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CARTILHA DOS COLABORADORES


DA MERENDA ESCOLAR

Manual de boas práticas de manipulação

É um documento exclusivo do serviço de ali-


mentação que descreve o trabalho executado
e a forma correta de fazê-lo. Por isso, pode-
mos consultá-lo no dia-a-dia para esclarecer
as dúvidas das rotinas e dos processos.

Coordenadoria Regional SEDUC de Careiro da Várzea

MANUAL DE PROCEDIMENTOS
DAS BOAS PRÁTICAS PARA O SERVIÇO DE
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ESCOLAR
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Vicente de Paulo Queiroz Nogueira Portaria CVS 18, de 09/09/08 - Regulamento Técnico sobre os parâme-
Secretário Estadual de Educação tros e critérios para controle higiênico-sanitário em estabelecimento de
alimentos.
MARIA CINLANY TORRES DE AGUIAR Resolução RDC 216 de 15/09/2004 - Dispõe sobre o Regulamento Téc-
Responsável Técnica PNAE/DELOG/SEDUC nico de Boas
Práticas para Serviços de Alimentação.
Sebastião Holanda Portaria SMS n° 1210 de 02/08/2006 - Regulamento Técnico de Boas
Coordenador Regional SEDUC Careiro da Várzea Práticas na Produção de Alimentos.

JOSICARLOS DE SÁ ALVES Portaria CVS/SP - 15, de 7/11/1991 - Normas para Transporte de Ali-
mentos para Consumo Humano. (alguns itens foram revogados pela
Gerente de Departamento Logístico da Merenda Escolar - CVS 01).
DELOG
Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimentação.
Êneo Alves da Silva Jr., 6° edição.
SEBASTIÃO HOLANDA DA SILVA Portaria 1428 de 26/11/93 - MS/SVS - Regulamento técnico sobre ins-
Coordenador Regional de Educação de Careiro da Várzea peção sanitária, boas práticas de produção e/ou prestação de serviços
e padrão de identidade e qualidade na área de alimentos.

Manual HACCP - SENAC Segmento Mesa


KAYLA CAETANO CORRÊA
Portaria 518, de 25 /03/04 - MS - Estabelece Procedimentos e respon-
Nutricionista e Quadro Técnico Regional do PNAE de Ca- sabilidades relativas ao Controle e Vigilância da Qualidade da água
reiro da Várzea para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Resolução 275, de 21/10/02 - MS/ANVISA - regulamento técnico de


procedimentos operacionais padronizados aplicados aos estabeleci-
mentos de alimentos e à lista de verificação das boas práticas de fabri-
cação em estabelecimentos produtores de alimentos.

Lei Nº 9.677, de 2 de Julho De 1998- Casa Civil - Altera dispositivos do


Capítulo III do Título VIII do Código Penal, incluindo na classificação
dos delitos considerados
hediondos crimes contra a saúde pública, e dá outras providências.

Lei Ordinária nº 2871 de 05 de Janeiro de 2004-ALEAM- Institui o Plano


de Classificação de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores
da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino. Disponí-
vel em: https://sapl.al.am.leg.br/norma/7326.
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- Limpeza e desinfecção deficiente dos equipamentos e utensí-


lios;
- Alimentos de fonte insalubre;
A(O) MERENDEIRA(O)
- Alimentos elaborados contaminados (não enlatados);
- Recipientes tóxicos;
- Plantas tóxicas tomadas por comestíveis;
- Aditivos acidentais; Nestes versos posso dizer:
- Aditivos intencionais; Que seu papel na vida escolar
- Saneamento deficiente.
É muito importante!
2 - Fatores que influem na proliferação dos agentes patóge- Com dedicação no preparo
nos: do alimento
- Preparação com excessiva antecipação; com certeza
- Alimentos expostos à temperatura ambiente; muitos alunos
- Alimentos resfriados inadequadamente;
- Conservação a quente inadequada;
felizes ficarão
- Descongelamento inadequado; pois, com barriguinha cheia
- Reaproveitamentos. mais energia terão
para a lição estudar.
3 - Fatores que influem na sobrevivência dos agentes pató- Seu trabalho vem colaborar
genos:
- Aquecimento ou cocção insuficiente;
com o crescimento e desenvolvimento
- Reaquecimento insuficiente; de tantas crianças
- Desinfecção inadequada. que a cada ano você vai alimentar
e assim só tenho a dizer
mais O que é um Alimento Seguro? Obrigada merendeiras (os)!
a
Saib

Rosina Stefanello
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Introdução Fragmentos de plásticos: São usualmente utilizados para


substituir outros materiais considerados como perigos físicos, mas po-
dem ser perigosos também.
A Coordenação Regional SEDUC do município de Pragas: São considerados perigos físicos. No entanto, como
Careiro da Várzea (CRCV)/Gerência de Alimentação e Nu- veiculam microrganismos, é considerado, também, como perigo biológi-
trição Escolar (GAE) - Amazonas, elaborou um Manual de co, dependendo da situação.
Boas Práticas de acordo com a Resolução RDC nº 216 de Fragmentos de ossos: seus fragmentos podem provocar per-
furações, cortes na boca, engasgamentos e danos nos dentes.
15 de setembro de 2004, que dispõe sobre a Portaria nº368 Espinha/fragmentos de ossos e pescado: podem provocar
de 04 de setembro de 1997 e o Regulamento Técnico de perfurações na boca e engasgamentos.
Boas Práticas para Serviços de Alimentação, a fim de ga- Contaminantes Químicos
rantir as condições higiênico-sanitárias do alimento prepa- Contaminantes de natureza química, resíduos ou produtos de
rado para consumo, destinados à alimentação escolar. degradação em níveis inaceitáveis nos alimentos. Os efeitos dos conta-
minantes químicos podem ser a longo prazo (crônicos), que podem se
Este manual de procedimentos para o serviço de acumular no organismo durante muitos anos, ou a curto prazo
alimentação e nutrição escolar contempla regras de higiene (agudos), como produzidos por alimentos alergênicos.
básicas fundamentadas em todas as legislações, para que Substâncias químicas: usadas na produção e no processa-
as (os) merendeiras (os) e os gestores das escolas tenham mento de alimentos:
um referencial teórico para subsidiar suas ações, bem co- Produtos de limpeza: os resíduos destes produtos podem per-
manecer nos utensílios, tubulações e equipamentos, sendo transferidos
mo oferecer uma alimentação segura que realmente contri- aos alimentos.
bua com a nutrição e, consequentemente com o bom de- Pesticidas: são produtos químicos utilizados para controlar ou
sempenho escolar dos alunos. acabar com pragas. Os pesticidas são aplicados na agricultura, indús-
A disposição deste documento abrange as ativida- trias e nos domicílios. Os utilizados na agricultura são de maior impor-
des de manipulação, preparação, armazenamento, distribu- tância para segurança do alimento.
ição, transporte, e como garantir a produção de alimentos Outros contaminantes químicos devem ser considerados como
seguros e saudáveis e sobre as condições que devem ser aditivos alimentares em quantidades excessivas e lubrificantes de equi-
observadas para garantir a segurança alimentar, contribuin- pamentos.
do para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e a Contaminantes Biológicos
melhoria do rendimento escolar. Contaminação dos alimentos por meio de parasitas, vírus ou
bactérias.
Bactérias patogênicas e/ou suas toxinas causam a maioria dos
surtos com casos de doenças de origem alimentar. Esses microrganis-
mos podem ser encontrados em variadas quantidades nos alimentos,
Kayla Caetano Corrêa podendo se multiplicar desde que encontrem condições favoráveis, co-
Nutricionista QT mo estocagem, manipulação e/ou temperaturas impróprias.
CRN7 n°8929
Principais Fatores que contribuem para os surtos de DTA’s
Decreto: 30/01/2017
1 - Fatores que influem na contaminação por agentes
patógenos:
- Ingredientes crus contaminados;
- Pessoas infectadas;
Careiro da Várzea – Amazonas - Práticas inadequadas de manipulação;
2020
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bação é de 8 a 12 horas. ÍNDICE GERAL


3. Gênero Staphylococcus é a espécie de maior interesse para
a Microbiologia de Alimentos,por provocar intoxicação alimentar bastan- DEFINIÇÕES.......................................................................................................................6
te freqüente em nosso meio, principalmente nas épocas quentes do
1 PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR – PNAE.................................8
ano. Algumas cepas podem produzir toxinas que não são destruídas
pelo calor da cocção. 2 RECURSOS HUMANOS.................................................................................................10
a. Staphylococcus aureus: presente em ovos, leite, carnes e
3 REQUISITOS BÁSICOS PARA EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES................................12
alimentos muito manipulados, como lasanha, carne assada, tortas, do-
ces confeitados. Este microrganismo está presente na pele, mucosas 4 REQUISITOS BÁSICOS PARA EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍ-
nasal e oral, cabelo, saliva e feridas, são levados aos alimentos princi- LIOS...................................................................................................................................17
palmente devido a falhas na higiene pessoal e durante a manipulação
5 PROCEDIMENTOS E PRODUTOS PROIBIDOS...........................................................20
dos mesmos. Os sintomas contaminação de um alimento por Staphylo-
coccus aureus são: náuseas, ânsia de vômitos, vômitos, cólicas abdo- 6 POTABILIDADE DE ÁGUA.............................................................................................21
minais, raras diarréias, sudorese, e prostração. O período de incubação
é de 20 minutos a 2 horas. 7 AÇÕES IMEDIATAS RELACIONADAS À ÁGUA............................................................22

8 CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS........................................................................22

