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A CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO
MATEMÁTICO
Professor (a) :

Esp. Antoneli da Silva Ramos

Objetivos de aprendizagem
• Compreender a origem do conceito matemático acompanhando o desenvolvimento humano, uma visão voltada no
desenvolvimento psicológico e motor da criança.

• Relatar e contextualizar a origem da Alfabetização Matemática dentro da educação infantil, suas etapas, evoluções e
desenvolvimento.

• Contextualizar o ensino da matemática no Ensino Fundamental, focando no processo da construção e evolução do conceito e
alfabetização matemática.
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• Origem do conceito

• O conceito na estrutura da Educação Infantil

• O conceito na estrutura do Ensino Fundamental

Introdução
Olá, caro(a) aluno(a), este material foi elaborado especialmente para você, nele procurou- se apresentar e contextualizar os
caminhos que conduz ao aprendizado, os eixos norteadores para a construção do conhecimento Matemático, nosso objetivo nesta
unidade é que você aprimore seus conhecimentos na área e consequentemente o seu aprendizado, que a leitura deste material
contribua em sua formação acadêmica e profissional.

O nosso primeiro encontro, foi planejado especialmente para você que possui uma bagagem pedagógica, seja ela fornecida pela
experiência profissional, atuação em campo ou através das pesquisas acadêmicas, mas principalmente para você que alimenta uma
curiosidade em relação a origem da construção do conhecimento Matemático, que em seu processo de formação cultiva a
necessidade de aprofundar sobre a alfabetização Matemática, através da leitura deste material, você será capaz de compreender o
processo da construção do conhecimento desde as primeiras manifestações, no princípio da vida, passando por diversos caminhos
até o primeiro ciclo no processo de alfabetização e aprendizagem, quando a criança em sua fase de formação constrói o
conhecimento e recebe seu primeiro contato com a linguagem numérica, este processo chama-se alfabetização Matemática.

Para a formação docente, é essencial entender as bases que norteiam o processo de ensino e aprendizagem, insistindo na
construção do conhecimento, sendo necessário, traçar metas e roteiro de como trabalhar dentro da sala de aula, entendendo as
particularidades de cada criança e respeitando o tempo de construção em cada uma delas, desta forma, busca-se proporcionar
sentido a alfabetização Matemática, principalmente ao ensino, focando em preencher as lacunas vigentes no processo ensino e
aprendizagem, estreitando as barreiras que influenciam diretamente no processo de formação, que dentro da sala de aula gera
dificuldades no ensino da matemática.

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UNICESUMAR | UNIVERSO EAD


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A ORIGEM DO CONCEITO
MATEMÁTICO
O novo não está no que é dito, mas no acontecimento à sua volta (Michel Foucalt)

Direcionando nossos olhares a um único objetivo voltado para o aprendizado, um olhar focado em compreender, assimilar e
codificar os novos conceitos que o ensino da Matemática exige, é preciso que nosso cérebro organize as informações, tornando
necessário valorizar e preservar os conceitos prévios, sendo assim, para a construção do conhecimento ser de forma efetiva é
importante e necessário resgatar as origens, assim, justifica iniciarmos o nosso estudo contextualizando sobre a origem do
conceito matemático.

Você alguma vez parou para pensar como o processo matemático é construído em sua mente?

Acredita-se que a chama inicial do conhecimento surge a partir de experiências vivenciadas, basear-se neste fator facilitaria o
aprendizado Matemático, pois o conhecimento é um processo de construção necessário para a sobrevivência, desde a pré história,
quando o homem vivia em cavernas e buscava meios de adaptação, buscando alternativas para melhorias e transformação do
ambiente em que vivia, neste período o que era prioridade aos homens das cavernas era a sobrevivência, assim os preparativos
para o conceitos matemáticos iniciam, pois a ideia geradora é que a matemática é uma ciencias que norteia muitas outras áreas de
conhecimento, desta forma, passa a ser um instrumento norteador e necessário no desenvolvimento das concepções que vem de
encontro com o processo de ensino e de aprendizagem.

É um engano acreditar que o primeiro contato do ser humano com a matemática é na idade escolar, para processar e assimilar as
etapas de como se estabelece e inicia o aprendizado da linguagem matemática na mente humana, devemos compreender a
formação do conhecimento Matemático desde seu alicerce, fenômeno este intitulado por muitos pesquisadores de alfabetização
matemática. A origem da Matemática inicia-se a partir de experiências do cotidiano, portanto, não se trata de um sistema
unificado, mas sim de uma coleção de regras isoladas.
A formação do conceito matemático na mente humana, parte do próprio meio em que ele vive, ou seja, do próprio ambiente
familiar, onde são inseridas involuntariamente noções de quantidade, tempo e espaço, que costumam ser praticadas em atividades
do cotidiano que envolvem a matemática, principalmente através de símbolos e material concreto, um bom exemplo é quando a
mãe determina horário para amamentação do seu bebê, mesmo que involuntariamente a mãe está inserindo a noção de tempo a
essa pequena criança e mesmo ele não conhecendo e dominando as horas em um relógio, ele passa a se controlar em função do
tempo e inconscientemente sabe a hora correta de se alimentar.

Outra situação comum é quando estamos apresentamos fatos do dia a dia ao bebê, como noções de tempo ( o dia e a noite),
quando estabelecemos horários para banho, horários de dormir, locais para dormir, estamos condicionando-o a uma rotina,
automaticamente estamos induzindo-os a ordenar esses fatos, e todo principio da matemática começa com ordenação.

Então a matemática é inserida dentro do contexto da criança, construindo a sua formação independente da idade e do ambiente
que se encontra, ficando claro que o primeiro contato com a matemática não acontece somente dentro das instituições de ensino,
as instituições de ensino formalizam e codificam o processo de aprendizagem.

De acordo com VITTI (1999, p. 50):

A história dos números tem alguns milhares de anos. É impossível saber exatamente como tudo começou.
Mas uma coisa é certa; os homens não inventaram primeiro os números para depois aprenderem a contar.
Pelo contrário, os números foram se formando lentamente, pela prática diária das contagens.

Nos primeiros anos de vida, toda criança principalmente quando ainda são pequenos bebês, possuem um imenso campo de
assimilação e capacidade de aprender, é nesta fase, que os bebês são muito curiosos e estão encantados com as novidades do
mundo, é a fase da descoberta, onde o próprio pé é capaz de chamar atenção, é neste período que eles codificam os conhecimentos
adquiridos e os levam por toda vida.

Como nesta fase a capacidade de aprender é imensa, torna-se necessário estimular e orientá-los da maneira adequada, inserir a
matemática neste período é possível e necessária, pois os bebês estão curiosos com o mundo que os cercam.

Para entendermos o processo da construção do conhecimento matemático na mente humana, temos que entender que a
Matemática é uma ciência ampla e vai além de fórmulas e números, de contas e operações, de trigonometria ou álgebra, temos que
conhecer a construção do conhecimento na base humana, principalmente o processo de alfabetização matemática, ou seja, ter
noções das origens do aprendizado e para isso torna-se imprescindível valorizar e incentivar os estímulos, sejam estímulos físicos
ou psicológicos, conhecer e entender os estímulos que a criança recebeu quando pequena, pois a matemática é utilizada no dia a
dia, independente da faixa etária, classe social ou gênero, encontra-se alinhada com infinitos setores, de inúmeras profissões.

É comum encontrarmos crianças pequenas apaixonadas pela Matemática, brincando com blocos lógicos, mesmo sem possuir
nenhum conhecimento de geometria é capaz de associar as peças pelas formas geométricas e até mesmo pelo tamanho e cores,
mesmo não sabendo contar, a criança possui noção de quantidade, conseguindo ordenar e desenvolver uma sequência lógica, faça
o teste pegue uma peça que a criança esteja brincando e esconda imediatamente a criança sente falta e sai à procura do objeto que
está faltando.

Ao incentivar o ensino da matemática através de estímulos quando ainda bebês e continuar para as crianças pequenas no próprio
ambiente em que elas vivem, consegue- se definir noções norteadoras que contribuem diretamente no processo ensino e de
aprendizagem, inclusive no momento de introduzimos a Matemática operacional, com toda linguagem abstrata da álgebra, o
encanto das definições, resoluções de cálculos precisos, o despertar do raciocínio lógico, entre outros, fazendo com que a criança
seja capaz de interpretar e resolver problemas, direcionando neste sentido os pensamentos e raciocínio matemático, portanto
torna-se possível argumentar de forma sólida e cabível para defender os estímulos aos bebês e recém nascidos.

A maioria das habilidades nascem com o ser humano, inclusive a habilidade matemática nasce e pode ser estimulada entre os
bebês, pois esses pequenos seres com apenas alguns meses de vida já demonstra capacidade de diferenciar quantidades, sabe
distinguir três brinquedos de dois brinquedos, diferenciar o objeto maior do objeto menor, o bebê consegue demonstrar essas
capacidades utilizando o sentido da visão, é fato que nesta fase o bebê não consegue definir numeral (algarismo), mas associa de
acordo com a quantidade por ser concreto e real.
É importantíssimo que seja valorizado e estimulado este processo nas primeiras fases a da vida, pois este processo de associação é
a base para dedução de fórmulas e definições matemáticas que permeiam as quatro operações (adição, subtração, multiplicação e
divisão).

A matemática está diretamente ligada ao desenvolvimento do cérebro, então uma criança não pode conceber conceitos
matemáticos até que seu cérebro esteja completamente desenvolvido, e esse desenvolvimento varia de pessoa para pessoa, deste
modo, exigir que um bebê compreenda a matemática é exigir muito nessa fase etária, o que é pertinente fazer nesta fase é
construir uma percepção dos números respeitando aquilo que ele sabe fazer naturalmente.

Quando o bebê está sentando ele brinca com objetos, olha observa, nesta fase de observação e descobertas é possível ensiná-lo a
contar naturalmente, primeiramente deixe que ele manuseie os objetos a cada objeto que ele pegue com suas mãozinhas ensine-o
a contar fazendo a correspondência de um a um, então vamos a um exemplo prático e simples, deixe que o bebê manuseie três
objetos e você deve tocar cada um dos objetos e dizer um, dois, três, assim ele passa a entender que possui um objeto, com mais um
são dois, dois com mais um são três, isso é chamado de correspondência de um para um, conforme você vai fazendo este
procedimento com os bebês e aumentando a quantidade e complexidade você está inserindo a concepção de número e isto é um
dos primeiros passos para a alfabetização Matemática.

Mesmo sendo um bebê ele possui uma capacidade intrínseca para o raciocínio matemático, ele possui uma capacidade natural de
distinguir e associar quantidades, pois todo o processo de aprendizagem e descobertas está em desenvolvimento, todo este
processo de descoberta dependerá dos estímulos que o bebê receberá, portanto se queres desenvolver a matemática em seu filho
estimule-o.

Figura 2: Primeiro contato com quantidade

Algumas dicas que podem despertar o interesse dos bebês para a aprendizagem Matemática, acompanhe:

1. Incentivando a distinguir quantidades

Corte 5 cartões de 15cm x 15cm, no primeiro cartão insira a imagem de um gatinho, no segundo cartão insira a imagem
de 3 gatinhos, no terceiro cartão insira a imagem de três gatinhos e assim sucessivamente até preencher os 5 cartões,
após confeccionar os cartões é hora de brincar com o bebê.

Mostre um cartão de cada vez ao bebê, sempre ao mostrar incentive o diálogo, questionando qual dos cartões possui
mais gatinhos e deixe a capacidade de associação do bebê fluir e escolher o cartão, inicie com apenas duas cartão e
conforme seu bebê estiver familiarizado com a brincadeira insira mais cartões, para que ele desenvolva a capacidade de
distinguir quantidades.
É claro que nesta idade ele não sabe fazer operações aritméticas, mas o processo de quantidade e futuramente o
processo de contar está sendo introduzido.

2. Associando quantidades

É importante que neste período em cada passeio pelo jardim ou até mesmo em cada ida até a cozinha, o adulto estimule
o bebê a associar quantidades com números, com pequenas atitudes como, no passeio no jardim observar uma flor e
afirmar: “Olha temos 2 rosas vermelhas”, “ Veja temos 1 borboleta azul”, entre outros exemplos.

3. Conduzir a aprendizagem

O adulto deve sempre conduzir a aprendizagem, fazendo exercícios de associação em diversos ambientes, porém
mostrando ao bebê que mesmo estando em ambientes diferentes ele poderá encontrar objetos iguais, por exemplo, ao
entrar no quarto da mamãe, diga: “ Olha tem uma cama neste quarto”, ao entrar em outro quarto, “olha tem outra cama
neste quarto”, este é um exercício positivo de associação, a medida que está sendo desenvolvido o aprendizado a
criança terá capacidade de relacionar objetos a quantidades.

4. Brinquedos que estimulam

Blocos lógicos, blocos com figuras geométricas, brinquedos de encaixe, quebra cabeça com poucas peças e peças
grandes, auxiliam no processo de estimulação, desta forma o aprendizado é divertido aprender a matemática e
simultaneamente desenvolve a visão e o fato.

São pequenos exemplos como estes apresentados que estimulamos os bebês, os pais se tornam presentes e participativos, os
filhos sentem-se mais confiantes e não ficam apenas na frente da Televisão desenvolvendo de uma maneira alienada e solitária.

A maioria das pessoas associam a Matemática a números complexos, infinitas fórmulas, conteúdos que envolvem cálculos gigantes
e com um elevado grau de complexidade, porém para o processo da alfabetização matemática é necessário inserir o conceito
matemático desde a origem do ser humano, então nada melhor que inserir a matemática no cotidiano dos bebês, por exemplo,
bebês adoram brincar de encaixar objetos, adora subir e descer escadas, quando começa a pegar vários objetos em suas mãozinhas
quando ele começa a manusear e apresentar essa postura é matemática, mesmo que inconsciente ele tende ao raciocínio
matemático.

Ao fornecer objetos a seu bebê, lembre-se que a coordenação motora fina no início da vida não está totalmente desenvolvida,
então é necessário entregar objetos grandes aos bebês, é importante deixá-los manusear sozinhos e dentro de suas limitações,
deixe que eles brinquem com caixas de sapatos, faça diversos furos para que o bebê insira objetos nesta caixa, permita que eles
brinquem com latas, com potes e tampas, caixa de ovos entre outros objetos, você mostra como brincar, mas permita que as
criança façam descobertas e usem a criatividade.

Alfabetização e Matemática juntas?

Ao ouvirmos a palavra alfabetização logo vem em nossas mentes a forma verbal, a escrita, a oralidade, a
leitura até chegar a escrita, também é necessário alfabetizar-se algebricamente, fornecendo sentido ao
mundo dos números evitando o aprendizado mecânico, proporcionando uma relação amigável com
sequências numéricas, ordenação e conceitos, você já parou para refletir quantos adultos não conseguem
controlar seus próprios gastos, não por serem consumistas, mas sim, por não terem domínio da linguagem
matemática, por não entenderam o processo da contabilidade de taxas de juros, comprar com cartão e talão
de cheque especial?

Fonte: Próprio autor.


O CONCEITO NA ESTRUTURA
EDUCAÇÃO INFANTIL
As crianças quando ainda são pequenos bebês não são estimuladas adequadamente pela família, estímulos que são importantes
para que no futuro desenvolvam propriedades que salientem o ensino e aprendizagem da Matemática, para que avancem e
desenvolva uma leitura matemática adequada e evolutiva, porém a falta de estímulos, podem comprometer os processos e etapas
da aprendizagem, bloqueando assim, a memorização e a codificação dos saberes, gerando uma dificuldade em ordenar os
conteúdos abordados e de interpretar as questões que envolvem raciocínio lógico matemático, porém crianças que recebem
estímulos quando bebês, tende a desenvolver afinidade com as exatas, pois foi fornecida a eles a base para que se desenvolvam e
criem meios concretos de codificar o aprendizado e consequentemente entender a linguagem numérica, possibilitando a
alfabetização matemática e como avanço o intercâmbio entre o concreto e o abstrato, fato este que, caso não tenha solidificação
teórica e epistemológica, torna-se um grande vilão dentro do ensino da Matemática.

Neste contexto a educação infantil assume papel norteador no processo de ensino e aprendizagem, é nesta etapa que a criança
constrói o conhecimento, é nesta etapa que a criança ordena os conhecimentos adquiridos quando bebês, é nesta etapa que a
leitura matemática inicia, nesta etapa são capazes de selecionar, classificando o que é válido e o que pode ser descartado,
lembrando que o processo de ensino e aprendizagem não visa apenas o aprendizado de conteúdos, mas também na formação
humana, pois constantemente são testadas nossas habilidades e competências pelo mundo que nos cercam, tornando-se viável
então, desenvolver diferentes meios de se adquirir conhecimentos, pois é ferramenta norteadora na construção humana.

De acordo com o Referencial curricular nacional para a Educação Infantil:

“aabordagem da Matemática tem a finalidade de proporcionar oportunidades para o aluno a fim de que
possa se comunicar matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados
argumentando a respeito de suas conjecturas, utilizando, para isso, a linguagem oral e a representação por
meio de desenhos e da linguagem matemática.” (Ministério da Educação e do Desporto/Secretaria do
Ensino Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.)

Na educação infantil o ensino da Matemática é apresentado de uma forma atrativa, com atividades que estimulam o aluno, e
conduzem a novas descobertas, é neste viés, que devemos voltar nossos olhares à importância de como se é introduzido a
Matemática na educação infantil, a atenção que é proporcionado às crianças nesta faixa etária, nem sempre as escolinhas infantis,
possuem em seus estabelecimentos espaço significativo para o ensino da Matemática, ou seja, o que é ofertado nessas instituições
são noções da linguagem matemática e como ensinar. Porém, a grande maioria demonstra uma dificuldade em se trabalhar a
matemática de uma forma prazerosa e significativa, e dentro da educação infantil, o eixo norteador é a aprendizagem significativa,
estabelecendo relações operacionais com o cotidiano, estimulando a desenvolver um raciocínio vinculado a esta base operacional.

representar, falar, ouvir, escrever e ler são competências de comunicação e devem ser encaradas como
“[...]

parte integral do currículo de Matemática. Questões exploratórias que encorajam a criança a pensar e a
explanar o seu pensamento, oralmente ou por escrito, ajudam-na a compreender claramente as ideias que
quer exprimir.”

(National Council of Teachers of Mathematics (NCTM). Worthwhile mathematical tasks. In Professional


standards for teaching mathematics. Reston, VA: National Council of Teachers of Mathematics, 1991. p. 34.)
Em alguns instante de sua vida, parou para analisar e refletir sobre a importância de uma base matemática
sólida para criança que estão em plena formação na educação infantil?

Fonte: Autoria própria

É comum deixarmos levar-se pelo senso comum e afirmarmos que nesta fase do ensino a criança, só brinca, canta, colori e esboça
pequenos traços, no entanto, para a alfabetização Matemática é a base suficiente, é um grande equívoco seguir por esta
concepção, pois na educação infantil todas essas atividades apresentadas entre tantas outras, são atividades essenciais que
estimulam a lateralidade, incentivam a socialização, desenvolve a coordenação motora, e partindo deste processo que a criança
começa a relacionar as pequenas atividades desenvolvidas no seu dia a dia com a matemática, mesmo sendo tão pequeno, o
profissional que trabalhará com essas nesta faixa etária deve sempre buscar desenvolver habilidades e competências nos alunos.

O ministério da Educação dentro do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil assegura que toda criança deve
desenvolver em seu interior, segurança para resolver determinadas situações problemas, ter noção de quantidade, espaço físico e
medidas, utilizando seus conhecimentos prévios, relacionando a linguagem oral e a linguagem matemática.

É na educação infantil que a criança potencializa a comunicação e a oralidade, ampliando a socialização, é neste viés que se
desenvolve o ensino da matemática, pois ao se apropriar deste novo olhar dentro da educação matemática averiguou-se que o
ensino da matemática desenvolve-se principalmente com a oralidade e não somente com a escrita, toda criança precisa se
comunicar, expressar, rabiscar, participar das atividades lúdicas, recortar, desenvolvendo as primeiras manifestações da escrita. De
acordo com Smole:

“Ouvir, falar, ler, escrever, desenhar são competências básicas para que os alunos aprendam conceitos em
qualquer tempo e servem tanto para levá-los a interagir uns com os outros quanto para que desenvolvam
uma melhor compreensão das noções envolvidas em uma dada atividade, pois qualquer meio que sirva para
registrar ou transmitir informação incentiva a capacidade de compreensão e de análise sobre o que se está
realizando.”(SMOLE, 2001, p. 25.)

Os conceitos Matemáticos no olhar de uma criança tornam-se amplo e complexo, pois muitos desses conceitos são abstratos e
sendo assim a criança não consegue relacionar com a sua vivência, neste processo cabe ao educador realizar a ponte de conexão
entre concreto e abstrato, posicionando frente aos desafios da alfabetização matemática, tornando-a atrativa e prazerosa,
utilizando uma linguagem informal, evitando a formalidade com linguagens de difícil interpretação, na educação infantil compete
aos educadores proporcionar as primeiras manifestações da escrita matemática, alinhando a formação com o conceito.

Como apontado em nossos estudos anteriores o segredo da alfabetização matemática está na formação inicial, desde os estímulos
recebidos quando bebês como na sequência de estímulos fornecidos na educação infantil, pois o diferencial está pautado na
capacidade da matemática se relacionar com outras ciências, atualmente entende-se que a matemática não é uma ciência
particular, pelo contrário está relacionada, com artes, ciências entre tantas outras áreas do conhecimento, nesta fase as atividades
Lúdicas e os estímulos são imprescindíveis para criar o banco de dados que a criança levará por toda sua jornada escolar, um
bloqueio nesta fase, pode se tornar uma tempestade no futuro, desta forma quebram-se paradigmas que teimam em se pautar que
a Matemática é a ciência mais difícil de ensinar e de se aprender.

Mas como devo inserir a Matemática na Educação Infantil?

A verdade é que há inúmeras maneiras de inserir a matemática na educação infantil, tanto para crianças que foram estimuladas
quando bebês, tanto para aquelas crianças que aprendem espontaneamente com situações do cotidiano, sem contar com
estímulos da família, contam apenas com as situações do mundo real, mas o fato é que, mesmo a matemática sendo uma ciencias
exata, existem várias formas de inserir a matemática mesmo com a diversidade intelectual das crianças.

