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Conhecimentos Bancários

Políticas Econômicas e Funções da Moeda

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1 Apresentação
Sejam bem-vindos a mais uma aula de Conhecimentos Bancários!

É com prazer que iniciamos mais um capítulo do material PDF FOCADO do Focus
Concursos. Apresentaremos conteúdos com normativas atuais, com abordagem bem
didática e assertiva para a sua compreensão.

Ressaltamos que o PDF FOCADO conta com a produção intelectual das aulas do
professor, além das complementações, atualizações e revisões elaboradas pela nossa
equipe Pedagógica do Focus Concursos.

A respeito das complementações, frisamos que, este material pode conter


informações além das trabalhadas em videoaulas. Mas, claro, com tudo que é
necessário para a sua aprovação, com a profundidade necessária – nem mais, nem
menos.

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2 Roteiro do PDF FOCADO

Bom, feita esta análise geral, você já deve ter percebido que estamos no caminho certo.
Preciso que você, futuro aprovado(a), juntamente com este professor que passa a ser o seu
maior torcedor, organize seus estudos da seguinte forma:

Estrutura do PDF FOCADO:

• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das videoaulas.
Este material pode conter informações além das trabalhadas em videoaulas. Mas,
claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com a profundidade
necessária – nem mais, nem menos.);

Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs para
complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas!

E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso. VAMOS
NESSA!

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3 Sumário
1 Apresentação.......................................................................................................................2
2 Roteiro do PDF FOCADO .......................................................................................................3
4 Políticas Econômicas E Funções Da Moeda ...........................................................................5
4.1 Mas o que é essa tal inflação, ou processo inflacionário? ............................................................. 8
4.2 Histórico Das Metas De Inflação E Seus Intervalos De Tolerancia De 2017 À 2025. ...................... 10
4.3 Políticas/Situações Restritivas ou Políticas/Situações Expansionistas ......................................... 11
4.4 E quais são estas políticas econômicas e como se dividem? ........................................................ 14
4.5 Política Fiscal ............................................................................................................................ 14
4.6 Política Cambial ........................................................................................................................ 16
4.7 Política Creditícia ...................................................................................................................... 17
4.8 Política De Rendas .................................................................................................................... 18
4.9 Política Monetária .................................................................................................................... 18
4.10 Mercado Aberto ................................................................................................................... 19
4.11 Redesconto ou empréstimo de liquidez ................................................................................. 21
4.12 Recolhimento Compulsório ................................................................................................... 22
4.13 As novas Linhas Financeiras de Liquidez do BACEN RESOLUÇÃO 110/2021 ............................. 24
4.14 Novas Linhas Financeiras de Liquidez – LFL ............................................................................ 26
Principais características das novas LFL.................................................................................................................... 26
Ativos que compõem a cesta de garantias ............................................................................................................... 27

5 Maratona de Questões....................................................................................................... 27
6 Gabarito ............................................................................................................................ 30

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4 Políticas Econômicas E Funções Da Moeda


Vamos começar a falar de conhecimentos bancários, mas antes, preciso te falar
sobre o assunto principal da matéria. Achou que era o tal do sistema financeiro
nacional, não foi? Pois não é não! O assunto principal é o tal do DINHEIRO! Isso
mesmo, o faz-me rir, a bufunfa, o tutuzinho!

O dinheiro não foi criado junto com Adão e Eva no paraíso, o dinheiro foi criado
por uma necessidade da humanidade de realizar comercio sem precisar trocar
mercadorias, que era algo complexo por natureza e com a evolução da humanidade
e do comercio entre os povos, ia ficar mais complexo ainda se o dinheiro não tivesse
sido criado.

Antes do dinheiro (papel moeda e moeda metálica) as negociações de


mercadorias eram feitas através da simples troca de mercadorias, ou escambo.

O produtor de cadeiras queria leite, e o produtor de leite queria cadeiras; então


vamos fazer a troca. Esse exemplo é bem diferente, mas esse é o objetivo, para mostrar
que o escambo tinha seus vários problemas, uma vez que nem sempre uma pessoa tinha
interesse no que o outro produzia para troca, ou seja, o fabricante de cadeiras podia não
querer tanto leite, ou pelo fato do leite se mais perecível em relação a cadeira, a
necessidade por leite seria maior do que de cadeiras. E aí? Como fica isso?

A humanidade foi buscando formas de encontrar objetos que tivessem um


interesse unanime das pessoas, ou seja, vamos tentar achar algo que tenha o mesmo
valor para a pessoa A e para a pessoa B; assim as trocas poderiam ser feitas com base
nesse item valioso e não entre mercadorias.

