deverá comunicar imediatamente a diretora ou coordenadora da escola e - Colocar as luvas descartáveis
ser afastada das atividades de preparação de alimentos e encaminhado a - Manusear material de limpeza
outros afazeres, deve procurar à assistência médica para exame médico e - Manusear o lixo e outros resíduos
tratamento e redirecionado os resultados a escola. - Tocar em alimentos não higienizados ou crus
- Tocar sacarias, caixas, garrafas, sapatos
Exames Médicos Periódicos - Recolher material que tenha caído no piso
Para assegurar que todos os merendeiros (as) encontram-se - Assoar o nariz, tossir, espirrar
em condições adequadas de saúde, a diretora ou coordena- - Tocar ou coçar o rosto, cabelo e corpo