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Resumo

Aprender matemática é um direito básico de todas as pessoas e uma resposta às necessidades


individuais e sociais de natureza cultural, prática e cívica que tem a ver ao mesmo tempo com o
desenvolvimento dos estudantes enquanto indivíduos e membros da sociedade. Neste sentido,
seria impensável que não se proporcionasse a todos a oportunidade de aprender matemática de
um modo realmente significativo. Isto implica que todas as crianças e jovens devem ter
possibilidade de constatar, a um nível apropriado, com as ideias e os métodos fundamentais da
matemática e de apreciar o seu valor e a sua natureza. A matemática pode contribuir de um modo
significativo e insubstituível, para ajudar os estudantes a se tornarem indivíduos não
dependentes, mas pelo contrário competentes críticos e confiantes nos aspectos essenciais em
que a sua vida se relaciona com a matemática (ABRANTES; SERRAZINA ; OLIVEIRA, 1999

1. Introducao

O presente trabalho de investigacao deveu a problemas encarradas no dia a dia durante o


processo de ensino_ aprendizagem, desta forma ė relevante debruçar desta temática que visa
falar da implementação das estratégias da gestão de tempo lectivo de Ensino – Aprendizagem de
Matematica no ensino básico, de referenciar que o mesmo foi feito num contexto em que a
Educacao ainda atravesssa vários desafios para o sucesso escolar desta feita foi motivação
principal em participar nos desafios encarrados pela educação e dar o contributo do mesmo.

A Matemática está inserida na vida do ser humano, de forma que, está presente em tudo que
fazemos ou desenvolvemos. Portanto, é necessário que seja trabalhada nas séries iniciais do
ensino fundamental como instrumento de leitura, interpretação e análise de problemas que, as
crianças enfrentam no cotidiano. A busca pela resolução, e solução de problemas faz revisar
concepções, modificar ideias antigas, inventar procedimentos e elaborar novos conhecimentos.
Dentro desta perspectiva é necessário ajudar o estudante a aprender matemática e a organizar
situações didáticas que, contribuam efetivamente para que ele se envolva em atividades
intelectuais.

Esta disciplina foi estruturada com o objetivo de propiciar reflexões sobre a Metodologia do
Ensino de Matemática, bem como propor discussões com os mais atuais teóricos em Educação
Matemática, objetivando estruturar sua prática pedagógica.

Seu aproveitamento efetivo é necessário para que a disciplina lhe ofereça estratégias didáticas
interessantes e aplicáveis em sala de aula. A troca de experiências produz novos conhecimentos.

A pesquisa foi realizada na escola e em diversas salas para apurar a veracidade dos factos,
mesmo esta estruturado da seguinte forma: introdução onde se encontra o problema, a
justificativa bem como os objectivos gerais e específicos. Ainda encontra-se a revisão da
literatura, metodologia,cronograma,recursos necessários, plano de intervenção, resultados
esperados e as referencias bibliográficas .

Falar de ensino de Matematica e incluir o tempo lectivo significa tomar em atenção todos os
momentos que fazem a aula acontecer e em uma escola a organização do tempo ė primordial,
pois ajuda a quantificar as horas que os professores de cada disciplina terão para usar em sala de
aula.

Desse modo, vários autores, como Veiga ( p. 30) concordam que ė necessário reformular a forma
em que o tempo escolar ė necessário reformular a forma em que o tempo escolar ė organizado,
para alterar a qualidade do trabalho pedagógico.

1.1. Problema

As escolas escolas primarias funcionam normalmente em dois turnos de seis tempos lectivos ( 45
minutos por tempo lectivo), um de manhã e outro à tarde. Para acomodar a expansão do sistema,
algumas escolas primarias , principalmente nas cidades, funcionam em três turnos de cinco
tempos lectivos ( 40 minutos). Algumas escolas também leccionam o EP2 no turno nocturno,mas
esta situcao tende a diminuir, poucas crianças frequentam as escolas privadas ou comunitárias
onde o cenário e diferente no sector publico.

Desta forma foi possível levanatar a seguinte questão do trabalho: Que estratégias a
implementar para a boa gestão do tempo lectivo no processo de ensino de Matematica ?

