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Exploração de trabalho

Como é de conhecimento geral, o que garante que o capitalismo continue


funcionando de maneira favorável aos burgueses é a desigualdade social, e
consequentemente as desigualdades racial, étnica, de gênero, regional, etc. Portanto,
é possível inferir que o sistema capitalista precisa das injustiças sociais para se
manter. A seguir, discorremos brevemente sobre a exploração no mercado de trabalho
e como ela se dá na atualidade.
Mais-valia
Em uma sociedade capitalista, entende-se a força de trabalho como uma
mercadoria, que é vendida ao capitalista em troca de um salário. Denomina-se mais-
valia, um conceito postulado por Karl Marx, sociólogo alemão, a diferença entre a
remuneração de um trabalhador e o verdadeiro valor dos serviços por ele prestados. É
um excesso de produção, ou seja, um trabalho excedente. O valor desse trabalho
excedente é retido pelo patrão, o que se entende como lucro. Essa relação é
entendida por Marx como uma relação de exploração de trabalho.
Terceirização
Na atual conjuntura, pode-se identificar algumas formas de prestação de
serviço totalmente assimétricas. Toma-se como exemplo a terceirização, que é
quando uma empresa contrata outra para realizar um determinado trabalho, ao invés
de ela mesma efetuar a contratação de funcionários que o realizem. Assim, esses
trabalhadores não têm contratos empregatícios com a companhia para a qual de fato
irão trabalhar, mas com essa secundária, que intermedia as relações entre o
trabalhador e o patrão.
Diante disso, destaca-se que o trabalhador terceirizado não tem os mesmos
benefícios que o trabalhador vinculado à CLT da empresa para a qual ambos prestam
serviços, como vale alimentação, vale transporte, remuneração de horas extras, férias,
FGTS, etc. Além disso, de acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), os
terceirizados recebem 25% menos do que os CLTs, trabalham 7,5% a mais que os
outros empregados e permanecem menos da metade do tempo no emprego.
Uberização
É inquestionável a ascensão dos aplicativos de entrega de comida na
atualidade, como Ifood e Uber Eats. No entanto, é importante ter em mente que o
serviço de motoboy sempre existiu, cada restaurante contratava os motoristas de
acordo com a demanda, e estes eram vinculados à CLT. No entanto, com a
ascendência destes apps, esse tipo de contratação desapareceu quase que por
completo, uma vez que a demanda de entrega pelos aplicativos é bem maior que pelo
próprio restaurante.
Entretanto, apesar de esses aplicativos de deliverys, juntos, serem os maiores
empregadores do Brasil, a precariedade do emprego é absurda. Os entregadores são
trabalhadores autônomos, ou seja, não têm nenhum direito garantido, e seus salários
dependem totalmente do número de entregas feitas por dia. Ou seja, se o trabalhador
sofrer um acidente em um trajeto para uma entrega, o aplicativo não vai cobrir as
despesas que tal fato custará ao acometido, como tratamento ou reparos que deverão
ser feitos nos instrumentos de trabalho.
Referências bibliográficas:

https://www.politize.com.br/mais-valia/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20a
%20mais,quais%20ele%20n%C3%A3o%20%C3%A9%20remunerado.
https://www.youtube.com/watch?v=IW_8Yl_n8W4&ab_channel=CortezEditora
https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2015/04/09/
terceirizados-trabalham-3h-a-mais-e-ganham-25-menos-aponta-estudo-da-
cut.htm#:~:text=Economia-,Terceirizados%20trabalham%203h%20a%20mais%20e
%20ganham,menos%2C%20aponta%20estudo%20da%20CUT&text=Estudo
%20elaborado%20pela%20CUT%20(Central,metade%20de%20tempo%20no
%20emprego.
https://www.youtube.com/watch?v=sOYjjQyPJDs&ab_channel=TeseOnze
https://www.cnnbrasil.com.br/business/cerca-de-11-4-milhoes-de-brasileiros-
dependem-de-aplicativos-para-ter-uma-renda/#:~:text=Isso%20mostra%20que%20os
%20aplicativos,e%20a%20entregar%20seus%20produtos.
https://www.youtube.com/watch?v=5HpkxAXSdNs&t=348s&ab_channel=Politize%21
https://www.youtube.com/watch?v=ttciccleoIg&t=333s

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