No início foi convencionado que os metais preciosos e pedras seriam os itens


de valor comum que poderiam ser trocados por mercadorias, pois quem não iria
querer uma pepita de ouro? Assim a humanidade foi comercializando mercadorias
trocando por pedras preciosas ou metais.

A moeda metálica surgiu com a necessidade de melhorar o transporte e guarda


dos metais preciosos, pois ladrões sempre existiram, então os ourives, que
manuseavam o ouro, também receberam a função de custodiantes (guardadores) dos
metais e pedras preciosas das pessoas e, ao receber os itens, emitia um papel

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informando que aquela pessoa possuía aqueles valores guardados. Esse papel
também serviria como objeto de troca por mercadorias.

A cunhagem de moedas foi criada para evitar as falsificações dos metais,


acredita nisso? Na Grécia antiga já existiam os falsificadores, ou seja, aqueles que
diziam que uma moeda era de prata, mas ela não tinha tanta prata como ele dizia.
Para evitar esse problema, as nações começaram a cunhar moedas colocando seus
selos nas moedas para garantir que aquela moeda de prata tinha a quantidade correta
de prata e não de outro metal inferior.

Assim a humanidade vem caminhando e utilizando cada vez mais a moeda, ou


seja, o item que serve de troca para se adquirir produtos ou serviços, pois é um item
que tem valor para qualquer pessoa.

“Em termos econômicos, moeda é tudo aquilo que é geralmente aceito para
liquidar as transações, isto é, para pagar pelos bens e serviços e para quitar obrigações,
ou seja, de acordo com esta definição, qualquer coisa pode ser moeda, desde que
aceita como forma de pagamento. Ela é considerada o instrumento básico para que
se possa operar no mercado. Pois a moeda atua como meio de troca. Quando um
indivíduo vende seu produto, ele receberá moeda pelo produto vendido e, por
conseguinte, terá moeda para comprar aquilo que desejar.

Além disso, a moeda desempenha a função como unidade de conta (também


chamado de denominador comum de valor), isto é, fornece um padrão para que as
demais mercadorias expressem seus valores, e forneçam um referencial para que
os valores dos demais produtos sejam cotados no mercado.

E a terceira função da moeda é a chamada reserva de valor, função que


decorre do meio de troca, onde o poder de comprar adquirido ao vender sua
mercadoria mantem-se ao longo do tempo. Em outras palavras, a moeda deve
preservar o poder de compra (assim como acontece com os títulos, pois eles têm valor
de compra e rentabilidade ao longo do tempo).

Resumindo as três funções, temos:


• Moeda como meio de troca: intermediário entre as mercadorias;
• Moeda com unidade de conta: ser o referencial das trocas, o instrumento pelo
qual as mercadorias são cotadas; e

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• Moeda como reserva de valor: poder de compra que se mantém no tempo, ou


seja, forma de se medir a riqueza.

Ao longo do tempo, a moeda evoluiu, primeiramente tínhamos a moeda-


mercadoria (sal, animais etc.), passando pela moeda metálica (ouro, prata, metais
preciosos) até chegarmos ao que temos hoje, o papel-moeda ou moeda
fiduciária, para o qual não existe qualquer tipo de lastro. Isto é, não existe a garantia
física sustentando o valor da moeda, e sua aceitação se deve à imposição legal do
Governo.
Assim como demandamos moeda ao comprar e vender mercadorias, há
também a oferta de moeda. Em um sistema cuja moeda é lastreada, por exemplo, em
ouro, a circulação de moeda depende da quantidade de ouro em estoque no país. Já
em um sistema sem lastro, tem-se a moeda fiduciária, e o responsável pelo controle
de oferta de moeda é o Banco Central.”
Fonte: https://politicamonetaria.webnode.com.br/moeda/oferta-da-moeda/

Agora que nos conhecemos as funções do dinheiro e a importância na nossa


vida, vamos falar sobre o dinheiro como mercadoria, onde, assim como todas as
mercadorias, sofre com a lei da oferta e da demanda.

Dentro do contexto da nossa matéria, surgirão, inevitavelmente, as políticas


adotadas pelo governo para buscar o bem-estar da população. Como agente de peso
no sistema financeiro brasileiro, o Governo tem por objetivo, estruturar políticas para
alcançar a macroeconomia brasileira, ou seja, criar mecanismos para defender os
interesses dos brasileiros, economicamente.