1.2. Justificativa

A educação do individuo ė muito relevante para o desenvolvimento do Pais em geral para além
de que permite ao o desenvolvimento do individuo como pessoa pensante.

A educação possui impacto em todas as áreas da nossa vida, desta feita vai além do aumento da
renda individual ou das chances de opter emprego. Os impactos da Educacao são extensos e
profundos, pois, a educação de qualidade permite combater a pobreza,faz a economia
crescer,promove a saúde,dimunui a violência,garente o acesso a outros direitos, ajuda a proteger
o meio ambiente, aumenta a felicidade, fortalece a democracia e a cidadania, ajuda a
comprrender o mundo em que vivemos.

Este projecto ė de extrema importância na medida em que ajuda a resolver os problemas


Matematicos em na maioria dos professores reclamam que os alunos não aprendem a matéria
pois o tempo lectivo e demasiado curto para alguns assuntos matemáticos complexos uma vez
que po vezes na sua maioria o tempo lectivo inicia enquanto que o professor ainda tem
necessidade de se deslocar a sala dos professores procurando materiais auxiliadores da aula, que
por sua vez devia ser uma preparação previa antes da aula iniciar, outro factor que importa deixar
ficar sera a questão da conversa com outros colegas fazendo dispeedicio do tempo em que devia
estar já a leccionar.

Para os alunos este trabalho permitira perceber os conteúdos relacionacionados com a


Matematica, para além de permitir com que o aluno desenvolva o gosto pela aprendizagem de
Matematica porque são evidentes reclamações dos alunos, que o tempo de resolução dos
problemas e demasiado curto ou por vezes os exercícios administrados pelo professor são
difíceis em relação aos exemplos por ele dado.

Como motivacao pessoal, deve se ao facto de desejo de contribuir para a melhoria das praticas
pedagógicas e posterior aceitação de ensinar os alunos a Matematica como uma preparação para
a vida e saber responder positivamente aos problemas que a sociedade enfrenta no seu
quotiadiano. E evidente que saber gerir o tempo e uma das formas de ensinar e passar aos alunos
a ortganizar a sua vida académica ou individual.

Objectivo geral

 Analisar as estratégias da gestão do tempo lectivo para a melhoria do processo de


Ensino- aprendizagem no ensino da Matematica

Objectivos específicos

 Identificar as estratégias as estratégias usadas para gestão do tempo lectivo durante o


PEA no ensino básico;
 Explicar de que forma podem ser implementadas as estratégias da gestão do tempo
lectivo no Ensino de Matematica ;
 Organizar as estretegias a ser implementadas na gestão do tempo lectivo no ensino da
Matematica.

Revisão da literatura

Para a efectivao deste trabalho há necessidade de desenvolver alguns conceitos básicos para
melhor comprensao da situação em que estamos sujeitos a responder. E necessário perceber as
palavras chaves que durante o desenvolvimento estarão intimamente ligadas ao corpo do
trabalho.

Palavras chaves

Ensino, Ensino- Aprendizagem, Educacao, Tempo, Tempo lectivo, estratégias, gestão, gestão de
tempo, escola, Matematica, carga horária

Conceitos básicos

Educação
Desde a época de Platão, o termo educação foi centro dos debates. Para ele era dar ao corpo e a
alma toda beleza e perfeição que fosse possível. Émile Durkheim a considerava a preparação
para a vida. Para Pestalozzi, a educação do ser humano deve responder às necessidades de seu
destino e às leis de sua natureza. Para José Martí, é depositar em cada homem toda a obra da
humanidade vivida, é preparar o ser humano para a vida.

Segundo o ICCP (1988) se entende por educação o conjunto de influências que exerce a
sociedade sobre o indivíduo. Isso implica que o ser humano se educa durante toda a vida.

A educação consiste, ante todo, em um fenômeno social historicamente condicionado e com um


marcado caráter classista. Através da educação se garantirá a transmissão de experiências de uma
geração à outra. (ICCP, 1988, p.31)

Segundo Lênin, V (apud. ICCP, 1988), a educação é uma categoria geral e eterna, pois é parte
inerente da sociedade desde seu surgimento. Também, a educação constitui um elo essencial no
sucessivo desenvolvimento dessa sociedade, a ponto de não conceber progresso histórico-social
sem sua presença.

