Disciplina: Estagio

DISCIPLINA
PSICOLOGIA SOCIAL
PSICOLOGIA DAS MASSAS

 “Etimologicamente, o conceito de massa

de pessoas se refere à totalidade ou
grande maioria, a um número
considerável de pessoas que mantêm
entre si certa coesão de caráter social,
cultural, econômico, a uma turba, a uma
multidão (Jesus, 2013, p.496).”

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 PSICOLOGIA DAS MASSAS

 Estudos sobre os fenômenos de massa tiveram início meados do século XIX,

na Europa.

 Contexto tomado pelos tumultos urbanos, característicos do período.

 A partir de uma ótica preconceituosa, em que estes comportamentos eram

vistos como irracionais, desordenados e instáveis.

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PSICOLOGIA DAS MASSAS

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PSICOLOGIA DAS MASSAS

 Sigmund Freud (nascido 6 de maio de 1856 – ,

23 de setembro de 1939 (83 anos)).

 Foi um neurologista e psiquiatra austríaco. Freud

foi o criador da psicanálise e a personalidade
mais influente da história no campo da
psicologia.

 Em diversos outros campos do conhecimento -

cultura popular, no uso cotidiano de palavras que
se tornaram recorrentes. Como "neurose",
"repressões", "projeções" , “recalque”.

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 PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO
EU

 “a psicologia individual é, ao mesmo tempo e desde um princípio psicologia

social.

 A oposição entre psicologia individual e psicologia social ou das massas, que

pode nos parecer muito importante à primeira vista, perde muito de sua nitidez
se examinada a fundo. Certamente, a psicologia individual é dirigida ao ser
humano individualmente e procura seguir por quais caminhos ele tenta
alcançar a satisfação de suas moções pulsionais; no entanto, ao fazê-lo, e sob
determinadas condições excepcionais, só raramente ela estará em posição de
desconsiderar as relações desse indivíduo com os outros. Na vida psíquica do
indivíduo, o outro é, via de regra, considerado como modelo, como objeto,
como auxiliar e como adversário, e por isso a psicologia individual é também,
de início, simultaneamente psicologia social, nesse sentido ampliado, mas
inteiramente legítimo (FREUD, 1921, p. 108).
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PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO
PSICOLOGIA DAS MASSAS
EU

 Gustave Le Bon, psicólogo francês, nasceu

no dia sete de maio de 1841/1931. Foi
psicólogo social, físico amador e sociólogo.

 Le Bon (1963), pioneiro mostrar que a

principal característica das massas é a fusão
dos indivíduos em um espírito e sentimento
comuns.

 Produzida de um modo inteiramente irracional

e que demandava a direção de um líder.

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 PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO
PSICOLOGIA DAS MASSAS
EU

Qualquer indivíduo que a compõem,

por mais diversa ou semelhante que
possa ser sua inteligência, ocupação
etc., apenas o fato de estar em uma
massa, o dota de uma alma coletiva, a
qual o faz sentir, pensar e trabalhar de
um modo diferente do que o faria se
estivesse isolado.

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As decisões dos indivíduos podem ser
racionais, mas dificilmente as de uma
massa também o serão (Le
Bon,1895/1954).
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 PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO EU

 Em sua obra Psicologia das Multidões

(1895):

“As massas organizadas sempre

desempenharam um papel considerável na
vida dos povos; mas este papel jamais foi tão
importante quanto hoje em dia. A ação
inconsciente das massas que substitui a
atividade consciente dos indivíduos é uma das
principais características da era atual (Le bon,
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ND
1895, p. 3).”

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 PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO
EU

 Pelo simples fato de formar uma

massa, o homem desce vários
escalões na escala da civilização.
Isolado, era culto. Na massa, um
bárbaro. Tem a espontaneidade, a
violência, a ferocidade e, também o
entusiasmo e heroísmo dos seres
primitivos" (Le Bon apud Freud,
1921, p. 114).

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PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO
EU

 “A massa é extraordinariamente influenciável e

crédula; é acrítica, o improvável não existe
para ela. Ela pensa por imagens que se
evocam umas às outras associativamente, tal
como elas se apresentam ao indivíduo durante
os estados de livre fantasiar [freien
Phantasierens] , e que não são medidas por
nenhuma instância racional no que diz
respeito à conformidade com a realidade. Os
sentimentos da massa são sempre muito
simples e muito exagerados. A massa não
conhece, portanto, nem a dúvida nem a
incerteza (Freud, 1921, p. 114-115).”

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PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO
EU

 “A Escondidos no anônimo: “um germe de

antipatia se torna um ódio selvagem.”

 Os sentimentos da massa são sempre muito

simples e muito exaltados.

 Ela não conhece dúvida nem incerteza. Ela vai

prontamente a extremos; a suspeita
exteriorizada se transforma de imediato em
certeza indiscutível, um germe de antipatia se
torna um ódio selvagem.

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PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO
EU

 Quem quiser influir sobre ela, não necessita

medir logicamente os argumentos; deve pintar
com imagens mais fortes, exagerar e sempre
repetir a mesma fala.