É comum você ouvir nos jornais notícias como: o governo aumentou a taxa de
juros, ou diminuiu. Essas notícias estão ligadas, intrinsecamente, as políticas
coordenadas pelo governo para estabilizar a economia e o processo inflacionário.

As políticas traçadas pelo governo têm um objetivo simples, que é aumentar ou


reduzir a quantidade de dinheiro circulando no país, e com isso, controlar a inflação.
Para tanto, o governo vale-se de manobras como: aumentar ou diminuir taxas de
juros, aumentarem ou diminuírem impostos e estimular ou desestimular a liberação
de crédito pelas instituições financeiras.

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4.1 Mas o que é essa tal inflação, ou processo inflacionário?

A inflação é um fenômeno econômico que ocorre devido a vários fatores, dentre


eles um bastante conhecido por todos nos desde o ensino médio, onde os professores
falavam de uma tal “lei da oferta e da procura”, lembra?

A lei é bem simples do ponto de vista histórico, mas do ponto de vista econômico
há muitas variáveis que levam a uma explicação do seu comportamento, por exemplo:

O que faria você gastar mais dinheiro? Obviamente ter mais dinheiro. Correto?
Então se você possuir mais dinheiro, a tendência natural é que você gaste mais, com
isso as empresas, os produtores e os prestadores de serviços percebendo que você
está gastando mais, elevarão seus preços, pois sabem que você pode pagar mais pelo
mesmo produto, uma vez que há excesso de demanda pelo produto ou serviço.

Da mesma forma se um produto é elaborado em grande quantidade e a há uma


sobra deste, os seus preços tendem a cair, uma vez que há um excesso de oferta de
produto.

“Em resumo, a lei da oferta e procura declara que quando a procura é alta, os
preços sobem e, quando a oferta é alta, os preços caem. Dois exemplos demonstram
isso. Se existe um teatro com 2 mil lugares (uma oferta fixa), o preço dos espetáculos
dependerá de quantas pessoas desejam ingressos. Se uma peça muito popular está
sendo encenada, e 10 mil pessoas querem assisti-la, o teatro pode subir os preços de
forma que os 2 mil mais ricos possam pagar os ingressos. Quando a procura é muito
mais alta que a oferta, os preços podem subir terrivelmente. Nosso segundo exemplo
é mais elaborado. Digamos que você viva numa ilha na qual todos amam doces.
Porém, existe um suprimento limitado de doces na ilha, assim, quando as pessoas
trocam doces por outros itens, o preço é razoavelmente estável. Com o tempo, você
economiza até 25 quilos de doces, que você pode trocar por um carro novo. Um dia
um navio choca-se com algumas pedras perto da ilha e sua carga de doces é perdida
na costa. De repente, 30 toneladas de doces estão dispostas na praia, e qualquer
pessoa que deseja doces simplesmente caminha até a praia e pega alguns. Porque a
oferta de doces é muito maior que a procura, os seus 25 quilos de doces não têm
valor algum.” (Fonte: Ed Grabianowski)

Essa simples lei é um dos fatores que mais afetam a inflação pois, por definição,
inflação é:

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“O aumento generalizado e persistente dos preços dos produtos de uma


cesta de consumo”, ou seja, para haver inflação deve haver um aumento de preços,
mas este aumento não pode ser pontual, deve ser generalizado.

Mesmo alguns produtos não aumentando de preço, se a maioria aumentar, já é


suficiente, mas este aumento deve ser persistente, ou seja, deve ser contínuo.

Como toda pesquisa científica, deve haver um grupo de teste e um de controle,


e a esses grupos chamamos de cestas de consumo, isso porque ao avaliar a inflação,
avaliamos a evolução de um grupo de produtos ou serviços, e não cada um
isoladamente.

Imagine que você vai ao supermercado e faz suas compras, você terá vários
produtos em seu carrinho como: Água, arroz, feijão, carne, milho, trigo, frutas,
verduras, legumes etc. Terá na mesma cesta produtos como: Dólar, Euro, gasolina,
álcool (combustível hein), viagens, lazer, cinema, energia etc.

Quando você terminou a cesta e foi ao caixa e a conta totalizou R$ 500,00 no


primeiro mês. No segundo mês ao repetir os mesmos produtos a conta totalizou R$
620,00; no terceiro R$ 750,00 e no quarto R$ 800,00. Note que os preços estão subindo
de forma persistente.

Quando o preço de algo sobe, o nosso dinheiro perde valor, uma vez que
precisaremos de mais reais para comprar o mesmo produto. Essa é a consequência
mais indesejada do processo que chamamos de INFLAÇÃO.