9 HIGIENE E SAÚDE DO MERENDEIRO (A)...................................................................24

10 MANEJO DE RESÍDUOS..............................................................................................28

11 HIGIENE DAS INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS............................29


Meios de contaminação/crescimento
Uma das vias de contaminação alimentar é a Contaminação 12 SELEÇÃO E RECEBIMENTO.......................................................................................31
Cruzada, que é a transferência de microrganismos e/ou sujidades, de
13 ARMAZENAMENTO......................................................................................................32
uma superfície a outra.
Ela ocorre, principalmente, através do CONTATO entre SUJO X 14 PRÉ-PREPARO E PREPARO......................................................................................35
LIMPO e CRU X COZIDO.
15 COCÇÃO.......................................................................................................................38
Alimento, tempo de exposição, temperatura e umidade são con-
dições que favorecem o crescimento microbiano. A falta de controle em 16 REFEITÓRIO................................................................................................................41
dois ou mais destes parâmetros ocasiona um produto final contamina-
do. 17 CONCEITOS GERAIS DE MICROBIOLOGIA.............................................................42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................47
Contaminantes físicos
Contaminantes de natureza física, como corpos estranhos, em
níveis e dimensões inaceitáveis.
Tipos de perigos físicos mais comumente associados aos ali-
mentos:
Vidros: podem provocar cortes na boca e se engolidos causam
sérias consequências, como perfuração do trato digestivo.
Metais: Pode causar engasgamentos ou ferimentos, como pa-
lha de aço.
Pedras: São comumente encontradas em produtos de origem
vegetal. Podem produzir danos nos dentes ou engasgamento.
Lascas de madeira: Podem provocar cortes na língua e/ou
engasgamento.
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mentos, sua presença só pode ser detectada por análises microbiológi-


cas.
DEFINIÇÕES
Dentre as bactérias patogênicas, na classificação por gêneros,
podemos destacar as mais comumente analisadas:
1. Gêneros Escherichia e Salmonella são encontradas no
trato intestinal dos animais, podendo viver em plantas ou como patóge-
nos. Pertencem a esta família:
IMPORTANTE SABER !!! considerados nocivos à saúde humana ou que a. Coliformes: são bactérias ambientais que inclui os colifor-
comprometam a sua integridade.
mes totais e os coliformes fecais.
Para efeito deste Manual, considera-se: b. Patogênicos, que causam doença no homem e são veicula-
5. Alimento seguro: que não oferece risco à
saúde e a integridade física do consumidor. das por alimentos:
1. Alimentos preparados: são alimentos
manipulados e preparados em serviços de -Salmonella está presente no ovo cru, ovo com gema mole,
alimentação, embalados ou não, subdivi- 6. Contaminação cruzada: contaminação de produtos preparados com ovos crus, produtos lácteos e cárneos, frutos
dindo-se em três categorias: um alimento para outro por substâncias ou do mar e sobremesas recheadas com creme. As merendeiras também
a) Alimentos cozidos e prontos para o agentes estranhos, de origem biológica, física podem ser veículos de contaminação. Os sintomas da contaminação de
consumo; ou química que se considere nocivos ou não um alimento por Salmonella são: diarreia, febre, cólicas abdominais. O
b) Alimentos cozidos, mantidos refrigera- para a saúde humana, através do contato dire- período de incubação é de 12 a 72 horas.
dos, congelados ou à temperatura ambi- to, por manipuladores ou superfícies de conta-
- Escherichia coli está presente em água contaminada, carne
ente, que necessitam ou não de aqueci- to.
crua ou mal cozida, aves e leite cru. As merendeiras também podem
mento antes do consumo;
7. Controle Integrado de Vetores e Pragas ser veículo de contaminação. Os sintomas da contaminação de um ali-
c) Alimentos crus, mantidos refrigerados
ou à temperatura ambiente, prontos para Urbanas: sistema que incorpora ações preven- mento por Escherichia coli são: dores abdominais, diarréia aquosa e/ou
o consumo. tivas e corretivas destinadas a impedir a atra- sanguinolenta, vômito, náuseas, febre, mal estar, cefaléia e desidrata-
ção, o abrigo, o acesso e ou a proliferação de ção. O período de incubação é de 12 a 72 horas.
2. Antissepsia: operação que visa à redu- vetores e pragas urbanas que comprometam a 2. Gêneros Bacillus e Clostridium são amplamente difundidos
ção de microrganismos presentes na pele qualidade higiênico sanitário do alimento. no solo, no ar e na água. Produzem esporos sendo, por isso, importan-
em níveis seguros, durante a lavagem das tes no caso de alimentos que sofrem tratamento térmico (esterilização
mãos com sabonete antisséptico ou por 8. Desinfecção: operação de redução, por
ou pasteurização) ou aquecimento (cocção ou fritura), isto porque os
uso de agente antisséptico após a lava- método físico e ou agente químico, do número
de microrganismos em nível que não compro- esporos são resistentes a temperatura elevadas, podendo sobreviver a
gem e secagem das mãos.
meta a qualidade higiênico sanitária do ali- certos tipos de aquecimento, os esporos podem germinar e se multipli-
3. Boas Práticas: procedimentos que mento. car provocando deteriorações ou doenças alimentares. Pertencem a
devem ser adotados por serviços alimen- esta família:
tação a fim de garantir a qualidade 9. Higienização: operação que compreende a. Bacillus cereus: presente nos cereais (arroz, trigo, milho,
duas etapas, a limpeza e a desinfecção. aveia) vegetais crus e cozidos, carnes, pescados, massas, farinhas,
higiênico-sanitária e a conformidade
dos alimentos com a legislação sani- leite e derivados, pudins a base de amido, cremes, sopas e molhos. Os
10. Limpeza: operação de remoção de subs- sintomas contaminação de um alimento por Bacillus cereus são: gastro-
tária. tâncias minerais e ou orgânicas indesejáveis,
enterite diarréica, com período de incubação de 8 a 16 horas - diarréia
tais como terra, poeira, gordura e outras suji-
4. Contaminantes: substâncias ou agen- dades. intensa, dores abdominais e, raramente vômitos e febre; e gastroenteri-
tes de origem biológica, química ou físi- te emética, com período de incubação de 1 a 5 horas - vômitos, náu-
ca, estranhos ao alimento, que sejam seas e mal-estar geral.
b. Clostridium perfringens: presente nas carnes e produtos
cárneos, aves e molhos de carne, embutidos, conservas de peixes,
queijos fermentados, patês e ostras. Os sintomas contaminação de um
alimento por Clostridium perfringens são: dores abdominais agudas,
diarréia com náuseas, febre e, raramente, vômitos. O período de incu-
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- As lâmpadas e luminárias devem está limpas e protegidas


contra explosão e quedas acidentais;
- Para ventilação são permitidos ventiladores de teto ou chão,
desde que o fluxo de ar não incida diretamente sobre os ornamentos,
as plantas e os alimentos;
- Os ornamentos e plantas não devem propiciar contaminação
aos alimentos. As plantas não devem ser adubadas com adubo orgâni-
co e não devem estar entre o fluxo de ar e os alimentos, nem próximo
aos alimentos; ou composição, necessitam de condições
- Os móveis (mesas e cadeiras) devem estar em bom estado de 11. Manipulação de alimentos: operações especiais de temperatura para sua conserva-
efetuadas sobre a matéria-prima para obten-
conservação e limpeza; ção.
ção e entrega ao consumo do alimento pre-
- Os utensílios devem estar em bom estado de conservação e parado, envolvendo as etapas de prepara-
limpeza. 16. Registro: consiste de anotação em plani-
ção, embalagem, armazenamento, transpor- lha e ou documento, apresentando data e
te e distribuição. dentificação do funcionário responsável pelo
17 CONCEITOS GERAIS DE MICROBIOLOGIA seu preenchimento.
12. Manipuladores de alimentos: qual-
A Microbiologia é o estudo dos microrganismos. Os microrga- quer pessoa do serviço de alimentação que 17. Resíduos (lixo): materiais a serem des-
entra em contato direto ou indireto com o
nismos são seres invisíveis a olho nu que se multiplicam facilmente e cartados, oriundos da área de preparação e
alimento. das demais áreas do serviço de alimentação.
necessitam de alimento para se desenvolver. Podem causar doenças e
estão presentes em todos os lugares. 13. Manual de Boas Práticas: documento
Os tipos mais comuns de microrganismos em nossa atividade 18. Saneantes: substâncias ou preparações
que descreve as operações realizadas pelo destinadas à higienização, desinfecção ou
são os vírus, os fungos e as bactérias. estabelecimento, incluindo, no mínimo, os desinfestação domiciliar, em ambientes cole-
Vírus: são seres que alteram o funcionamento do organismo, requisitos higiênico-sanitários dos edifícios, tivos e/ou públicos, em lugares de uso co-
causando doenças. a manutenção e higienização das instala- mum e no tratamento de água.
Quando transmitidos pelos alimentos, pode causar doenças ções, dos equipamentos e dos utensílios, o
como a hepatite. controle da água de abastecimento, o con- 19. Serviço de alimentação: estabelecimen-
trole integrado de vetores e pragas urbanas, to onde o alimento é manipulado, preparado,
Fungos: provocam alterações nos alimentos (bolores). Alguns
a capacitação profissional, o controle da armazenado e consumido.
tipos de fungos são visíveis sem o auxílio do microscópio, como os co- higiene e saúde dos manipuladores, o ma-
gumelos. Porém, alguns tipos são venenosos, não podendo ser ingeri- nejo de resíduos e o controle e garantia de
dos. 20. Procedimento Operacional Padroniza-
qualidade do alimento preparado. do - POP: procedimento escrito de forma
Bactérias: são microrganismos amplamente distribuídos pela objetiva que estabelece instruções sequenci-
natureza, sendo encontradas no ar, no solo, nos vegetais, nos alimen- 14. Medida de controle: procedimento ais para a realização de operações rotineiras e
tos, nos animais e no ser humano. adotado com o objetivo de prevenir, reduzir específicas na manipulação de alimentos.
As bactérias podem ser: a um nível aceitável ou eliminar um agente
- Aeróbias: necessitam de oxigênio. físico, químico ou biológico que compro-
meta a qualidade higiênico-sanitária do
- Anaeróbias: não necessitam de oxigênio para sua sobrevivên-
alimento.
cia.
- Facultativas: adaptam-se ao ambiente, com ou sem oxigênio. 15. Produtos perecíveis: produtos alimen-
E podem se classificar em: tícios, alimentos “in natura”, produtos semi
- Bactérias Deteriorantes: alteram as características sensoriais preparados ou produtos preparados para o
(cor, sabor, odor, textura), estragando o alimento; Consumo que, pela natureza
- Bactérias Patogênicas: causam doenças. São as prin-
cipais responsáveis pelas doenças transmitidas por alimentos
(DTA´s). Como não provocam alterações sensoriais nos ali-
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1 PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR –


PNAE

O PNAE é considerado um dos maiores programas na área de


alimentação escolar do mundo, uma vez que atende a todos os alunos
matriculados na educação básica pública, independentemente de classe,
cor ou religião. As ações que envolveram a alimentação escolar datam do
século XIX, mas a formalização oficial da merenda enquanto política social
só ocorre na década de 50.
Em 1955 é criada a Campanha de Merenda Escolar que contava
com “doações” norte-americanas de leite em pó acompanhado de cápsu-
las de vitamina A e D, beneficiando inicialmente os Estados do Nordeste
brasileiro. Já em 1956, o governo passa a complementar essas doações
com a compra de farinha enriquecida de leguminosas e cereais (milho,
trigo, arroz e soja), adquiridos no próprio mercado internacional.
Inicia-se em 1986 a experiência da municipalização do PNAE,
descentralizando-se assim, os recursos destinados a tal programa. Essa
experiência iniciou com 81 municípios, chegando a 197 até o ano de 1988.
Em 1994 é criada a Lei nº 8.913 que dispõe sobre a municipalização da
merenda escolar, sendo esta da jurisdição do Fundo Nacional de Desen-
volvimento da Educação (FNDE), em substituição a extinta Fundação de
Assistência ao Estudante (FAE).
Atualmente a base legal do PNAE é a Lei nº. 11.947 de 2009
que dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e, a Resolução
CD/FNDE nº. 26, de 17/06/2013 que estabelece as normas para a execu-
ção técnica, administrativa e financeira do PNAE aos Estados, ao Distrito
Federal, aos Municípios e às entidades federais.
O PNAE tem como objetivo contribuir para o crescimento e o
desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e
a formação de práticas alimentares saudáveis dos alunos, por meio de
ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que
cubram suas necessidades nutricionais durante o período letivo (Artigo 3º
da Resolução 26/2013/CD/FNDE).
16 REFEITÓRIO
Dos objetivos e clientela do programa
Recomendações gerais
A base normativa de sustentação para a garantia da alimentação - O refeitório deve ser mantido limpo e livre de objetos em desu-
escolar como um direito humano está nos seguintes textos legais: so;
:: Constituição Federal – arts. 6º, 208 e 211. - Piso, teto, paredes, portas e janelas devem ser mantidos em
:: Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional – LDB bom estado de conservação e limpeza;
(Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996). - As janelas devem possuir telas contra a entrada de insetos
:: Plano Nacional de Educação (Lei nº 10.172, de 9 de janeiro nas instalações onde são mantidas abertas;
de 2001). - A iluminação deve ser uniforme, sem ofuscamentos ou con-
:: Portaria Ministerial nº 251, de 3 de março de 2000. trastes excessivos;
:: Portaria Interministerial nº 1.010, de 8 de maio de 2006.
40 9
:: Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009.
- não utilizar ovos com a casca trincados; :: Resolução nº 67, do Conselho Deliberativo do FNDE, de 28
- Para preparações sem cocção (cremes, mousses) utilizar: de dezembro de 2009.
Ovos pasteurizados ou desidratados;

Para preparações quentes:


- Ovos cozidos por 7 minutos em fervura;
- Ovos fritos com a gema dura;
- Omeletes, empanados, bolos, doces, devem atingir 74ºC no
centro geométrico;
- Quebrar os ovos unidade por unidade separadamente, para
que se evite a perda de toda a preparação caso haja ovos estragados;
- Para preparações com ovos cozidos escaldá-los com água O programa tem por objetivo, oferecer alimentos adequados, em
fervente após serem descascados; quantidade e qualidade, para satisfazer as necessidades nutricionais do
- Sanitizar os ovos imediatamente antes da utilização, nunca estudante no período em que ele permanecer na escola, além de contribuir
guardar ovos sanitizados. O seu uso deve ser imediato para aquisição de hábitos e práticas alimentares saudáveis.
A própria Constituição Federal de 1988 afirma em seu art. 208,
Preparo de legumes, verduras e frutas inciso VII, que a alimentação escolar é dever do Estado e um direito do
educando que frequente a educação básica e no art. 6º, que a alimentação
- Descascar e picar antes da cocção. Na total impossibilidade, é um direito social.
escaldar com água fervente. A resolução FNDE Nº38 de 16 de julho de 2009, art. 5, deixa cla-
ro que a única clientela atendida é somente os alunos da rede pública de
Preparo de feijão ensino. Devem garantir a efetivação do direito à alimentação para os alu-
- Nunca engrossar o feijão utilizando farinha devido ao risco de nos matriculados nas creches, pré-escolas, escolas do ensino fundamental
contaminação. Exceto nas de feijão ou outros pratos que o exijam, nes- e médio e educação de jovens e adultos da rede pública, além das qualif-
tes casos a farinha deve ser cozida durante o preparo. cadas como filantrópicas e comunitárias, inclusive as de educação especial
e as localizadas em áreas indígenas e em áreas remanescentes de quilom-
Preparo de macarrão/arroz bos que constem do Censo Escolar, realizado pelo Instituto Nacional de
- Na presença de gorgulhos, se em menor quantidade, se- Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, do Ministério da Educa-
pará-los. Se em maior quantidade, deve ser descartado. ção (Inep/MEC).
- Após a cocção, o macarrão deve ser colocado em escorredor A lei determina que o cardápio escolar atenda a 20% das neces-
limpo e desinfetado para escoamento da água de fervura. sidades diárias dos alunos beneficiados em áreas urbanas e 30% de alu-
- Não resfriar em água corrente devido ao risco de contamina- nos matriculados em escolas localizadas em comunidade indígena e áreas
ção pela água. remanescentes de quilombos.
- Para que o macarrão fique “solto” usar água fervente e esco- A fiscalização do recurso federal destinado à merenda cabe aos
ar, se necessário, utilizar um fio de óleo. Conselhos de Alimentação Escolar nos estados, Distrito Federal e municí-
- Não manipular com as mãos, somente com utensílios limpos e pios, e aos demais órgãos de controle interno e externo: FNDE, Tribunal de
desinfetados. Contas da União (TCU), Ministério Público Estadual e Federal, além da
Controladoria Geral da União (CGU).
Produto não conforme detectado nas etapas do processo O CAE verifica irregularidades que podem ser facilmente identifi-
- Se identificado qualquer alteração sensorial no produto: cor, cadas, como a inexistência de local adequado para a preparação dos ali-
odor, sabor, textura, em qualquer etapa do preparo, este deverá ser mentos, a falta de água tratada e de gás de cozinha, a existência de ali-
substituído imediatamente. mentos deteriorados, condições de armazenagem não condizentes - por
exemplo, alimentos guardados junto a materiais de limpeza, ou sujeitos a
ataques de insetos e roedores, por falta de janelas com telas de proteção.
Outras irregularidades são a inexistência de cardápio elaborado por nutri-
cionista e a adoção de cardápio fornecido pelos próprios fornecedores dos
alimentos.
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2 RECURSOS HUMANOS
Nesta etapa, os perigos podem ser eliminados, desde que devi-
O profissional de educação básica responsável pela ali- damente monitorados.
mentação escolar é denominado na Carreira dos Profissionais
de Educação Básica do Amazonas como Merendeira (o). Considerações Gerais:

Atribuições - Tempo de exposição à temperatura ambiente para produtos


Segundo a Instrução Normativa 001/2017/SEDUC, Reso- prontos não deve exceder 30 minutos por lote, 2 horas em área climati-
lução nº. 122/2010 - CEE/AM, do Regime De Pessoal, Lei Nº zada entre 12 e 18°C;
2.871, de 05 de janeiro de 2.004 e do Regimento Escolar das - Evitar cruzamentos cru X cozido e limpo X sujo;
Escolas Estaduais do Estado do Amazonas, dispõe das seguin- Exemplos alimento cru (sem higienização) junto com alimento
tes atribuições: pronto para o consumo; ingrediente usado para decoração sem a pré-
via desinfecção; contaminação cruzada após cocção via manipulador,
Atribuições do gestor – escola utensílios e equipamentos; uso do mesmo utensílio para diferentes pre-
Garantir a divulgação do cardápio diário que será oferecido aos alu- parações;
nos, fixando em locais estratégicos (cozinha, refeitório e mural da escola) - No porcionamento das preparações prontas, a manipulação
para acesso à comunidade escolar; deve ser realizada, observando-se as recomendações para evitar a re-
Garantir o preparo das refeições, certificando-se de que a mesma contaminação ou a contaminação cruzada;
preparação seja servida em todos os turnos, de acordo com o cardápio es- - A manipulação deve ser feita com auxílio de utensílios em
tabelecido. pequenos lotes, e respeitando o controle de tempo e temperatura. Pre-
Monitorar a limpeza e higienização do depósito de merenda, utensí- vendo o consumo real, retirar na medida de sua necessidade, a quanti-
lios e equipamentos de cozinha, observando as orientações de armazena- dade de matéria-prima a ser preparada;
mento dos produtos, seguindo a normatização da ANVISA (RDC 216). - O número de manipuladores deve ser o estritamente necessá-
Participar de treinamentos e eventos necessários ao gerenciamento rio, de preferência sempre os mesmos;
do Programa de Alimentação Escolar; - Utilizar utensílios diferentes para alimentos crus e cozidos;
Incluir as ações e atividades relativas a execução do programa de - Proteger os alimentos em preparação ou prontos, garantindo
educação alimentar e nutricional. que estejam sempre cobertos com tampas, filmes plásticos;
Exigir o uso vestimentas adequadas e sapatos fechados, pelos mani- - Manter os alimentos em preparação ou prontos sob tempera-
puladores de alimentos durante a execução do serviço. turas de segurança, isto é, inferior a 10ºC ou superior a 65ºC;
Repasse do cardápio GAE ao nutricionista quadro técnico CDE’S. - Os pratos prontos para consumo em espera/distribuição de-
Monitorar as atividades desenvolvidas pelos manipuladores de ali- vem permanecer sob condições de tempo e temperatura, protegidos de
mentos. contaminação, seguindo o critério mínimo 65°C por no máximo 6 horas.

