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PIBIC – FAPEAL

A INVENÇÃO DO NORDESTE

INTRODUÇÃO

- O texto começa apresentando alguns estereótipos nordestinos: baixinho,


burro, comediante, bravo, português arcaico.

- Fome, seca, sofrimento, miséria.

- “O estereótipo nasce de uma caracterização grosseira e indiscriminada do


grupo estranho, em que as multiplicidades e as diferenças individuais são
apagadas, em nome de semelhanças superficiais do grupo.”

- Ou seja, a mídia prega um nordeste que não existe.

- O estereótipo se materializa à subjetivação dos nordestinos.

- Objetivo da obra: não só entender como surge, mas por que ainda existe.
Quais os mecanismos que ainda dão base?

- O Nordeste e nordestino são invenções das relações de poder e saber.

- O que faremos neste texto é a história da emergência de um objeto de saber


e de um espaço de poder: a região Nordeste. Buscaremos estudar a formação
histórica de um preconceito, e isto não significa previamente nenhum sentido
pejorativo.

- O que queremos estudar é como se formulou um arquivo de imagens e


enunciados, um estoque de "verdades", uma visibilidade e uma dizibilidade do
Nordeste, que direcionam comportamentos e atitudes em Relação ao
nordestino e dirigem, inclusive, o olhar e a fala da mídia

- IDENTIDADE (Ciampa)

- Identidade espacial

- O geográfico, o linguístico e o histórico se encontram.

- Espacialidades: acúmulo de camadas discursivas e de práticas sociais.


- Linguagem: literatura, cinema, música, pintura, teatro, produção acadêmica =
apresentam o real e instituem reais.

- Todo discurso precisa medir e demarcar um espaço de onda que se enuncia.


Além disso, todo discurso produz e pressupõe sobre o espaço demarcado.

- Nova forma de ver o regional.

- “Quando a gente define a região é pensar em grupo de enunciados e imagens


que se repetem, com regularidade, em diferentes discursos e épocas, com
diferentes estilos, NÃO pensar em homogeneidade, como uma identidade
presente na natureza” (estático)

- Contínua construção/desconstrução

- Não tomamos os discursos como documentos de uma verdade sobre a


região, mas como monumentos de sua construção.

- Não se podem atribuir fronteiras territoriais e regionais num plano a-histórico.

- “É através das práticas que estes recortes permanecem ou mudam de


identidade”

- O heterogêneo e o descontínuo aparecem como homogêneo e contínuo.

- A noção de região, antes de remeter à geografia, remete a uma noção fiscal,


administrativa, militar (vem de regere, comandar)

- “As regiões podem ser pensadas como a emergência de diferenças internas à


nação”

- O conceito como abstração tende a estabelecer uma identidade e um ser que


se dizem num só sentido. As metáforas nos permitem captar as mudanças de
sentido desse ser e as diferenças em detrimento das identidades.*

- Região: invenção histórica.*

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