O processo inflacionário tem um irmão oposto que é chamado de


DEFLAÇÃO. A Deflação ocorre quando os preços dos produtos começam a cair de
forma generalizada e persistente, gerando desconforto econômico para os produtores
que podem chegar a desistir de produzir algo em virtude do baixo preço de venda.

Ambos os fenômenos têm consequências desastrosas no nosso bem-estar


econômico, pois a inflação gera desvalorização do nosso poder de compra e a
deflação pode gerar desinteresse dos produtores em fabricar, o que, em ambos os
casos, pode gerar desemprego em massa, além de tudo ambas ainda podem
culminar na temida Recessão, que nada mais é do que a estagnação completa ou
quase total da economia de um país.

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Tanto a inflação como a deflação são fenômenos que podem ser calculados e
quantificados, para isso nosso governo mantém uma autarquia a postos, pronta para
apurar e divulgar o valor da Inflação Oficial chamada IPCA – Índice de Preços ao
Consumidor Amplo. Esta autarquia chama-se IBGE – Instituto Brasileiro de geografia
e Estatística. O IPCA é a inflação calculada do dia primeiro ao doa 30 de cada mês,
considerando como cesta de serviços a de famílias com renda até 40 salários-mínimos,
ou seja, quem ganha até quarenta salários-mínimos entra no cálculo da inflação oficial.

A fim de manter nosso bem-estar econômico o Governo busca estabilizar esta


inflação, uma vez que ela, por sua vez, reduz nosso poder de compra. Para padronizar
os parâmetros da inflação o governo brasileiro instituiu o regime de Metas para
Inflação.

Neste regime a meta de inflação é constituída por um Centro de meta, que seria
o valor ideal entendido pelo governo como uma inflação saudável.

Este centro tem uma margem de tolerância para mais e para menos, pois como
em qualquer nota temos os famosos arredondamentos. É como no colégio quando
você tirava 6,5 e o professor arredondava para 7, lembra?! Isso ajudava muito você na
hora de fechar a nota no fim do ano, e para o governo é do mesmo jeito. É uma
ajudinha para fechar a nota. Veja como foram e como estão as principais mudanças
referentes a isto no Brasil.

4.2 Histórico Das Metas De Inflação E Seus Intervalos De Tolerancia De


2017 À 2025.

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* As metas para os anos 2024 e 2025 ainda podem ser revistas.

ATENÇÃO!
Até 31/12/2016 a margem de tolerância, ou seja, de variação do Centro da meta era
de 2% para mais (teto) ou para menos (piso). Já a partir de 01/01/2017 até
31/12/2018 a nova margem de tolerância passou a ser de 1,5% para mais (teto) ou
para menos (piso).
Para o ano de 2019, o CENTRO DA META para a inflação será de 4,25%, com intervalo
de tolerância de menos 1,50% e de mais 1,50%; para o ano de 2020, o CENTRO DA
META para a inflação será de 4,00%, com intervalo de tolerância de menos 1,50% e
de mais 1,50%, para o ano de 2021, o centro da meta será 3,75% com a margem de
tolerância de 1,5% para mais ou para menos, para 2022 o centro será de 3,50%, para
2023 o centro será de 3,25% com margens de tolerância de 1,5% para mais e para
menos; para 2024 o centro será de 3%, com margens de tolerância de 1,5% para mais
e para menos e para 2025 mantem-se a mesma meta e parâmetro de 2024.
Além disso, o Decreto 9.083 de junho de 2017 alterou a periodicidade de
estabelecimento da meta de inflação para até 30 de junho de cada terceiro ano
imediatamente anterior. Deu um nó não foi?!
É simples, o centro da meta de inflação do ano de 2025 foi decidido pelo
Conselho Monetário Nacional 3 anos antes, ou seja, até 30 de junho de 2022; e assim
sucessivamente, o de 2026 deverá ser decidido até 30 de junho de 2023, sempre
respeitado o limite de 3 anos de antecedência.

Todas essas medidas adotadas pelo governo buscam estabilizar nosso poder de
compra e nosso bem-estar econômico. Para utilizar estas ferramentas o governo
utiliza as tão famosas políticas econômicas, que nada mais são do que um conjunto
de medidas que buscam estabilizar o poder de compra da moeda nacional, gerando
bem-estar econômico para o País. Estas políticas econômicas são estabelecidas pelo
Governo Federal, tendo como agentes de suporte o Conselho Monetário Nacional,
como normatizador, e o Banco Central, como executor destas políticas. As ações
destes agentes resultam em apenas duas situações para o cenário econômico, que
são:

4.3 Políticas/Situações Restritivas ou Políticas/Situações Expansionistas

As políticas restritivas são resultado de ações que de alguma forma reduzem o


volume de dinheiro circulando na economia e, consequentemente, os gastos das

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pessoas gerando uma desaceleração da economia e do crescimento. Mas porque o


governo faria isso?!