Atribuições dos manipuladores de alimentos (merendeiros) Preparo de molhos


Os manipuladores de alimentos devem ser designados por con- - Os gêneros hortifrutigranjeiros, utilizados no preparo dos mo-
curso ou contratação pela secretaria de educação, de acordo com o perfil lhos, devem ser higienizados e sanitizados com solução clorada;
apresentado para a função, que inclui execução de cardápios, sugestões - Os ingredientes dos molhos devem ser sempre bem cozidos;
de receitas, preparo e distribuição dos alimentos para os alunos; - Os molhos devem ser levados à ebulição (fervura) antes do
Fazer uso dos uniformes fornecidos pela SEDUC. Na ausência uso. Após pronto, o molho deve ser mantido em banho-maria, para ga-
dos uniformes, as vestimentas devem ser adequadas ao serviço alimentar rantir a temperatura de segurança 65°C.
como: camisa com manga branca e/ou de cor clara, calça cumprida sem - Proibido guardar aparas de carne cozida para confecção dos
adereços. IMPORTANTE: Os uniformes que foram confeccionadas pela molhos.
SEDUC/AM conforme o que se estabelece nas normas de segurança do
trabalho, assim, não é permitido alterações na confecção das peças, como: Preparo dos ovos
retirar mangas, transformar calça em saia, entre outras; - Não oferecer ovos crus para consumo, bem como em prepa-
rações onde os ovos permaneçam crus;
38 11
Fica estritamente proibido para a manipulação dos
alimentos na cozinha o uso dos seguintes trajes: saia, short,
bermuda, vestidos, sandálias ou qualquer outra vestimenta si-
milar, o descumprimento deste item estará sujeito a penalida-
des.
Seguir o procedimento de lavagem de mãos conforme
“instruções para lavagem das mãos corretamente”;
Devem manter as unhas limpas, curtas e sem esmal-
te;
É proibido o uso de celular, maquiagem, perfumes, e todo tipo
de adornos como: anéis, alianças, relógios, brincos, colares, pulseiras,
entre outros, durante a manipulação de alimentos;
Registrar as saídas de gêneros alimentícios do estoque diaria-
mente no livro de ata numerado e ou/ fichas de controle de estoque,
bem como o nome da preparação;
Manter limpos os locais de preparação e armazenamento dos
alimentos, bem como dos utensílios utilizados na preparação e distribui-
ção;
Preparar café e alimentos de rápido cozimento;
É obrigatório a realização dos exames para o atestado de saú-
de com a periodicidade de 6 meses e o mesmo deve ser guardado na
escola para apresentação em caso de fiscalização;
Não há obrigatoriedade da merendeira de servir outro profis-
sional que não seja o aluno fora das dependências do refeitório;
Cumprir as normas do Manual de Boas Práticas e POP´s;
Desinfecção com cloro
Das Penalidades
de folhosos, legumes e Todos os itens aqui descritos serão vistoriados na esfera da
frutas VISA municipal, bem como, a lei do município de Careiro da Várzea
Nº420/2014 do código sanitário, em mediante denúncias feitas perante
a VISA/Careiro da Várzea. Dos mesmos, termos da Lei nº8.913/94,
parágrafo 2 descreve que é facultado a qualquer pessoa da comu-
nidade escolar fiscalizar as condições do seguimento do cardápio e do
cumprimento deste manual, e realizar denúncia perante os fatos verídi-
cos.
Logo, dentro das atribuições do nutricionista QT/SEDUC, cabe
a responsabilidade em adequar a cozinha escolar, capacitar manipula-
dores e responsáveis pelas escolas (gestor), visitar as unidades escola-
res das CDEs, verificando se estão sendo cumpridas todas as normas
estabelecidas nas legislações vigentes nesse Manual e demais atribui-
15 COCÇÃO ções da Lei Nº 2.871, de 05 de janeiro de 2004 .
Das competências, é obrigatório a nutricionista comunicar ime-
Etapa onde os alimentos devem atingir no mínimo 74°C no cen- diatamente a GAE/DELOG, qualquer fato/irregularidade de grande rele-
tro geométrico. vância e outros referentes à Alimentação Escolar ocorridos nas escolas.
- Da autuação Art. 29 da lei Nº420/2014: “Responderá pela
infração sanitária a pessoa física e/ou jurídica que, por ação ou omis-
são, que lhe deu causa, concorreu para a sua prática ou dela se benefi-
ciou”.
12 37

- Da autuação Art. 272 da lei Nº9677 de 02/07/1999: - A solução clorada deve ser preparada e testada com a fita
“Corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou dosadora para verificar se:
produto alimentício destinado a consumo, tornando-o A solução está adequada antes do produto ser colocado nela.
nocivo à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo”. - O produto deverá estar totalmente coberto pela solução clora-
"Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e mul- da (desinfetar uma tabua de altileno e colocar em cima das frutas, legu-
ta."(NR) mes e verduras para que fiquem totalmente imersos).
- Do autuado, Art. 86, VII da lei Nº420/2014/PMCV: - Nunca colocar gêneros que apresentem sujidades de qualquer
“Assinatura do autuado, ou na ausência ou recusa, menção pelo servi- espécie, pois terra, detritos e gêneros danificados diminuem a eficiência
dor atuante, e a assinatura de duas testemunhas”. da solução clorada.
- Não colocar na mesma cuba dois tipos diferentes de legumes
Dimensionamento ou tubérculos para desinfetar, pois poderá ocorrer contaminação cruza-
A relação do número de merendeira (o) por aluno é definido da.
por Instrução Normativa Nº002/2014/SEDUC para dimensionamento de - Todos os produtos utilizados “para decoração” deverão ser
pessoal nas unidades escolares. desinfetados: salsa, cebolinha, coentro, alho, cebola, etc.
- Cebola e alho poderão ser desinfetados com casca.
Seleção - Nunca picar ou cortar vegetais antes de clorar, em função da
A seleção de merendeira (o) é feita por concurso público ou reação química, exceto o produto repolho.
através de contrato temporário (terceirizadas), mediante processo sele- - A solução clorada deve ser trocada a cada lote imerso.
tivo conforme edital de seleção vigente. São exigências para contrato: - O tempo de contato do hortifruti com a solução clorada é de
- Ensino fundamental completo 15 minutos, podendo variar de acordo com as características do produ-
- Exame de saúde to:
- Experiência anterior em manipulação de alimentos. 1. Ovos, colocá-los na solução clorada e retirá-los imediata-
mente.
Das responsabilidades 2. banana, morango, caqui, pêssego, uva e outras frutas delica-
A RDC 216/2004/ANVISA é o Regulamento Técnico de Boas das, diluição por 5 minutos.
Práticas para Serviços de Alimentação, com o objetivo de aperfeiçoa- - Folhosos, legumes crus, frutas inteiras pós desinfecção quan-
mento constante das ações de controle sanitário na área de alimentos do não utilizados, devem ser armazenados a 10°C e novamente desin-
visando sempre à proteção à saúde da população. fetados no prazo máximo de 24 horas.
A resolução é válida a todos os estabelecimentos que traba- Para o controle do tempo, identificar o produto com o horário de
lhem com alimentação coletiva (restaurantes, escolas, hospitais, esta- preparo.
belecimentos filantrópicos, etc.), descreve que o proprietário ou funcio-
nário designado é responsável pelas atividades de manipulação dos Enxágue
alimentos. O mesmo deve ser capacitado, sem prejuízo dos casos onde Lavar em água corrente (enxaguar) para retirar resíduos de
há previsão legal para responsabilidade técnica. O mesmo deve ter os cloro, com uso de recipiente tipo escorredor ou peneira.
conhecimentos, no mínimo, dos seguintes temas:
a) Contaminantes alimentares; Produto pronto para o preparo ou consumo direto
b) Doenças transmitidas por alimentos; Após executados os procedimentos acima, a matéria-prima es-
c) Manipulação higiênica dos alimentos; tá pronta para ser preparada conforme o cardápio.
d) Boas Práticas de Fabricação.
Preparo da Solução Clorada
3 REQUISITOS BÁSICOS PARA EDIFICAÇÕES E Cálculo do volume de água para preparo da solução clorada:
INSTALAÇÕES
As orientações abaixo descrevem a estrutura física de toda a
área do Serviço de Alimentação e Nutrição Escolar - cozinha,
36 13

- No caso das folhas, sacudir para retirar o excesso de água e despensa, refeitório e vestiário, de acordo com a Resolução nº216 da
posicionar os maços de cabeça para baixo, se colocado em monoblo- Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
cos; A edificação e as instalações devem ser projetadas de forma a
No caso do Armazenamento do produto, cobrir a matéria prima possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas
com filme PVC ou acondicionar em sacos plásticos transparentes ou da preparação de alimentos e a facilitar as operações de manutenção,
acondicionar em monoblocos fechados, para não absorver o cheiro de limpeza e, quando for o caso, desinfecção. O acesso às instalações
outros alimentos no refrigerador e estar protegido do frio. devem ser controlado e independente, não comum a outros usos
(BRASIL, 2004).
A. Higienização de hortifrutigranjeiros
O processo de higienização dos alimentos é de fundamental Padrão para instalação
importância para eliminar ou reduzir os perigos microbiológicos, minimi- A edificação e as instalações devem ser projetadas de forma
zando os riscos de transmissão de agentes patogênicos causadores de a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as eta-
doenças. pas da preparação de alimentos e a facilitar as operações de manuten-
Os alimentos “in natura” chegam até a unidade com impurezas ção, limpeza e sanitização. O acesso às instalações deve ser controla-
e sujidades, estas partículas trazem em seu interior bactérias que, se do e independente, não comum a outros usos.
não eliminadas adequadamente através das etapas de lavagem e sani- O dimensionamento da edificação e das instalações de-
tização, podem contaminar o próprio alimento, o ambiente e outros ali- ve ser compatível com todas as operações. Deve existir
mentos através de cruzamentos. separação entre as diferentes atividades por meios físi-
Segue abaixo a descrição detalhada das etapas de higieniza- cos ou por outros meios eficazes de forma a evitar a con-
ção de gêneros hortifrutigranjeiros. taminação cruzada.

Seleção Localização
A seleção dos hortifrutis é realizada com a retirada das folhas, A edificação deve estar localizada em área livre de focos de
legumes e frutas danificadas. insalubridade, direcionada para o sol nascente (garantido o conforto
Executar o processo de seleção, preferencialmente, em local térmico), ausência de lixo, objetos em desuso, animais, insetos e roe-
exclusivo para este fim e separado fisicamente do local onde serão e- dores, o acesso dever ser direto e independente, não comum a outros
xecutadas as etapas de lavagem e desinfecção. usos (habitação). As áreas circundantes não devem oferecer condições
de proliferação de animais domésticos, insetos e roedores. Os pátios
Lavagem devem ser mantidos com piso lavável, grama aparada ou cascalho.
Desfolhar, lavar folha/folha ou unidade/unidade em água cor-
rente, removendo totalmente terra e outros resíduos. Utilizar água potá- Piso
vel. Material liso, resistente, impermeável, lavável, de cores claras
Reservar em utensílio limpo aguardando o preparo da solução e em bom estado de conservação, antiderrapante, resistente ao ataque
clorada. de substâncias corrosivas e que seja de fácil higienização (lavagem e
Após o processo de lavagem, a cuba e o tampo da pia devem desinfecção), sem rachaduras ou trincas, não permitindo o acúmulo de
ser cuidadosamente limpos e desinfetados. alimentos ou sujidades.
Deve ter inclinação suficiente em direção aos ralos, não per-
Desinfecção mitindo que a água fique estagnada. Em áreas que permitam existên-
A utilização da solução clorada de modo eficiente requer: cia, os ralos devem ser em número suficiente, sifonados, e as grelhas
- A desinfecção deve ser realizada em cuba identificada com o devem possuir dispositivos que permitam o fechamento e que impeçam
volume de água para preparação de solução clorada (fita marcadora a entrada de vetores.
nível de água).
- Na impossibilidade de designar uma pia exclusiva utilizar mo-
nobloco específico, devidamente higienizado e identificado.
14 35
Paredes
Acabamento liso, impermeável, lavável, de cores na embalagem ou produto, tais como, estufamento da lata, salmoura
claras, isento de fungos (bolores), umidade, descascamentos, turva, etc.
rachaduras e em bom estado de conservação. Se for azuleja- A presença de produtos vencidos em estoque ou entregues aos
da deve respeitar a altura mínima de 2 metros. Deve ter ân- consumidores caracteriza infração sanitária e crime contra as relações
gulos arredondados no contato com o piso e teto. de consumo.
Em caso de produtos para troca, identificá-los como “Não Con-
Forros e Tetos forme” e armazená-los separadamente para realizar troca com o forne-
Acabamento liso, impermeável, lavável, de cores claras e em cedor.
bom estado de conservação. Deve ser isento de goteiras, vazamentos,
umidades, trincas, rachaduras, bolores, crostas de gorduras e descas- 14 PRÉ-PREPARO E PREPARO
camentos.
Proibido o forro de madeira. Se houver necessidade de a- O Pré-preparo é a etapa onde os alimentos sofrem modifica-
berturas para ventilação, esta deve possuir tela com espa- ções através de higienização, temperos, corte, porcionamento, seleção,
çamento de 2mm e removíveis para limpeza. O pé direito no escolha, moagem e/ou adição de outros ingredientes.
mínimo de 3m no andar térreo e 2,7m em andares superio-
res. Considerações Gerais
- Embalagens plásticas primárias de cereais, farináceos, pudins
Portas e Janelas e outros:
As portas devem ter superfície lisa, de cores claras, de fácil - Higienizar com a utilização de papel toalha branco ou pano
limpeza, ajustadas aos batentes, de material não absorvente, com fe- limpo umedecido com água clorada.
chamento automático (mola ou similar) e protetor no rodapé. As entra-
das principais devem ter mecanismos de proteção contra insetos e roe- - Leite/sucos pasteurizado
dores ou mantidas fechadas. Retirar da embalagem plástica, colocar em recipiente limpo e
Janelas com telas milimétricas, limpas, sem falhas de revesti- ferver antes do uso.
mento e ajustadas aos batentes.
As telas devem ter malha de 2mm e serem de fácil limpeza, - Produtos enlatados
devem ser removíveis para facilitar a limpeza periódica e em bom esta- Lavar em água corrente antes de abri-lo.
do de conservação. As janelas devem estar protegidas de modo a não
permitir que os raios solares incidam diretamente sobre os alimentos ou - Preparo de sucos
equipamentos mais sensíveis ao calor. A água de preparo do suco deve ser potável, recomendamos a
instalação de um filtro. Importante barreira física para eventuais ele-
Iluminação mentos presentes na água.
O ambiente deve ter iluminação uniforme, sem ofuscamentos, A troca das velas dos filtros deve ser prevista no DSS
sem contrastes excessivos, sombras e cantos escuros. As lâmpadas e 09/R, conforme recomendação do fabricante.
luminárias devem estar limpas protegidas contra explosão e quedas
acidentais e em bom estado de conservação. As instalações elétricas - PRÉ-SELEÇÃO (quando possível)
devem ser embutidas. Retirar da embalagem do fornecedor, eliminando (jogando no
As externas devem ser perfeitamente revestidas por tubula- lixo) as folhas ou unidades danificadas, ou seja, impróprias para o con-
ções isolantes, presas e distantes e das paredes tetos, para facilitar a sumo.
limpeza. - PRÉ-LAVAGEM (quando possível)
- Com água, retirar os resíduos visíveis das folhas e / ou unida-
Padrões mínimos: des;
Áreas de inspeção - 1000 lux - Colocar em escorredores ou monoblocos plásticos;
Áreas de processamento - 250 lux
Outras áreas - 150 lux
34 15