Para Martins,J (1990) a educação é um processo de ação da sociedade sobre o educando, visando
entregá-lo segundo seus padrões sociais, econômicos, políticos, e seus interesses. Reconhece-se
aqui a necessária preparação para a vida, já referida em outras definições e que só se logra a
através de convicções fortes e bem definidas de acordo com esses padrões. Por isso é tão
importante, mas que uma definição o mais precisa possível, a caracterização deste objeto de
estudo e pesquisa da Pedagogia.

Portanto Concordamos com Martins (1990), e estamos convictos de que oconhecimento deve ser
urgentemente resgatado nos bancos escolares,pois como educadores e acima disso
comprometidos com a transformação social, não podemos compactuar com uma educação que
leva nosso aluno a ser educado para viver adaptado à sociedadecapitalista, mas sim, homens e
mulheres capazes de compreender asociedade em que vivem, sendo possível atuarem
politicamente nela e coletivamente transformá-la.Se o educador articular o conhecimento
matemático comocoadjuvante da libertação do aluno como agente social, saberá que este terá de
dominar com competência, e não sem esforço, aqueles conteúdos matemáticos que serão úteis
para uma melhor atuação na sociedade.
Ensino

O Instituto Central de Ciências Pedagógicas –ICCP (1988, p. 31) define "o ensino como o
processo de organização da atividade cognoscitiva" processo que se manifesta de uma forma
bilateral: a aprendizagem, como assimilação do material estudado ou atividade do estudante, e o
ensino como direção deste processo ou atividade do professor.

Considerando estas idéias, fica claro que não é preciso a utilização da composição léxica
"ensino-aprendizagem" para destacar a importância da "aprendizagem" neste processo, pois ela é
inerente ao ensino. A palavra aprendizagem neste contexto, não está sendo utilizada des
terminológica que distinguiria semanticamente os termos: aprendência, aprendizado e
aprendizagem.

Portanto, o ensino, como objeto de estudo e pesquisa da Didática, é uma atividade direcionada
por docentes à formação qualificada dos discentes. Por isso, na implementação do ensino se dão
a instrução e o treinamento, como formas de manifestar-se, concretamente, este processo na
realidade objetiva, o qual conduz ao objetivo essencial que é a formação qualificada do ser.

Diferenciando Educação, de Ensino, seria interessante refletir com as palavras de J.M. Guyau,
quando diz que "educar a um homem não é ensinar alguma coisa que não sabia, senão fazer dele
o homem que não existia." (G

...............

Estratégias da gestão de tempo

Barros (2009) ressalta que, assim como na modalidade de ensino presencial as estratégias de
ensino desempenham papel preponderante na prática pedagógica desenvolvida em ambientes
virtuais de aprendizagem. Contudo, o autor enfatiza que, estas estratégias, previstas no
planejamento de ensino, devem contemplar as especificidades desses ambientes virtuais,
considerando variáveis como a gestão do tempo e o espaço. Já Kenski (2005), destaca a
importância de estratégias de ensino que assegurem a gestão adequada do uso das diferentes
mídias que integram esses ambientes virtuais objetivando o atendimento das necessidades
específicas da educação que transcorre em meio online. Para tanto, a autora recomenda um
planejamento que compreenda as formas de interação e comunicação previstas entre os usuários
do ambiente, os parâmetros de decisão para seleção das mídias e os tipos de suporte midiáticos a
serem utilizados, incluindo entre esses, as ferramentas comunicativas disponíveis em AVAs
como chats, fóruns de discussão e hipertextos.