A resposta mais simples: Faz isso para controlar a inflação, pois quando há muito
dinheiro circulando no mercado, o que acontece com os preços dos produtos?!
Sobem!

Para conter esta subida, o governo restringe o consumo e os gastos para que a
inflação diminua. Neste caso você iria ao shopping não para comprar coisas, mas
apenas para ver as coisas ou dar uma voltinha. Este representa nosso cenário atual
desde 2014, com alguns intervalos entre 2020 e 2021 como veremos a seguir.

As políticas expansionistas são resultado de ações do governo que estimulam


os gastos e o consumo, ou seja, em um cenário de baixo crescimento, o governo
incentiva as pessoas a gastarem e as instituições financeiras a emprestar. Esse
incentivo pode partir muitas vezes do próprio governo que aumenta seus gastos
fazendo investimentos na indústria e construção civil, dando isenções tributárias ou
contratando empresas para realizar obras, por exemplo. Isso acaba por aumentar
volume de recursos disponíveis na economia, para que o mercado não entre em
uma recessão (recessão é um evento econômico que ocorre quando vários setores da
economia registram queda ou estagnação no crescimento ou quando o governo
adota políticas restritivas por 2 trimestres consecutivos). Portanto, este resultado
acaba por jogar dinheiro na economia e acaba por faria você gastar mais seus próprios
recursos ou se endividar mais através de crédito; logo você não iria ao shopping só
para ver as coisas, mas sim para comprar as coisas, e comprar muito! Mas temos que
ter cuidado, pois com muitos gastos também alimentamos um crescimento acelerado
da inflação além da famosa dívida pública, que trataremos mais à frente na política
fiscal, pois o governo também aumenta seus gastos para incentivar, lembra?!

Tecnicamente, no Brasil, vivemos políticas restritivas desde 2015, mas durante os


anos de 2020 e 2021 o governo adotou políticas expansionistas tendo em vista conter
a desaceleração brusca da economia, devido a pandemia causada pelo Sars-Cov-2.
Importante destacar que essas políticas só puderam ser adotadas devido à algumas
condições econômicas da época como: alta capacidade ociosa, baixo índice de
consumo e baixa expectativa de inflação de demanda.

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Resumindo, as políticas econômicas resultam em duas posições:


➔Expansionistas: quando estimulam os gastos (consumo), empréstimos e
endividamentos para aumentar o volume de recursos circulando no país.
➔ Restritivas: quando desestimulam, restringem os gastos (consumo), empréstimos e
endividamentos para reduzir o volume de recursos circulando no país.

ATENÇÃO!
Muitas pessoas se questionam do porquê o governo, quando busca estimular o
consumo e aquecer a economia, não simplesmente emite mais dinheiro e, com isso,
resolve o “problema da falta de dinheiro”. A resposta é a mais simples e, pelos
conhecimentos que você adquiriu até aqui, será perfeitamente capaz de responder.
“Quanto mais dinheiro em circulação, menor seu valor, e com isso os preços irão
sempre tender a subir mais e o “problema” da falta de dinheiro continuará. Logo,
emitir moeda não é uma solução fácil de aceitar, pois ela pode acarretar sérios danos
a estabilidade do poder de compra.
Entretanto, existe uma forma NÃO convencional de emitir moeda para que
possamos, eventualmente, suprir a falta exagerada de dinheiro, mas vale lembrar
que essa forma de emitir é restrita e peculiar, pois o dinheiro será emitido APENAS
de forma ESCRITURAL, ou seja, eletrônica, uma vez que o ato de emitir papel moeda,
o torna suscetível a desgastes pela inflação, uma vez que circula livremente em
qualquer lugar do país. Esta forma de emissão de moeda chama-se FLEXIBILIZAÇÃO
QUANTITATIVA ou QUANTITATIVE EASING, ou ainda AFROUXAMENTO
QUANTITATIVO.
A quantidade de moeda criada em quantitative easing é denominada valor
expandido. Trata-se de uma criação maciça de dinheiro, ou seja, de afrouxamento
monetário. Os bancos centrais, normalmente, só imprimem papel moeda de acordo
com a demanda de dinheiro (não há criação espontânea de dinheiro novo).
No quantitative easing, os bancos centrais usam o dinheiro
eletronicamente(escritural) criado para comprar grandes quantidades de títulos e
diversos ativos financeiros no mercado financeiro e de capitais. Isto aparece
como reservas bancárias (depósitos que os bancos têm nas contas do Banco
Central), não representando entrega de dinheiro novo (emissão de moeda nova)
para os bancos emprestarem.