 Como a massa não tem dúvidas quanto ao

que é verdadeiro ou falso, e tem consciência
da sua enorme força, ela é, ao mesmo tempo,
intolerante e crente na autoridade.

 Ela respeita a força, e deixa-se influenciar

apenas moderadamente pela bondade, que
para ela é uma espécie de fraqueza.
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 PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO
EU

 A palavra pode ser capaz de levar um grupo na

direção proposta por aquele que o conduz.

 A massa é um dócil rebanho incapaz de viver

sem um amo.

 Habilidades desse amo/chefe/líder :

1. intensa fé, para fazer surgir a fé na massa;

2. vontade potente e imperiosa, para animar a

massa carente de vontade;
3. prestígio - tende a desaparecer diante dos
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fracassos.
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PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO
EU

 Para Mac Dougall (1920) apud Freud (1921), a

formação de uma massa requer:

1. algo comum entre os indivíduos;

2. um mesmo interesse que os enlace a um mesmo

objeto;

3. que experimentem os mesmos sentimentos em

presença de dada situação;

4. que possuam certa capacidade de influenciarem uns

aos outros.

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 PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO
EU

 Para Freud (1921), as massas são formadas e forjadas por uma determinada
referência.

 Um líder que exerce seu poder e constrói influências hegemônicas e

persuasivas, no que concerne as práticas manipulatórias que fundamentam-
se em uma esmera ideologia dominante e subalterniza outros grupos pela
segregação das classes e o alicerçamento do poder pelo grande capital.

 As práticas sociais e sociabilidades humanas são reflexos de um dado

coletivo, no qual essas massas são direcionadas por determinada ideologia e
seus respectivos lideres.

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PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO
EU

 Freud abandona a ideia da sugestão e se volta

para o que Le Bon tratou como alma coletiva- os
laços que se criam numa massa, que existem
relações amorosas - laços afetivos.

 Lança mão do conceito de libido.

 Conceituado como "a energia [...] [das] pulsões

que têm a ver com tudo aquilo que podemos
abranger na ordem do amor" (Freud, 1921, p. 126).

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PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO
EU

 Ideias que sustentam a hipótese freudiana:

1. A massa precisa manter-se coesa por algum poder.

Esse poder atribui-se a Eros, que mantém coeso
tudo o que existe;

2. Quando um sujeito renuncia ao que lhe é pessoal e

se deixa sugestionar pelos outros, o faz por amor.

 Os laços estabelecidos entre os membros de uma

massa e entre cada um deles e seu líder, são laços
de amor, alimentados pela energia psíquica-
libido. 4/18
PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO
EU

 Há dois laços no funcionamento de uma massa: o

laço entre cada membro e o líder, e os laços
entre os membros que compõem a massa.

 Líder ocupa o lugar de ideal do eu para cada

membro da massa, o que é comum para todos.

 O fato de haver este mesmo ideal do eu presente

para todos os membros cria a ilusão de que há um
pai que ama a todos igualmente, o que vai
responder pela sustentação daquela massa.

 O processo de identificação, que é o tema

central do texto "Psicologia das massas e análise
do eu". Ideal do eu. * *
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 PSICOLOGIA DAS MASSAS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 Jesus, J. G. (2013). Psicologia das massas: contexto e desafios brasileiros.

Psicologia & Sociedade, 25(3), 493-503.

 Freud, S. (1856-1939). Psicologia das massas e análise do eu e outros textos

(1920-1923). In: Obras Completas (2011). Trad. Paulo César de Souza. V.15.
São Paulo: Companhia das Letras.

 Sadala, G. (2022). "Psicologia das massas e análise do eu": pontuações e

atualizações. Trivium - Estudos Interdisciplinares, 14(spe), 17-26.
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-
48912022000100004&lng=pt&tlng=pt.
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 PSICOLOGIA DAS MASSAS

Muito obrigada!

e-mail: ana.monteiro@sg.universo.edu.br
Instagram: @anacfernandespsi
PSICOLOGIA DAS MASSAS

 Le bom recorre à natureza do

indivíduo para explicar o fenômeno
social.

 Freud ao inconsciente
 Rejeita a noção de inconsciente
coletivo
 Mecanismos de recalque
eminentemente individual.

 Os indivíduos mudam para pior

quando fazem parte de uma
multidão pois se deixam influenciar
pelos outros.
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 PSICOLOGIA DAS MASSAS: FREUD E A ANÁLISE DO
EU

Segundo Freud:

“Quando se fala de psicologia social ou de massas, existe o

hábito de abstrair dessas relações, e isolar como objeto de
investigação a influência que um grande número de pessoas
exerce simultaneamente sobre o indivíduo, pessoas às quais
ele se acha ligado de algum modo, mas em muitos aspectos
elas lhe podem ser estranhas. Portanto, a psicologia de
massas trata o ser individual como membro de uma tribo, um
povo, uma casta, uma classe, uma instituição, ou como parte
de uma aglomeração que se organiza como massa em
determinado momento, para um certo fim.” ( FREUD, 1921, p.
11-12).
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