Esta facilidade em inserir e conceber a matemática, atribui-se às inúmeras formas de encontrar e localizar a matemática, seja na
arte, na música, na culinária, nas histórias, na organização, na noção do tempo, em brincadeiras, ou seja, não há necessidade de uma
intervenção direta de um adulto para que desperte o aprendizado matemático na criança, o que é necessário é incentivo e
conduzir o conhecimento, pois a criança nesta faixa etária não tem maturidade suficiente.
Uma boa ideia para iniciar a Alfabetização Matemática na Educação Infantil é proporcionar descobertas, possibilidade de
classificação e ordenação, criar condições para que ela classifique, estabeleça relação, crie conjuntos, observem formas, tamanhos,
texturas, espessura, permita que a criança brinque com formas diferentes com objetivo de perceber que a Matemática se aprende
no dia a dia. Contudo é necessário possibilitar tais descobertas, através de materiais simples, mas que possibilita s descobertas:

Apresentamos alguns materiais que podem auxiliar neste processo de evolução intelectual:

Tangram - Trata-se de peças com recortes geométricos, que proporcionam às crianças possibilidades de composição, exploração
do espaço, desenvolvimento da criatividade, pois o Tangram possibilita criar novas figuras a partir de outra.

Figura 3 Tangram
:

Dominó - Neste período da aprendizagem é primordial a ludicidade, e o dominó um simples joguinho com peças retangulares, mas
que possibilita a criança a descobrir as igualdades e diferenças, o que levará a descoberta do conceito de números através da
exploração da quantidade.

Brinquedos comuns e pedagógicos - Blocos coloridos, quebras cabeças, figuras geométricas, palitos de sorvete, tampinhas de
garrafas, recortes de revistas, livros, atividades que envolvam música e ritmos, permitem a criança contato com formas,
quantidades, números, classificação e sequência. Note que nesta fase trabalha-se muito com material concreto o que agrega ao
ensino da geometria pois brinquedos como este despertam a capacidade de organização e a lógica.
Figura 4 Material Pedagógico
:

Contudo devemos atentarmos que nesta fase a criança está se preparando para o conceito de número, a alfabetização Matemática
inicia-se pelo concreto demonstrando a relação primeiramente a compreensão de quantidade, pois os números são símbolos que
representam a quantidade, um exercício importante e estimulante nessa fase é incentivar a criança a descobrir a quanto tem em
mãos, uma das maneiras é ensinar as crianças a contar nos dedos ou com material concreto como tampinhas de garrafa, vocês vão
observar que trataremos sobre o conceito e aprendizagem dos números em diversos trechos de nosso material de estudo.

Uma sugestão é permitir que a criança tenha acesso a material que a leve para a assimilação e identificação de figuras, a
correspondência entre formas e figuras, entre figuras e sombras, fornecendo noção de espaço, quantidade, posição,
preenchimento, mesmo que esteja trabalhando com crianças pequenas.
Figura 5 : Assimilação e Correspondência

Desta forma, percebemos que é possível inserir a matemática na educação infantil, que a alfabetização não acontece somente no
Ensino Fundamental, mas que a estrutura inicia-se nos primeiros anos da criança, é importante destacar que nesta fase não é
preciso se preocupar com representação numérica ou com inúmeros registros em cadernos, neste momento é preciso ampliar os
horizontes e deixar a visão e a estrutura escolarizante que o ensino exige, abra espaço para criatividade, imaginação, deixe a
criança explorar, inventar, o papel do adulto neste momento é estimular a criança a descobertas e ficar atento a elas.

O CONCEITO NA ESTRUTURA DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Quando a criança encerra o período de integralização com a educação infantil e inicia a primeira fase do Ensino Fundamental, ela
possui lateralidade e coordenação motora desenvolvida, suas opiniões estão bem definidas, entende o processo da ordenação e
classificação, possui uma rotina e está ansioso pela descoberta, associa a matemática com objetos concretos e possui noções de
quantidade, tamanho, espessura, e forma geométrica, podemos afirmar que a fase de alfabetização Matemática foi apresentada e
alguns alunos já desenvolvem os conceitos básicos para iniciar o processo de transição do concreto para o abstrato.

É nos primeiros anos do Ensino Fundamental que inicia-se a leitura da linguagem Matemática, a leitura dos símbolos matemáticos,
é neste período que apresentamos à aritmética, inicialmente utiliza-se materiais concretos, relacionando com o cotidiano até
passar para o encantador mundo abstrato da álgebra nos anos finais do Ensino Fundamental, porém é necessário codificar o
conhecimento passo a passo, para que não existam lacunas e falhas na comunicação matemática, é nesta fase de transição, que é
essencial o professor estar alinhado com seus alunos, sendo o mediador entre o conhecimento e a sala de aula, o professor precisa
dialogar com a classe, instigando os alunos a interagir e trocar informações entre si, explicando para o aluno, detalhadamente
aquilo que está preste a realizar, proporcionando sentido ao aprendizado, esclarecendo e pontuando o significado de cada tema
abordado, oferecendo a seus alunos a possibilidade de compreender e desvendar os mistérios da matemática, proporcionando
meios para que os alunos resolvam os cálculos aritméticos e cheguem a seus respectivos resultados de maneira significativa e
codificada, uma vez codificado o aluno saberá desenvolver o raciocínio e encontrar o resultado da operação em outro momento
que virá a utilizar o conhecimento pré adquirido.

Nesta fase a criança relaciona a linguagem matemática com exemplos do cotidiano, ela precisa ser induzida refletir sobre a tarefa
que irá executar isto não significa que devemos fornecer respostas prontas aos alunos, pelo contrário devemos proporcionar
meios para que o mesmo desenvolva o raciocínio e encontre os resultados dos problemas apresentados, uma das dificuldades que
nossos alunos encontram é relacionar o concreto com o abstrato e por muitas vezes aprendem e desenvolvem os cálculos
mecanicamente, utilizando metodologia do decoreba, ou seja, arquivando conteúdo temporário em suas mentes que facilmente
serão descartados, pois a memória humana funciona como um grande disco rígido precisando de espaço constantemente para
arquivar novas informações, e arquivos antigos que não possuem significados são facilmente descartados.

Um dos maiores problemas que constatamos no conceito estrutural matemático, dentro do ensino e aprendizagem da linguagem
numérica no ensino fundamental, está relacionada diretamente no aprendizado que é proporcionado nos primeiros anos
escolares, quando a alfabetização inicia, o professor deve estimular o aluno ao ato de pensar, possibilitar que o aluno desenvolva e
compreenda os conceitos e definições matemáticas, despertando através desses conceitos o significado para interpretar os
problemas aritméticos, para que o professor consiga atingir em seus alunos esse grau de desenvoltura é primordial que o mesmo
proporciona e possibilite o diálogo entre os alunos para que eles possam relatar suas vivências, relacionando assim os conteúdos
abordados em sala de aula com fatos do seu dia a dia.

“A matemática tem uma linguagem de abstração completa. Como qualquer sistema linguístico, a ciências matemática utiliza-se de
signos para comunicar significados matemáticos. Assim a leitura da linguagem matemática ocorre a partir da compreensão e da
interpretação dos signos e das relações implícitas naquilo que é dito matemática.” (Ocsana Danyluk,2002-pg 19)

Os estímulos da família continuam a assumir posição de destaque na construção do conhecimento matemática, nesta fase é
necessário um trabalho coletivo entre instituição de ensino, professores e familiares, no Ensino Fundamental a criança se depara
com uma abordagem diferenciada do que era acostumada a encontrar na educação infantil, onde todo o processo de construção
matemática era voltado ao concreto e neste período lhe é apresentado indícios do abstrato, preparando-se para desenvolver uma
linguagem lógica matemática, neste período o professor precisa estar atento aos primeiros indícios de dificuldade apresentados
para o processo da alfabetização Matemática se concretizar é desenvolver um trabalho pedagógico coletivo com a família,
evitando que o problema persista e reflita em outras fases do ensino que estão por vir.

O que parece simples aos olhos de um adulto, para uma criança pode parecer complexo e sem significado,
tomemos como exemplo o ensino das frações e lanço uma questão para refletirmos: como ensinar frações
se a criança não compreende o processo da divisão?

Fonte: autoria própria

A criança ao entrar na escola teve contato com ações e atividades que envolviam matemática e mesmo inconscientemente
desenvolviam essas atividades com tamanha facilidade que parecem executá-las de maneira mecânicas e com decorrer do tempo
se tornam ações rotineiras, abrangendo aspectos quantitativos do seu cotidiano, desta forma, a criança entra na escola com
conhecimentos pré-adquiridos de comparação, classificação, associação, quantificação, mas basta sair da educação infantil e
iniciar o ensino fundamental para que essa harmonia sofra ruídos na comunicação, ocasionando em dificuldades e bloqueios no
ensino e aprendizado da matemática, neste contexto adquirir à linguagem matemática fundamentada em uma alfabetização
peculiar a linguagem concreta e abstrata é necessário.

Deste modo refletir sobre as contribuições que a prática docente proporciona alinhada com os estímulos externos do cotidiano e
da família, dentro do processo de alfabetização e unificação das formas da linguagem matemática, sendo assim, ser alfabetizado na
linguagem matemática e saber ler, interpretar o que se lê, resolver as incógnitas, clareza na execução dos cálculos e nas ações
matemáticas estabelecidas pela álgebra, aritmética, resolução de problemas, raciocínio lógico e geometria.

Segundo Ocsana (2002):

o ato de ler e de escrever a linguagem matemática não se realiza apenas nos anos iniciais. É possível
[...]

constatar que, no ensino básico, os estudantes entram em contato com os primeiros conceitos de Álgebra,
para citar um dos ramos da matemática. Da mesma forma, no ensino superior, ao se deparar com um texto
de Cálculo ou mesmo de Geometria Analítica. (Ocsana pg 12- 2002)

Do fazer ao entender matemática em sala de aula, torna-se tema gerador e desafiador entre os professores que atuam nesta
modalidade de ensino, pois os educadores sabem que mesmo o aluno ter conhecimentos pré adquiridos da área, mantendo uma
familiaridade com a matemática ao entrar na escola e iniciar sua jornada estudantil vão desenvolver uma intolerância e até mesmo
resistência ao processo ensino da matemática, criando barreiras que será prejudicial na codificação do conhecimento.

Alfabetização matemática concilia com a construção do conhecimento, onde destaca-se a importância e a influência que os meios
internos e externos exercem na neste processo inicial de preparação para a Alfabetização Matemática, essa construção da
estrutura do conceito se constrói de comum acordo com a idade e série que os educandos estão inseridos, um dos meios que mais
influenciam e solidifica o conhecimento são os estímulos que a criança recebe desde o berçário até o Ensino Fundamental e
consequentemente em anos posteriores, anos escolares considerados como suporte e alicerce para os anos que virão a seguir na
jornada acadêmica deste cidadão.

É importante termos uma visão clara que o conceito alfabetização não se relaciona somente com linguística ou com temas
abrangentes da área das humanas, mas também é possível relacionar com área das exatas, onde a criança ao fazer seus primeiros
rabiscos está estimulando a linguagem matemática com suas infinitas fórmulas e símbolos. De acordo com Ocsana (2002):

Compreendo a alfabetização matemática, portanto, como fenômeno que trata da compreensão, da


interpretação e da comunicação dos conteúdos matemáticos ensinados na escola, tidos como iniciais para a
construção do conhecimento matemático.(Ocsana – 2002 pg 26)

O que se propõe e se espera dentro das instituições de ensino é que a criança seja capaz de aprender e codificar aquilo que lhe foi
ensinado e para que isto aconteça de forma sincronizada a teoria deve estar alinhada com a prática, o despertar do raciocínio
lógico deve acompanhar o desenvolvimento epistemológicos da criança, à medida que ela cria maturidade sobre determinado
assunto matemático o seu cérebro vai arquivando e codificando conhecimentos que serão utilizados ao longo da vida, o que os
educadores e profissionais envolvidos devem conscientizar-se é que o processo de codificação só acontece se a criança conseguir
relacionar a teoria com a prática, ou seja, se ela conseguir transportar o concreto no abstrato, percebendo e dando sentido ao tema
que está sendo abordado.

Muitos fatores influenciam nesta construção, atualmente a criança recebe informações de muitos meios, seja tecnológico, familiar,
cultural, social, econômico, político, entre tantos outros fatores, que devem ser considerados no processo de construção do
conhecimento, cabe ao professor atuar como mediador e intérprete desses fatores que vem modificando e quebrando paradigmas
dentro do processo ensino e aprendizagem.

Proporcionar meios para que a criança construa seu conhecimento está vem tornando- se ferramenta forte dentro das instituições
de ensino, e vem gerando muitas discussões entre pesquisadores e acadêmicos da área que propõem mudanças nas práticas
pedagógicas, uma vez que os educando de hoje são diferentes dos educandos do passado, onde no passado tudo que se era
apresentado era aceito sem questionamento, com o intuito apenas de memorização temporária e reprodução mecânica, hoje as
instituições visualizam a necessidade de mudanças nas práticas pedagógicas, uma vez que os meios externos e principalmente o
avanço tecnológico vem influenciando cada dia mais em atividades pedagógicas, neste contexto continuar com a visão equivocada
que a escola é agente autoritário que impõe uma educação mecânica e formalizada, que induz os alunos q reproduzir de forma
mecânica e temporária, leva a falhas irreparáveis no processo de aprendizagem.

A construção do conhecimento ultimamente está sendo influenciado por diversos meios externos, o papel do professor que até
então era considerado o único detentor do saber, passa a ser um mediador que fará a ponte entre toda essa informação
apresentada pelos meios externos com a construção interna do conhecimento, o papel do professor neste processo é filtrar e
codificar toda a informação que vem chegando como uma grande correnteza que necessita ser atravessada sem que cause
prejuízos, com a ajuda da internet e dos meios tecnológicos as informações avançam rapidamente e atingindo um campo
considerável dentro da sociedade, desta forma os alunos são capazes de contribuir com as aulas e ousamos afirmar que muitos
desses alunos contribuem com propriedade de causa, pois se asseguram graças a bagagem ampla e bem estruturada, repleta de
informações adquiridas fora das instituições de ensino, desta forma o aluno passa a ser o protagonista de sua história selando o
conceito da Alfabetização Matemática na estrutura do Ensino Fundamental.

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ATIVIDADES
1. Desde a era de Platão que ouvimos rumores sobre o mito da Caverna, que seria o fato do homem sair da zona de conforto e
buscar atingir seus objetivos, a ideia de Platão vem de encontro com a construção do conhecimento, pois desde os tempos da
caverna que o homem vem se adaptando e buscando condições de transformar seu meio, diante disso analise as afirmativas:

I) A matemática passa a ser instrumento norteador no desenvolvimento do ser humano.

O homem preso
II) a zona de conforto não consegue assimilar a importância da matemática no processo de construção do
conhecimento

III) A matemática vem de encontro com o processo ensino e aprendizagem

IV) Partindo do pressuposto de transformação e codificação do conhecimento, a matemática não é capaz de influenciar o meio.

Assinale a alternativa correta:

a) Somente a alternativa I

b) Somente a alternativa II

c) Somente as alternativas I e IV

d) Somente as alternativas I e III

e) Todas as alternativas estão corretas.

2. O Ensino fundamental é a etapa da educação que se inicia a leitura da linguagem Matemática, é neste período que será
apresentado à aritmética, inicialmente com materiais concretos, relacionando com o cotidiano até passar para o encantador
mundo abstrato da álgebra, quais os fatores que podemos considerar norteadoras neste processo?

Analise as afirmativas e assinale a alternativa correta:

I) O professor deve ser o mediador entre a teoria e a prática

II)No ensino fundamental o aluno é gerente de suas ações e o professor não necessita estar alinhado a seus alunos, para que o
processo aconteça.

III) O professor precisa dialogar com a classe, instigando os alunos a interagir e trocar informações entre si
IV) O professor deve evitar explicar para o aluno detalhadamente aquilo que está preste a realizar, pois o aluno precisa
desenvolver em si a descoberta.

V) O papel do professor nesta fase é proporcionar meios para que o aluno realizem a leitura dos problemas aritméticos, sem
importar com os resultados que serão obtidos, o que importa nesta fase é entender o processo, sem necessidade de codificá-los

Neste sentido estão corretas as alternativas:

a) Somente I e V

b) Somente I e III

c) Somente III e IV

d) Somente I, II e III

e) Somente II e IV

3. A criança ao deixar a educação infantil e iniciar o ensino Fundamental deve possuir alguns requisitos básicos, requisitos esses
que são primordiais para construção do conhecimento nas etapas seguintes, analise as afirmativas em seguida assinale verdadeiro
ou falso:

I) Lateralidade e coordenação motora

II) Associação e quantidade

III) Noções de quantidade, tamanho e espessura

IV) Oralidade e sensibilidade

V) Dicção e sensibilidade

Assinale a alternativa correta:

a) v, v, v, f, v

b) v, v, v, f, f

c) f, f, f, v, v

d) v, f, v, f, v

e) v, v, v, v, f

Resolução das atividades

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RESUMO
Caro(a) aluno(a)!

Chegamos ao final de nosso primeiro encontro, durante a leitura de nosso material de estudos e no decorrer de toda a produção
deste material a maior preocupação que tínhamos era contextualizar utilizando uma linguagem dialógica capaz de possibilitar o
leitor(a) a um sólido aprofundamento, tanto teórico como prático, desenvolvendo o epistemológico e ampliando o conhecimento
teórico e estrutural sobre a construção do conhecimento matemático, durante toda nossa leitura o intuito foi proporcionar
caminhos e condições para que os envolvidos compreendessem o princípio do processo da Alfabetização Matemática, tornando a
aprendizagem significativa e facilitando a codificação da linguagem matemática através das estruturas e construção do conceito
que é abordado desde a educação infantil até no Ensino Fundamental, possibilitou ao leitores compreender que de acordo com a
idade da criança e a medida que avança e progride em idade escolar, a estrutura e formação do processo da linguagem matemática
é estruturada e desenvolvida no cognitivo da criança.

Estudos revelam que é possível construir o conhecimento matemático e iniciarmos a alfabetização matemática antes da criança
estar em idade escolar, em diversos momentos de nosso material de estudos foi enfatizado a importância de valorizar os
conhecimentos prévios, pois na grande maioria das vezes, deixamos de explorar algumas situações e valorizar o conhecimento
prévios por carregarmos vestígios tradicionais que afirmam que compreender as origens e valorizar o que carregamos não
agregam ao ensino e aprendizagem do conceito numérico, engana-se pois são esses conhecimentos é que irão facilitar no processo
ensino-aprendizagem, solidificando a origem do conceito e a estrutura do conceito na educação infantil e ensino fundamental.

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Material Complementar

Leitura
Como é possível o conhecimento Matemático?

Autor: Alexandre Augusto Ferraz e Ricardo Pereira Tassianari

Editora: Unesp

Sinopse Neste livro, a partir da Epistemologia Genética, objetiva-se


:

explicitar como se constroem estruturas presentes e necessárias na


Lógica e na Matemática, através de relações entre estruturas epistêmico-
psicológicas, estudadas na Psicologia Genética, e estruturas abstratas,
estudadas na Lógica e na Matemática.

Acesse

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REFERÊNCIAS
VITTI, C. M. Matemática com prazer, a partir da história e da geometria 2ª Ed. Piracicaba – São Paulo. Editora UNIMEP. 1999.
.

103p

National Council of Teachers of Mathematics (NCTM). Worthwhile mathematical tasks. In Professional standards for teaching
mathematics. Reston, VA: National Council of Teachers of Mathematics, 1991. p. 34

SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez (Org.). Ler, escrever e resolver problemas habilidades básicas para aprender Matemática.
:

Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 25

Danyluk, Ocsana. Alfabetização matemática: as primeiras manifestações da escrita infantil. 2ª ed. Porto Alegre- Rio Grande do
Sul. Editora Ediupf.2002

KAMII, C. Aritmética: novas perspectivas. Campinas: Papirus, 1986. Ministério da Educação e do Desporto/Secretaria do Ensino
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998

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APROFUNDANDO
Nossa trilha do conhecimento inicia pela Educação Matemática, onde para prosseguir pelos caminhos do conhecimento é
necessário responder aos questionamentos:

O que ensinar?

Por quê ensinar?

Como ensinar?

Chegou o melhor momento de nossa leitura, este é um espaço destinado ao aprofundamento do saber, uma possibilidade de
ampliarmos nossos conhecimentos de uma forma agradável e divertida, este espaço nos possibilita um mergulho neste mundo
encantado da alfabetização matemática, onde desvendamos as trilhas misteriosas da construção do conhecimento matemático.

Para construir o conhecimento Matemático e descobrir a origem do conceito, todo educador necessita conhecer as respostas dos
três questionamentos levantados e fornece ferramentas para construção do conhecimento para só então alfabetizar uma criança
matematicamente.

Então responda:

O que ensinar?

Para prosseguir no caminho que nos leva a alfabetização matemática, o educador deve criar na criança condições para que ela
associe a abstração do conceito ao seu dia a dia, mostrando domínio do conteúdo e carisma com o tema abordado.

Para que ensinar?

Ensina-se para proporcionar a aprendizagem e possibilitar uma expansão do conhecimento.

Como ensinar?

Associando a teoria com a prática, utilizando a ludicidade em sala de aula, tornando o conhecimento prazeroso e significativo.

A matemática não é formada apenas com números, mas também com todos os eixos que estruturam e solidifica as bases
fundamentais para o ensino e aprendizagem da matemática, desta forma seguindo nossa trilha do conhecimento apresentamos
algumas sugestões de atividades para serem desenvolvidas na educação infantil com o objetivo despertar nas crianças condições
para que aprendam e sejam alfabetizadas matematicamente.
Em uma turminha de 4 a 5 anos, aplica-se a atividade de encontrar a semelhança.

Encontre as figuras repetidas

Comando: Observe os desenhos dos animais e pinte as figuras repetidas com a mesma cor.

Objetivo Trabalhar a semelhança, igualdade, desenvolver o raciocínio


: e mesmo não conhecendo quantidade é possível
desenvolver oralmente, conceito numérico associado às imagens.

Figura: Encontre a semelhança

Fonte: adaptado de Atividades Pedagógicas (online).