tegidos por filme plástico. Ventilação


Os alimentos não devem ser acondicionados em recipientes A ventilação deve garantir o conforto térmico, a renovação do ar
utilizados anteriormente para produtos de limpeza ou outros produtos e que o ambiente fique livre de fungos, gases, fumaça, gordura e conden-
(por exemplo, balde de margarina), mesmo que tenham sido bem lava- sação de vapores, dentre outros que possam comprometer a qualidade
dos. higiênico-sanitária do alimento.
As matérias primas com odor forte devem ser mantidas afasta- Os equipamentos e os filtros para climatização devem estar
das das demais para impedir que este odor seja transferido. conservados. A limpeza dos componentes do sistema de climatização, a
Deve ser observado se o produto, a partir deste instante, não troca de filtros e a manutenção programada e periódica destes equipa-
necessita de refrigeração, conforme recomendação do fabricante. mentos devem ser registradas e realizadas conforme legislação específi-
Quando ocorrerem danos nos pacotes plásticos, fechá-los com ca.
fita adesiva ou embalar em filme PVC. Jamais utilizar grampos de qual- O fluxo de ar nas áreas de preparo dos alimentos deve ser dire-
quer espécie. As embalagens e/ou recipientes deverão ser identifica- cionado da área limpa para a suja. Não devem ser utilizados ventiladores
dos. nem aparelhos de ar condicionado nas áreas de manipulação. O fluxo de
ar não deve incidir diretamente sobre os alimentos.
Armazenamento de carnes/embutidos O conforto térmico pode ser assegurado por aberturas de pare-
des (janelas, basculantes, exaustores) que permitam a circulação natural
Temperatura do ar. A ventilação não deve ser assegurada com a simples abertura de
Produto Máxima Procedimento
portas.

- Deve ser armazenada sob refrigera- Sanitários e Vestiários


ção logo após o recebimento;
Carne Refrigerada - O excesso de sangue deve ser escor- Devem existir vestiários separados para cada sexo, devendo
(bovina) + 4º C rido; possuir armários individuais e bem conservados. As paredes e pisos de-
- A carne deve ser coberta com filme
PVC ou plástico transparente incolor. vem ser de cores claras, de material liso, resistente e impermeável, porta
com molas, proteção na parte inferior, ventilação adequada e janelas tela-
Carne Maturada - Deve ser armazenada em sua própria das. Deve existir pias para lavar as mãos, sabonete/detergente líquido,
(carne descansada + 4º C embalagem; antisséptico ou sabão antisséptico, toalha de papel descartável de cor
após o abate) - A embalagem deve estar integra.
clara, papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro para seca-
- Retirar a caixa de papelão, acondicio- gem das mãos, vaso sanitário com descarga automática, sifonado, coleto-
Embutidos (linguiça ná-los em recipiente e cobri-los com res dos resíduos dotados de tampa e acionados sem contato manual.
calabresa, linguiça + 10º C filme PVC ou plástico transparente in- As instalações sanitárias e os vestiários não devem se comuni-
toscana, salsicha, color;
entre outros) - Identificá-los com a data de validade e car diretamente com a área de preparação e armazenamento de alimen-
tipo de produto. tos ou refeitórios, devendo ser mantidos organizados e em adequado es-
tado de conservação.
- Deve ser armazenada em sua própria
Carne seca/ + 10º C embalagem; Os sanitários e vestiários devem ser de uso exclusivo para as
charque - A embalagem deve estar integra. (os) merendeiras (os) e demais funcionários da escola.

PVPS
Para qualquer tipo de matéria prima, em qualquer condição de
armazenamento, deverá ser adotado o critério para controle físico, on-
de o primeiro a vencer é o primeiro a sair (PVPS). Este item será con-
trolado através da data de validade do produto.
Os prazos de validade deverão ser verificados, a fim de evitar
desperdício e manutenção em estoque de produtos vencidos. Alimen-
tos deteriorados ou com prazo de validade vencido devem ser pronta-
mente desprezados, bem como aqueles que apresentarem alterações
16 33

Limpeza e Organização
As caixas de madeira e papelão não devem entrar na área de
armazenamento (estoque seco e refrigerado) e manipulação.
Não devem ser observados alimentos deteriorados ou com pra-
Lixo zo de validade vencido.
Os recipientes para lixo devem possuir tampas e constituídos Os produtos devem estar agrupados conforme suas caracterís-
de material de fácil higiene. O lixo fora da cozinha deve ficar em local ticas.
fechado, isento de moscas, roedores e outros animais. As caixas de papelão devem ser retiradas no momento do ar-
O lixo não deve sair da cozinha pelo mesmo local onde en- mazenamento, e o conteúdo disposto em prateleiras. Na total impossi-
tram as matérias primas. Na impossibilidade, o mesmo deve ser retira- bilidade de remoção das caixas de papelão, estas devem ser envoltas
do em horário em que não estejam manipulando alimentos. ou cobertas com plástico transparente ou segregadas em prateleiras
Na total impossibilidade de áreas distintas, determinar esses exclusivas.
horários diferenciados aos funcionários da cozinha e serviços gerais. As embalagens nunca deverão ser fechadas com grampos de
O lixo deve estar devidamente acondicionado, de modo que qualquer espécie.
não represente riscos de contaminação. As embalagens primárias não devem estar em contato direto
com embalagens secundárias (embalagens primárias podem estar em
Botijões de gás contato com embalagens secundárias, desde que estejam protegidas
De acordo com a ABNT deve existir área exclusiva para por filme plástico, plástico transparente ou outros meios).
armazenamento de recipientes de GLP e seus acessórios. A deli-
mitação desta área deve ser com tela, grades vazadas ou outro Câmaras frias (refrigerados/congelados)
processo construtivo que evite a passagem de pessoas estra- Tipos diferentes de alimentos podem ser armazenados no mes-
nhas à instalação e permita uma constante ventilação. mo equipamento, desde que devidamente embalados e separados. Ha-
vendo um único equipamento de frio positivo, regulá-lo no máximo a
Área / Local para higiene das mãos +4ºC, respeitando a seguinte disposição:
Devem existir lavatórios exclusivos para higiene das mãos. - Alimentos prontos para consumo nas prateleiras superiores;
Quando não houver separação de áreas deve existir pelo menos uma - Alimentos semi-prontos e/ou pré-preparados nas prateleiras
pia para higiene das mãos, em posição estratégica em relação ao fluxo do meio;
de preparações dos alimentos, torneiras dos lavatórios acionadas sem - Alimentos in natura como carnes resfriadas, produtos em
contato manual. descongelamento, que ainda serão pré-preparados para o consumo.
Os lavatórios devem possuir sabonete líquido inodoro antis- Abrir as portas dos equipamentos de refrigeração somente
séptico, toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e quando necessário e pelo menor tempo possível, para otimizar a capa-
seguro de secagem das mãos e coletor de papel, acionado sem cidade do equipamento.
contato manual. As caixas de papelão só devem permanecer nos locais de ar-
Os lavatórios que não possuir acionado manual; deve ser fe- mazenamento, sob congelamento em local segregado, delimitado ou
chado com um auxilio de papel toalha para não contaminar nova- em equipamento exclusivo para os produtos acondicionados nessas
mente as mãos. embalagens. Não devem apresentar sinais de umidade ou bolor.
Não deve existir sabão antisséptico para higiene das mãos Os descartáveis devem ser armazenados separados dos produ-
nas pias utilizadas para manipulação e preparo dos alimentos, devido tos alimentícios e dos produtos de higienização e limpeza.
ao alto risco de contaminação química dos alimentos. Os produtos de limpeza e higienização devem ser armazena-
dos separados dos produtos alimentícios e dos descartáveis.
Refeitório Antes do armazenamento, os locais devem estar rigorosamente
Deve possuir as mesmas características das áreas de preparo higienizados.
dos alimentos.
Os ornamentos e plantas não devem propiciar contamina- Proteção
ção dos alimentos, as plantas não devem ser adubadas com adubo Acondicionar os alimentos cujas embalagens foram abertas ou
danificadas em recipientes adequados, de plástico, com tampa ou pro-
32 17