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4.4 E quais são estas políticas econômicas e como se dividem?

 Política Fiscal (Arrecadações menos despesas do fluxo do orçamento do governo)

 Política Cambial (Controle indireto das taxas de câmbio e da balança de


pagamentos)
 Política Creditícia (Influência nas taxas de juros do mercado, através da taxa Selic)
 Política de Rendas (Controle do salário-mínimo nacional e dos preços dos produtos

em geral)

 Política Monetária (Controle do volume de meio circulante disponível no país e


controle do poder multiplicador do dinheiro escritural)

4.5 Política Fiscal

Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada


receitas e realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização
macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de recursos. A função
estabilizadora consiste na promoção do crescimento econômico sustentado, com
baixo desemprego e estabilidade de preços. A função redistributiva visa assegurar a
distribuição equitativa da renda. Por fim, a função alocativa consiste no fornecimento
eficiente de bens e serviços públicos, compensando as falhas de mercado.

Os resultados da política fiscal podem ser avaliados sob diferentes ângulos, que
podem focar na mensuração da qualidade do gasto público bem como identificar os
impactos da política fiscal no bem-estar dos cidadãos. Para tanto o Governo se utiliza
de estratégias como elevar ou reduzir impostos, pois, além de sensibilizar seus cofres
públicos, buscar aumentar ou reduzir o volume de recursos no mercado quando for
necessário.

A política fiscal consiste em basicamente dois objetivos: primeiro, ser uma fonte
de receitas ou de gastos para o governo, na medida em que reduz seus impostos para
estimular ou desestimular o consumo. Segundo, quando o governo usa a emissão de
títulos públicos, títulos estes emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional, para
comercializá-los e arrecadar dinheiro para cobrir seus gastos e cumprir suas metas de
arrecadação.

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Sim, o governo tem metas de arrecadação, que muitas vezes precisam de uma
forcinha através da comercialização de títulos públicos federais no mercado
financeiro. Como, segundo a constituição federal, no artigo 164 é vedado ao Banco
Central financiar o tesouro com recursos próprios, esse busca CAPITALIZAR o governo
comercializando os títulos emitidos pela Secretaria do Tesouro.

Desta forma o governo consegue não só arrecadar recursos como, também,


enxugar ou irrigar o mercado de dinheiro, pois quando o Banco Central vende títulos
públicos federais retira dinheiro de circulação, e entrega títulos aos investidores. Já
quando o Banco Central compra títulos de volta, devolve recursos ao sistema
financeiro, além de diminuir a dívida pública do governo. Mas aí você se pergunta:
Como assim?

Simples. O governo vive em uma quebra de braços constante, onde, precisa


arrecadar mais do que ganha, mas não pode deixar de gastar, pois precisa estimular
a economia. Então a saída é arrecadar impostos e quando estes não forem suficientes
o governo se endivida. Isso mesmo! Quando o governo emite títulos públicos federais
ele se endivida, pois os títulos públicos são acompanhados de uma remuneração, uma
taxa de juros, que recebeu o nome do sistema que administra e registra essas
operações de compra e venda. Este sistema chama-se SELIC (Sistema Especial de
Liquidação e Custódia). Este sistema deu o nome a taxa de juros dos títulos, logo a
intitulamos de taxa SELIC.

Esta taxa de juros nada mais é do que o famoso juro da dívida pública, isso
porque o governo deve considerá-lo como despesa por endividamento. Logo, a
emissão destes títulos, bem como o aumento da taxa SELIC devem ser cautelosos para
evitar excessos de endividamento, acarretando dificuldades em fechar o caixa no fim
do ano.

Este fechamento de caixa pode resultar em duas situações. Uma chamamos de


superávit e a outra chamamos de déficit.

Resultado fiscal primário é a diferença entre as receitas primárias e as


despesas primárias durante um determinado período. O resultado fiscal nominal,
ou resultado secundário, por sua vez, é o resultado primário acrescido do
pagamento líquido de juros. Assim, fala-se que o Governo obtém superávit fiscal

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quando as receitas excedem as despesas em dado período; por outro lado, há


déficit quando as receitas são menores do que as despesas.