Continuando nossa caminhada por nossa trilha do conhecimento, encontramos a atividade dos elementos iguais.

Elementos de mesma espécie

Nesta atividade é aplicada na Educação Infantil e 1º ano de Ensino Fundamental.

O objetivo é introduzir a comparação de objetos, semelhança e quantidade.

DA MESMA ESPÉCIE EXISTEM NESTA CENA


Figura: Elementos iguais

Fonte: Educa Alunos (2014, online).

E assim chegamos ao final de nossa trilha do conhecimento, onde o que encontramos no final dela foi um baú de ideias que indicam
a ludicidade como o melhor caminho para o ensino e aprendizagem da matemática e para estruturar e fundamentar os conceitos.

PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação .

a Distância; RAMOS Antoneli da Silva;


,

Alfabetização Matemática.

Antoneli da Silva Ramos;

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.

34 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Alfabetização. 2. Matemática. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 372

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos Shutterstock
:

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900

Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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AS IMPLICAÇÕES NO
PROCESSO PARA A
ALFABETIZAÇÃO
MATEMÁTICA
Professor (a) :

Esp. Antoneli da Silva Ramos

Objetivos de aprendizagem
•Contextualizar e apresentar a ligação dos processos que norteiam o ensino e aprendizagem, despertando as ações para a
construção da Alfabetização Matemática.

• Discutir e analisar os modelos e metodologias adotadas em sala de aula para construir o conhecimento matemático

• Analisar e refl etir sobre as bases teóricas adotadas em sala de aula, pois base teórica bem fundamentada é primordial para os
encadeamentos do processo para a Alfabetização Matemática
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• Encadeamentos para o processo

• A predominância dos modelos dentro dos processos

• O processo de construção das aulas

Introdução
Olá, caro (a) aluno (a) da Unicesumar!

Este material foi elaborado pensando especialmente em você que busca ampliar a compreensão sobre a alfabetização matemática,
nele procurou-se apresentar e contextualizar as implicações para construir os processos de ensino e aprendizagem na
alfabetização matemática, os conteúdos aqui apresentados possuem um único objetivo que é de aprimorar seus conhecimentos na
área e contribuir em sua formação acadêmica e profissional, pois todo o docente em Matemática necessita conhecer a origem dos
processos e estruturação do aprendizado.

Convido você a se envolver com a leitura do material, aproveitando o máximo das informações apresentadas, desenvolvendo e
utilizando-as como um suporte pedagógico, uma vez que toda jornada acadêmica e profissional exige investimentos intelectuais e
pessoais, pois se trata de um momento de transformação de vidas e consequentemente transformação da sociedade na qual
estamos inseridos, neste contexto, é necessário criar possibilidades e estabelecer mudanças no processo ensino e de
aprendizagem.

Neste material de apoio pedagógico, procurou-se desenvolver uma produção com textos dialógicos capazes de fomentar a
integração do processo educacional com a vivência em sala de aula, desenvolvendo experiência e despertando a formação
acadêmica, estimulando competências e habilidades, abordando os conteúdos de um modo que o leitor aproxime-se do tema
abordado, estreitando o processo de codificação do conhecimento.

Desta forma, organizamos os conteúdos em tópicos, distribuindo os temas que iremos abordar, possibilitando o leitor a criar um
mapa conceitual e estruturar a aplicabilidade do tema que abordaremos, desta forma abordaremos os encadeamentos para o
processo do alfabetizar matematicamente, os modelos que predominam dentro deste processo e finalizando com os
encadeamentos dentro da sala de aula.

Sendo assim, convido você a apreciar e aproveitar a leitura deste material.


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ENCADEAMENTOS PARA O PROCESSO


Nesta aula, nossa proposta é aprofundarmos sobre ato de articular os processos, acompanhe:

Partimos da crença de que é apenas a partir da própria experiência que se facilita a construção do
conhecimento matemático. Somente uma metodologia apoiada na sutileza do raciocínio próprio pode
conduzir a proposições mais abstratas e à utilização do raciocínio formal, lógico e dedutivo típico da
matemática.

(MIGUEL, José Carlos, ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA: IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS, 16f, artigo do


Núcleo de Ensino da FFC – UNESP – Campus de Marília).

Os encadeamentos do processo que norteiam o ensino e a aprendizagem matemática, são inúmeros, existe um descontentamento
após as avaliações que são utilizadas como indicadores de assimilação de aprendizagem e conhecimento Matemática, entretanto,
utilizar apenas avaliações como indicadores de aprendizagem é um grande risco, ao longo de nossos estudos será possível
observar que a Matemática está inserida em nosso dia a dia, inclusive em leituras anteriores identificamos possibilidades de
construir e alfabetizar matematicamente desde os primeiros meses de vida, através de estímulos familiares e sociais.

Sabemos que as crianças possuem uma afetividade aos assuntos matemáticos mesmo não estando em idade escolar, porém isso
poderá modificar ao ingressarem na escola, possivelmente a causa desta mudança seja por conta do processo de escolarização
forçar a criança a resistir e até mesmo repudiar a disciplina, consequência de uma herança social e cultural que bloqueia o
reconhecimento neurológico da matemática alinhado a necessidade para a vida tanto acadêmica quanto profissional.

Um dos maiores agravantes no processo da alfabetização matemática é os profissionais que trabalham nesta área não possuírem
formação específica na disciplina, o que gera insegurança ao transmitir os conteúdos às crianças, deixando-se levar por modelos
tradicionais e obsoletos que não prendem atenção das crianças e não os instigam a curiosidade, deixando a Matemática confusa e
totalmente abstrata, não possibilitando a criança associar a teoria com a prática, consequentemente às crianças não visualizam
significado e nem sentido para aquilo que está sendo transmitido, consequentemente o que era para ser codificado acaba se
perdendo em um processo de ensino mecanizado, processo este, que não leva o aluno a aprendizagem.
Ao longo de nossas leituras, o viés de discussão são os encadeamentos, de que modo é possível articular o
aprendizado Matemático para que a aprendizagem faça sentido aos envolvidos.Mas o que seria sentido no
aprendizado?

Fonte: a autora

Sabemos que a palavra sentido, possui vários conceitos, de acordo com a situação que está inserida, no ensino da Matemática
proporcionar sentido ao aprendizado é vincular aplicação ao conteúdo, proporcionando entendimento e propriedade de causa,
proporcionando a compreensão do assunto abordado, no caso da matemática proporcionando compreensão da aplicação de suas
inúmeras fórmula, o desenvolvimento da sequência lógica, a resolução de problemas entre outros.

É do conhecimento da humanidade que a Matemática está alinhada a diversas áreas do conhecimento, poderíamos dizer que em
algumas delas trata-se de instrumento norteador, orientando as buscas e compreensão necessária para a formação do processo de
ensino e aprendizagem, para a construção do saber. Nesse sentido:

A palavra ‘sentido’ parece estar cada vez mais presente nas preocupações dos professores sobre o ensino
da matemática. ‘Como conseguir que os alunos encontrem o sentido da atividade matemática?’, ‘Os alunos
agem mecanicamente sem dar sentido ao que fazem’, entre outras, são expressões habituais dos
professores. A palavra ‘sentido’ parece explicar intenções, conquistas e frustrações. No entanto, questões
como qual significado se atribui à palavra, onde se encontra o sentido, se é algo que o docente dá ou o aluno
constrói e em que condições, longe de serem claras e compartilhadas, comportam profundas diferenças e
contradições”. (PANIZZA, 2006, p. 19, grifos do autor).

No processo de ensino e aprendizagem o processo para a Alfabetização Matemática se constrói em duas vertentes que são os
educandos e os educadores, quando falamos de educadores não estamos apenas associando aos professores, mas também a todas
as pessoas envolvidas no processo de ensino, como os pais, os irmãos, avós, enfim familiares e sociedade, mesmo sabendo que o
tradicionalismo que norteiam as quatro paredes de um ambiente escolar não aceitam e também não consideram o senso comum e
os conhecimentos prévios como um indicador para conhecer e descobrir representações simbólicas e socioculturais, ou seja,
dentro de uma escola cada educando traz consigo culturas e formas próprias de representar e organizar os fatos cabe à escola
adaptar essa diversidade a realidade, alinhando e orientando no processo de ensino e aprendizagem, encaminhando a construção
do conhecimento.

Neste sentido, um trabalho comunicativo e interdisciplinar em Matemática é prioridade, considerando as representações prévias
dos educandos agrupadas com o conhecimento dos professores, de um modo que, depois de identificado as concepções e
discutido as implicações que conduzem o processo de construção do conhecimento em Matemática, possibilita a preparação para
o processo de Alfabetizar Matematicamente.

É neste viés que será construído e desenvolvido o ensino da Matemática, processo oportuno para desenvolver a comunicação,
leitura e a escrita, nas aulas de Matemática, rompendo as tradicionais posturas didáticas que afastam e alienam o conhecimento
Matemático dos educandos, principalmente nas crianças. Não podemos mudar o processo de uma forma brusca, mas sim
gradativamente, assim, faz-se necessário estabelecer relações, discutir as implicações da atual prática docente, com o objetivo de
organizar o conhecimento Matemático.

Estamos caminhando para o processo de construção da Alfabetização matemática, com a construção do número e o
desenvolvimento da problematização e ludicidade no ensino, porém toda construção necessita de um alicerce sólido, dentro da
construção civil um bom alicerce se constrói utilizando material de primeira qualidade, com medidas precisas, dentro do processo
de ensino um bom alicerce se constrói com argumentos sólidos, com propriedades de causa, codificando o processo de construção
do número, utilizando recursos como a ludicidade, a problematização e as ideias implícitas nas quatro operações.
Para que isto ocorra, as bases teóricas e metodológicas deve possuir uma delineação de como se constrói a Alfabetização,
compreendendo suas implicações para prática docente, consequentemente formulando e moldando as concepções de letramento
e alfabetização, sim, dentro do processo de aprendizagem e construção do saber matemático, o educando inicia o seu caminhar
pedagógico pelo processo de letramento e alfabetização, entretanto, é comum relacionarmos a alfabetização apenas a linguagem
materna, porém seus pressupostos, seus pontos de aproximação e distanciamentos estão atrelados inclusive no ensino da
Matemática.

Convido você a aprofundar-se, a inteirar-se, sobre o cotidiano de um aula de Matemática. Qual é a


associação que o educador faz a alfabetização e ao ensino da matemática?

Sabemos que as crianças antes de ingressar nas instituições de ensino, elas recebem constantemente e diariamente inúmeras
possibilidades de envolverem em atividades Matemáticas, mesmo que implícitas, desenvolvem aspectos quantitativos. Isto é uma
possibilidade proporcionada à criança de classificar, ordenar e quantificar, nesta fase a criança é capaz de medir, sentem-se livres
nos raciocínios lógicos e preservam uma boa relação com o ensino da Matemática.

Então, qual o motivo que leva a criança a repudiar a disciplina à medida que avança em sua vida escolar?

É muito comum encontrar em muitos centros de Educação Infantil, pouco interesse e incentivo e investimento nos profissionais
que atuam e trabalha no ensino da Matemática, fator que compromete a aprendizagem, principalmente nas especificidades que a
Matemática exige no início da escolarização.

O que é mais comum na Educação Infantil e no Ensino Fundamental é encontrar professores cujos seus planejamentos priorizam
apenas os processos de leitura, escrita e desenvolvimento da língua materna, deixando a leitura, escrita e alfabetização
Matemática para segmentos futuros de aprendizagem e quando chegam a abordar é de um modo secundário, descontextualizado
e desvinculado totalmente da língua materna.

Com esta forma de ensinar o educador aliena o conhecimento Matemático, gera repúdio a disciplina e bloqueia o aprendizado,
consequentemente impossibilita a codificação do conhecimento, seguindo esse processo, o ensino torna-se alheio a qualquer tipo
de conhecimento, portanto compete ao profissional de educação buscar iniciativas que rompam essas concepções e que estimule
nos educandos uma aprendizagem prazerosa e significativa

São inúmeros os problemas de aprendizagem que deparamos em sala de aula, principalmente as


dificuldades que surgem no processo de construção do saber e Alfabetização Matemática, para enfrentar
essa situação uma professora decidiu mudar suas estratégias e metodologia de ensino, passou a vincular as
questões pertinentes do conhecimento Matemático com a História da Matemática, em suas aulas a
professora utilizava textos sobre a História da Matemática para abordar os conteúdos de Matemática. Nas
primeiras aulas que tivemos oportunidade de observar estudavam a contagem, a professora dispunha de
textos condizentes com a faixa etária das crianças, que descreviam como se contava antigamente e qual era
a utilidade da contagem.

Nos relatos dos alunos, a professora percebeu que eles mais gostavam de fazer em na sala de aula, era
desenhar, contar e escrever, mas quando questionava os alunos – Ah! Então você gosta de contar? Eles
respondiam: Gosto! A professora contou a história!

Eles viam a matemática de forma prazerosa, conseguiam através das histórias associarem a teoria com a
prática, proporcionando o vínculo entre o ensino da Matemática e a vida. Mas qual história a professora
contava? A da ovelha e das Pedrinhas, um texto que relata o processo de contagem, pois antigamente os
pastores para não perder nenhuma ovelha utilizavam pedrinhas para marcá-las, identificando a quantidades
de ovelhas que estavam em seus cuidados naquele dia, ou seja, esse texto mostra para o aluno como e para
que se contava antigamente. E dentro dessa perspectiva foi possível instigar o aluno a refletir e associar ao
seu dia a dia, por exemplo:

Professor- O que você pode contar?

Aluno- Posso contar minhas figurinhas.

Professora – para que você pode contar?

Aluno- Para ninguém roubar!

Professora – E você utiliza pedrinhas para contar?

Aluno- Não eu utilizo os dedos!

Desta forma, a professora pode explorar inclusive códigos e ordenação, desvinculando do tradicional ensino
que explora apenas a noção de contagem.

Esta proposta de trabalho em sala de aula é fundamentada no processo de construção de conceitos, buscando um resgate de fatos
matemáticos, uma evolução histórica e significativa às demais áreas do conhecimento.

Ao revelar a Matemática como uma criação humana, ao mostrar necessidades e preocupações de diferentes
momentos históricos, ao estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado
e do presente, o professor tem a possibilidade de desenvolver atitudes e valores mais favoráveis do aluno
diante do conhecimento matemático (BRASIL, 2000, p. 45).

Mesmo essas iniciativas de atividades apresentarem bons resultados e terem fundamentação teórica são pouco utilizadas em sala
de aula, uma das razões para não utilizarem seria a formação do professor, falta de apoio dos gestores, defasagem em idade série,
falta de recursos pedagógicos voltados para a área, e ainda o que é mais comum depararmos em sala de aula com professores que
possuem o medo e comodismo diante da situação, muitos ainda insistem em utilizar material pronto e apostilado, gerando um
aprendizado mecânico e sem significado.

O ensino da Matemática deve ser significativo, associando a teoria com a prática, fazendo o intercâmbio entre o concreto e o
abstrato, pois a criança precisa ser preparada para o processo de abstração, caso contrário terá dificuldade Matemática
constantemente ao longo de sua evolução acadêmica.
A PREDOMINÂNCIA DOS MODELOS
DENTRO DOS PROCESSOS
Os modelos tradicionais de educação conduzem o ensino da matemática a um caminho silencioso e sem diálogo, no sentido da
maioria das aulas serem impostas e repletas de modelos tradicionais que não possibilitam a troca de experiências e tão pouco o
desenvolvimento de uma aula significativa, onde os modelos utilizados segue o padrão do professor como detentor do saber,
posicionado a frente dos educandos e impondo as regras, cujo o único objetivo dessas regras é assegurar que o professor seja
seguido pelos educandos em aula, como consequência o educandos repete essas regras de forma mecanizada, memorizam os
conteúdos apenas para a prova, esse distanciamento entre o professor e o educandos gera complicações no processo de ensino e
aprendizagem, impedindo que o ciclo da alfabetização matemática se concretize.

Os modelos e metodologias adotadas em sala de aula para construir o conhecimento Matemático devem partir das conversas
entre educador e educando, partir dos questionamentos, deve partir entre as trocas de conhecimentos prévios, enfim
aproximando os autores envolvidos do processo de ensino, segundo Kamil a interação social é fundamental:

os adultos e outras crianças constituem o ambiente social de uma criança, eles também influenciam
“[...]

fortemente sua construção do conhecimento lógico-matemático de várias maneiras. Eles alimentam a


atividade mental da criança por meios indiretos (como acontece quando se põe uma dúvida, diante da
criança, a respeito da veracidade de uma idéia), ou eles fazem algo que desencadeia na criança um ímpeto
de tentar fazer uma nova relação entre ideias. (KAMII, 1986, p. 58)

Sabemos que uma disciplina exata como a matemática para se desenvolver é necessário seguir um currículo hierarquizado, o que
não é compreensível é que o educador permita que esse ensino hierarquizado transforme-se em oposição a disciplina, repúdio por
parte dos educandos, gerando consequentemente dificuldade no aprendizado. Na maioria das aulas de matemática o que é comum
encontrar é um conhecimento exato, onde não há espaço ao diálogo e questionamento, portanto, os modelos e metodologias
adotadas podem construir ou destruir o aprendizado.

Os que mais encontramos em sala de aula são educando com defasagem no aprendizado, não conseguem resolver operações
básicas, não compreendem conceitos como números racionais e a sua representação fracionária, o que é mais agravante não
conseguem interpretar problemas com operações básicas como adição e subtração, mas o educando não é o único responsável por
esse processo, o educador deve ter conhecimento do problema e buscar solucioná-lo, no entanto o que é mais comum é encontrar
educadores que desconhecem o problema e acabam progredindo o educandos sem os conhecimentos básicos.

Neste processo de construção do modelo é comum encontrarmos crianças que estão finalizando o ensino Fundamental I sem
conseguir operar e desenvolver operações básicas como adição e subtração, este problema é decorrência da falta de comunicação
entre educador e educando, que não consegue identificar o problema a tempo de saná-lo. Através do diálogo o educador é capaz
de perceber como seus educando estão processando as informações a ele oferecidas, possibilitando identificar possíveis
problemas a tempo de modificá-los.

Introduzir os recursos de comunicação nas aulas das séries iniciais pode concretizar a aprendizagem em
uma perspectiva mais significativa para o aluno e favorecer o acompanhamento desse processo por parte
do professor (SMOLE & DINIZ, 2001, p.15)

A construção do modelo ideal de aprendizado está alicerçada em três fatores, que são:

A exploração, a organização e o relacionamento dos pensamentos, que possibilitam a construção do conhecimento e este é o
caminho para desenvolver a Alfabetização Matemática, o conhecimento matemático deve ser construído de forma intrínseca,
pelos próprios autores envolvidos, segundo Kamii muitos educadores não conseguem reconhecer seus alunos como seres
pensantes capazes de refletir sobre os mais diversos assuntos, e na maioria das vezes pensam neles como “[...] um copo vazio que
deve ser cheio a um certo nível na 1ª série, um pouco mais na 2ª série, e assim sucessivamente”. (KAMII, 1986, p. 294).

Então a construção de modelos e metodologias deve partir da concepção que os educandos desenvolvem em relação ao
conhecimento, pois o educando é um agente transformador, ele é capaz de transformar simples regras de memorização em
processo de codificação de aprendizagem.

o ensino de Matemática prestará sua contribuição, à medida que forem exploradas metodologias que
“[...]

priorizem a criação de estratégias, a comprovação, a justificativa, a argumentação, o espírito crítico, e


favoreçam a criatividade, o trabalho coletivo, a iniciativa pessoal e a autonomia advinda do
desenvolvimento da confiança na própria capacidade de conhecer e enfrentar desafios (BRASIL, 2000, p.
31)

Para se desenvolver o ensino da Matemática os modelos de aprendizagem adotadas devem possibilitar condições para que o
educando faça a matemática, com intuito de chegar no caminho correto, para isto, o educador pode-se amparar nos Parâmetros
Curriculares Nacionais – Matemática (BRASIL, 2000) que destacam como meios facilitadores de aprendizagem a Resolução de
Problemas, as tecnologias de Informação, a História da Matemática, os jogos e o trabalho em grupos cooperativos.

Sabe-se que a diversidade no processo de construção de aprendizagem é inúmera, pois se trata de um processo individualizado,
onde cada envolvido possui sua capacidade de aprender, cabe ao educador despertar essa capacidade e motivá-los a aprender,
necessitando desenvolver métodos de ensino, iniciativas que facilitem e auxilie o educando a aprendizagem, um dos métodos que
auxiliam no processo mais eficaz é o uso da resolução de problemas, pois através da resolução de problemas que é possível
organizar o conhecimento matemático.

Utilizando a resolução de problemas o educador é capaz de apresentar situações inovadoras e motivadoras, aproximando a
realidade do aluno ao conhecimento, aproximando a teoria com a prática, possibilitando inúmeros procedimentos de comparação
de resultados, fazendo com que o educando organize e estruture o raciocínio, valorizando habilidades e competências, mostrando
ao educando que o mais importante é entender o processo e não apenas chegar a respostas prontas, inclusive com a resolução de
problemas é possível auxiliar o processo de alfabetização e letramento, afinal em um problema envolve tanto o raciocínio, a
interpretação, a leitura, a escrita e os cálculos. Entretanto, “[...] tradicionalmente, os problemas não têm desempenhado seu
verdadeiro papel no ensino, pois, na melhor das hipóteses são utilizados apenas como forma de aplicação de conhecimentos
adquiridos anteriormente pelos alunos”. (BRASIL, 2000, p. 42).

A estrutura interna interfere na aprendizagem matemática, pois estar interligadas neste processo, a estrutura da aprendizagem
matemática está ligada a abstração, a níveis de complexidade e a formalização de conteúdos, isto justifica a necessidade de
construir as noções matemáticas a partir de situações concretas, apresentando o conteúdo a partir do próprio ambiente,
diversificando os recursos didáticos e metodológicos, atentando-se que ao avaliar o aluno considerar como prioridade o
conhecimento e o processo que ele desenvolveu para construir o conhecimento, pois nem sempre errar significa falta de
conhecimento ou incompreensão. “[...] a tarefa do avaliador constitui um permanente exercício de interpretação de sinais e
indícios” (BRASIL, 2000, p. 59), que estão além do desempenho em exames e provas.