A pontualidade é outro fator muito importante, onde deverá res- orgânico e não devem estar entre o fluxo de ar e os alimentos, nem
peitar o acordado. Deve-se solicitar a entrega durante o horário comer- sobre os balcões de distribuição. É permitida a existência de ventilado-
cial, em dias úteis nas escolas. res de teto ou chão, desde que o fluxo de ar não incida diretamente
Os veículos apropriados ao transporte deverão ser de material sobre os ornamentos, as plantas e os alimentos.
e construção que permitam uma completa limpeza. Devem estar livres
de sujidades no piso e laterais internas. 4 REQUISITOS BÁSICOS PARA EQUIPAMENTOS, MÓ-
VEIS E UTENSÍLIOS
Rotulagem
No ato do recebimento deve ser conferida a identificação do Equipamentos, Móveis e Utensílios
produto no rótulo: Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato
- Nome do produto; com alimentos devem ser de materiais que não transmitam substâncias
- Lote; tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, conforme estabelecido em
- Data de fabricação; legislação específica. Devem ser mantidos em adequado estado de
- Data ou prazo de validade; conservação e ser resistentes à corrosão e a repetidas operações de
- CNPJ, nome e endereço do fabricante, distribuidor e importa- limpeza e desinfecção.
dor; Devem ser realizadas manutenção programada e periódica
- Condições de armazenamento; dos equipamentos e utensílios e calibração dos instrumentos ou equi-
- Quantidade (peso ou volume), se encontra correto com o soli- pamentos de medição, mantendo registro da realização dessas opera-
citado. ções.
As superfícies dos equipamentos, móveis e utensílios utiliza-
13 ARMAZENAMENTO dos na preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribui-
ção e exposição à venda dos alimentos devem ser lisas, impermeáveis,
laváveis e estar isentas de rugosidades, frestas e outras imperfeições
Estabelecer critérios para armazenamento de matérias-primas, que possam comprometer a higienização dos mesmos e serem fontes
produtos semi - elaborados, produtos prontos para o consumo, materi- de contaminação dos alimentos.
ais descartáveis e materiais de limpeza, para garantir as características Os utensílios devem ser em quantidade igual ou maior que o
originais dos produtos, prevenindo alterações microbiológicas, físicas e número provável de alunos, lavados manualmente. Utensílios de prepa-
organolépticas. ração suficientes, bem conservados, sem crostas, limpos e sem resí-
Aspectos Físicos duos. Armazenados, após a lavagem e desinfecção, de forma ordenada
As matérias-primas, descartáveis e produtos de limpeza devem e protegidos contra sujidades e insetos.
ser armazenados sobre pallets, estrados e ou prateleiras, respeitando- Os equipamentos e utensílios de material poroso, madeira,
se o espaçamento mínimo necessário para garantir adequada ventila- vidro, material esmaltado, susceptível à oxidação, não serão permitidos
ção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção do local. Os pallets, es- nas etapas de fracionamento, pré-preparo e preparo, e/ou manipulação.
trados e/ou prateleiras devem ser de material liso, resistente, imperme- Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato
ável e lavável com dimensionamento de 0,80 x 1,20 m - 800 x 1200 mm com alimentos devem ser de materiais que não transmitam substâncias
ou de acordo com a estrutura do depósito, respeitando a altura padrão. tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, conforme estabelecido em
Prateleiras não podem ser de madeira. legislação específica. Devem ser mantidos em adequado estado de
Todos os produtos devem ser armazenados respeitando-se o conservação e ser resistentes à corrosão e a repetidas operações de
distanciamento mínimo de 25 cm do piso, 10 cm das paredes e entre as limpeza e desinfecção.
pilhas de alimentos e 60 cm do forro e nunca devem ser armazenados As superfícies dos equipamentos, móveis e utensílios utiliza-
diretamente sobre o piso, encostados na parede ou no teto. dos na preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribui-
Os equipamentos de refrigeração devem estar de acordo com a ção e exposição à venda dos alimentos devem ser lisas, impermeá-
necessidade e tipos de alimentos a serem produzidos/armazenados. veis,laváveis e estar isentas de rugosidades, frestas e outras imperfei-
ções que possam comprometer a higienização dos mesmos e serem
fontes de contaminação dos alimentos.
18 31

Os equipamentos e utensílios de material poroso, devem ser programadas de maneira que não coloque em risco a quali-
madeira, vidro, material esmaltado, susceptível à oxidação, dade dos alimentos armazenados. Os alimentos armazenados no equi-
não serão permitidos nas etapas de fracionamento, pré- pamento que for higienizado devem ser transferidos para outro similar e
preparo e preparo, e/ou manipulação. só retornarem quando a temperatura tiver voltado ao normal. Caso seja
Os equipamentos, móveis e utensílios que en- necessário que os alimentos fiquem à temperatura ambiente durante a
tram em contato com alimentos devem ser de materiais limpeza e desinfecção dos equipamentos de refrigeração, o período
que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sa- não pode exceder 30 minutos e estes devem retornar ao equipamento
bores aos mesmos, conforme estabelecido em logo após o término da limpeza e desinfecção.
legislação específica. Devem ser mantidos em adequado es- - Os pisos devem ser mantidos secos.
tado de conservação e ser resistentes à corrosão e a repeti- - Não lavar a cozinha durante a produção.
das operações de limpeza e desinfecção. - A limpeza da tubulação da coifa deve ser realizada semestral-
As superfícies dos equipamentos, móveis e utensílios utiliza- mente por empresas especializadas.
dos na preparação, embalagem, armazenamento, transporte, - Todos os equipamentos, após a higienização, devem ser pro-
distribuição e exposição à venda dos alimentos devem ser tegidos contra sujidades e poeiras.
lisas, impermeáveis, laváveis e estar isentas de rugosidades, -O tempo de remolho para utensílios não deve ultrapassar o
frestas e outras imperfeições que possam comprometer a higienização período de 1 (uma) hora. Sendo necessário tempo superior a este, efe-
dos mesmos e serem fontes de contaminação dos alimentos. tuar troca da solução detergente a cada uma hora.
- Antes de serem usados, os utensílios devem ser borrifados
com solução clorada, deixar a solução clorada em contato mínimo du-
rante 15 minutos e após enxaguar.
- Durante os processos de preparo de alimentos, os utensílios
neles envolvidos devem ser lavados com água e detergente antes da
reutilização em outra preparação.
- As esponjas utilizadas para limpeza de utensílios devem ser
Lista básica de solicitação de equipamentos e utensílios e trocadas com frequência, além de serem lavadas após cada utilização.
suas especificações: Não deixá-las imersas em detergentes diluídos, bem como sabão em
pedra.
1. Fogão industrial – a gás, com quatro queimadores duplos, grelhas me- - Solução de detergente: diluir o detergente conforme orienta-
dindo 40X40 cm e com forno, estrutura e quadro em chapa de aço carbo- ção do fabricante, impressa na embalagem do produto.
no, registro de latão cromado laminado, bandeja coletora em chapa de - Na lavagem de utensílios utilizarem luvas de borracha especí-
aço tratado pintado, queimadores em ferro fundido. fica, quando o manipulador estiver com afecções ou corte.
2. Freezer - horizontal com capacidade mínima 480 litros.
3. Liquidificador – modelo industrial, capacidade para 8 litros, copo em Quando se utilizarem termômetros
aço inoxidável AISI 304 polido, com potencia ½ cv, tensão de 127 volts. - Para higienização do termômetro de haste, lavar a ponta com
4. Refrigerador - tensão 127 volts, baixo consumo de energia, capacida- detergente neutro, enxaguar em água corrente e aplicar solução clora-
de mínima de 340 a 380 litros. da para desinfecção. Durante a distribuição, quando não for possível
5. Estrados – para utilização em freezer, material recomendado em poli- lavar e sanitizar a haste do termômetro, limpar com papel descartável e
propileno. solução clorada.
6. Panelas – de tamanho médio - podendo ser de alumínio fundido, com 2
alças, tampa, no mínimo de 0,4mm de espessura, com borda lateral de 23 12 SELEÇÃO E RECEBIMENTO
cm e capacidade para 30 litros, com selo que tenha a composição e infor-
mações do fabricante estampados na peça. Condições do transporte e do entregador
7. Panelas – de tamanho grande - podendo ser de alumínio fundido, com A apresentação do entregador deve ser com roupas adequadas
2 alças, com tampa, no mínimo de 0,4 mm de espessura, com borda late- e limpas e aspecto físico apresentável para sua atividade.
ral de 23cm e capacidade para 40 litros, com selo que tenha a composi-
30 19

ção e informações do fabricante estampados na peça.