No Brasil, a política fiscal é conduzida com alto grau de responsabilidade fiscal.


O uso equilibrado dos recursos públicos visa a redução gradual da dívida líquida como
percentual do PIB, de forma a contribuir com a estabilidade, o crescimento e o
desenvolvimento econômico do país. Mais especificamente, a política fiscal busca a
criação de empregos, o aumento dos investimentos públicos e a ampliação da rede
de seguridade social, com ênfase na redução da pobreza e da desigualdade.

4.6 Política Cambial

É o conjunto de ações governamentais diretamente relacionadas ao


comportamento do mercado de câmbio, inclusive no que se refere à estabilidade
relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos.

A política cambial busca estabilizar a balança de pagamentos tentando manter


em equilíbrio seus componentes, que são: a conta corrente, que registra as entradas
e saídas devidas ao comércio de bens e serviços, bem como pagamentos de
transferências; e a conta capital e financeira. Também são componentes dessa conta
os capitais compensatórios: empréstimos oferecidos pelo FMI e contas atrasadas
(débitos vencidos no exterior).

Dentro desta balança de pagamentos há uma outra balança chamada Balança


Comercial, que busca estabilizar o volume de importações e exportações dentro do
Brasil. Esta política visa equilibrar o volume de moedas estrangeiras dentro do Brasil
para que seus valores não pesem tanto na apuração da inflação, pois como vimos
anteriormente, as moedas estrangeiras estão muito presentes em nosso dia a dia.

Como o governo não pode interferir no câmbio brasileiro de forma direta, uma
vez que o câmbio brasileiro é flutuante, o governo busca estimular exportações e
desestimular importações quando o volume de moeda estrangeira estiver menor
dentro do brasil. Da mesma forma caso o volume de moeda estrangeira dentro do
Brasil aumente demais, causando sua desvalorização exagerada, o governo buscar
estimular importações para reestabelecer o equilíbrio.

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Mas porque o governo estimularia a valorização de uma moeda estrangeira no


Brasil?

A resposta é simples, ao estimular a valorização de uma moeda estrangeira


atraímos investidores, além de tornar o cenário mais salutar para os exportadores, que
são os que produzem riquezas e empregos dentro do Brasil em maior volume. Assim,
ao vermos um cenário de desvalorização do real frente a uma moeda estrangeira,
como o dólar, podemos dizer que o real se torna mais competitivo em suas
exportações, pois como nossa moeda é mais barata, podemos vender nossos
produtos no exterior mais baratos que os produzidos por muitos de nossos
concorrentes lá fora, é o que ocorre por exemplo com a China. Sua moeda é tão
desvalorizada em relação a outras moedas, que seus produtos têm uma diferença de
preço muito considerável, tornando seus produtos mais atrativos, principalmente sob
o ponto de vista do preço. Já o cenário oposto também é verdadeiro, mas para os
importadores brasileiros. Calma, vou explicar!!!!

Quando o real está mais valorizado em relação a outra moeda, significa que o
comprador no outro país vai ter que gastar mais da sua moeda para comprar produtos
brasileiros, isso faz com que as exportações brasileiras fiquem menos interessantes,
mas para os brasileiros que importam teremos um cenário melhor, pois como o real
está mais valorizado, ele compra mais lá fora, e assim os importadores poderão ter
mais lucro nas suas operações, uma vez que o custo da importação será menor.

Desta forma ao se utilizar da política cambial, o governo busca estabilizar a


balançam de pagamentos e estimular ou desestimular exportações e importações.
Vale destacar que os exportadores são chamados de provedores de divisas, ou seja,
eles trazem moeda estrangeira para o Brasil; já os importadores são demandantes de
divisas, ou seja, pega moeda estrangeira dentro do Brasil e levam para fora. Vamos
falar mais sobre isso no capítulo de mercado de câmbio.

4.7 Política Creditícia

É um conjunto de normas ou critérios que cada instituição financeira utiliza para


financiar ou emprestar recursos a seus clientes, mas sobre a supervisão do Governo,
que controla os estímulos a concessão de crédito. Cada instituição deve desenvolver
uma política de crédito coordenada, para encontrar o equilíbrio entre as necessidades
de vendas e, concomitantemente, sustentar uma carteira a receber de alta qualidade.

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Esta política sofre constante influência do poder governamental, pois o governo


se utiliza de sua taxa básica de referência, a taxa SELIC, para conduzir as taxas de juros
das instituições financeiras para cima ou para baixo.