Se na escola assumirmos tanto ao ensinar como ao avaliar, que fazer Matemática é mais do que fazer contas,
não só poderíamos conseguir que as crianças adquirissem conhecimentos como também ofereceríamos a
oportunidade de que elas se apaixonassem por essa invenção humana que é a Matemática.

(ZUNINO, 1996, p.27).

Alguns fatores podem ser condicionantes para o processo de ensino e aprendizagem Matemática, pois o processo de
aprendizagem é construído antes da escolarização, porém o ensino da Matemática está condicionada a alguma regras do senso
comum que influenciam diretamente nas concepções e estruturas da aprendizagem. Assim é comum recebermos dentro dos
muros das escolas, crianças que trazem conceitos e ideias errôneas, considerando a disciplina difícil, cheia de regras e conceitos
complicados, que o desenvolvimento da aprendizagem é para poucos, que a matemática não é aplicável fora do ambiente escolar,
que a matemática não faz parte do cotidiano.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais justifica-se a presença da Matemática no currículo escolar, pois ela “[...] permite resolver
problemas da vida cotidiana, tem muitas aplicações no mundo do trabalho e funciona como instrumento essencial para a
construção de conhecimentos em outras áreas curriculares”. Assim, justifica-se a construção e formação das habilidades e
competências, desenvolvendo agilidade no raciocínio dos educandos.

O conhecimento matemático é fruto de um processo de que fazem parte a imaginação, os contra exemplos,
as conjecturas, as críticas, os erros e os acertos. Mas ele é apresentado de forma descontextualizada,
atemporal e geral, porque é preocupação do matemático comunicar resultados e não o processo pelo qual
os produziu. (BRASIL,2000, p. 28).

É natural de toda criança ser curiosa, elas são verdadeiras esponjas, que absorvem tudo o que visualizam, ouvem e tocam, elas são
extremamente participativas e questionadoras, desta forma, elas constroem o seu conhecimento, porém os métodos tradicionais
bloqueiam a construção, pois ignoram os conhecimentos prévios das crianças, tornando-as passíveis, opacas e ao invés de
construir o conhecimento elas apenas recebem o conhecimento.

os alunos constroem o seu conhecimento, logo, o modelo de ensino não pode ser baseado na
“[...]

transmissão do conhecimento por parte do professor, mas sim, num modelo onde a investigação, a
construção e a comunicação entre os alunos são palavras-chave.(SERRAZINA, 2000, p. 67).

Para predominar os modelos e processos da aprendizagem matemática é fundamental desenvolver e despertar as capacidades
cognitivas, para isso, atividades como resolução de problemas, atividades que envolvem comparações, semelhanças, diferenças e
algoritmos podem induzir e favorecer a aprendizagem. A construção do conhecimento é fruto da troca de informações e
conhecimentos, através do diálogo entre o educador e o educando “[...] a comunicação tem grande importância e deve ser
estimulada, levando-se o aluno a falar e a escrever sobre Matemática, a trabalhar com representações gráficas, desenhos,
construções, a aprender como organizar e tratar dados”. (BRASIL, 2000, p. 19).

O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DAS


AULAS
As aulas de matemática requerem recursos didáticos diferenciados, isto não significa que requer materiais caros e inacessíveis,
pelo contrário, o professor pode e deve inserir em suas aulas materiais concretos feitos pelos próprios alunos. Não restam dúvidas
que as aulas de matemática necessitam ir além de aulas expositivas, uma base teórica bem fundamentada é primordial para os
encadeamentos do processo para a Alfabetização Matemática.

O ciclo inicia com o processo de manusear objetos, trata-se do início da escolarização, o educando nesta fase necessita manipular e
compreender os conceitos matemáticos através do concreto, então cabe ao professor utilizar a ludicidade, sim, ensinar a
matemática através de jogos, brincadeiras, objetos de aprendizagem, recursos que complementam e auxiliam na construção do
conhecimento, “[...] o recurso aos materiais manipuláveis e aos instrumentos tecnológicos é imprescindível, mas estes devem
constituir um meio e não um fim”. (SERRAZINA, 2000, p. 67).

O que é um grande equívoco no ensino da matemática e que muitos professores fazem é limitar a matemática apenas ao concreto
e aplicação de conceitos limitando o ensino da matemática apenas a aplicações à realidade, tentando erroneamente separar o
concreto do abstrato, limitando e distanciando o desenvolvimento cognitivo da criança.

Desta forma se constrói a relação entre o ensino da matemática e a língua materna, trabalhando de forma contextualizada, e não
de forma isolada, como se uma forma fosse aplicada separada da outra.

Todos os dias nos jornais, nas revistas, na televisão e em outras situações comuns à vida das pessoas, usa-se
uma linguagem mista. Parece mesmo que é a escola que se encarrega de estabelecer um distanciamento
entre estas duas formas de linguagem de tal modo que cria uma barreira, quase intransponível, entre elas.
(SMOLE, CANDIDO & STANCANELLI, 1997, p. 13-14).
Principalmente no início da escolarização, pensar que a Matemática faz parte do processo de letramento é base importante para a
consolidação da leitura, escrita e desenvolvimento do raciocínio lógico, desta forma, buscar estratégias e atividades que trabalhe
as duas maneiras de alfabetizar, que trabalhe tanto escrita quanto numeral e juntos propiciar uma aprendizagem significativa e
alinhada.

Organizar o trabalho em Matemática de modo a garantir a aproximação dessa área do conhecimento e da língua materna, além de
ser uma proposta interdisciplinar, favorece a valorização de diferentes habilidades que compõem a realidade complexa de
qualquer sala de aula. (SMOLE & DINIZ, 2001, p. 29).

Um exemplo prático para trabalhar em sala de aula o letramento e o numeral é utilizando o método de Resolução de Problemas,
resolver problemas não significa que o aluno precisa estar completamente alfabetizado para resolver a atividade, alunos que ainda
não sabem ler poderão resolver problemas com a ajuda de um intérprete que neste caso é o professor, ele conduzirá o raciocínio
de aluno deixando que o mesmo chegue ao resultado, muito cuidado com o grau de complexidade da atividade que será trabalhada
em sala.

Nas séries onde o aluno está alfabetizado, ou seja, já lê e escreve, o professor poderá utilizar situações problemas do cotidiano de
alunos, conduzindo-o a pensar e interpretar a situação apresentada no enunciado da questão, transferindo os conceitos para a
resolução da questão, por isso, os problemas Matemáticos devem ser elaborados de forma que tenham uma situação com ações
sequenciadas e que para chegar ao resultado tenha que realizar as operações, ou seja, os resultados não devem ser apresentados
inicialmente, mas sim instigar a construção do resultado.

Os problemas matemáticos devem ser elaborados tanto pelos professores como também pelos educandos, de forma que eles
expressem sentido e significado, construir a situação problema junto com as crianças aproxima o cotidiano a teoria, tornando a
situação significativa e possibilitando sentido a encontrar a solução para aquele problema. Assim, “quando o aluno cria seus
próprios problemas, ele precisa organizar tudo o que sabe e elaborar o texto, dando-lhe sentido e estrutura adequados para que
possa comunicar o que pretende.” (SMOLE, 2001, p.151).

Aproximando a língua materna a alfabetização Matemática, se apropriando de atividades que envolvam resolução de problemas,
agrega e estimula a autoconfiança dos envolvidos no processo de aprendizagem, possibilitando expandir as fases da construção do
conhecimento. O que é comum encontrar nas salas de aula é a insatisfação dos educadores quando percebem que seus educandos
apresentam dificuldades em relação à leitura e interpretação dos enunciados dos problemas, mas a culpa seria da língua materna
que não foi desenvolvida adequadamente ou a culpa seria da alfabetização matemática?

Uma situação está entrelaçada com a outra, cabe aos educadores trabalhar para que as dificuldades sejam sanadas, trabalhando
com a compreensão dos próprios conceitos matemáticos, pois no processo de construção do ensino matemático a leitura e
interpretação deve ser um hábito prioritário.

Para o professor, a produção de textos em Matemática auxilia a direcionar a comunicação entre todos os
alunos da classe; a obter dados sobre os erros, as incompreensões, os hábitos e as crenças dos alunos; a
perceber concepções de vários alunos sobre uma mesma idéia e obter evidências e indícios sobre o
conhecimento dos alunos. (SMOLE & DINIZ, 2001, p. 31).

Um caminho positivo a realizar em sala de aula é propor atividades que desenvolvam e estimulem a leitura e a produção de textos
matemáticos, uma atividade que pode ser utilizada em sala de aula é solicitar às crianças que no final da aula registrem as
atividades que foram desenvolvidas durante a aula, possibilitando que ele descreva, exponha suas ideias e percepções, reflita,
codifique e descubra a relação daquela atividade com o desenvolvimento do ensino da matemática. Assim o educador poderá
utilizar esses textos produzidos pelos educando para organizar e trabalhar conceitos, leitura e interpretação, estimulando e
incentivando a discussão, o compartilhamento de conhecimento e com os textos produzidos pelos próprios envolvidos é possível
identificar as dificuldades e defasagens e trabalhar para superá-las, direcionando suas práticas pedagógicas, com o intuito de
aperfeiçoá-las.
Além de organizador, o professor também é consultor nesse processo. Não mais aquele que expõe todo o
conteúdo aos alunos, mas aquele que fornece as informações necessárias, que o aluno tem condições de
obter sozinho.

Nessa função, faz explanações, oferece materiais, textos, etc. (BRASIL, 2000, p.40).

Não é apenas a resolução de problemas que contribui com a alfabetização Matemática e a construção do conhecimento, mas
outros processos metodológicos podem ajudar como a História da Matemática que contribui diretamente com a construção da
língua materna alinhada com os conceitos matemáticos, utilizando esse recurso, proporcionam aos envolvidos condições de
despertar para a leitura e desenvolver a escrita através da leitura e interpretação. A História da Matemática dentro do ensino
matemático possibilita os envolvidos compreender a matemática como processo de construção humana, construção de
aprendizado através da história de várias origens.

A História da Matemática mostra que ela foi construída como resposta a perguntas provenientes de
diferentes origens e contextos, motivadas por problemas de ordem prática (divisão de terras, cálculo de
créditos) por problemas vinculados a outras ciências (Física, Astronomia), bem como por problemas
relacionados a investigações internas à própria Matemática. (BRASIL, 2000, p.42).

Em contrapartida, utilizar somente a História da Matemática não é o bastante para uma aprendizagem significativa, afinal, [...] os
papéis que o conhecimento matemático desempenha nos diferentes contextos escolares da atualidade são totalmente diversos
daqueles por ele desempenhado no seio das comunidades científicas do passado, sendo conseqüentemente diversos os objetivos e
a natureza dos processos interativos e intersubjetivos que se processavam/processam em um e outro desses contextos. (MIGUEL,
2001, p. 106).

Entretanto, não basta um desenvolvimento produtivo e significativo nas aulas de Matemática se o educador não adequar às
avaliações a esse processo, para que solidifique e que estabeleça uma relação as aulas e as avaliações é necessário utilizar critérios
avaliativos abrangentes que não se limite apenas a avaliar e registrar o desempenho dos alunos, mas explorar o conhecimento
matemático desenvolvido pelo aluno. Desta forma, proporcionar um ambiente que, ao invés de hostilizar, favoreça o pensamento
matemático.

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ATIVIDADES
1. Sabemos que os encadeamentos do processo que norteiam o ensino e a aprendizagem matemática, são inúmeros, porém existe
um descontentamento após as avaliações que são utilizadas como indicadores de assimilação de aprendizagem e conhecimento
Matemática, em se tratando de avaliações, analise as afirmativas:

I) Utilizar apenas avaliações como indicadores de aprendizagem é um grande risco;

II) A Matemática está inserida no dia a dia da criança, desta forma, deve-se avaliar o contexto geral de aprendizagem.

As crianças possuem uma repugnância aos assuntos matemáticos mesmo não estando em idade escolar, por isso o melhor
III)

indicador de aprendizagem é a avaliação.

IV) Utilizar apenas avaliações como indicadores de aprendizagem é um grande diferencial no processo de ensino e aprendizagem.

As afirmativas estão corretas com exceção:

a) Estão corretas as afirmativas I, II e III com exceção da IV

b) Estão corretas as afirmativas I, II e IV com exceção da III

c) Estão corretas as afirmativas II, III e IV com exceção da II

d) Estão corretas as afirmativas II e III com exceção da I e IV

e) Estão corretas as afirmativas I e III com exceção da II e IV

2. Os Parâmetros Curriculares Nacionais justifica-se a presença da Matemática no currículo escolar, pois ela “[...] permite resolver
problemas da vida cotidiana, tem muitas aplicações no mundo do trabalho e funciona como instrumento essencial para a
construção de conhecimentos em outras áreas curriculares”. Desta forma, relacionado a construção dos conhecimentos, analise as
afirmativas e assinale a alternativa correta:

a) Os parâmetros curriculares, justifica a presença da Matemática nos currículos, devido a construção e formação das habilidades
e competências, desenvolvendo agilidade no raciocínio dos educandos.

b) Os Parâmetros Curriculares Nacionais justifica-se a presença da Matemática no currículo escolar, como um complemento ao
currículo, uma vez que o ensino é mecânico e tradicional.
c) Os Parâmetros Curriculares Nacionais justifica-se a presença da Matemática no currículo escolar, como possibilidade de
desenvolver a oralidade e escrita.

d) Os Parâmetros Curriculares Nacionais justifica-se a presença da Matemática no currículo escolar, devido a construção logica
que a linguagem materna proporciona.

e)Os Parâmetros Curriculares Nacionais justifica-se a presença da Matemática no currículo escolar, devido as ausências de
aplicações no mundo e na desestruturação do conhecimento.

3. De acordo com Smole & Diniz, 2001 p.29: Organizar o trabalho em Matemática de modo a garantir a aproximação dessa área
do conhecimento e da língua materna, além de ser uma proposta interdisciplinar, favorece a valorização de diferentes habilidades
que compõem a realidade complexa de qualquer sala de aula. (SMOLE & DINIZ, 2001, p. 29).

Nesta perspectiva, a estrutura das aulas de matemática deve ser modificada, de forma que atenda:

a) As necessidades dos educadores, desvinculando da linguagem Materna;

b) As necessidades dos educando e proporcione uma aprendizagem matemática significativa e alinhada a linguagem materna;

c) A resolução das atividades de modo que o educando saibam ler e resolver problemas sem a ajuda do educador;

d) Condicione o educando a buscar o auxilio do educador

e) A estrutura das aulas de matemáticas devem atender as necessidades do coletivo, desconsiderando as necessidades individuais.

Resolução das atividades

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RESUMO
Olá, caro(a) aluno(a)!

Chegamos ao final de mais um encontro, onde tivemos a oportunidade de aprofundar nossos estudos sobre as implicações no
processo para a Alfabetização Matemática, cujo o conteúdo aqui apresentado possui um único objetivo que é de aprimorar seus
conhecimentos na área e contribuir em sua formação acadêmica e profissional, pois entendemos que todo o docente,
principalmente formado em Matemática necessita conhecer a origem dos processos e estruturação do aprendizado.

Nosso estudo foi apresentado em tópicos, com intuito de demonstrar a contextualização do conteúdo abordado de uma forma
dinâmica e dialógica, possibilitando a codificação do conhecimento, espero que as leituras e discussões apresentadas ao longo do
nosso material de estudos tenham contribuído com o processo de ensino e de aprendizagem.

Desejo que você tenha encontrado neste material, conteúdos e informações úteis para transformar sua prática docente, penso que
entre um a leitura e outra, você tenha compreendido a importância de abordagem codificada e significativa e da valorização da
alfabetização Matemática.

Neste estudo tivemos a oportunidade de aprofundamentos do nosso conhecimento, inclusive de detalhar os encadeamentos para
o processo de alfabetização, onde sinalizamos a importância do profissional estar envolvido com o processo de ensino evitar as
lacunas no aprendizado, por despreparo do profissional envolvido, que proporciona aos educando uma aula tradicional e
ultrapassada e consequentemente o que era para ser codificado acaba se perdendo em um processo de ensino mecanizado,
processo este, que não leva o aluno a aprendizagem, inclusive tivemos a oportunidade de estudar sobre a predominância dos
modelos de ensino dentro dos processos de aprendizagem e as abordagens e encadeamentos que devem ser utilizados em sala de
aula.

E que você caro leitor, tenha desfrutado desta leitura e selecionado o que levaras para a sua formação docente.

Um forte abraço!

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Material Complementar

Na Web
Serie da TV Escola: Sua escola nossa escola- iniciação matemática.

Sinopse: A série “Sua Escola, Nossa Escola – Iniciação Matemática” reúne


experiências de sucesso aplicadas em seis escolas públicas de diferentes
regiões do Brasil. Os programas mostram práticas voltadas para o Ensino
Fundamental, mostrando como o aprendizado da Matemática pode ser
divertido e de que forma faz parte do cotidiano dos alunos. O material
utilizado é simples e de baixo custo, de modo que as experiências podem
ser replicadas ou adaptadas à realidade de qualquer escola do país.

Acesse

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REFERÊNCIAS
BRASIL, Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais - Matemática. v. 3, 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A,
2000..

KAMII, C. Aritmética: novas perspectivas. Campinas: Papirus, 1986.

MIGUEL, A. “Breve ensaio acerca da participação da história na apropriação do saber matemático”. In: SISTO, F. F., DOBRÁNSKY, E.
A. & MONTEIRO, A. (Orgs.). Cotidiano escolar. Petrópolis, Vozes, 2001, p. 106/117.

PANIZZA, M. Ensinar Matemática na Educação Infantil e nas séries iniciais: análise e propostas. Porto Alegre, Artmed, 2006.

SERRAZINA, L. A formação para o ensino da Matemática: perspectivas futuras. Educação Matemática em Revista. 2000. São
Paulo: SBEM

SMOLE, K. C. S. & CANDIDO, P. T. Matemática e literatura infantil. Belo Horizonte: Lê, 1997.

SMOLE, K. C. S. & DINIZ, M. I. Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para aprender Matemática. Porto Alegre:
Artmed, 2001.

ZUNINO, D. L. A Matemática na escola: aqui e agora. Porto Alegre: Artmed, 1996.

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APROFUNDANDO
Preparem-se para mergulhar neste oceano do saber, pensamos em proporcionar uma oportunidade de aprofundar e ampliar nosso
conhecimento em relação à construção da linguagem matemática, uma maneira de aproximar a língua materna com a
alfabetização Matemática, através de atividades que envolvam resolução de problemas.

E você está pronto para este mergulho?

Iniciamos nosso mergulho e descobertas, registrando que a ideia de alfabetização matemática é contrária ao entendimento de
alfabetização, no seu contexto de aprender a ler e a escrever, ou simplesmente a contar e fazer contas, pois a alfabetização
fundamenta-se em diversas vertentes do saber direcionadas a diferentes práticas pedagógicas e saberes sociais, valorizando os
aspectos formativos da matemática como um bem cultural e uma prática social.

"É nessa perspectiva que o trabalho nas diversas áreas do conhecimento e nas diversas disciplinas escolares integra a proposta
pedagógica do Ciclo de Alfabetização: como oportunidade de ampliação do sentido da alfabetização, pensada enquanto processo de
letramento, voltada para a apropriação de práticas que envolvem vivências culturais mais amplas, que conferem significado à leitura
e à escrita, ao que se lê e ao que se escreve (BRASIL, 2010, p. 29)."

Prosseguindo nosso mergulho vamos nos aproximar de águas mais profundas, que precisam ser exploradas minuciosamente.

Por essas águas é possível encontrar vestígios da década de 1980, quando pesquisadores propõem que a alfabetização
matemática seja abordada de uma maneira que valorize mais o modo ser do que do ser humano, possibilitando condições para que
os envolvidos compreendam de uma forma significativa para as representações das linguagens matemáticas.

"Sendo assim, o ato de alfabetizar diz respeito a compreensão e à interpretação dos sinais, com significados, impressos em um texto,
bem como a expressão escrita desses significados. Ser alfabetizado, então, é entender o que se lê e escrever o que se entende a respeito
das primeiras noções das ciências (DANYLUK, 2010, p. 29)."
Desta forma alfabetização concretiza- se quando a compreensão dos símbolos e ações matemáticas acontece de uma maneira
natural entre pessoas e acontecimentos do mundo.

Prosseguindo em nosso mergulho e aproximando-se de um cardume de teorias sobre o processo de alfabetização matemática,
conseguimos identificar que para alfabetizar matematicamente é necessário refletir e compreender a linguagem matemática
formal e que seja capaz de decifra e decodificar esses símbolos, atingindo a comunicação e interpretação que a matemática exige.

Estamos quase retornando a superfície, mas para concluirmos nosso mergulho e é preciso conhecer algumas atividades lúdicas
que agregam e codificam o ensino e aprendizagem.

Observe a figura 1.

Atividade Sequência e Linguagem

Neste oceano de ideias atividades que envolver a interdisciplinaridade auxiliam e contribuem para o processo de ensino e
aprendizagem, a ideia central desta atividade é envolver a sequência com a linguagem e a matemática.

Figura 1: Alfabetização matemática

Fonte: Alfabetização (2013, online).

Agora observe a figura 2, com a proposta de atividade lúdica de Sequência e linguagem.

Atividade Sequência e Linguagem


Valorizar as sequências temporais, como dia e noite, café, almoço e jantar, desenvolvem o cognitivo da criança que necessita ter
noção de tempo e estruturação lógica, princípios primordiais para a alfabetização numericamente e compreendendo as estruturas
linguísticas, onde o comando da atividade é organizar a sequência, em seguida contar uma história.

Figura 2: Sequência linguística e matemática

Fonte: Estimulando meus filhos (2012, online).

Chegamos ao final de nosso mergulho, esperamos que você esteja encharcado de ideias que agregaram no processo de
alfabetização e atrelado a linguagem materna, valorizando a importância de codificar o conhecimento e tornar o ensino da
matemática prazeroso. Até a próxima descoberta!

PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação .

a Distância; RAMOS Antoneli da Silva;


,

Alfabetização Matemática.

Antoneli da Silva Ramos;

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.

32 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Educação. 2. Ambiental. 3. Interdisciplinaridade.