PROIBIDOS (aquisição/utilização) 8. Panela de pressão – utensílio em alumínio com capacidade de 9 litros,
Relação de produtos proibidos, os quais não devem ser adquiri- e cabo de polipropileno.
dos ou utilizados, visando à garantia da qualidade do produto final: 9. Escorredor de macarrão – podendo ser em alumínio, utensílio para
- Utensílios e objetos de madeira; escorrer massa, diâmetro de 50 cm com 20 a 30 cm de altura.
- Lã ou palha de aço; 10. Pegador de macarrão – material em inox.
- Escova, esponjas ou similares de metal, madeira, amianto; 11. Pá para mexer panelas – pá em altileno, resistente a altas temperatu-
- Rodos e vassoura em madeira e com cabo em madeira; ras, com 80 cm de comprimento, com selo que tenha a composição e in-
- Saco para confeitar confeccionado em pano (somente é per- formações do fabricante estampados na peça.
mitido o descartável); 12. Placa de altileno – placa de corte para alimentos, pode ser de várias
- Soda cáustica. cores, com 2 cm de espessura, 50 cm de comprimento por 30 cm de lar-
gura.
Procedimentos proibidos 13. Faca para cozinha – com lâmina em aço inox com 25 cm de compri-
- Varrer a seco nas áreas de manipulação; mento e cabo em altileno com 15 cm de comprimento.
- Fazer uso de panos não descartáveis para secagem de uten- 14.Escumadeira – pode ser em material de alumínio ou inox, com 10 cm
sílios e equipamentos; de diâmetro, com cabo de 25 cm de comprimento e ponteira protegida
- Uso de escovas, esponjas ou similares de metal, lã, palha de com altileno.
aço, madeira, amianto e materiais rugosos e porosos; 15. Colher para servir – pode ser toda em material de alumínio ou em
- Reaproveitamento de embalagens de produtos de limpeza e aço inoxidável, tamanho grande, usada para servir os alimentos.
de alimentos para auxiliar nos processos de limpeza (ex. balde de mai- 16.Concha - pode ser toda em material de alumínio ou inox, resistente,
onese); tamanho grande, usada para servir os alimentos.
- Usar nas áreas de manipulação os mesmos utensílios utiliza- 17. Colher de sopa – toda em aço inoxidável, sem cabo de madeira ou
dos em banheiros e sanitários, todo material utilizado nas INSTALA- plástico, resistente a 100ºC.
ÇÕES SANITÁRIAS é de uso exclusivo; 18. Copo – em material de polipropileno, atóxico, indeformável, resistente
- Misturar solução clorada com solução detergente, pois o cloro a 100ºC, capacidade 275 ml.
é inativado na presença de matéria orgânica; 19. Caneca – em material de polipropileno, com alça, atóxica, resistente a
- Utilização de utensílios de madeira na produção; 100ºC, indeformável, capacidade 250 ml.
- Colocação de equipamentos e utensílios higienizados direta- 20. Forma/tabuleiros – em material de alumínio, tamanho grande.
mente sobre o piso; 21. Pratos para servir – em polietileno (plástico), fundo, atóxica, resisten-
- Utilização de cera automotiva para dar brilho em equipamen- te a 100ºC, indeformável.
tos. 22. Lixeira – material de polietileno, resistente, com tampa acionada por
pedal com capacidade de 30 a 50 litros.
Observações gerais 23. Bancada /mesa – material em inox de fácil higienização.
- Verificar se os equipamentos estão desligados antes de iniciar 24. Pano de copa – de material absorvente cor clara. Pano multiuso (tipo
o processo. perfex).
- Verificar se todas as peças estão devidamente encaixadas 25. Utensílios plásticos – como: bacias, caixas plástica, organizadores,
antes de religar o equipamento. potes plásticos de tamanhos e cores variadas – de uso geral, para guar-
- Os agentes de limpeza devem ser aplicados de forma tal que dar alimentos, em material atóxico, resistente, indeformável.
não contaminem a superfície dos equipamentos. 26. Cortador manual de legumes – em aço inoxidável, alça do mesmo
- Somente devem ser utilizados produtos de limpeza e sanitiza- material ou plástico, pode ter tripé ou não.
ção de fornecedores previamente qualificados.
- O detergente deverá ser diluído conforme especificações do
fabricante.
- Utilizar produtos específicos para desincrustações.
- A limpeza e desinfecção dos equipamentos de refrigeração
20 29
5 PROENTCEDIMOS E PRODUTOS PROIBIDOS
cedimento, por limitação da edificação, devem ser previstos horários de
Produtos Proibidos trânsito distintos;
Relação de produtos proibidos, os quais não devem ser ad- - O lixo fora da área de produção/manipulação deve permane-
quiridos ou utilizados, visando a garantia da qualidade do produto cer em local revestido com material de fácil limpeza, provido de ponto
final. de água, ralo, protegido de intempéries, moscas, roedores e outros ani-
- Leite cru (“in natura”); mais.
- Animal inteiro (com penas e vísceras);
- Peixe inteiro (com escamas e vísceras); 11 HIGIENE DAS INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E
- Carne de caça (selvagem/sem inspeção); UTENSÍLIOS
- Cérebro (miolo);
- Perecíveis embalados sem data de validade; A limpeza e desinfecção de superfícies que entram em contato
- Oferta, consumir/servir preparações com ovos crus (ex.: direto com os alimentos auxiliam o controle microbiológico, obtendo-se
maionese caseira); redução e/ou eliminação da população microbiana. Portanto, torna-se
- Carnes suínas, aves e pescados refrigerados; extremamente importante a higiene adequada dos equipamentos e u-
- Utensílios e objetos de madeira; tensílios utilizados para processar, transportar, preparar, conservar e
- Lã ou palha de aço; servir os alimentos.
- Escova, esponjas ou similares de metal, madeira ou ami- Estes procedimentos existem para assegurar a sanidade dos
anto; produtos oferecidos ao usuário final. É necessário estabelecer rotinas
- Rodos e vassoura em madeira e com cabo em madeira; apropriadas, destinando fluxos de lavagem e desinfecção específicos
- Saco para confeitar confeccionado em pano (somente é às características e necessidades dos utensílios. Com a lavagem os
permitido o descartável plástico); utensílios devem ficar limpos, sem resíduos queimados ou secos, asse-
- Soda cáustica; gurando que não serão meios de contaminação.
- Cera automotiva; A área de preparação do alimento deve ser higienizada quantas
vezes forem necessárias e imediatamente após o término do trabalho.
Procedimentos Proibidos Devem ser tomadas precauções para impedir a contaminação dos ali-
- Moer carne; mentos causada por produtos saneantes, pela suspensão de partículas
- Cozinhar com horas de antecedência, como antecipar pre- e pela formação de aerossóis. Substâncias odorizantes e ou desodo-
parações de um serviço para outro; rantes em quaisquer das suas formas não devem ser utilizadas nas
- Guardar carne salgada (charque) em temperatura ambien- áreas de preparação e armazenamento dos alimentos.
te (depósito); A etapa de higienização dos equipamentos e utensílios deve
- Guardar produtos perecíveis em temperatura ambiente ocorrer em área própria, isolada, dotada de tanque ou pia, água corren-
(depósito); te, fria e quente além de espaço suficiente para guardar peças de equi-
- Congelamento de alimento sem equipamento específico pamentos e utensílios limpos. O retorno de utensílios sujos não deve
para este fim; oferecer risco de contaminação aos que estão guardados. Havendo
- Recongelar; não conformidade na estrutura física, o procedimento deve garantir a
- Reaquecer um produto por uma segunda vez; eficácia do processo e a segurança para evitar contaminação cruzada.
- Estocar perecíveis à temperatura ambiente;
- Utilizar alimento fora do prazo de validade; Etapas obrigatórias no processo:
- Manter caixas de papelão nos depósitos; - Lavagem com água e detergente;
- Estocar botijões de gás na área da cozinha e depósito; - Enxágue;
- Aproveitar alimentos em conservas em embalagens amas- - Desinfecção química: deixar o produto clorado em contato
sadas (recentes ou não); mínimo de 15 minutos;
- Servir ovos crus, preparações que contenham ovo cru en- - Enxágue.
tre os ingredientes, que não passaram por processo térmico
(maioneses, mousses e outros);
- Reaproveitamento de sobras.
28 21

proteção da vestimenta; 6 POTABILIDADE DE ÁGUA


- Não é permitido carregar na roupa: cigarros, isqueiros, cane-
tas, carteiras, lápis, batons, relógios, celular e outros objetos; Abastecimento de água
- Não é permitida a utilização de maquiagem para merendeiras A água potável utilizada na escola pode ser proveniente de
durante o serviço. rede pública; captação em manancial subterrâneo (poços artesianos ou
O uso de avental plástico deve ser restrito às atividades onde semi-artesianos) com posterior tratamento; captação em manancial su-
há grande quantidade de água, não devendo ser utilizado próximo ao perficial (rios, lagos ou cisternas), com posterior tratamento; ou compra-
calor. da de terceiros (caminhão pipa).
A água deve ser potável, límpida, transparente, incolor, inodo-
Adequação de Visitantes ra e insípida.
Visitantes são todas as pessoas que não são os (as) merendei- O gelo para utilização em alimentos deve ser fabricado com
ros (as). água potável.
Os procedimentos para adequação dos visitantes que por al- Recomendamos a instalação de filtros nas torneiras de abas-
gum motivo necessitem entrar nestas dependências são: tecimento da cozinha para o preparo de suco ou café. Monitorar a troca
- Proteção por redes ou gorro, avental e quando necessário periódica dos filtros, bem como a limpeza.
botas;
- Não tocar nos alimentos, utensílios e equipamentos; Verificação da Potabilidade
- Não fumar, comer ou mascar goma, balas e pastilhas durante A verificação (análises laboratoriais) deve ser realizada a cada
a visitação; 6 meses, acompanhando a higienização do reservatório.
- É vedada a entrada de visitantes com ferimentos, gripados ou
com outro quadro clínico que apresente risco de contaminação. Higienização dos Reservatórios de Água
É obrigatório que o reservatório de água seja:
- Isento de rachaduras e mantido sempre tampado;
10 MANEJO DE RESÍDUOS - Limpo (sem sabões ou detergentes) e desinfetado a cada 6
meses e/ou na ocorrência de acidentes com contaminação da água
Procedimento
(animais, enchentes, etc.) ou ainda quando forem detectadas alterações
O responsável pela escola (diretor, coordenador ou
na qualidade da água (coloração, odor ou sabor alterados; análise mi-
supervisor) pelo monitoramento das atividades da cozinha
crobiológica demonstrando contaminação; e análise físico-química com
da escola deve definir responsabilidade e frequência pela
resultado fora das especificações).
coleta de resíduos, assim como, recipientes e locais de ar-
mazenamento, atendendo às recomendações:
Procedimento de Higienização dos Reservatórios de Água
- Recipientes para lixo devem ser exclusivos e em número e
Procedimento (recomendação) de lavagem e desinfecção do
capacidade suficientes para dar vazão aos resíduos;
reservatório de água:
- Os coletores para armazenamento de lixo (onde a coleta não
1. Esvaziar e limpar o reservatório, retirando as sujidades mai-
seja diária) deve ser localizado fora do estabelecimento, devem ser co-
ores;
nstituídos/providos de tampas; identificação; material de fácil limpeza e
2. Vedar as saídas;
que garanta que sua constituição (estruturas e tampas) não produzam
3. Escovar as paredes e o fundo com uma escova ou vassoura
emanações e perdas; o lixo ali depositados devem estar em sacos plás-
limpas (sem uso ou restrito para esse fim);
ticos resistentes;
4. Retirar os resíduos com auxílio de recipientes;
- Remover o lixo diariamente e quantas vezes necessário, em
5. Enxaguar bem e, em seguida, desobstruir a saída da caixa
recipientes apropriados, devidamente tampados e ensacados;
d´água para que o restante da água possa escorrer;
- Recipientes para lixo devem estar em locais que evitem conta-
6. Deixar entrar nova água e, uma vez cheio o reservatório,
minação cruzada;
fechar a entrada pelo registro ou amarrando a bóia;
- O lixo não deve ser removido pelo mesmo local onde são re-
7. Para desinfetar, adicionar 1 litro de água sanitária ou hipo-
cebidas ou circulam as matérias primas. Não sendo possível este pro-
clorito de sódio a 10% para cada metro cúbico (1000 litros) de água do
reservatório;
22 27

