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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA


INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
CURSO DE FÍSICA – LICENCIATURA
ROSÂNGELA BORGES PEREIRA

ANA CAROLINA VENANCIO TAVARES


CLEITON CAMELO MARTINS

RELATÓRIO DO EXPERIMENTO VI – Experimento de difração de elétrons

Barra do Garças
2023
Sumário
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................3
OBJETIVOS ...............................................................................................................................4
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................................5
MATERIAIS UTILIZADOS .....................................................................................................6
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ...................................................................................7
RESULTADOS...........................................................................................................................8
CONCLUSÃO ..........................................................................................................................10
REFERENCIAS .......................................................................................................................11
INTRODUÇÃO

Na experiência do efeito fotoelétrico foi observado que a luz, que é uma onda
eletromagnética, tinha todas as características de uma partícula nomeada por fóton. No
experimento de difração de elétrons, verifica-se o contrário: o elétron, que deveria
comportar-se como partícula, comporta-se como onda. A difração de elétrons é uma
técnica utilizada para estudar o material que consiste em bombardear com elétrons uma
amostra e observar a figura de difração resultante. Desta forma este fenômeno ocorre
devido à dualidade onda-partícula , fazendo com que uma partícula material (no caso do
elétron incidente) possa ser descrita como uma onda.
OBJETIVOS

• Examinar o comportamento ondulatório dos elétrons e calcular o comprimento de


onda associado a difração do elétron ocorre quando o feixe colide com um filme
fino de grafite policristalino, depositado sobre o tubo de difração de elétrons,
sendo refletido de acordo com a condição de Bragg.
• Calcular os comprimentos de ondas dos elétrons a partir das tensões no anodo
• Determinar os espaçamentos interplanares d1 e d2 do grafite a partir da relação
entre os raios dos anéis de difração e o comprimento de onda.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Por volta do século XIX e XX que o elétron foi descoberto e a partir disso se
surgiu e as idéias inovadoras que resultaram em significativa transformação nos conceitos
fundamentais então vigentes relativos à Física.
Em 1924 Broglie fisico experimental frances, foi um dos primeiros a ousar a
mostrar o ondulatoria da matéria desde que fossem relacionados aos aspectos
corposculares de forma forma quantitativa e que fossem relacionados a radiação. E que
isso mostrou que as particulas se comportam como ondas e de certo modo essas ondas se
comoportavam tambem como particulas e vice-versa, e devido essa dualidade da onda-
particula o fisicio ganhou um premio Nobel em 1929 , e que desde o principio o mesmo
sempre apoiou o ponto de vista que Compton tinha sobre a natureza corpuscular da
radiação.
Logo em 1927 Davisson e Germer demonstrou visivelmente que os elétrons
difratavam como luz, e que de certa forma confirmava a o que Broglie propos na época,
a seguir em 1937 receberam um premio Nobel devido sua demonstração.
Broglie postulou que as particulas de massa m e velocidade v teriam um momento
linear na forma:
𝑚
𝑝= = 𝑚𝑣 equação 1

Possuindo uma enérgia cinética de:


𝑚𝑣 2
𝐸𝑐 = ℎ𝑣 = equação 2
2

A partir disso Davisson e Germer utilizou a idéia de von Laue e Bragg e de certa forma
fizeram incidir estas "ondas" sobre uma rede de difração natural, os cristais de matéria
condensada. O raciocínio que possuiam era idêntico ao de Bragg: se fótons de raios-x de
comprimento de onda  incidem sobre um cristal de parâmetro de rede d, então teremos máximos
de interferência das ondas difratadas em um ângulo  tal que:

2𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑛

A partir da equação 1 e 2 temos o comprimento de onda através de:


𝜆=
√2𝑚𝑒𝑉

Onde h é a constante de Planck, m a massa do elétron, e carga elementar e v a diferença


de potencial em kv quilo volts.
MATERIAIS UTILIZADOS

Os materias utilizados estão descritos abaixo (conforme a Figura 1 ilustra):

• Tubo de difração de elétrons;


• Cabos para conexão;
• Encaixe com pino;
• Plug conector;
• Unidade de alimentação de alta tensão;
• Fonte de alimentação.

Figura 1 – Materiais Utilizados

Figura 2 – Ilustraçãodas conexões elétricas com o tubo de difração de elétrons.


PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
• Realizar a montagem conforme a Figura 1 e 2 apresenta de forma que ligue as
conexões dos fios.
• Visualizar os elétrons provenientes do catodo que estão aquecidos C e que estão
sendo acelerados pelo campo elétrico gerado no sistema de eletrodos G1...G4. O
eletrodo G1 (denominado cilindro de Wehnelt), tem o potencial negativo em
relação ao catodo, permitindo a passagem de um fino feixe eletrônico o qual é
submetido a uma pequena tensão de aceleração preliminar através da grade G2.
• Os elétrons são fortemente acelerados pela alta tensão positiva em G3. O feixe
eletrônico é finalmente focalizado por meio do ajuste dos potenciais em G3 e G4
e incide sobre um alvo de grafite policristalino, sendo difratado em determinadas
direções. A partir daí os feixes difratados penetram no bulbo esférico de vidro
(veja a Figura 2), dando origem a uma série de anéis (conhecidos como anéis de
Debye-Scherrer) na parte do bulbo coberta internamente com um material
fluorescente.
• Aplicando as tensões que forma que visualise os anéis de interferência possam se
observados com nitidez.
• Medindo os diâmetros dos dois anéis de interferência mais internos com o auxilio
da regua, tomando a média dos diâmetros interno e externo de cada anel.
• Realizando 10 medidas de Kv, raio menor e raio maior.
RESULTADOS

Foi calculado o comprimento de onda através da equação



𝜆=
√2𝑚𝑒𝑉
Onde h é a constante de Planck, m a massa do elétron, e carga elementar e v a diferença
de potencial em kv quilo volts.

Tabela de dados
kv raio menor mm raio maior mm c. de onda λ pm

3 14 24 22,4
3,5 12 23 20,7
4 11 19 19,4
4,5 10 19 18,3
5 9,7 18 17,4
5,5 9,6 17,5 16,5
6 9,3 16,5 15,8
6,5 8,8 15,5 15,2
7 8,5 15 14,7
7,5 8,4 15 14,2
8 7,7 14 13,7
8,5 8 14 13,3
9 8 14 12,9
9,5 8 14 12,6

Gráfico do raio menor em função comprimento de onda


16

14 y = 0,5709x + 0,2399
12

10
r menor mm

0
0 5 10 15 20 25
λpm

Aplicando ajuste de regressão linear obtemos o coeficiente angular α1 = 0,571x10


-9
usando a formula descrita abaixo calculamos o espaçamento interplanar 𝑑1 = 228𝑝𝑚
2𝑅 2𝑅
∝1= reformulando 𝑑𝑖 = onde R é o raio do bulbo que é igual a 65mm
𝑑𝑖 ∝1

Gráfico do raio maior em função comprimento de onda


30

y = 1,0592x - 0,1467
25

20
rmm

15

10

0
0 5 10 15 20 25
λpm

Aplicando ajuste de regressão linear obtemos o coeficiente angular α2 =


1,0591x10-9 usando a formula descrita abaixo calculamos o espaçamento interplanar
2𝑅 2𝑅
𝑑2 = 123𝑝𝑚 ∝ 2 = 𝑑𝑖 reformulando 𝑑𝑖 = ∝1 onde R é o raio do bulbo que é igual a
65mm
CONCLUSÃO

Através do fenômeno da difração determinamos as distancias dos planos dos


cristais de grafite utilizando dados experimentais e substituindo nas respectivas equações
obtemos assim resultado de 𝑑1 = 228𝑝𝑚 e 𝑑2 = 123𝑝𝑚 sendo que o fornecido pelo
fabricante era de 𝑑1 = 213𝑝𝑚 𝑑2 = 123𝑝𝑚 em d1 um valor bem próximo em d2 o
valor exatamente igual do fabricante podemos concluir que conseguimos um resultado
muito bom.
REFERENCIAS

C.M.C. de CASTILHO, V.B. NASCIMENTO, E.A. SOARES, A.S.C. ESPIRIDIÃO,


F.B. MOTA, V.E. de CARVALHO. “Difração de elétrons de baixa energia (LEED) e
a determinação da estrutura atômica de superfícies ordenadas”. 2006. Disponivel em:
https://www.scielo.br/j/rbef/a/hFfkSjpyNh4ggKSpYcTWr7L/?lang=pt. Acesso em: 12
de maio de 2023.

Jair C. C. FREITAS, Rogério N. SUAVE. “DIFRAÇÃO DE ELÉTRONS”. 2023.


Disponivel em: http://www.fis.ufba.br/sites/fis.ufba.br/files/exp_electron_difraction.pdf.
Acesso em: 14 de maio de 2023.

R. Eisberg, R. Resnick: Física Quântica. Editora Campus, Rio de Janeiro, Brasil,1988.

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