concepção é partilhada por Palloff e Pratt (2005) que salientam a importância das estratégias de
ensino, sobretudo para realização de um trabalho pedagógico em AVAs que prime pelo
desenvolvimento da aprendizagem colaborativa e transformadora. Para tanto, os autores indicam
algumas estratégias de ensino direcionadas ao atendimento das particularidades da educação
online e destacam a proposição do trabalho realizado em equipes, o desenvolvimento de
dramatizações por meio do uso de simulações (role playing), a análise e discussão de estudos de
caso e/ou situações problematizadoras e entre outras.
Pesquisas também têm demonstrado a relevância das estratégias no e para o desenvolvimento da
aprendizagem (DEMBO, 1994; MONEREO, 1990; OLIVEIRA; BORUCHOVITCH; 2010,
VOVIDES et al., 2007, ZAMORA; RUBILAR; RAMOS, 2004). Oliveira, Boruchovitch e
Santos (2010), expõem que as estratégias de aprendizagem tratam da sequência de
comportamentos, ações, procedimentos que o aluno realiza para alcançar um objetivo acadêmico
específico ou desenvolver uma determinada tarefa. Nesta direção, Monereo (1990) ressalta que
se faz preponderante ao estudante identificar e efetivar os procedimentos apropriados para
realização das suas atividades de estudo, assim como, desenvolver a compreensão de quais
momentos e em qual intensidade ou medida essas estratégias são consideradas significativas na
construção de sua aprendizagem.

Dembo (1994) categoriza as estratégias de aprendizagem em estratégias cognitivas, responsáveis


pelos processos intelectuais que atuam diretamente na organização, no armazenamento e no
processamento da informação e estratégias metacognitivas, caracterizadas como os processos
cognitivos que o indivíduo realiza de forma consciente e autorregulada e que lhe possibilitam
analisar e refletir sobre o seu próprio pensamento, sua aprendizagem. O autor explicita que, as
estratégias metacognitivas favorecem o entendimento e a solução de tarefas acadêmicas
propostas durante o processo de ensino, visto que, convocam o estudante ao autoconhecimento,
ao domínio de conteúdos e ainda à compreensão de estratégias apropriadas que o capacitem ao
planejamento, ao monitoramento e à regulação das ações mentais que serão necessárias. Tais
características imprimem às estratégias metacognitivas um maior nível de complexidade
estrutural que as atribuídas às estratégiascognitivas.

A relevância da compreensão e da utilização das estratégias de ensino e das estratégias de


aprendizagem não se restringe ao processo educacional realizado em condições

presenciais. A expansão e a implementação de programas de ensino desenvolvidos em


meioonline, intensificadas a partir da década de 90, conferiu aos ambientes virtuais de
aprendizagem (AVAs) espaço e reconhecimento no âmbito educacional. Almeida (2005) e
Tostes (2011) relatam que esses AVAs têm viabilizado novas possibilidades à educação, tanto
em condições de ensino desenvolvidas totalmente a distância como naquelas realizadas por meio
do ensino presencial, implementando e ampliando as ações desta prática educativa.
Contudo, estudos destacam que o trabalho pedagógico realizado em ambientes virtuais de
aprendizagem é diferenciado e portanto, requer um olhar atento às exigências e àsespecificidades
educacionais desses AVAs (SILVA, 2003; CHEN; PAUL, 2003; TESTA; LUCIANO, 2009).

As estratégias de ensino-aprendizagem são técnicas utilizadas pelos professores com o objetivo


ajudar o aluno a construir seu conhecimento. Essas técnicas são essenciais para extrair o melhor
aproveitamento do aluno, ajudando-o a adquirir e a fixar o conteúdo que foi ministrado.

Tempo

tempo é uma grandeza física presente não apenas no cotidiano como também em todas as áreas
e cadeiras científicas. Uma definição do mesmo em âmbito científico é por tal não apenas
essencial como também, em verdade, um requisito fundamental. Contudo isto não significa que a
ciência detenha a definição absoluta de tempo: ver-se-á que tempo, em ciência, é algo bem
relativo, não só em um contexto cronológico - afinal, as teorias científicas evoluem - como em
um contexto interno ao próprio paradigma científico válido atualmente.

Tempo escolar
Nem todo o tempo na escola e na sala de aula é igual, porque nem todo é dedicado ao ensino ou à
aprendizagem formal. O tempo escolar também é gasto no almoço, em assembleias, em
deslocações, a andar entre as aulas, em avisos e comunicados e muitas outras coisas que
acontecem na escola. Segundo Silva (2007), pode então pensar-se o tempo escolar como aquele
que é composto por quatro "tipos" diferentes de tempo. O tipo apresentado como mais largo é o
tempo escolar atribuído, seguido pelo tempo de aula atribuído, o tempo instrucional/de ensino e o
tempo de aprendizagem académica. O tempo atribuído para a escola e em contexto sala de aula
são as horas que os alunos devem estar na escola e na aula, mas incluem o recreio, os avisos e
comunicados e outras atividades não-instrucionais. O tempo instrucional é o tempo dedicado ao
ensino formal ou aprendizagem, embora muito desse tempo possa ser perdido em ensino de má
qualidade e em momentos de distração do aluno. O tempo de aprendizagem académica é o tempo
em que os alunos estão realmente envolvidos na aprendizagem