CDD - 22 ed. 372

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos Shutterstock
:

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900

Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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ALFABETIZAÇÃO
MATEMÁTICA E A
CONSTRUÇÃO DO
CONCEITO DE
NÚMEROS
Professor (a) :

Esp. Antoneli da Silva Ramos

Objetivos de aprendizagem
• Apresentar as implicações da construção de números fundamentados na alfabetização matemática, apresentando os processos
metodológicos para que esta construção ocorra com qualidade

• Aprofundar sobre a origem da construção do processo de contar, verbalizar, definindo suas pré-concepções, suas caraterísticas
objetivando apontar a alfabetização verbal e da escrita numérica

• Preparar para a representação numérica, alinhado com o conceito numérico, aprofundando-se e refletindo sobre os três pilares
da alfabetização
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• Os números e suas implicações

• Os números e suas características

• Alfabetização Matemática e o processo para a representação numérica.

Introdução
Olá, caro(a) aluno(a)!

Estamos caminhando para o terceiro periodo de nossos estudos, nele refletiremos sobre Alfabetização Matemática e a
Construção do conceito de números, navegando sobre o conceito de número, sem prender-se a quantidade. O eixo norteador para
alfabetizar-se matematicamente é construir o conceito de número, pois são bases que norteiam o processo de ensino e
aprendizagem.

Para concretizar o conceito de número é necessário respeitar o período de aprendizagem de cada criança, pois de acordo com
nossas leituras ficou claro que cada indivíduo possui o seu período de aprendizagem, desta forma, busca-se proporcionar sentido a
alfabetização Matemática, principalmente ao ensino focando em preencher as lacunas vigentes no processo ensino e
aprendizagem, estreitando as barreiras que influenciam diretamente no processo de formação, que dentro da sala de aula gera
dificuldades no ensino da matemática.

Visando codificar o conhecimento e reestruturar-se aquilo que entendemos até então sobre conceito numérico, neste estudo,
analisaremos e refletiremos sobre os números e suas implicações, os números e suas características e finalizaremos com a
alfabetização matemática e os processos para a representação numérica.

O eixo norteador de nossos estudos é conduzir a compreensão do conceito numérico e valorizar a importância das estruturas e
representação numérica, neste processo de construção do conhecimento, inclusive pontuar como os estímulos podem contribuir
em cada fase de formação humana, destacando a diferença entre alfabetizar e representação numérica, nesta unidade voltaremos
nossos olhares para o lado clínico e psicológico, não se esquecendo do meio social e epistemológico. Assim, convido você a apreciar
esta produção e refletir sobre as discussões aqui apresentadas.

Boa leitura!
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OS NÚMEROS E SUAS IMPLICAÇÕES


O processo de construção numérica inicia-se pelo resgate das concepções prévias que cada criança possui sobre ações como
quantificar, somar, subtrair, contar, tanto na forma verbal como na forma numérica, se inicia pelas noções prévias sobre as
construções gráficas, por fim, sobre a construção do conceito de numeral.

Em várias leituras constatamos que o ensino da Matemática possui enraizado em suas práticas pedagógicas um ensino que
somente proporcionam para as crianças a realização de atividades mecânicas e sem contextualização, é necessário desenvolver
um novo olhar na construção matemática principalmente na construção do conceito numérico é necessária utilizar uma nova
metodologia, com propostas de atividades que envolva a criança, mas para que isto ocorra, um dos caminhos é utilizar uma
metodologia que envolva métodos que utilizam a resolução de problemas, modelagem matemática, os recursos tecnológicos como
softwares de aprendizagem, o uso da ludicidade nas aulas e a utilização da história da matemática.

A construção do conceito de números deve iniciar pela quebra equivocada da concepção que a Matemática é uma ciência
complexa e difícil, onde poucos chegam ao aprendizado completo, esse tipo de concepção levam a um aprendizado matemático
longe da realidade do educando, distanciando o indivíduo do conhecimento, pois o aprendizado matemático deve levar o educando
a construir o conceito de número de uma forma concreta e fundamentada, este é o princípio básico e primordial para a
aprendizagem da matemática nas séries futuras.

Nosso foco de estudos neste momento é a construção do conceito de números, porém para que isto ocorra contaremos com a base
teórica fundamentada nas ideias Piagetiana, sinalizando as pré-concepções do educando e educadores sobre o ato de contar,
quantificar, reconhecer a série numérica e suas representações gráficas.

Segundo Piaget “o número é a relação criada mentalmente por cada indivíduo” (KAMII, 1990, p.15). Mas para que esta estrutura
seja estabelecida, é preciso que anteriormente a criança construa relações e conhecimento sobre elementos físicos(objetos), essas
relações são denominadas simples, pois servirão para a construção de outras estruturas mentais mais complexas.

O processo de construção numérica dentro do processamento das informações de forma empírica na criança enquanto educando,
parte das características físicas dos objetos que a criança está manipulando, como espessura, quantidade, cor, forma física, por
exemplo, na educação infantil é necessário trabalhar com material concreto, com objetos mostrando a diferença entre cada um
deles, estes caminhos são simples, mas bases para caminhos com estruturas mais complexas.
Seguindo as ideias Piagetianas, as estruturas complexas surgem através da abstração reflexiva, ou seja, o indivíduo estabelece uma
relação entre os objetos partindo dos conhecimentos prévios e mentais sobre o que são esses objetos, porém a abstração empírica
poderá afetar nesse processo, pois segundo a teoria de Piaget o processo se configura de dentro para fora.

Este processo é necessário, pois permite que o indivíduo construa o conhecimento a partir da manipulação de objetos,
possibilitando codificar as informações em sua mente e no momento que for estimulado por situações externas, teria condições de
resgatar essas informações que já se encontram codificadas em sua mente, na construção do número, a abstração reflexiva será
responsável por essa habilidade da criança, mas essa abstração não ocorre separada da sua forma empírica (KAMII, 1990). Desta
forma o construtivismo Piagetiano considera o uso de materiais concretos a estrutura ideal para construção e estruturação desses
conhecimentos.

De acordo com as ideias Piagetianas, a ideia de número criada pela criança é fruto de duas relações: a ordem e a inclusão
hierárquica, onde a ordem não está relacionada necessariamente com a ideia de organização, sequência, arrumação de objetos,
mas na capacidade de estabelecer uma organização entre os objetos de um determinado conjunto, espera-se que a ordenação seja
de forma mental e não somente física esta forma evita que a criança a conte um único objeto duas vezes, ou deixe de contar algum
objeto.

Por exemplo: Peça para uma criança contar os elementos do conjunto de tampinhas de garrafa, é possível que ela aponte para uma
única tampinha, ou apontar para a última tampinha que ela tenha contado, pois para ela, eles são individuais e não pertencem ao
mesmo conjunto, ela somente estabelecerá a relação hierárquica, ao perceber que as tampinhas pertencem ao mesmo conjunto e
que para prosseguirem a contagem é necessário incluí-las.

Assim ela percebe que não pode contar o dois, sem antes ter contado o um tão pouco contar o dez, sem o contar o nove. É
necessário ficar evidente para a criança que o processo de contar vai além da organização de objetos, ela precisa compreender que
todos os objetos pertencem ao um único conjunto.

Essa relação entre objeto e conjunto, chamamos de conservação de quantidade, quando Piaget utilizava seus testes a respeito da
conservação entre dois conjuntos, revela quebra a ideia implantada que o indivíduo não conhece numero, porém “exatamente, por
intuição ou empiricamente pela observação” (KAMII, 1990, p. 26). O fato é que a construção do número não se firma na linguagem,
mas pela proposta de construção que é formada por cada ser humano.

Para Piaget a conservação e as habilidades são construídas em três níveis, veja: No primeiro nível o indivíduo não consegue
estabelecer a quantidade e nem a igualdade entre dois conjuntos.

No segundo nível o indivíduo encontra-se na faixa etária entre 4 a 5 anos e consegue estabelecer a igualdade em relação ao espaço
em que está inserida determinada quantidade.

No terceiro nível o indivíduo é conservador e não confundem os elementos do conjunto.

O fato é que a construção do conceito numérico se constrói em partes e não implantado e imposto de uma única vez, constrói-se
de números menores para os maiores, justificando que a para alfabetizar matematicamente é necessário fazer a relação entre
número e quantidade iniciar pelo número um.

Entretanto para construir o conceito numérico é necessário estabelecer quais são os resultados que se pretende atingir ao ensinar
o número, é necessário desvincular-se do ensino tradicional, ensino este que bloqueia a argumentação e o pensar
matematicamente, mesmo que algumas ações estejam alinhadas com a estrutura da escola, que insistem em repetir verbalmente a
série numérica ou simplesmente escrever símbolos numéricos, como forma de codificar a construção do conceito de número e a
alfabetização matemática.

Neste modelo, pretende-se que o indivíduo tenha condições de despertar e desenvolver o pensamento ativo, que seja capaz de
argumentar e defender suas ideias, para que isto ocorra primeiramente deve-se inserir e definir a construção de número e a sua
principal função, com o conceito de números codificados, o processo de contagem e escrita surge gradativamente após a
construção de sua estrutura mental sobre a ideia de número, porém temos que reconhecer que o processo de escrita e contagem
são importantes e contribui para que a construção do conceito numérico seja estabelecida sem a necessidade da repetição e
memorização.
A primeira ação na construção do conceito de número é aproximar-se do processo de quantificar, verbalizar, contar e representá-
lograficamente, mudando as concepções tradicionais de ensino, evitando práticas pedagógicas fechadas e formalizadas. Cabe aos
educadores e educandos buscar caminhos que os levem a reflexão e ao diálogo, levando a analisar de quatro questionamentos:

Analisando sempre o que é?

Quando?

Para que?

Como se faz?

Introduzindo assim referenciais teóricos sobre a alfabetização Matemática.

Para quantificar deve iniciar os trabalhos apresentando aos educando as concepções sobre quantificar e só então realizar as
análises e as características que envolvem a construção do conceito de números. Para os educadores quantificar é ter a noção de
quantidade, é diferenciar a quantia de números, estabelecendo relação de quantidades.

Umas das primeiras noções numéricas que a criança desenvolve é a relação de quantidade, mesmo antes de entrar na escola, ela é
capaz de separar os objetos em grupos ou agrupá-los, por cor, espessura, tamanho, são capazes de saber se tem mais ou menos, se
são objetos iguais ou diferentes.

Ao ingressar no ambiente escolar é lapidado esse conhecimento prévio, possibilitando às crianças desenvolver habilidades para
comparação de quantidade, para separar e distinguir dois conjuntos ou mais em um mesmo espaço e consequentemente
desenvolvem o ato de contar. Partindo desses princípios, pode-se concluir que o processo de contar inicia e desenvolve a partir de
dois anos de idade se estendendo e intensificando aos sete anos de idade.

Um modelo de atividade a se trabalhar em sala de aula deve partir da experimentação e comparação, dessa
forma o educador apresenta aos educandos uma quantidade de objetos, possibilitando e instigando a
assimilação “o quanto tem”, outro recurso é possibilitar a exploração de materiais alternativos.

Neste sentido cabe ao educador propor e utilizar atividades que envolvam jogos e brincadeiras utilizando
materiais concretos, incluindo o número com objetos e com a oralidade, utilize materiais pedagógicos como
os blocos lógicos, bolinhas, palitos de picolé, tampinhas de garrafa, grãos, figuras de animais e pessoas,
abusem de elementos que possam auxiliar na quantificação.

Fonte: a autora

De acordo com as aplicações de Kamii em grupos de crianças com idades diversas, os apontamentos indicam que o processo de
quantificar não está alinhada apenas com a idade, mas quando as crianças conseguem e usam a teoria para quantificar, e “quando a
criança está habilitada a identificar que o número de objetos é igual ao conjunto que ela possui e identificando quantidades iguais
ou diferentes”. E continua a afirmação em Kamii (1990) para conceituar o quantificar: “Quantificar é a capacidade da criança
representar um número com símbolos ou signos a partir de sua construção lógico-matemática”. Então a quantificação só acontece
e é codificada, quando os indivíduos envolvidos são motivados e estimulados, ou seja, quando a quantidade passa a ser significativa
para a criança de acordo com a idade que ela possui, isto em torno de 5 e 6 anos, sendo influenciado pelo ambiente, o processo de
quantificar só está fundamentado quando a criança demonstra capacidade em estabelecer relações entre objetos que utilizam
para quantificar.

Ideias que levam o indivíduo a pensar e quantificar está alinhada diretamente com situações do cotidiano, situações que sejam
significativas para os envolvidos, desta forma, a orientação e o comando passa a ser um estímulo para a resolução dos problemas
que estejam alinhadas com essas situações cotidianas.
Você em algum momento de sua vida parou para refletir sobre o processo de contar? O que seria o ato de
contar e quais são as suas características?

Fonte: a autora.

OS NÚMEROS E SUAS
CARACTERÍSTICAS
Iniciamos o processo de contagem pelas características que norteiam os números, pelas pré-concepções que os envolvidos
expressam sobre o ato de quantificar, principalmente ao falar sobre quantidade e representação dos números. Quando uma
criança entra na idade escolar e caminha para a construção da ideia de números, onde através de estímulos e situações o conceito
numérico é inserido em seu cotidiano a construção do conceito numérico.

O ato de falar e escrever os números, escrevendo e falando numero a numero, seguindo termo por termo, fazendo a ligação do
numeral à quantidade de objetos, relacionando e reconhecendo símbolos, verbalizando os números e associando a quantidades.
Desta forma, o contar não deve ser visualizado ou contextualizado como simples processo oral, ou seja, não deve simplesmente
atribuir números a palavras.

Indicar as atitudes dos envolvidos com intuito de evidenciar a ação de contar, aumentando as quantidades, mostrando e inserindo
a noção de sequência e ordenação de coisas. O fato é que o processo de contar apesar de inúmeros exemplos de contagem não fica
claro como se desenvolve no epistemológico do indivíduo, provavelmente que inicia pelo ato de observar e classificar, ligando
numeral a objetos e induzindo a oralidade dos números.

Materiais concretos e pedagógicos, o contar nos dedos, agrupar objetos idênticos, separar grupos de tampinhas de garrafas e
palitos, continuam sendo um excelente recurso e estimulante do processo. Portanto, o ato de contar é codificado quando o
indivíduo consegue relacionar objetos de acordo com a ordem, considerando o conjunto que este objeto está inserido, mas vale
atentar-se que contar elementos não é simplesmente recitar a série, ou seja, a criança poderá contar um, dois, três... recitando a
série, mas isto não significa que a criança sabe a quantidade que representa o número recitado.

De acordo com Moreno “recitar a série não é a mesma coisa que contar elementos de um conjunto. Isto é, o sujeito pode recitar a
série até um determinado número mas não necessariamente poderá utilizar esse conhecimento na hora de contar objetos ou
desenhos (2006, p.56)”.
Quando partimos para o processo de verbalizar, deparamos com algumas características, ou seja, a verbalização é alinhada
diretamente com a fala, quando a criança expressa por meio da fala a quantidade, expondo suas ideias e operações que serão
realizadas, expressando verbalmente seus raciocínios, seus pensamentos e conclusões.

A criança passa do processo visual e direciona para o processo oral, quando ela consegue escrever, mentalizar e expressar-se
oralmente o conceito de números, porém neste período o educador deverá atentar-se que o processo de falar não significa
expressar a sequência quantitativa, pois somente a série pode ser organizada considerando o fator quantitativo.

Por ser objetivo, o verbalizar mostrou-se, nas concepções dos professores, o mais equivocado. Pois se referindo ao contar os
alunos/professores apontam ideias muito controversas, principalmente pela expressão do raciocínio. Segundo um grupo, após sua
análise, o verbalizar é somente falar a sequência numérica (MORENO, 2006).

O processo da verbalização surge a partir da repetição, através da imitação de sons, de estímulos através das apresentações de
situações significativas, quando a criança quantifica e conta, oralizando suas ideias numéricas. Podemos utilizar como exemplos
situações que levem a criança a repetir e imitar, instigando a criança a falar os números, jogos como esconde-esconde, atividades
utilizando calendários, tampinhas de garrafas, palitinhos, músicas, brincadeiras, ou seja, utilizando materiais concretos alinhados
com situações do cotidiano dos envolvidos. Desta forma, a oralidade e verbalização só ocorrem quando o indivíduo entende e
consegue expressar a atividade que está realizando.

O simples processo de contar de verbalizar uma sequência numérica e associá-la a um objeto ou a um símbolo, através do processo
de verbalização numérica é possível vincular e estimular cálculos elementar da adição e subtração, inclusive a contagem regressiva
e progressiva, pois as crianças desenvolvem o método de contar antes de ingressarem efetivamente nas escolas, desta forma cabe
ao educador estabelecer elos entre a escrita e a fala numérica.

Algumas contrariedades podem surgir quando o processo de construção do conceito numérico nas séries iniciais estão sendo
criado, como por exemplo:

• Ao declamar a sequência numérica as crianças recitam com lacunas, trocando nomes ou inventando nomes;

• Dificuldades surgem quando as crianças desenvolvem a leitura dos numerais antes da escrita, pois deve ser um processo
contínuo e alinhado;

• Desenvolvem mais dificuldades associar a quantidade com o numeral em determinados números, como 13,14,15;

• Confundem a relação entre símbolo e nome, exemplo símbolo 6, nome seis;

Um exercício simples que pode ser aplicado como atividade investigativa, para identificar o domínio da
ordem na sequência é o levantamento de questionamentos, o educador em sala de aula inicia o
questionamento perguntando sobre a sequência numérica, o antecessor e o sucessor, por exemplo:

O que vem antes do 5? E do 37?

Que número vem depois do 6? E do 9? E do 16?

Caso as crianças recomeçar a contagem desde o início, essa reação é evidência que a criança não codifica a
sequência numérica, consequentemente não há domínio.

Esta sondagem é necessária para diagnosticar as lacunas na aprendizagem e traçar estratégias com intuito
de sanar as dificuldades manifestadas por essas crianças, essas estratégias devem envolver procedimentos
pedagógicos que envolvem música, oralidade, brincadeiras, propostas que permitem a criança praticar a
verbalização da sequência numérica, incentivando a contagem rítmica que possibilitem superar os
problemas com a sequência numérica.

Fonte: Autoria propria


Para uma exploração da sequência numérica, o foco principal é a verbalização, cujo o aspecto verbal e simbólico deve ser explorado
continuamente, pois o aspecto verbal e simbólico são duas propriedades entrelaçadas diretamente com o processo dos cálculos
elementares como adição e subtração.

Sendo assim, atividade que utilizam ritmos, como letras de musicas, versos, atividades que envolvam movimento como contando a
sequência de uma atividade de ginástica laboral, incentivando uma exploração mais verbal, como recitar versos, bater palmas,
pular corda, cartas, dominó, bolinhas, tampinhas, palitos, entre outras atividades.

Figura 2: Brincando com dominó

Com a verbalização o processo de contar passa a ser processado, diríamos que a quantificação, verbalização, contagem e grafia são
interligados e podem ocorrer sequencialmente como podem ocorrer de acordo com as habilidades e competências de cada
indivíduo envolvido.

Algumas características ficam definidas no processo de contagem, como realizar a correspondência entre o símbolo e o nome do
numeral, por exemplo:

• Símbolo: 2

• Nome: dois

Essa correspondência caracteriza-se o processo de contagem, quando permite o indivíduo a contar objetos e associar símbolo ao
nome, o foco neste momento não é os resultados, mas sim o “contar” objetos de diferentes estruturas. O contar deve proporcionar
o primeiro contato do indivíduo com a contagem de objetos, respeitando as ordens, realizando as construções mentais do número.

Embora pareça simples este processo, algumas dificuldades podem bloquear a aprendizagem, principalmente na contagem de
objetos, que é comum surgir problemas na estruturação e organização dos objetos. Ao observar os objetos algumas situações
devem ser consideradas, como:

• Se os objetos são manipuláveis, neste caso atentar-se que a marcação dos objetos deve ser considerada até mesmo na separação
de uma parte do todo.

• Se os objetos não são manipuláveis, deve atentar-se para a organização da estrutura.


Ao contar objetos é preciso muito cuidado e evitar cometer erros típicos e rotineiros como:

Mostrar o objeto, mas não contá-lo;

Figura 3: Mostrar objetos A

Fon te: Próprio autor

Contar o objeto mais do que uma vez;

Figura 4: Mostrar objetos B

Font e: Próprio autor

Denominar com o mesmo número mais do que um objeto;

Figura 5: Mostrar objetos C

Font e: Próprio autor

Ausência de coordenação entre a sequência na contagem e a mostra no objeto;


Figura 6: Mostrar objetos D

Fonte: Próprio Autor

Quando os objetos estão dispostos em forma cilíndrica realizar a contagem dupla de um mesmo objeto.

Figura 7 Mostrar objetos E


:

Fonte: P róprio Autor

As crianças sentem muita dificuldade em coordenar de forma rítmica a contagem com a verbalização da sequência numérica, por
exemplo, ao caminhar, ao subir uma escada, situações reais e do cotidiano, a criança considera o passo zero como um passo dado e
quando você questiona quantos passos foi preciso para subir a escada, ela pode considerar a partida a partir do zero. Da mesma
forma pode ocorrer quando a criança está trabalhando com a forma linear.

Considerando que os objetos podem classificar-se em contáveis e não contáveis, totalmente visível, parcialmente visível,
manipuláveis ou não manipuláveis, algumas atividades levam ao contar ou ao contar parcialmente.

Atividades que incentivam o contar utilizando a visão, instigando ao contar mentalmente, ao contar com os dedos ou
simplesmente representá-los no papel, podemos chamar de atividades que envolvem objetos visíveis e não manipuláveis essas
atividades podem ser classificadas em:

Objetos em Movimento
• Atividades que envolvem números finitos: contar ovelhas presas no cercado, vacas nas ordenhas, porcos no chiqueiro,
peixe no aquário, galinhas no galinheiro, carros no estacionamento, os passageiros que embarcaram no ônibus, os jogadores
de uma partida de futebol;

• Atividades que a contagem é quase impossível: um cardume de peixes, uma revoada de andorinhas, um rebanho de
ovelhas no pasto, entre outros;

Objetos Fixos

• Atividades que envolvem números finitos: carros no estacionamento, apartamentos de um prédio, pessoas sentadas em
uma mesa, observação de cenas do cotidiano como número de pessoas que entram em um supermercado (Quantas pessoas
entrou? Quantas saíram? Quantas permanecem no estabelecimento?)

