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- a literatura de viajantes sentados vem colada a muita informação sobre as índias e o Oriente –
Padre Francisco Alves – temos este autor a confrontar a sua própria experiência com o que tinha
lido no Livro de D. Pedro de Portugal, no que toca à região das Amazonas – nesse texto temos a
tentativa de contrapor, ajustar, inserir a informação obtida concretamente pela experiência, em
relação à obtida pela leitura de obras documentais - “se estas são as amazonas de D. Pedro, então...”
- informações que, apesar da sua dimensão fantasiosa, mais nuns casos menos noutros – no relato
existe uma dimensão fantasiosa, por exemplo, no que diz respeito às índias, referidas no plural, dão
a ideia de milhares de ilhas, cada qual com a sua realidade, com a sua humanidade monstruosa, a
sua fauna e flora mais ou menos criativas – eram, ainda, a grande fonte de informação
- em 1502 – o Rei de Portugal financia a edição portuguesa dessa obra, de modo a dar informações
relativamente ao local onde as naus portuguesas tinham chegado, muito recentemente (1498) e na
tentativa de prometer um El Dorado a quem se dirigisse a esses locais
- a viagem à Índia e ao Brasil, Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral, não levou a grande
rentabilidade do estado português – desavenças e pessoas da corte que julgavam não ter sido um
bom investimento a proliferação das rotas comerciais orientais
- PROGRAMA:
- 3 GRANDES ANDAMENTOS
1- A literatura de viagens como fenómenos de cultura ( primeira semana de aulas)
2- Do imaginário ao real nos fins da Idade Média – viagens de matriz mais medieval – Livro do
Infante D. Pedro de Portugal – viagens de Marco Polo, o modo como o Oriente é apresentado neste
texto – o foco estará na versão portuguesa do livro, publicado em 1502, daremos atenção aos
paratextos e de forma bastante leviana, sem grande profundidade – teremos oportunidade ver a
Índia e o Oriente que Marco Polo dá a conhecer ao Mundo, partindo deste seu texto – vive muito do
imaginário, mas vive também muito desse imaginário
3- Da consagração do real à visão dum mundo:
- roteiro de Vasco da Gama
- Carta de Pero Vaz de Caminha – 2 textos próximos no tempo e com algumas infinidades, que
delineiam as matrizes destas viagens de descobrimentos
- diálogo, nem sempre pacífico, entre o Oriente e o Ocidente – utilizaremos a verdadeira informação
das obras referidas, nas quais podemos encontrar o real relato de um processo de descoberta mútua,
os cristãos ocidentais conhecem os cristãos orientais e vice-versa (também, no sentido inverso) –
António Tenreiro – itinerário da Índia a Portugal
4 – atenção especial à relação entre os portugueses e os mares, focando na obra prima da literatura
de viagens deste período e talvez de todos os períodos – Fernão Mendes Pinto – Peregrinação
- vamos estudar alguns relatos da História Trágico-marítima – recolha de textos isolados,
independentes entre si, mas que têm em comum esta perspetiva trágica, esta perspetiva de uma
relação dos portugueses com os mares, pelo ângulo dos insucessos e dos fracassos
- aula de amanhã – iremos introduzir o ambiente em que o Livro de D. Pedro se inscreve, um
ambiente de melancolia, de angústia de viver – utilizaremos um texto do Rei D. Duarte – um
pequeno capítulo do Leal Conselheiro com o título do Humor Manencorico – ler e preparar a aula
- os documentos já se encontram disponíveis no Sigarra
- visitar o texto, ler – atenção às dificuldades, devido à língua medieval – mentalidade na qual se
inscreve o texto
- Livro do Infante de D. Pedro de Portugal – edição crítica mais ou menos recente – edição utilizada
pelo professor – primeira edição impressa – língua castelhana – texto que utilizaremos nas aulas –
do ponto de vista filológico é o mais correto a fazer – ainda assim, para facilitar um conhecimento
do conteúdo da obra, do conhecimento da obra, útil à decifração do texto – edição do século XVII –
próxima semana – conselho: ler e estudar
- objetivo principal – contacto com este objetos culturais, oportunidade de lermos estes textos, de
modo, a criar condições favoráveis à sua compreensão, análise e perceção do seu significado
cultura, nacional ou universal – valorização dos conteúdos e não da forma dos textos
AVALIAÇÃO:
- exame final presencial, mantém-se na expectativa – incidirá sobre os textos que iremos estudar
durante as aulas (SÉCULO XV A XVII)
- um trabalho – relatório de leitura simplesmente sobre uma obra que seja representativa da cultura
portuguesa deste período, mesmo sem relação a viagens, ou um texto de viagens sem ligação a estas
aulas – dimensão mínima de 3 páginas, máximo de 10 páginas – lista de obras suscetíveis de serem
objeto deste relatório – exemplares da biblioteca – requisitar – edições integrais, mesmo as que não
sejam as da lista – para entregar até ao final de maio, ao final das aulas, antes do exame – pesa 30%
- disponíveis no moodle e nos documentos da disciplina