2.2.Tempo escolar e aprendizagem

O tempo escolar depende da oportunidade dada aos alunos de aprender (tempo atribuído para a
aprendizagem) e do seu nível de perseverança (tempo dedicado à aprendizagem). O tempo
escolar, ou o número total de horas atribuídas em contexto sala de aula, representa uma parte
importante dos gastos públicos com a educação não-superior e constitui um recurso chave que
oferece oportunidade de aprender (OCDE, 2013a). O tempo necessário para que os alunos
aprendam depende da sua aptidão, da qualidade do ensino que recebem e da sua capacidade em
compreender o que lhes é ensinado.

Esta afirmação vai no mesmo sentido do modelo de Carroll1que, além disso, sugere que
aumentar o tempo que os alunos investem na sua aprendizagem levará a um melhor desempenho
escolar. Consequentemente, vários estudos 2 admitem esse aumento do tempo escolar como
estratégia-chave a implementar pelosdecisores políticos (cf. Berliner, 1990, Bellei, Brown &
Saks, 1986, Carroll, 1963, 1989). Berliner (1990) argumenta que este modelo pode ser usado na
comparação do uso do tempo por maior ou menor eficiência e na explicação da escassez de
tempo (enquanto recurso) dedicado ao ensino individualizado ou para a planificação do ensino
pelo professor (referidos por Gromada & Shewbridge, 2016).

Silva (2007) aponta para o facto da maioria das escolas que têm prolongamento do tempo escolar
não o terem feito enquanto medida isolada, mas como parte de um conjunto e esforço maior de
reforma. Logo, torna-se difícil isolar os efeitos do prolongamento do dia ou do ano letivo no
aproveitamento escolar do aluno. Segundo este autor há necessidade de realizar uma experiência
controlada ou longitudinal que meça especificamente o efeito relativo ao aumento do tempo
escolar na aprendizagem do aluno, nunca antes feito.

Mas estudos anteriores sobre tempo e aprendizagem (cf. Tempo e aprendizagem - Academia
Nacional de Educação, 2009) oferecem algumas informações e questões iniciais para um futuro
aprofundamento investigativo.
Farbman (2012, 2015) reconhece que tanto a investigação como a prática indicam que adicionar
tempo ao dia e / ou ao ano letivo pode ter um impacto positivo significativo na proficiência dos
alunos e na sua experiência educacional. Evidências deixam claro que o aumento do tempo
escolar tem esse potencial porque, quando bem projetado e implementado, confere três
benefícios distintos, embora interdependentes, tanto para os alunos quanto para os professores:
mais tempo nas aulas, permitindo uma cobertura mais ampla e profunda dos currículos, um apoio
mais individualizado à aprendizagem; mais tempo dedicado no trabalho colaborativo e
desenvolvimento profissional dos docentes, fortalecendo o ensino e desenvolvendo um
compromisso partilhado em manter altas expectativas; mais tempo dedicado às aulas de
enriquecimento e a atividades que expandam as experiências educacionais dos alunos e
impulsionem o seu envolvimento e compromisso com a escola.

este autor, a evidência é clara, aumentar a carga horária pode contribuir significativamente para
um melhor desempenho escolar e individual de cada aluno e para as escolas como um todo.
Ainda assim, a educação é um processo muito complexo para inferir ou afirmar que o aumento
de um único elemento, como o caso do tempo, aumentará automaticamente o desempenho dos
alunos. Neste âmbito, a palavra a usar é "pode" e não "vai". Assim, o aumento do tempo escolar
deve ser considerado enquanto componente integral de um conjunto mais amplo de estratégias
interconectadas num plano de melhoria escolar. A primeira razão prende-se com o aumento do
tempo escolar que pode não produzir mudanças imediatas, pois refere-se ao modo como
professores e alunos gastam o seu tempo. Este facto importatanto quanto a quantidade de tempo
que eles têm para gastar. A segunda razão relaciona-se com a qualidade do ensino, questão difícil
de medir, mas ainda poderosa, na medida em que o conteúdo e as estratégias de ensino usadas na
escola são primordiais para o sucesso ou o fracasso no aumento do tempo.