• Atividades onde a contagem é quase impossível: carros estacionados em uma longa avenida, número que pessoas que
entram e saem de um shopping;

Existem também objetos que são parcialmente visíveis, trata-se de estimativas de contagem, como contar o que está escondido,
exemplo: um colar de pérolas, colar de contas, uma decoração, uma cortina de bolinhas, encosto de banco com bolinhas.

Alguns objetos são incontáveis por estarem distante, exemplo, pássaros na rede de energia elétrica.

Figura 8: Pássaros

Há também objetos em dispostos com repetição cíclica, consideramos que estão distantes e são finitos.

Dentro da abordagem do processo de contar, há o grupo de objetos manipuláveis:

São objetos móveis com contagem finita, que possibilitam contar separados ou agrupá-los, neste processo a contagem com o dedo
é importante e estrutura elementar no desenvolvimento da criança. Cabe ao educador explorar nas atividades através de
questionamentos o processo de construção, perguntando aos envolvidos: “ Quantos objetos tem em suas mãos? Quantos objetos
tem ao seu redor?”, estimulando na criança a percepção de quantidade, sem a cobrança da quantificação, inserindo o sistema de
contagem na criança.

O processo de contagem pode ser inserido explorando a audição, a observação e a percepção da criança, com atividades que
envolvam ritmo, movimentos de pés e mãos, bater palmas, saltar, movimentos repetitivos, contar juntos, neste período o uso de
material concreto é alicerce para a construção do conhecimento, base sólida para a alfabetização matemática, sendo assim,
mostrar para a criança que é possível contar com objetos de seu cotidiano, possibilita vincular o aprendizado e proporcionar
sentido para aquilo que estás prestes a aprender.
Objetos como vagões de trem, peças plásticas de Lego, blocos lógicos, com várias cores e formas, ou com a mesma forma, mas de
várias cores, utilizar a malha quadriculada, contando os quadradinhos representando o número de varias formas.

Incentivar e estimular a contar mentalmente, mostra aos envolvidos que é possível contar um objeto em situações passadas, ou
contar objetos que não estejam presentes ao alcance de seus dedos ou de seus olhos, mas cuidado, contar mentalmente não
significa que a criança não utilizará uma estruturação ou representação para auxiliar na contagem.

Modelos fixo também podem contribuir com o processo de construção e desenvolvimento da contagem, como por exemplo,
explorar peças de dominó, mostrando para a criança a estrutura dessas peças, instigando a contagem e associação de quantidade
com numeral, explorar o corpo humano e suas características, por exemplo, temos dois pés, duas mãos, cinco dedos em cada mão,
dois olhos, dois rins, dois pulmões, um coração, analisando dados e estruturas. Desta forma constrói o conceito de número e
inserindo a sua quantidade.

Figura 9: Repetição cíclica

ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA E O
PROCESSO PARA A REPRESENTAÇÃO
NUMÉRICA
A Alfabetização Matemática e o processo de preparação para a representação numérica, alinhado com o conceito numérico se
estrutura em três pilares, a verbalização, a contagem e a grafia, quando a criança balbucia os primeiros sons de números mesmo
sem significado para elas, mesmo sem saberem a quantidade que aqueles números representam, até chegarem a verbalização
correta, quando a criança inicia o processo de contagem e consequentemente a estrutura de quantidade é lapidado e inserido em
seu cotidiano.

O processo de alfabetização matemática implica diretamente na construção do conceito de número, a criança não constrói o
conceito sem fazer a fundação dos três pilares de estruturas de construção, este processo deve ser codificado na mente da criança,
caso contrário, à possibilidade de ruídos no aprendizado se torna grandioso, estourando nos processos seguintes de
aprendizagem.

Assim, a representação gráfica do número se caracteriza pelo ato de representar, pela ação de desenvolver a escrita dos números,
traçar os números partindo da fala, ou seja, da própria verbalização e do meio onde o indivíduo está inserido, entretanto, a
representação numérica, se constrói pelo gráfico, pelos símbolos numéricos e da forma que são representados no papel, quando o
educador incentiva a escrita do numeral por extenso o processo gráfico do numeral é construído e inserido, complementando a
verbalização.
Logo as fases de quantificação, contagem e verbalização devem ser trabalhadas e desenvolvidas antes da fase de representação,
pois são elementos de ação, elementos para a escrita numérica, incluindo a quantidade ao traçado do numeral, neste período é
primordial os estímulos e o uso de recursos didáticos que possam codificar o aprendizado, estruturando e fundamentando o
processo de construção da alfabetização matemática. Utilizar recursos como folhas de papel, lápis, atividades impressas, materiais
pedagógicos, recursos esses que contribuem para o ato de representar e associar os símbolos a uma determinada quantidade,
porém, esse processo só estará pronto quando a criança desenvolver a plena clareza sobre os conceitos de quantificar, contar e
verbalizar, pois a escrita sozinha é uma simples formalização social do conceito matemático, bloqueando a aprendizagem do
conceito decimal, passando a expressar os símbolos numéricos, sem conhecer e compreender a quantidade que aquele
determinado símbolo representa.

Valorizar o conhecimento prévio é o início da evolução e construção do conceito numérico contemplando todos os seus eixos, pois
a escrita numérica pode apresentar lacunas, se for escrito de forma precoce e sem acompanhamento. Por exemplo, verifique se
uma criança é capaz de conduzir uma ação de quantificação conduzindo um simples questionamento para as crianças, veja:

• Qual é o número maior 158 ou 28?

• Certamente ela responderá que é o numeral 158.

• Continue a questionar, quem é o maior 420 ou 580?

Possivelmente ela responderá que os dois numerais são iguais, pois associam a quantidade de elementos (centena), e não a
quantidade do símbolo, ou seja, nem sempre a verbalização é a representação escrita do número, pois escrever um número por
extenso, não significa a escrita do numeral.

Neste sentido, compete ao educador refletir sobre suas práticas pedagógicas, principalmente por ser o protagonista do processo
de construção do conceito de número, pois, sabe-se que não é um processo simples, mas sim um processo que é reflexo do que
percebemos a partir de nossas concepções. A amplitude do processo de construir o conceito numérico, vai além da concepção de
verbalizar, contar e quantificar, assim é necessário valorizar o processo de alfabetização por inteiro com todas as suas
complexidades.

Note que as nossas leituras, nos apontam que o processo de construção do conceito numérico inicia com o quantificar, partindo
para o contar, em seguida verbalizar e finalmente representar, de acordo com Kamii(1990) a quantificação por parte da criança é
parcialmente observável e que podemos, a partir dele perceber se a criança está construindo o conceito de número, que por sua
vez não pode ser observável.

É importante enfatizar que a quantificação feita inicialmente pela criança não será necessariamente correta, mas que o processo
pretenda desenvolver nela a segurança para que continue quantificando objetos, seria este, o ambiente propício para a construção
mental do número, e não necessariamente de repetição e memorização da seqüência numérica de forma mecânica.

A autora nos leva a refletir que a representação de símbolos não é relacionada com objetos quantificados, pois nessa fase o foco
principal é ensinar os números, porém ensinar os números não significa trabalhar apenas com os símbolos, escrita, leitura e
contagem, as habilidades e estruturas mentais devem ser desenvolvidas, através da motivação, da relação com o contar, do saber a
diferença entre o contar e o recitar números, neste sentido, é preciso conhecer e entender o sistema de numeração,
proporcionando um significado real. Segundo Danyluk (2002), as crianças apresentam espontaneidade ao realizar seus registros
numéricos, esses por sua vez podem ser rabiscos e desenhos que têm significado para ela e que podem ser criados para
representar algo que elas queiram, como por exemplo, uma determinada quantidade.

Então um questionamento é levantado para investigação e nos leva a refletir: Se o processo da


alfabetização Matemática se constrói gradativamente desde antes ingressar em ambiente escolar, como
algumas crianças concluem as séries iniciais do ensino fundamental sem estar alfabetizadas
matematicamente?

Quais as lacunas nos processos vivenciados por esses alunos possibilitou essa defasagem na aprendizagem?

Fonte: Próprio autor


Atente-se que em nenhum momento do nosso material de estudos, contextualizamos sobre crianças com necessidades especiais e
com distúrbios de aprendizagem, nosso foco central é o processo de preparação e construção da alfabetização matemática, pois
crianças com problemas neurológicos ou psicológicos são trabalhos e tratados em campo específico, que dentro da Matemática
essa função compete à área das dificuldades no aprendizado da matemática, nosso foco ao longo das leituras é a alfabetização,
mais especificamente os eixos norteadores e a estrutura para uma formação.

Em contrapartida, DANYLUK (1997) define a Alfabetização Matemática como:

um fenômeno que trata da compreensão, da interpretação e da comunicação dos conteúdos


“[...]

matemáticos ensinados na escola, tidos como iniciais para a construção do conhecimento matemático. Ser
alfabetizado em Matemática, então, é compreender o que se lê e escrever o que se compreende a respeito
das primeiras noções de lógica, de aritmética e geometria. Assim, a escrita e a leitura das primeiras ideias
matemáticas podem fazer parte do contexto de Alfabetização. (Danyluk 1997 p.12)

Sendo assim, para estruturar e solidificar a representação numérica dentro da alfabetização matemática é necessário que o
indivíduo desenvolva a leitura, a compreensão dos números, a relação de unidades de medida, saiba trabalhar e utilizar conceitos,
que compreenda e interprete as operações fundamentais (adição, subtração), ou seja, para construir a representação numérica o
indivíduo necessita estar alfabetizado matematicamente.

A seguir algumas situações do cotidiano que pode ser utilizado na representação e codificação da alfabetização Matemática:

• Ao falarmos nossa idade;

• Ao olharmos a hora do relógio;

• Ao observarmos uma lista de aniversariantes;

• Ao verificar a tabela de classificação do meu time de futebol.

São situações cotidianas que nos obrigam a recorrer aos números para representá-las, porém não atribuímos significados a ele, na
maioria das vezes não valorizamos o significado apenas a representação gráfica.

Por exemplo, podemos visualizar a representação gráfica e numérica do algarismo 5, é possível visualizar o
código 5, porém é uma representação comum, sem apresentar a ideia de 5 unidades de mesma espécie, o
numeral 5 faz parte do sistema decimal, trata-se de um sistema simbólico, que pertence a linguagem
matemática, como a abstração faz parte da Matemática, não basta conhecermos a linguagem, mas é
necessário conhecer o sentido e o seu significado.

Assim, a criança só está alfabetizada Matematicamente quando lê, compreende, interpreta os símbolos da linguagem matemática
“[...] e sua consciência atentiva voltar-se para o desvelamento dos significados que estão implícitos [...]” (DANYLUK, 1988, p.52).

Ainda com as afirmações de DANYLUK (1988, p.58), “Ser alfabetizado em matemática, então, é entender o que se lê e escrever o
que se entende a respeito das primeiras noções de aritmética, geometria e lógica”

Ainda que a Matemática é uma das ciências mais antigas, há poucos estudos sobre a alfabetização Matemática, diríamos até que
são estudos recentes, que a alfabetização matemática atualmente é definida como o ato de ler e escrever matematicamente,
utilizando sua linguagem e símbolos específicos, o que justifica a realidade do ensino aplicado em nossas unidades escolares, pois o
processo de alfabetização matemática deve estar alinhado com o aprendizado da leitura e escrita da língua materna, pois são
fundamentais e inseparáveis, segundo Machado (1990, p.15):
É como se as duas disciplinas, apesar da longa convivência sob o mesmo teto – a escola -, permanecem
estranhas uma à outra, cada uma tentando realizar sua tarefa isoladamente ou restringindo ao mínimo as
possibilidades de interações intencionais.

O que é comum encontrarmos nas escolas é atividades que envolvem e priorizam apenas o ensino da língua materna, onde o
ensino da matemática é fragmentado e inserido com afinco somente após o domínio linguístico, desconsiderando totalmente a
relação entre a linguagem materna e a Matemática.

De acordo com Machado (1990, p.15):

Matemática faz parte dos currículos desde os primeiros anos da escolaridade, ao lado da Língua
“[...] a

Materna. Há um razoável consenso com relação ao fato de que ninguém pode prescindir completamente de
Matemática e, sem ela, é como se a alfabetização não se tivesse completado.

Sem dúvidas que tanto a linguagem materna quanto a linguagem matemática, se constrói em um sistema de símbolos, porém a
forma em que são representados define a dependência de cada uma delas, justificando a forma específica para a leitura,
interpretação e conhecimento que a linguagem materna e a linguagem matemática proporcionam. Desta forma, a alfabetização
matemática junto com a representação numérica, deve conduzir suas produções em volta da comunicação, leitura,
contextualização, escrita e o envolvimento dos envolvidos neste processo de construção de conhecimento.

O paradigma que deve ser quebrado é a abordagem da linguagem matemática só ser aplicada após o domínio da linguagem
materna, ou seja, como se o ensino da matemática não fosse alinhado com a linguagem materna, obtendo como consequência
dessa ação uma aprendizagem mecânica, pautada na memorização e na repetição de algoritmos.

Desta forma o que mais encontramos nas primeiras séries do ensino fundamental, são atividades que levam a memorização da
sequência numérica e apenas grafia dos números, sem preocupar-se com a verdadeira representação numérica, pela construção
efetiva do número.

A consequência dessa visão em sala de aula e a imposição autoritária do conhecimento matemático por um
professor que, supõe-se, domina e o transmite a um aluno passivo, que deve se moldar a autoridade da
‘perfeição científica’. (CARVALHO, 1991, p.15).

Neste sentido, explorar o cotidiano, abordar e considerar o conhecimento s prévios, conduzem para um novo olhar, estruturado no
verdadeiro sentido da alfabetização matemática.

Desde que nasce, a criança está em contato com o mundo. Através da visão, da audição, do tato, de seus movimentos ela vai
explorar e interpretar o ambiente que a rodeia, antes mesmo de dominar as palavras, conhecer o espaço e as formas nele
presentes. (TOLEDO, 1997, p.221).

Desta forma, a alfabetização matemática pode ser definida como o processo estrutural, onde o ato de aprender a ler e escrever a
linguagem materna são tão importantes quanto à linguagem matemática, pois possibilitam aos envolvidos a interpretação e
compreensão dos símbolos, sinais, ou seja, dominar as ideias norteadoras para o domínio da matemática, mas é necessário deixar
claro que a alfabetização matemática deve acontecer nas séries iniciais, através dos primeiros contatos com a disciplina, assim
nossos estudos nos levam a valorização da matemática desde as séries iniciais, repensando as ações metodológicas de ensino e
formação do professor.
Avançar

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ATIVIDADES
1. Em nossas leituras deparamos com os números e suas implicações, a construção do conceito de números e como devemos
prosseguir com a derrubada da barreira que exibe uma visão equivocada que a concepção Matemática é uma ciência complexa e
difícil, desta forma, Piaget defende que “o número é a relação criada mentalmente por cada indivíduo”. Analise as afirmativas e
assinale a alternativa que representa o processo de construção numérica:

a) O processo de construção numérica é solidificado em um ensino mecanizado com repetição de atividades


, e memorização.

b) O processo de construção numérica dentro do processamento das informações de forma empírica na criança, parte das
características físicas dos objetos que a criança está manipulando, como espessura, quantidade, cor, forma física.

c) O processo de construção numérica parte das características que sobressaem os dos objetos

d) O processo de construção numérica é proporcionado, somente dentro da escola, conhecimentos prévios devem ser
descartados.

e) O processo de construção numérica se estrutura no abstrato, materiais concretos neste caso devem ser descartados.

2. Os números e suas características, segundo Moreno: “recitar a série não é a mesma coisa que contar elementos de um conjunto.
Isto é, o sujeito pode recitar a série até um determinado número mas não necessariamente poderá utilizar esse conhecimento na
hora de contar objetos ou desenhos (2006, p.56)” De acordo com as características dos números analise as afirmativas:
.

I)Quando partimos para o processo de verbalizar, deparamos com algumas características, ou seja, a verbalização é alinhada
diretamente com a fala.

II)A criança expressa por meio da fala a quantidade, expondo suas ideias e operações que serão realizadas, expressando
verbalmente seus raciocínios, seus pensamentos e conclusões.

A criança passa do processo visual


III) e direciona para o processo oral, quando ela consegue escrever, mentalizar e expressar-se
oralmente o conceito de números.

IV) O educador deverá atentar-se que o processo de falar não significa expressar a sequência quantitativa, pois somente a série
pode ser organizada considerando o fator quantitativo.

De acordo com as afirmativas está correto o que se afirma em:

a) Somente na afirmativa I
b) Somente na afirmativa II

c) Somente nas afirmativas II e III

d) Somente nas afirmativas III e IV

e) Somente nas afirmativas I, II, III e IV

3. A Alfabetização Matemática e o processo de preparação para a representação numérica, está alinhado com o conceito
numérico, onde se estrutura em três pilares, são eles:

a) A verbalização, a contagem e a grafia

b) A oralidade, a repetição e a contagem

c) A verbalização, a contagem e a repetição

d) A contagem, a grafia e a mecanização

e) A contagem, a mecanização e a grafia

Resolução das atividades

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RESUMO
Caro(a) aluno(a)!

Ao elaborar este material de estudos, a grande preocupação era possibilitar maneiras de aprofundar os conhecimentos sobre a
alfabetização Matemática e a construção do conceito numérico, principalmente dos números e suas implicações, tornando o
aprendizado mais significativo, facilitando a compreensão dos alunos para os assuntos que serão abordados posteriormente,
assuntos entre eles, os números e suas características, bem como aprofundar sobre a origem para a construção do processo de
contar, verbalizar, definindo suas pre-concepções, suas caraterísticas apontando como fator principal a alfabetização verbal e da
escrita numérica.

Nossas leituras proporcionaram ampliar nosso conhecimento sobre o conceito numérico e sua estruturação, bem como revelar
que é impossível construir o conhecimento numérico sem conhecer a história, a origem, em diversos momentos no decorrer de
nossos estudos enfatizou-se a importância de conhecer a história para, só então, transmiti–la. Na maioria das vezes, deixamos de
explorar algumas situações, que facilitarão no processo ensino-aprendizagem, para memorizar a história e conceito numérico, o
que impossibilita construir conceitos importantes, o fato é que, torna-se preciso conhecer a história para superar a visão
equivocada de que a matemática é objeto pronto, utilizar a história em sua metodologia de ensino e aprendizagem.

Quando aprofundamos e avançamos em nossa leitura, conclui-se que a alfabetização Matemática e o processo para a
representação numérica, torna-se essencial e compreensível dentro do processo de introdução da linguagem matemática,
preparação para o processo de quantificar, classificar, seriar e ordenar, processos esse que funciona com base para introduzir a
teoria dentro dos currículos escolares, desenvolvendo a evolução do conhecimento, possibilitando melhorias no processo ensino-
aprendizagem.

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Material Complementar

Na Web
“Como Desenvolver um trabalho de alfabetização matemática usando os
jogos como estratégia de ensino?”

Durante toda nossa unidade contextualizamos e direcionamos nossos


pensamentos sobre a Alfabetização Matemática, relatando a importância
de desenvolver um trabalho sólido que seja capaz de codificar o
conhecimento e utiliza-lo ao longo da vida acadêmica e profissional, neste
sentido convido você a aumentar seu viés de conhecimento conhecendo
e realizando a leitura da matéria.

Disponível no Portal do professor no link

Acesse

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REFERÊNCIAS
CARVALHO, D.L. Metodologia do Ensino da Matemática. São paulo: Cortex,1991.

DANYLUK, Ocsana. Alfabetização matemática: as primeiras manifestações da escrita infantil. Porto Alegre: Sulina: EDIUPF, 2002.

DANYLUK, O. S. Alfabetização Matemática: a escrita da linguagem matemática no processo de alfabetização. Tese (Doutorado) –
Programa de Pós Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1997.

DANYLUK, O. S.Um estudo sobre o signifi cado da alfabetização matemática. Rio Claro(SP): IGCEUNESP, 1988. Dissertação de
Mestrado.

KAMII. Constance. A criança e o número: implicações da teoria de Piaget. Campinas: Papirus, 1990.

MACHADO, N.J. Matemática e Língua Materna: análise de uma impregnação mútua. São paulo: Cortez 1990.

MORENO, Beatriz Ressia de. O ensino do número e do sistema de numeração na educação infantil e na 1ª série. In: PANIZZA,
Mabel. Ensinar matemática na educação infantil e nas séries iniciais: análises e propostas. Porto Alegre: Artmed, 2006, p.43- 76.

TOLEDO, Marilia; Toledo, Mauro. Didática de Matemática: Como dois e dois: a construção da Matemática. São Paulo: FTD, 1997.

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APROFUNDANDO
Convido você a aprofundar-se e mergulhar neste mundo encantador dos jogos como apoio e complemento a metodologia e fixação
dos conteúdos.

Ao longo deste material, nosso foco central foi a alfabetização Matemática e a construção do conceito de números, sabemos que
este processo é árduo, demorado e por muitas vezes fragmentado o que provavelmente vem causando a maioria dos problemas no
processo de aprendizagem da criança, então como forma de agregar na aprendizagem utilizar a ludicidade aproxima a criança e
envolve no conteúdo que está sendo ministrado.

Neste sentido, vamos propor algumas atividades lúdicas que agregará no processo de ensino e aprendizagem.

Atividade: Construindo número

Objetivos: Compreender e ordenar números de 0 a 9, analisar e compreender as relações numéricas, desenvolver a criatividade,
atenção e despertar o raciocínio.

Materiais utilizados: 9 caixas de leite ou fósforo, 1 dado com 10 faces enumeradas de 0 a 9.


Figura 1: Dado em formato de dodecaedro

Modo de jogar

Junto com os alunos construir torres de caixas de leite ou de fósforos.


Após, confeccionar o material, posicione os alunos em círculos no chão e
coloque as torres no centro do círculo. O jogo inicia quando um aluno joga
o dado e pega a peça que representa aquela quantidade, assim com todas
as torres concluídas, o professor a cada rodada pergunta às crianças
sobre a ordem e a inclusão hierárquica das caixas. Dessa forma verificará
se o aluno está construindo o conceito de número.