8. Tampar o reservatório adequadamente para utilização de luva descartável por baixo da


impedir o acesso de poeira, insetos, água de chuva, e luva de malha de aço.
qualquer outro elemento estranho; - Para minimizar os riscos de contaminação
9. Esperar 4 horas e, em seguida abrir todas as cruzada, recomendamos destinar uma luva
torneiras do interior do local em questão, para esvaziar o de corte para hortifruti, uma para carnes
reservatório e auxiliar na desinfecção das tubulações; cruas e uma para carnes cozidas.
10. Liberar a entrada de água e encher novamente o reserva-
tório; Não utilizar luvas descartáveis:
11. Recomenda-se efetuar uma análise bacteriológica 24 ho- - Durante o corte de alimentos que serão submetidos tratamen-
ras após a desinfecção para verificar a eficiência da mesma. to térmico;
- Durante a cocção dos alimentos.
7 AÇÕES IMEDIATAS RELACIONADAS À ÁGUA - Durante o uso de máquinas de fatiar frios, amaciar bifes ou
moer carnes;
Ações imediatas cabíveis devem ser tomadas, quando houver - Próximo ao fogo ou equipamento quente, como por exemplo:
ameaça à segurança alimentar. Ações de maior amplitude, tanto corre- grelha, fritadeira, etc.
tivas como preventivas, devem ser implementadas. - Para empanar alimentos;
Quando houver evidência de possível contaminação da água Observações: Nestes casos, utilizar as mãos devidamente higi-
ou de laudo impróprio, deve-se trocar o abastecimento por água potável enizadas e, quando aplicável, talheres (pegadores, espátulas, escuma-
mineral de fornecedor/marca qualificados ou; abastecer a escola por deiras etc.)
terceiros (caminhão pipa), com evidência de adequação da água (laudo Estética e Asseio
de análise microbiológica e físico químico) ou; ferver a água por 5 minu- - Antes do início da jornada de trabalho o (a) merendeiro (a)
tos em ebulição, quando necessário uso emergencial ou; isolar tornei- deve tomar banho, diariamente;
ras com identificação de inadequação. Após estas ações imediatas de- - Não é permitido o uso de acessórios durante o trabalho, tais
ve-se realizar uma higienização do reservatório, assim como, análise como brincos, pulseiras, colares, relógios, anéis (incluindo aliança), pi-
laboratorial com provando a readequação. ercing e outros;
- Não utilizar perfumes ou desodorantes com cheiro que possa
interferir no ambiente;
Documentos Local de Arquivamen- Período de realiza- - Manter as unhas curtas e aparadas, sem esmalte ou base;
to do documento ção do procedimento - Os cabelos devem estar limpos e totalmente protegidos por
Certificado de Higienização Escola 6 meses redes e gorro ou touca (inclusive homens);
do Reservatório de Água - Para os (as) merendeiros (as) de alimentos não é permitido o
Laudos de Análise de Água Escola 6 meses uso de maquiagem;
- Dentes escovados após as refeições e utilização de fita den-
Alvará de licença sanitária Escola Renovar anualmente
tal.

8 CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS Vestimentas


- Não sentar/deitar no chão;
Definições - Sempre deve ser utilizada vestimenta limpa;
Pragas Urbanas - animais que infestam ambientes urbanos - Os sapatos e botas devem ser mantidos limpos e conserva-
podendo causar agravos à saúde e/ou prejuízos econômicos. dos;
Vetores- artrópodes ou outros invertebrados que transmitem - As meias devem ser utilizadas duran-
infecções, através do carreamento externo (transmissão passiva ou te toda a jornada de trabalho;
mecânica) ou interno (transmissão biológica) de microrganismos. - Manter a touca em perfeito estado de
Controle Integrado de Pragas - sistema que incorpora ações conservação;
preventivas e corretivas destinadas a impedir que vetores e pragas am- - Não utilizar panos ou plásticos para
bientais possam gerar problemas significativos.
26 23

- Fumar
- Atender o telefone É uma seleção de métodos de controle e o desenvolvimento
de critérios que garantam resultados favoráveis sob o ponto de vista
Documentos Local de Arquivamen- Período de realização higiênico.
to do documento do procedimento Medidas Preventivas - compreendem as Boas Práticas de
ASO das (os) Escola Anualmente ou; quando Fabricação/Operação e os trabalhos de educação e treinamento, visan-
merendeiras (os) houver ameaça à segu- do evitar infestações.
rança alimentar ou; em Medidas Corretivas - compreendem a implementação de
regiões endêmicas ou; de barreiras físicas e armadilhas, sendo que tais medidas são complemen-
acordo com a legislação tadas pelo Controle Químico.
da Vigilância Sanitária em Controle Químico - é aquele que visa eliminar as pragas a
vigor. partir da utilização de praguicidas (desinsetização e desratização). O
controle químico, apesar da ênfase maior em ações preventivas, tam-
bém está presente, mas tem papel coadjuvante, complementar às ori-
entações de limpeza e higiene.
Certificado ou Comprovante de Execução do Serviço - docu-
mento que as empresas são obrigadas a fornecer ao final de cada ser-
viço executado.

Procedimento
Medidas Preventivas
- Sempre que executar atividade que leve à contaminação das A sobrevivência de pragas depende de 3 condições básicas:
mãos Água, Abrigo e Alimento.
A regra básica de prevenção é tentar impedir o acesso das
Utilização de Luvas Descartáveis pragas às instalações, considerando estes três fatores. Es-
A luva permitida à manipulação de alimentos é a luva de plásti- tas, portanto, não devem proporcionar condições de atração
co transparente e descartável. Seu uso não é obrigatório, desde que (resíduos de alimentos, água parada, lixeiras abertas) e pro-
haja a lavagens das mãos. liferação (locais de abrigo como frestas, aberturas, objetos
As luvas descartáveis são utilizadas em procedimentos onde em desuso acumulados, azulejos quebrados) das pragas.
não é possível utilizar utensílios (talheres) na manipulação dos produ- - Áreas circundantes sem condições de proliferação de inse-
tos prontos para consumo que não serão submetidos a tratamento tér- tos e roedores;
mico (cocção ou reaquecimento), como: - Aberturas (portas, janelas) com telas milimétricas, vedadas
- Na montagem dos lanches; (sem frestas);
- Na distribuição de alimentos prontos para consumo; - Tubulações bem vedadas e sem vazamentos;
- Quando houver ferimentos nos dedos, com uso de dedeiras; - Ralos com sifão e/ou proteção sem água empoçada;
- Azulejos íntegros e bem assentados;
Observações: - Manuseio, armazenamento e descarte adequado dos resí-
- Na distribuição, substituir as luvas a cada troca de tarefa ou duos;
no mínimo a cada meia hora; - Equipamentos e utensílios protegidos;
- Usar luvas novas toda vez que retornar a uma função previa- - Áreas mantidas sem entulho, sucata ou materiais fora de
mente interrompida; uso;
- Manter as luvas armazenadas em sacos plásticos transparen- - Adequado armazenamento de matéria-prima;
tes ou recipientes exclusivos, limpos e fechados/tampados; - Adequada proteção e armazenamento de produto em elabo-
- Em atividades que envolvam corte de alimentos crus e cozi- ração e pronto.
dos devem ser usadas as luvas de malha de aço. Recomendamos a
24 25
Estas condições devem ser então, observadas na supervisão e dora da escola deve providenciar e manter atualizados os exames de saú-
rotina das atividades, além de: de e laboratoriais periódicos.
- Presença de insetos e/ou roedores vivos e locais de abrigo; Na pasta de cada merendeiro (a) devem constar os últimos regis-
- Sinais de danos, presença de fezes, manchas, cheiro de urina, tros de exames de saúde e laboratoriais atualizados (ASO).
ninhos; O PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacio-
- Possíveis pontos de entrada de insetos e roedores no ambiente, nal) é um programa determinado pelo Ministério do Trabalho, através da
como falhas de vedação em tubulações, ralos sem proteção (telas, sifão, NR - 7, para prevenção de doenças adquiridas no exercício da profissão,
etc.) portas e janelas mal vedadas, etc; ou seja, problemas de saúde decorrentes da atividade profissional.
- Possíveis pontos de abrigo para insetos e roedores, como aber- Devem ser realizados exames médicos na admissão, periódicos,
tura e frestas de portas, janelas e rodapés; demissionais e de retorno ao trabalho.
- Azulejos mal assentados ou quebrados;
- Acúmulo de água em ralos; Controle de saúde ocupacional (ASO)
- Falhas na manipulação, armazenamento e descarte de lixo; O ASO verifica de forma objetiva a saúde do merendeiro (a) e
- Presença de entulhos, materiais fora de uso; sua condição para estar apto para o trabalho, não podendo ser portador
- Vazamentos em dutos de água e torneiras. aparente ou inaparente de doenças infecciosas ou parasitárias.
Para isto devem ser realizados exames laboratoriais como: he-
Medidas Corretivas mograma, coprocultura, coproparasitológico.
O fornecedor para desinsetização e desratização que for selecio- A periodicidade para a realização dos exames médicos laborato-
nado ou aprovado em uma licitação pela SEDUC-AM deve ser qualificado, riais é anual, podendo ser reduzidas em regiões endêmicas ou
cumprindo a legislação aplicável à atividade. de acordo com a legislação da Vigilância Sanitária em vigor.
Deve haver um responsável (diretor, coordenador, supervisor ou
professor) da escola para supervisionar o trabalho da prestadora de servi- Higiene do Merendeiro (a)
ço quando nas instalações da cozinha e refeitório da escola. A higiene adequada das mãos dos merendeiros (as) é
A terceirizada deve fornecer o comprovante de execução de ser- de fundamental importância, tendo em vista os processos de segurança
viço. alimentar, assim como, o produto final oferecido aos alunos. Para tanto,
são estabelecidos alguns critérios:
9 HIGIENE E SAÚDE DO MERENDEIRO (A) - Produto utilizado: sabonete líquido bactericida (anti-séptico)
com registro no Ministério da Saúde (fornecedor, marca e produto qualifi-
cados);
Saúde do Merendeiro (a) - Local: Pias exclusivas equipadas com torneiras acionadas sem
De modo algum devem manipular alimentos merendeiros (as) contato manual, providas de material necessário: sabonete bactericida,
que apresentem: lesões de pele, mucosas e unhas, feridas ou cortes nas papel toalha descartável não reciclado e coletor de papel com tampa e pe-
mãos e braços, distúrbios gastrintestinais (diarreia ou disenteria) agudos dal (acionamento não manual).
ou crônicos, os que tiverem acometidos de infecções pulmonares ou oro- Frequência: Higienize as mãos a cada 01 hora e sempre que:
faríngeas, com dentes com periodontites (inflamações que acometem gen- - Entrar na cozinha
givas e ossos de suporte dos dentes). - Utilizar o sanitário
O (a) merendeiro (a) que apresentar as condições citadas acima - Mudar de tarefa
deverá comunicar imediatamente a diretora ou coordenadora da escola e - Colocar as luvas descartáveis
ser afastada das atividades de preparação de alimentos e encaminhado a - Manusear material de limpeza
outros afazeres, deve procurar à assistência médica para exame médico e - Manusear o lixo e outros resíduos
tratamento e redirecionado os resultados a escola. - Tocar em alimentos não higienizados ou crus
- Tocar sacarias, caixas, garrafas, sapatos
Exames Médicos Periódicos - Recolher material que tenha caído no piso
Para assegurar que todos os merendeiros (as) encontram-se - Assoar o nariz, tossir, espirrar
em condições adequadas de saúde, a diretora ou coordena- - Tocar ou coçar o rosto, cabelo e corpo

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