Tempo de aprendizagem em contexto turma

Os professores em turmas de dimensão menor mencionam dar um pouco mais de apoio


individualizado a alunos que apresentem maior dificuldade na leitura, com uma média de pelo
menos cinco minutos de apoio três vezes em vez de duas vezes e meia por semana como no caso
de turmas de dimensão maior (Ehrenberg et al., 2001).

Segundo a publicação Education at a Glance 2015: OECD Indicators (OCDE), as turmas de


dimensão maior são correlacionadas com um menor tempo gasto no processo de ensino e
aprendizagem. Nestas turmas verifica-se mais tempo gasto em manter a ordem na sala de aula (e
também são correlacionadas com mais tempo de aula gasto em tarefas administrativas, de
carácter organizacional). O acréscimo de um aluno numa turma considerada de dimensão média
está associado a uma diminuição de 0,5 pp no tempo gasto em

atividades de ensino e aprendizagem.

Embora haja alguma evidência de que turmas de dimensão menor podem beneficiar alunos de
grupos desfavorecidos (cf. Finn, 1998; Krueger, 2002; Piketty e Valdenaire, 2006), no geral, a
evidência do efeito das diferenças na dimensão das turmas sobre o desempenho escolar dos
alunos é fraca. Resultados recentes do TALIS (OECD Teaching and Learning International
Survey 2013) consideram que turmas de dimensão maior parecem estar associadas a uma
percentagem mais elevada de alunos com problemascomportamentais e a mais tempo dedicado à
manutenção da ordem e da disciplina do que ao processo de ensino e aprendizagem (Education at
a Glance 2015: OECD Indicators).
De acordo com a mesma publicação, professores que ensinam em turmas, em que mais de um em
cada dez têm problemas comportamentais, gastam quase duas vezes mais tempo para manter a
ordem na sala de aula do que os seus pares cujas turmas têm menos de 10% desses alunos. Deste
modo, consideram que turmas de dimensão maior estão associadas a uma maior proporção de
alunos com problemas comportamentais, o que, por sua vez, está associado a menos tempo gasto
em atividades de ensino e aprendizagem.

O tempo gasto no ensino e na aprendizagem é um componente essencial de ambientes de


educação eficazes, dado que o tempo gasto em manter a ordem na sala de aula e em tarefas
administrativas está associado a níveis mais baixos de autoeficácia do professor e de satisfação
no trabalho. Estes dados sugerem que os professores em países e escolas com turmas de
dimensão maior e em salas de aula com uma configuração mais desafiadora/estimulante podem
ter maior necessidade de intervenções para os apoiar numa utilização mais eficaz do tempo de
aula (Education at a Glance 2015: OECD Indicators).

Matemática

A matemática ('ciência', conhecimento' ou 'aprendizagem'=inclinado a aprender') é a ciência do


raciocínio lógico e abstrato. A matemática estuda quantidades, medidas, espaços, estruturas,
variações e estatísticas.

A História da matemática parte do princípio de que o estudo da construção histórica do


conhecimento matemático leva a uma maior compreensão da evolução do conceito.
(D’AMBROSIO, 1989).

Os homens das cavernas não conheciam os números e nem sabiam contar. No decorrer dos anos
sentiram a necessidade de utilizar a contagem. Com isso surgiu os números. Nesse período o
homem realizava atividades como: a caça e pesca, plantar, criar animais. A partir do momento
que sentiram a necessidade de verificar se havia perdido algum animal, passava a representá-lo
com uma pedra, a cada animal que saia para pastar, uma pedra era separada.

Com o passar do tempo houve a necessidade de efetuar contagens mais extensas, com isso cada
civilização desenvolveu o seu próprio sistema numérico de forma sistematizada. No antigo Egito
foi desenvolvido um sistema de base 101, na Babilônia foi desenvolvido um sistema com base
60, na Grécia um sistema de representação alfabético, já na Índia utilizavam um sistema decimal

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