O professor diz: Como vocês construíram a torre 8?

Por qual motivo você não pode utilizar a torre 7?

Veja os exemplos de jogadas no quadro a seguir:


Figura 2: Exemplo das jogadas.

E agora, vamos à segunda atividade que vai ajudar no processo de ensino e aprendizagem.

Atividade As abelhas estão com fome


:

Objetivos Capacitar o aluno para quantificar objetos e conjunto de objetos, reconhecer


: a escrita dos algarismos, relacionar a
quantidade a escrita do numeral, despertar o raciocínio, a concentração e a competição.

Materiais utilizados confeccionar 10 flores com algarismos de 0 a 9; 5 abelhas com nome dos jogadores
: e 10 fichas com
conjuntos, cuja quantidade varia de 0 a 9.

Modo de jogar

Inicia-se um grupo de 2 a 6 crianças. Cada criança recebe uma


abelhinha onde colocará o seu nome e o professor fica com as
fichas que consta o desenho dos conjuntos. Em uma mesa ou
superfície plana espalhe as flores de uma maneira que os
numerais ficam expostos para cima. O jogo inicia quando o
professor mostra uma ficha e as crianças lançam suas
abelhinhas em cima da flor com o numeral que sinaliza a
quantidade dos objetos apresentados e a criança recolhe as
flores com suas abelhinhas. Vence o jogo a criança que
recolher mais flores.

Essas e outras ideias maravilhosas você pode utilizar para


tornar as aulas de matemática significativas e prazerosas. Um
forte abraço!

PARABÉNS!
Você aprofundou ainda mais seus estudos!

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação .

a Distância; RAMOS Antoneli da Silva;


,

Alfabetização Matemática.

Antoneli da Silva Ramos;

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.

36 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Alfabetização. 2. Matemática. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 372

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos Shutterstock
:

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900

Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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ALFABETIZAÇÃO
MATEMÁTICA E OS
PROCESSOS DE
CLASSIFICAÇÃO,
SERIAÇÃO E
ORDENAÇÃO
Professor (a) :

Esp. Antoneli da Silva Ramos

Objetivos de aprendizagem
• Estudar, conhecer e compreender a construção do conceito de números, elencando os processos de classificação, como
elemento prioritário no processo da alfabetização matemática;

• Compreender o processo de seriação e a importância de trabalhar alinhado com a classificação, estruturando a base para a
construção do conceito numérico
• Assimilar e compreender que o processo de classificar, seriar, ordenar e quantificar estão interligados e são estruturas
primordiais no processo de alfabetização matemática e construção do conceito numérico e para isto será abordado com modelos
de atividades

Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• Classificando e alfabetizando

• Seriando e alfabetizando

• Classificando, seriando e ordenando fases necessárias para a construção numérica.

Introdução
Olá, caros(as) leitores(as)!

Em nossa última discussão deste material de estudos abordaremos sobre a alfabetização Matemática e os processos de
classificação, seriação e ordenação, este material foi planejado para contribuir no processo de ensino-aprendizagem Matemática,
partindo do princípio que a teoria deve ser demonstrada na aplicação prática, melhorando a qualidade de ensino.

Neste ponto de nosso estudo o leitor adquiriu um conhecimento sobre a construção numérica e seu processo de escrita, pois o
foco central de todas as nossas discussões foi voltada a ensinar os conteúdos Matemáticos de uma forma codificada e significativa,
conhecimentos esses estabelecidos no currículo escolar, mas, sim, clarear a maneira de aplicar a teoria pré-adquirida na prática do
dia a dia.

Nessa discussão Iniciaremos com a classificação e a alfabetização, com intuito de estudar, conhecer e compreender a construção
do conceito de números, elencando os processos de classificação, conservação, seriação como elemento prioritário no processo da
alfabetização matemática agregando as fases do ensino e aprendizagem, em seguida, discorreremos sobre a seriação e
alfabetização, como o desenvolvimento da alfabetização está alinhada a suas expectativas e finalizamos com o tema classificando,
seriando e ordenando fases necessárias para a construção numérica, elencando as práticas pedagógicas e complementando o
aprendizado.

Ao longo de nossas leituras, você despertará o interesse pelas atividades lúdicas e como aplicar essas atividades em sala de aula
está agregando no aprendizado, tornamos o tema mais atraente, ao passo que conciliaremos os conteúdos pré adquiridos na
escola com o cotidiano do aluno, explorando a necessidade de renovar as alternativas de ensino e criando um novo olhar para o
ensino da educação Matemática.

Convido você neste momento a aproveitar essa nossa última discussão e refletir sobre sua prática docente.

Boa leitura!

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CLASSIFICANDO E ALFABETIZANDO
A sequência estrutural da escolarização mais valorizada entre as paredes das salas de aula é ensinar a primeiramente a leitura e a
escrita da língua materna, para só então inserir as noções matemáticas, porém esta estrutura de organização escolar para o ensino
estrutural da matemática está equivocada e compromete diretamente na alfabetização da mesma.

O ato de alfabetizar não é uma tarefa simples, inclusive não pode esperar que a colheita de resultados aparecesse
instantaneamente, o fato é que a tarefa de alfabetizar está passando por processos de mudanças, o que nos leva a pensar que o
processo de alfabetizar pode existir ou em alguns casos ser apenas uma utopia, pois o processo de alfabetizar é alicerçado no
reconhecimento dos números e compreensão das quantidades, o que para muitos pode ser uma tarefa difícil de associar e
trabalhar juntas.

Onde iniciamos a alfabetização Matemática?

As formalizações da alfabetização Matemática iniciaram nas séries iniciais do Ensino Fundamental, nesta fase da escolarização a
aprendizagem matemática visa à aquisição das ideias básicas, estruturais da disciplina e suas especificidades dos símbolos e
linguagem matemática, porém é necessário atentar-se que a linguagem matemática deve ser trabalhada alinhada com a linguagem
materna.

Então, o que é alfabetizar matematicamente?

É impossível desvincular a matemática do nosso cotidiano, porém muitos educadores conduzem a disciplina na formalidade,
transmitindo insegurança no processo de alfabetização. A alfabetização matemática diferencia da alfabetização materna, pois na
alfabetização materna o resultado é visível, mas na alfabetização matemática muitos dos resultados envolve a abstração.

Segundo Kamii (1986) muitas crianças hoje demoram a raciocinar qual número representa determinada quantidade. Muitos
aprendem de maneira mecânica, apenas decorando sequências, mas sem ter o conceito. O professor precisa criar um espaço para
que o alfabetizando possa transcrever livremente o seu pensar matemático, intervindo no processo como um problema. Assim a
criança poderá perceber o cálculo mental como um conhecimento que pode ser representado de várias maneiras.

O alfabetizar matematicamente exige uma estrutura física e mental, é necessário possibilitar condições de aprendizagem aos
envolvidos, mostrar que há uma segurança nas representações numéricas, criar condições para as descobertas, recriando e
utilizando seus conhecimentos prévios.
De acordo com Kamii (1986) a criança progride na construção do conhecimento lógico matemático pela coordenação das relações
simples que anteriormente ela criou entre os objetos. Quando as crianças colocam todos os tipos de conteúdos em relações, seus
pensamentos se tornam mais móveis. As crianças são sim capazes de entender e desafiar a matemática, mas quando se deparam
com o professor com o qual não tiveram uma experiência agradável com a disciplina, à mesma se trava diante da construção do
conhecimento.

Se a criança consegue a progressão a partir da construção do conhecimento lógico, então há necessidade de abordar os conceitos
matemáticos com materiais concretos, principalmente nas séries iniciais onde o processo de construção do conhecimento está
sendo implantado, principalmente quando está abordando a relação de números e quantidades. De acordo com Kamii (1986 p.6):

Encorajar a criança a estar alerta e colocar todos os tipos de objetos, eventos e ações em todas as espécies
de relações. A pensarem sobre números e quantidades de objetos quando estes sejam significativos para
elas. Encorajar a criança a quantificar objetos logicamente e a comparar conjuntos e a fazer conjuntos com
objetos móveis.

Uma das maiores dificuldades que deparamos quando iniciamos a alfabetização Matemática é conscientizar os envolvidos que a
matemática está inserida no cotidiano, e que não é uma disciplina apenas para grupos específicos de pequenos gênios, que o
conhecimento matemático pode ser desenvolvido em todos os envolvidos de forma gradativa, isto representa a base da
alfabetização.

A alfabetização matemática é um fenômeno que trata da compreensão, da interpretação e da comunicação dos conteúdos
matemáticos ensinados na escola tidos como iniciais para a construção do conhecimento matemático. Ser alfabetizado em
matemática, então, é compreender o que se lê e escrever o que se compreende a respeito das primeiras noções de lógica, de
aritmética e geometria. Assim, a escrita e a leitura das primeiras ideias matemáticas podem fazer parte do contexto de
alfabetização. (Danyluk, 1997, p. 12).

A alfabetização consiste em decifrar a linguagem de códigos, ou seja, ser capaz de ler, escrever e interpretar
aquilo que está lendo, dentro da alfabetização matemática, alfabetizar consiste em compreensão,
interpretação e desenvolver o raciocínio lógico.

Silva (2008) define a alfabetização pode ser entendida como a organização das representações em um sistema, que também pode
ser concebida como a língua materna, estabelecendo o seu ensino, caracterizando uma alfabetização em matemática.

É neste período que contamos com o apoio de conceitos como a classificação seriação, ordenação, sistema decimal e valor
posicional, que também são instrumentos que contribuem no processo de alfabetização matemática.

Desta forma, o alfabetizar matematicamente, deve alicerçar-se na aprendizagem significativa, com atividades que envolvam
situações problemas, desenvolvam a concepção sobre os processos de aprendizagem, envolvendo metodologias diferenciadas e
trocas de experiências didáticas, assim, a organização dos trabalhos pedagógicos, os registros, as quantificações e os
agrupamentos são estruturas fundamentais para o ensino da matemática.

O alfabetizar matematicamente e a construção do conceito numérico, deve passar pelos processos de classificação, conservação,
seriação, ordenação, sistema decimal, entre outros processos que envolvem e conduzem a compreensão das ideias implícitas nas
quatro operações básicas da matemática.

Como pré-requisitos para o desenvolvimento e compreensão do sistema de numeração é a classificação e a seriação, note que,
incentivamos a classificação e seriação desde o primeiro dia de escolarização, quando inserimos a rotina de uma escola no
cotidiano da criança, pois sabemos que o desenvolvimento humano deve ocorrer por fases, por etapas, desta forma, a
aprendizagem deve envolver o ensino com a aptidão dos envolvidos, deixando ao lado a cobrança excessiva pela fórmula mágica de
ensinar, com conteúdos sobrecarregados, com até mesmo conhecimentos desnecessários para aquilo que realmente precisam
aprendem nesta fase.
As crianças nos primeiros anos do ensino fundamental necessitam de um ensino que agrega em
seu cotidiano e formação, ou seja, o professor é o principal autor desta contribuição para essa
construção. Crianças entre 2-6anos que estão no estágio pré operatório, faixa etária onde as
crianças observam e descrevem objetos, comparando suas semelhanças físicas, como cor,
espessura, tamanho, forma, peso, entre outros, estabelecendo relação de comparação,
classificação e seriação.

Para que isto ocorra de forma codificada é necessário que a criança desenvolva o raciocínio e
pensamento lógico, ela só desenvolverá através de estímulos concretos com a manipulação de
objetos, tampinhas, bolinhas, apertando, separando e agrupando brinquedos, mesmo sem Figura 2: Seriação e
compreender o significado de quantidade, de números ou sistemas de medidas, os estímulos são classificação
o passaporte para o sucesso na alfabetização matemática.

Neste turbilhão de informações, várias dúvidas e questionamentos surgem entre nossos pensamentos,
questionamentos como:

Mas o que é classificar?

Mas o que é seriação?

Segundo Toledo (1997) afirma que classificar é uma operação lógica de importância fundamental em nossa vida, pois nos ajuda a
organizar a realidade que nos cerca.

Ao classificar os objetos a criança está preocupada em agrupar de acordo com as características que estão observando, como o
cachorrinho é preto, o gatinho tem quatro patas, a bola é azul, se notarmos a nossa volta estamos sempre classificando, na
organização de uma prateleira de livros, ao manipular CDs, ao manipular roupas, classificamos oralmente ou mentalmente, já no
processo de seriação a criança separa os objetos de acordo com as escalas de tamanho (maior e menor), espessura (grosso e fino),
construindo uma relação entre os objetos.

Embora a classificação inicie na educação infantil, caminhe pelas séries iniciais do Ensino Fundamental, passando por uma
reelaboração estrutural, onde na educação infantil a classificação não foca em quantidade e conceito numérico, no ensino
fundamental a sequência numérica é inserida, através de situações problemas e estímulos para o raciocínio lógico.

O processo de seriação é necessário para a construção da sequência numérica, trabalhar com as trocas de objetos, com
comparação de tamanho, peso, espessura, conduzem o ensino para o aprendizado da sequência numérica, do antecessor e do
sucessor, pois se a criança manipula objetos o modelo concreto está formado e inserido em seu cotidiano, o que facilitará o
educador a explicar que, por exemplo, o número oito vem antes do número nove, e que o número dez vem depois do nove, assim
sucessivamente.

Segundo Toledo (1997) enquanto a classificação repete as semelhanças entre os elementos, a seriação trabalha mais com as
diferenças entre eles. Quando dizemos que estamos seriando, categorizando os objetos, estabelecemos entre eles uma relação de
diferença que possa ser quantificada, permitindo que os elementos sejam colocados em ordem crescente ou decrescente.

A criança classifica antes mesmo de entrar na escola e quando inicia a escolarização elas relatam experiências que envolvem
números, isto é possível por meio de situações cotidianas, como: o número de sua casa, o número do canal de TV favorito, o
número de objetos manipuláveis, inclusive possuem conhecimento da sequência numérica, mesmo sem construir o conceito
numérico. Sabemos que para construir o conceito numérico é necessário passar por processos cognitivos, que poderão ser
desenvolvidos a partir da classificação e seriação.

Classificação trata-se de uma operação lógica desenvolvida a partir de agrupamentos de objetos classificados pelas suas
semelhanças, uma atividade preparada para desenvolver e despertar a classificação deve conduzir a criança a:
• Reconhecer as diferenças e semelhanças entre objetos de um conjunto;

• Estabelecer particularidades de um objeto ou de um grupo de objetos, identificando atributos, classes, características,


coleções, entre outros;

• Estabelecer a relação entre os agrupamentos macro e micros de uma determinada coleção de objetos;

• Perceber e estabelecer a separação de dois objetos, ou seja, quando não possuem elementos em comum.

Assim o processo de classificação é o primeiro passo para o desenvolvimento lógico que será utilizado ao longo da vida, portanto, a
necessidade de valorizar e trabalhar de forma efetiva a classificação na educação infantil estendendo até as primeiras séries do
ensino fundamental.

Como estratégia utilizar conhecimentos prévios torna-se um alicerce sólido e duradouro, desta forma, algumas atividades podem
incentivar e estimular o desenvolvimento de habilidades naturais.

Veja alguns exemplos de atividades que envolvem a classificação:

1. Agrupando

Esta atividade envolve toda a classe, o professor que dá o comando, solicitando as crianças para agrupar-se de acordo com:
Altura, idade, cor de cabelo, sexo, cor dos olhos, tipo de roupa, calçados etc..

Atente-se que na classificação os envolvidos devem agrupar objetos pelas suas semelhanças.

2. O lixo que virou Luxo

O professor lança uma campanha com as crianças para que elas tragam para a escola materiais recicláveis (caixas de sapato,
garrafas pet, botões, retalhos, papelão, até mesmo lixas de diferentes texturas, bolinhas, latinhas), coloque todo o material
que as crianças trouxeram no centro da sala e permita que as crianças manuseiem e classifiquem livremente o material,
deixe que elas percebam as semelhanças e façam agrupamentos.

Figura 3: O lixo que virou luxo

Após deixá-las livremente o professor fará sua intervenção e direcionamentos, atribuindo critérios para a classificação de objetos.
Após este primeiro contato com os objetos é o momento de estimular o processo de contagem dos agrupamentos, fazendo o
registro dos números, inserindo gradativamente o conceito numérico.
1. A brincadeira é “Dominó da Classificação”

Inicia o jogo com as crianças tirando par ou ímpar, a criança vencedora é proporcionado a oportunidade de escolher a peça
que vai jogar, colocando sobre a mesa e explicando o motivo de sua escolha. A segunda criança deve escolher uma peça que
tenha semelhança com a primeira, pontuando o atributo que uma é semelhante a outra e assim sucessivamente até o quarto
jogador.

2. A brincadeira é: “Classifique a semelhança”

Dentro de uma caixa o professor insere vários blocos lógicos, com formato redondo e questiona para os alunos qual é a peça.
Se as crianças responderem é uma roda, o professor deve pegar outra peça, mas de cor e tamanho diferente da primeira e
instigar as criança pela segunda vez, se a criança insistir que é uma roda, o professor inicia o questionamento:

As peças são iguais?

Fazendo com que a criança perceba que as peças se caracterizam apenas pelos seus atributos e semelhanças, como cor,
tamanho, formato.

SERIANDO E ALFABETIZANDO
A seriação trata-se de várias sequências, organizadas por uma regra de formação. Seriação Segundo Toledo (1997) enquanto a
classificação repete as semelhanças entre os elementos, a seriação trabalha mais com as diferenças entre eles. Quando dizemos
que estamos seriando, categorizando os objetos, estabelecemos entre eles uma relação de diferença que possa ser quantificada,
permitindo que os elementos sejam colocados em ordem crescente ou decrescente.

A seriação é um processo que se estrutura a partir da classificação, então primeiramente a criança aprende a classificar objetos,
quando a classificação está bem alinhada e o processo de aprendizagem está codificado que a seriação floresce, ou seja, a seriação
quando relacionada ao conceito numérico, é possível afirmar que se trata de uma série numérica, assim, comparando com a ordem
crescente de determinada quantidade de objetos, um conjunto de três ou mais elementos, sempre será posicionado após dois
objetos e gradativamente a criança vai construindo o conceito inicial da seriação até estruturar a ideia mais elaborada.

A seriação se fundamenta nas diferenças entre os objetos, entre os conjuntos de objetos que podem ser quantificados em ordem
crescente ou decrescente, logo a seriação é o processo onde compara os objetos e estabelece as diferenças entre eles. A seriação
inicia desde o período sensório motor, em pequenas atividades os bebês praticam a seriação ao brincarem com blocos lógicos e
organizarem os objetos um sobre o outro, montando pequenas torres, fazendo encaixes de peças.

A construção do processo da seriação é gradativa, intercalada por diversos fatores, passando por fases intermediárias, inicia o
processo de seriação com menos de dez elementos, vai avançando gradativamente até chegarem a pares de elementos numa
sequência de ordenação, ou seja, o processo de seriação é construído por tentativas, através de erros e acertos, porém a criança só
entra no processo de seriação quando consegue intercalar elementos.

As fases evolutivas da seriação acontecem em quatro períodos:

• 1ª fase- a criança agrupa os elementos sem nenhum ensaio de ordenação, isto acontece até os 4 anos de idade.

• 2ª fase- De 4 a 5 anos a criança é capaz de realizar pequenas séries, mas sem uma organização dos elementos.

• 3ª fase- De 5 a 6 anos a criança é capaz de intercalar objetos com êxito após várias tentativas.

• 4ª Fase- Entre 7 e 8 anos a criança desenvolve a seriação operacional, ou seja, a seriação operacional é a compreensão e a
extensão, onde a compreensão está alinhada com a organização de diferenças e a extensão ligada ao conjunto de elementos.
Em nenhum momento a seriação deve ser trabalhada separada da classificação, ao propor atividades procure possibilitar a criança
a desafios que levem a perceber a ordem numérica, possibilitando a criança desenvolver o seu cognitivo. Quando a criança percebe
que a estrutura e o conceito numérico são construídos e estabelecido em uma sequência que o sucessor é sempre um a mais que o
anterior, neste momento ela está pronta para a ordenação, sequência numérica e conceito numérico.

Uma definição efetiva de Classificação e seriação é que:

A classificação os envolvidos agrupam os objetos pelas suas semelhanças, já a seriação os envolvidos colocam os objetos em
sequência numérica, ordem crescente ou decrescente, vence a criança que terminar suas peças. A dica é mudar sempre o
comando, modificando o número de critérios, instigando as crianças a refletir sobre as peças sucessoras.

Os nossos estudos, nos levam a posicionar-se em defesa da Matemática e na necessidade de reestruturar-se, pois a Matemática é
uma sequência que precisa ser bem elaborada e fundamentada em todas as fases de escolarização, quando o processo de
classificação, seriação não são bem trabalhados, a consequência gera problemas e falhas no processo de numeração, ordenação e
construção do conceito numérico, para que isto não ocorra uma sugestão é trabalhar em sala de aula com a ludicidade, com
materiais de apoio e objetos concretos, manipuláveis.

Inicie sua aula estimulando nas crianças o despertar do raciocínio lógico e a formação dos pensamentos matemáticos, através de
atividades lúdicas que contribuem com o desenvolvimento da classificação e seriação, utilizando objetos de várias categorias,
como animais, bolas, tampinhas, blocos lógicos, instigando à criança a classificação, classificar a partir dos comandos para a
classificação, como cor, semelhança, tamanho, entre outras características.

Crie em sala de aula jogos como: Jogo de memória, semelhança e quantidade de cartões, organizar filas de pessoas, ordenação de
tampinhas ou lápis, correspondência de cores dos objetos, trabalhando quantidade, semelhança, tamanhos, correspondência.
Trabalhar com a ludicidade, cria um preparo para o ambiente escolar.

Então o ato de seriar é estabelecer arranjos, organizar os elementos, mantendo a diferença de cada um, ou seja, os conjuntos
devem estar relacionados entre si através de suas diferenças, porém com um mesmo atributo, por exemplo, diferenciação de cor
por tonalidades, diferenciar peso por faixa etária, tonalidade, origem, altura, direção, maior, menor, crescente, decrescente.

Quando a criança percebe a diferença entre os objetos o processo de seriação inicia, pois antes dessa percepção a organização dos
objetos é feita pelas crianças de forma aleatória, desordenada, sem considerar as diferenças, mas em um processo gradativo
passam a comparar elementos e arrumá-los em grupos de dois ou três elementos, porém não possuem um critério estabelecido.

A seriação pode acontecer por ensaio de erro, quando a criança separa os elementos por tentativas, na base de ajustes, arrumando
os objetos sempre com os mesmos critérios ou a seriação pode acontecer de forma interior e concreta, a criança separa, classifica,
intercala, comparar e diferenciar o antecessor do sucessor.

Algumas propostas de atividades que estimulam e despertam o processo de seriação, veja:


Figura 4: Atividade de seriação

fonte:http://priscilapiassi.blogspot.com.br/2012/11/somas-e-ordenacao-numerica.html

Para estimular as crianças é necessário atividades que despertem o interesse, atividades que envolvam a ludicidade e a
interdisciplinaridade, com muito desenho para colorir, com objetos concretos para palpar.

Atividade “Organize as Garrafas”

Traga para a sala de aula garrafas plásticas, de diversos tamanhos e com volume diferente, proporcione o comando para que as
crianças organizem as garrafas de acordo com a quantidade de líquidos, mais cheio para o menos cheio e vice versa.

Figura 5: Organizar garrafas

Procedimentos:

• Complete as garrafas com água e corante, variando a quantidade;

• Fecha as garrafas de um modo que não vaze o líquido;


• Faça no mínimo 4 conjuntos de garrafas, variando a cor do líquido, então o ideal é utilizar quatro cores diferentes;

• O número de garrafas de cada conjunto pode e deve variar.

O primeiro comando da atividade é deixar as crianças classificar livremente, deixe que elas manuseiem as garrafas e observe a
maneira que elas separam e classificam as garrafas, se é pela cor, pela quantidade de líquido, pelo tamanho ou forma da garrafa,
entre outras separações.

Após as crianças manusear as garrafas e fazer as seleções livremente é hora do professor conduzir a atividade e construir junto
com as crianças o processo da classificação e seriação, nesta atividade o comando de classificação inicia quando o professor
conduz ações que levem a criança a separar as garrafas pela sua semelhança, cor, quantidade de líquido, formato da garrafa, entre
outros. Já o processo de seriação é determinar ação, por exemplo, garrafas grandes de cor vermelha, conjunto de garrafas
pequenas de cor azul, entre outros.

Atividade “Organizando Peças Circulares”

A proposta dessa atividade é organizar e separar peças circulares pela sua espessura, cor e diâmetro.

Inicie a atividade deixando que as crianças produza suas peças, oriente-as a recortar círculos de materiais diferentes, folha sulfite,
papel cartão, papel de seda, isopor, papelão, círculos de vários diâmetros 2cm, 3cm,9cm,15cm, deixe claro que elas precisam de
peças com vários diâmetros dos maiores até os menores.

Figura 6: Organizar peças circulares

A ideia é que permite que a criança realize a seriação ao classificar os objetos pelas suas características, por tamanho, cor,
espessura, material entre outros, também é possível seriar do menor para o maior ou vice versa. Esta atividade também pode ser
produzida com outras figuras geométricas como triângulo, retângulo, quadrado, porém, troque a circunferência pela diagonal ou
arestas.

CLASSIFICANDO, SERIANDO E
ORDENANDO FASES NECESSÁRIAS
PARA A CONSTRUÇÃO NUMÉRICA
Classificar, seriar, ordenar e sequenciar são fases necessárias para a alfabetização matemática e construção do conceito numérico,
como o processo de alfabetização é estruturada na classificação e na seriação, eis que surge a ordenação e sequenciação, pois o
fato de ordenar significa inserir a sequência nos objetos, o fato de sequenciar e ordenar é o princípio do conhecimento lógico
matemático, podemos exemplificar a ordenação quando analisamos a organizar de uma fila, organizamos as pessoas ou as crianças
de um modo que fiquem uma após a outra, sem fazer diferença de cor, raça ou tamanho, podemos inclusive separar os objetos por
estrutura e semelhança, desconsiderando ordenar a sequência do maior para o menor.

De acordo com Toledo (1997) exemplifica a ordenação como um colar de miçangas onde, a criança irá encontrar uma caixa com
apenas círculos do mesmo tamanho e em outra caixa, miçangas de vários formatos e tamanhos. A criança terá que criar dois
colares diferentes, ordená-los de maneira que fiquem com uma aparência limpa, sem muita informação e de modo que as formas e
tamanhos se complementam.

Outra proposta de atividade que envolve a


ordenação é entregar para as crianças uma folha
de papel com fi guras de mesma espécie, porém
com características diferentes, veja:

Atividade “ Soma e Ordenação”

Entregue uma folha de papel para as crianças com


o desenho de muitos peixes, de espécies diferentes
e peça para que elas separem os peixes em grupos
de acordo com suas semelhanças e não pelo
tamanho, este processo chama-se de ordenação,
instruindo e orientando as crianças a um caminho
para que as leve a compreensão das relações
primordiais para a construção do conceito
numérico.

Após as crianças separar os peixes pelas suas


semelhanças é possível iniciarmos a contagem,
através da oralidade e registro, que as conduzem
para a fase de soma e ordenação numérica.

Iniciando a atividade:

1.Separe os peixes de acordo com suas Figura 7: Soma e ordenação numérica


semelhanças.
Fonte: http://priscilapiassi.blogspot.com.br/2012/11/somas-
2.Quantos conjuntos de peixes e-ordenacao-numerica.htm l

conseguiram formar?

3.Quantos peixes possuem em cada


conjunto?

O uso da ludicidade e material concreto solidifica o


aprendizado nesta faixa etária, este recurso e
material didático, conduz as crianças ao
aprendizado codificado e efetivo quebrando o
ensino mecânico e fragmentado.
Atividade “ Somar e ordenar”

Junto com a ordenação é possível trabalharmos a


adição, iniciando o conceito de quantidade apenas
com unidades, a criança precisa entender que
existem relações entre as semelhanças e a
quantidade, que os números passam por um
processo de relação antes do seu conceito, veja:

Conduza a atividade, solicitando que as crianças associam as


imagens com seu numeral, ou seja, que associem a quantidade
com o número.

Para alfabetizar-se matematicamente, faz-se necessário que


os envolvidos classifiquem e ordenem, seriando os objetos,
desta forma, o educador deve proporcionar condições para as
crianças pegar, juntar, separar, apertar, amassar, com o intuito
de chegar ao conceito numérico, através da manipulação de
objetos é possível trabalhar as estruturas básicas para a
aprendizagem matemática, são elas: Classificação,
comparação, correspondência, seriação e ordenação.

Quando comparamos objetos estamos possibilitando


despertar nas crianças a análise de diferenças e semelhanças,
quando elas comparam e separam objetos associando a cor,
forma, tamanho, espessura, entro e outros. O processo de
comparar é o início para o processo de classificar.

Desta forma, classificar é a possibilidade de separar e


Figura 8: Quantidade e soma
organizar os objetos de acordo com suas categorias ou
características, como por exemplo, separar um conjunto de Fonte: http://priscilapiassi.blogspot.com.br/2012/11/somas-
peixes pelo seu tamanho. O processo de classificar deve ser e-ordenacao-numerica.html
espontâneo respeitando a lógica de quem está classificando,
são os envolvidos que determinam o que e como vão
classificar.

Quando a criança opera os objetos ela constrói mentalmente


a base para as operações concretas, sendo assim, quando a
criança consegue conservar a quantidade, forma ou posição
dos objetos, isto significa que ela está estabelecendo relação
entre lógico e o concreto. Desta forma, após desenvolver a
conservação ela é capaz de realizar a correspondência entre
um conjunto e o outro.

Segundo Jean Piaget (1975), o número é uma síntese de dois


esquemas mentais básicos, a ordenação e a inclusão
hierárquica. Ordem é a relação que a criança elabora ao
contar um determinado número de elementos, sem saltar ou
repetir algum; ordenação é a Sequenciação de objetos
segundo uma ordem direta e linear de grandeza, ou seja,
segundo uma ordem crescente ou decrescente, maior ou
menor, etc.

Após diversas investidas com material concreto, lúdico, didático e metodológico, a criança é capaz de quantificar os objetos como
um grupo, ao iniciar a contagem ela consegue realizar a representação numérica de todos os elementos do grupo e não somente do
último elemento do grupo. Assim descrevemos e contextualizamos a importância da seriação e ordenação na construção do
conceito numérico, pontuando que seriar é transmitir a cada elemento uma ordem linear de grandezas.

Aprender não deve apenas levar-nos até algum lugar, mas também permitir-nos, posteriormente, ir além de maneira mais fácil.
(BRUNER, 1972, p. 15). È importante que o educador traga para as atividades em sala de aula e utilize o verbo matematizar,
trazendo para o cotidiano dos alunos não só a sequência numérica, não só quantidades, mas as outras significações que os números
representam, como representação, classificação, ordenação, trajeto, estatura, medida, peso, desta forma trazer para a sala de aula
materiais manipulativos são essenciais e um grande diferencial atrelando um significado numérico a esses objetos que serão
utilizados nas atividades em sala de aula.

Construir o conceito numérico de forma adequada e significativa é fundamental para desenvolver nas crianças o conhecimento
matemático. Para construir o conceito numérico e alfabetizar-se matematicamente é necessário desenvolver e conhecer o sistema
numérico, fazendo uso no dia a dia, desenvolvendo e despertando o conhecimento lógico e operacional.

A utilização da ludicidade associada a situações do cotidiano, contribuem para a construção do conceito numérico, porém para as
situações apresentadas em sala de aula devem proporcionar condições para as crianças relacionarem com situações de seu
cotidiano, situações que envolvam a classificação, seriação e ordenação, desta forma mesmo não estando com o conceito numérico
solidificado, mas estará iniciando a construção do pensamento numérico.

Desta forma, cabe aos profissionais de educação envolvidos, proporcionar e organizar experiências que valorizem a formação de
conceitos desde a Educação Infantil, como por exemplo, utilizando jogos que envolvam conceito de tempo, espaço, distância,
limites, entre outros. O papel do professor neste processo não é ensinar conceito, mas sim proporcionar condições para que as
crianças construam conceitos, um exemplo, é quando construímos o conceito numérico conservando as quantidades.

Para obter o conhecimento matemático e alfabetizar-se matematicamente é preciso que a criança realize ações próprias que as
conduzam ao conhecimento matemático, portanto é necessário deixar as crianças livres para separar, apertar, apalpar, amassar os
objetos para só então chegar aos esquemas mentais de aprendizagem, que são: classificação, comparação, conservação,
correspondência, inclusão, sequenciação e seriação (ou ordenação).

Logo o papel do professor é conduzir e proporcionar às crianças, condições para que elas elaborem o seu próprio conhecimento,
desta forma envolver o lúdico, aproveitar os conhecimentos prévios que cada criança traz para dentro da sala de aula, o professor
instiga a criança a experimentar o novo, a desenvolver o pensamento lógico, a criar estratégias, trazendo desta forma condições
para uma novas aprendizagens.

“O professor não é apenas um comunicador, mas também um modelo. Alguém que não veja nada de belo ou eficaz na Matemática
não será capaz de despertar nos outros o sentimento de entusiasmo inerente ao assunto”. (BRUNER, 1972, p. 85).

Por fim, a Alfabetização matemática consiste em saber ler e escrever, reconhecendo e interpretando a linguagem matemática,
classificando, seriando e ordenando, compreendendo o numeral e a quantidade que ele representa, compete ao professor
possibilitar condições para que a criança desenvolva-se matematicamente.

Alfabetização e Matemática juntas?

Ao ouvirmos a palavra alfabetização logo vem em nossas mentes a forma verbal, a escrita, a oralidade, a
leitura até chegar a escrita, também é necessário alfabetizar-se algebricamente, fornecendo sentido ao
mundo dos números evitando o aprendizado mecânico, proporcionando uma relação amigável com
sequências numéricas, ordenação e conceitos, você já parou para refletir quantos adultos não conseguem
controlar seus próprios gastos, não por serem consumistas, mas sim, por não terem domínio da linguagem
matemática, por não entenderam o processo da contabilidade de taxas de juros, comprar com cartão e talão
de cheque especial?

Fonte: Autoria Própria


Você já ouviu falar sobre objetos de aprendizagem, mas quantas vezes você parou para analisar sobre a
importância de utilizar esse recurso em suas aulas, ou quantas vezes você usou e acessou um objeto de
aprendizagem? Neste sentido convido você a conhecer objetos de aprendizagem que agregam e
complementam o processo de ensino.

Fonte: Autoria Própria

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ATIVIDADES
1. Sabemos que as formalizações da alfabetização Matemática iniciaram nas séries iniciais do Ensino Fundamental, nesta fase da
escolarização a aprendizagem matemática visa à aquisição das ideias básicas, estruturais da disciplina e suas especificidades dos
símbolos e linguagem matemática. Assim podemos afirmar que alfabetizar matematicamente é?

a) Alfabetizar matematicamente é desenvolver os resultados da abstração

b) Alfabetizar matematicamente é desvincular da linguagem materna

c) Alfabetizar matematicamente é proporcionar condições para a memorização e repetição.

d) Alfabetizar matematicamente é desenvolver os resultados concretos

e) Alfabetizar matematicamente é desvincular o numeral de quantidade.

2. Seriação, segundo Toledo (1997) enquanto a classificação repete as semelhanças entre os elementos, a seriação trabalha mais
com as diferenças entre eles. Quando dizemos que estamos seriando, categorizando os objetos, estabelecemos entre eles uma
relação de diferença que possa ser quantificada, permitindo que os elementos sejam colocados em ordem crescente ou
decrescente.

Sendo as sim, todas as afirmativas estão corretas, com exceção de:

a) A seriação é um processo que se estrutura a partir da classificação

b) A criança aprende a classificar para só então seriar

c)Primeiro a criança aprende a seriar objetos, quando a seriação está bem alinhada e o processo de aprendizagem está codificado
que a classificação floresce.

d) A seriação se fundamenta nas diferenças entre os objetos

e) A seriação é o processo onde compara os objetos e estabelece as diferenças entre eles

3. Em relação ao processo de Classificação, seriação e ordenação analise as afirmativas:

I) Ordem é a relação que a criança elabora ao contar um determinado número de elementos, sem saltar ou repetir algum.
II) ordenação é a Sequenciação de objetos segundo uma ordem direta e linear de grandeza, ou seja, segundo uma ordem crescente
ou decrescente, maior ou menor

III) Seriar é transmitir a cada elemento uma ordem linear de grandezas

IV) Trazer para o cotidiano dos alunos somente a sequencia numérica e quantidades, como representação, classificação,
ordenação.

È correto o que se afirma em:

a) Somente I

b) Somente I e II

c) Somente II e III

d) Somente I, II e III

e) Somente I, II, III e IV

Resolução das atividades

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RESUMO
Olá, caro(a) aluno(a)!

Ao elaborar esta unidade de discussão a grande preocupação era possibilitar maneiras de aprofundar os conhecimentos a
alfabetização Matemática e os processos de classificação, seriação e ordenação, principalmente, os Conceitos de classificação e
seriação, tornando o aprendizado mais significativo, facilitando a compreensão dos alunos para os assuntos que serão abordados
posteriormente em sua jornada escolar. Ao final desta unidade de estudos, esperamos que você seja capaz de reconhecer,
desenvolver, construir e analisar as situações do dia a dia que podemos utilizar para desenvolver a alfabetização matemática, bem
como reconhecer as três formas de representar e construir a leitura e escrita numérica, que são: a classificação, a seriação e a
ordenação.

Certamente para estudar os assuntos propostos nesta unidade não foi possível fazê-lo somente com a leitura, mas também refletir
sobre aquilo que acabaram de ler. É assim que se estuda e aprende matemática exercitando, refletindo, analisando o processo que
o leva a construção.

Com a distribuição estrutural que optamos em dividir nossos estudos conclui-se que os Conceitos sobre classificação, seriação e
ordenação, foram abordados de forma significativa e que funcionam como base para introduzir a teoria conceitual numérica
dentro dos currículos escolares, desenvolvendo a evolução do conhecimento, possibilitando melhorias no processo de ensino-
aprendizagem.

Na sequência constatamos alguns exercícios para você praticar e aprender os assuntos desta unidade. Não deixe de fazê-los, pois,
como já dito é exercitando que você assimila as idéias e conceitos, tornando-se um melhor estudante e por consequência um
excelente professor.

É com uma sensação de trabalho cumprido que finalizarei nossos estudos.

Até a próxima!

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Material Complementar

Leitura
Alfabetização Matemática - as Primeiras Manifestações da Escrita

Autor: Ocsana Danyluk

Editora: Sulina

Sinopse: A pesquisa fenomenológica, na qual Ocsana ancorou seus


trabalhos de Mestrado e Doutorado, deu a ela o material original para
elaborar este livro. A metodologia adotada é rigorosa e apresentada com
muita clareza. Na verdade, convida o próprio leitor a se enveredar na
pesquisa. Eu vejo os Capítulos II, IV e V como uma excelente sugestão de
inovação para os professores encarregados da disciplina “Metodologia da
Pesquisa”, ainda presos a métodos estatísticos obsoletos e
desinspiradores.

O livro pode ser utilizado, com muito proveito, como texto nessa
disciplina. Uma vez mais, embora com foco na matemática, Ocsana dá a
seu livro uma abrangência que permite utilizá-lo em todas as disciplinas.

Nesta obra fica evidente a forte presença de Ocsana na educação


matemática. As entrevistas revelam uma pesquisadora experiente que,
nos seus muitos anos de prática, assimilou o que é essencial em um
educador, que é a curiosidade em saber como e por que as crianças agem
e respondem de tal maneira. A pesquisa qualitativa está incorporada à
sua prática, o que caracteriza um educador na sua integridade.

Este livro se distingue, dentre as obras que tenho visto no Brasil e no


exterior, pela sua qualidade e rigor de pesquisa. O tema é da mais alta
importância, a metodologia proposta é aplicada com seriedade e a análise
é feita com precisão.

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REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental, Parâmetros Curriculares Nacionais:
Matemática, vol 3, Brasília: MEC/SEF, 1997.

BRUNER, J. S. O processo da educação. 3 ed. São Paulo: Nacional, 1972.

DANYLUK, O. S. Alfabetização Matemática: a escrita da linguagem matemática no processo de alfabetização. Tese (Doutorado) –
Programa de Pós Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1997.

KAMII, C. A criança e o número: implicações da teoria de Piaget para a atuação junto à escolares de 4 a 6 anos. 4°ed. Campinas:
Papirus, 1986

KAMII, C &DECLARK, G. Reinventando a Aritmética. Campinas. Papirus, 1994.

PIAGET, J; SZEMINSKA, A. A gênese do número na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

SILVA, S. L. Matemática na infância: uma construção, diferentes olhares. São Paulo: USP, 2008. 236 p. Dissertação (Mestrado) –
Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

TOLEDO, M. Didática de Matemática: Como dois e dois – a construção da matemática. FTD. 1997.

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APROFUNDANDO
Olá, caro (a) aluno (a) focados em um único objetivo que é codificar e agregar no processo de ensino e aprendizagem, trago para
ampliar e aprofundarmos na alfabetização Matemática e seus processos de classificação, seriação e ordenação.

Abordados nesse material de estudos a ludicidade e a importância da aprendizagem através de jogos e brincadeiras, pois
entendemos que os jogos devem ser utilizados como estratégias de ensino e como ferramenta de apoio ao educador.

Então, convido você a apertar o cinto e embarcar nesta aventura:

Imagine-se em um parque com várias crianças, todas elas sentadas em círculo, onde o professor está de pé no centro deste círculo,
cada criança recebeu uma placa e elas pendurou essa placa no pescoço, observem que em cada placa está escrito o nome de um
animal.

Mas para que o professor e essas crianças estão com essas placas?

O objetivo desta atividade é que o aluno seja capaz de desenvolver o vocabulário fundamental da matemática, diferenciar animais
de acordo com suas características, o que justifica um dos processos da classificação e seriação e desenvolver a atenção e
criatividade.

Continuando a observar esse grupo de crianças e seu professor, notamos que a brincadeira começa quando o professor em uma
ordem de comando indica uma característica de um animal ou um atributo, as crianças ao ouvirem a dica do professor, aquelas cujo
seus animais indicados na placa possuem uma das características ou atributos, levantam e se posicionam ao lado do círculo.

Vamos parar por um momento nosso passeio e observar a brincadeira, escutem o comando do professor.

O professor diz: Meu animal é menor que um gato. Imediatamente as crianças que estavam com a plaquinha de: Pintinho,
borboleta, beija-flor, tartaruga, calopsita ee posicionam fora do círculo.
O professor diz: Meu animal voa. Imediatamente as crianças com as plaquinhas de: aves, borboletas, mosquito, levantam e se
posicionam fora do círculo. A brincadeira termina quando sobrar um único aluno sentado. Com esta atividade foi possível
classificar os animais pelas suas características, uma das três vertentes da alfabetização matemática.

Continuando a observar, percebemos que o professor, além de incentivar as crianças a classificar e separar os animais pelas suas
características, também incentivava as crianças a adivinhar os animais, desenvolvendo o vocabulário matemático, envolvendo
noção de grandezas, classificar e seriar de acordo com suas características, despertar o raciocínio lógico e criatividade.

Ainda posicionados em círculo e com suas plaquinhas no pescoço, percebemos que as crianças continuavam atentas ao comando
do professor, só que neste instante ele determina as características pela sua grandeza.

O professor diz: Sou pequeno, maior que um pintinho, posso ser grosso ou fino, mas não como um elefante, que animal eu sou?

As grandezas não foram suficientes para as crianças adivinhar qual animal que o professor estava referindo-se, então ele
continuou a brincadeira falando sobre os atributos do animal.

O professor diz: Tenho pelos, tomo leite, que bichinho eu sou? E assim, as crianças vão adivinhando e participando da brincadeira.

E assim, chegamos ao final de mais uma aventura pelo mundo encantador de nosso material de estudos, este mundo que batizamos
como APROFUNDAMENTO. Um forte abraço e até a próxima!

PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação .

a Distância; RAMOS Antoneli da Silva;


,

Alfabetização Matemática.

Lilian Gavioli de Jesus; Viviane Rodrigues de Lima.

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.

35 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Alfabetização. 2. Matemática. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 372

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos Shutterstock
:

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900

Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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