É simples. Se o governo eleva suas taxas de juros, é sinal de que os bancos em


geral seguirão seu raciocínio e elevarão suas taxas também, gerando uma obstrução
a contratação de crédito pelos clientes tomadores ou gastadores. Já se o governo
tende a diminuir a taxa Selic, os bancos em geral tendem a seguir esta diminuição,
recebendo estímulos a contratação de crédito para os tomadores ou gastadores.

4.8 Política De Rendas

A política de rendas consiste na interferência do governo nos preços e salários


praticados pelo mercado. No intuito de atender a interesses sociais, o governo tem a
capacidade de interferir nas forças do mercado e impedir o seu livre funcionamento.
É o que ocorre quando o governo realiza um tabelamento de preços com o objetivo
de controlar a inflação. Ressaltamos que, atualmente, o Governo brasileiro interfere
tabelando o valor do salário-mínimo, entretanto quanto aos preços dos diversos
produtos no país não há interferência direta do governo.

4.9 Política Monetária

É a atuação de autoridades monetárias sobre a quantidade de moeda em


circulação, de crédito e das taxas de juros controlando a liquidez global do sistema
econômico.

Esta é a mais importante política econômica traçada pelo governo. Nela estão
contidas as manobras que surtem efeitos mais eficazmente na economia.

A política monetária influencia diretamente a quantidade de dinheiro circulando


no país e, consequentemente, a quantidade de dinheiro no nosso bolso.

Existem dois principais tipos de política monetária a serem adotados pelo


governo; a política restritiva, ou contracionista, e a política expansionista.

A política monetária expansiva consiste em aumentar a oferta de moeda,


reduzindo assim a taxa de juros básica e estimulando investimentos. Essa política é

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adotada em épocas de recessão, ou seja, épocas em que a economia está parada e


ninguém consome, produzindo uma estagnação completa do setor produtivo. Com esta
medida o governo espera estimular o consumo e gerar mais empregos.

Ao contrário, a política monetária contracionista consiste em reduzir a oferta


de moeda, aumentando assim a taxa de juros e reduzindo os investimentos. Essa
modalidade da política monetária é aplicada quando a economia está a sofrer alta
inflação, visando reduzir a procura por dinheiro e o consumo causando,
consequentemente, uma diminuição no nível de preços dos produtos.

Esta política monetária é rigorosamente elaborada pelas autoridades monetárias


brasileiras, se utilizando dos seguintes instrumentos, TODOS REGULAMENTADOS E
EXECUTADOS PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL.

4.10 Mercado Aberto

Também conhecido como Open Market (Mercado Aberto), as operações com


títulos públicos é mais um dos instrumentos disponíveis de Política Monetária. Este
instrumento, considerado um dos mais eficazes, consegue equilibrar a oferta de
moeda e regular a taxa de juros em curto prazo.

A compra e venda dos títulos públicos, emitidos pela Secretaria do Tesouro


Nacional, se dá pelo Banco Central através de Leilões Formais e Informais. De
acordo com a necessidade de expandir ou reter a circulação de moedas do mercado,
as autoridades monetárias competentes resgatam ou vendem esses títulos.

Se existe a necessidade de diminuir a taxa de juros e aumentar a circulação de


moedas, o Banco Central compra (resgata) títulos públicos que estejam em circulação.
Se a necessidade for inversa, ou seja, aumentar a taxa de juros e diminuir a
circulação de moedas, o Banco Central vende (oferta) os títulos disponíveis.

Portanto, os títulos públicos são considerados ativos de renda fixa, tornando-se


uma boa opção de investimento para a sociedade.

Outra finalidade dos títulos públicos é a de captar recursos para o financiamento


da dívida pública, bem como financiar atividades do Governo Federal, como por
exemplo, Educação, Saúde e Infraestrutura.

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ATENÇÃO!
Os leilões dos títulos públicos são de responsabilidade do BACEN que credencia
Instituições Financeiras chamadas de Dealers ou líderes de mercado, para que
façam efetivamente o leilão dos títulos. Nesse caso temos leilão Informal ou Go
Around, pois nem todas as instituições são classificadas como Dealers.
Os leilões Formais são aqueles em que TODAS as instituições financeiras,
credenciadas pelo BACEN, podem participar do leilão dos títulos, mas sempre sob o
comando do deste.
Além destas formas de o Governo participar do mercado de capitais, existe o
Tesouro Direto, que é uma forma que o Governo encontrou que aproxima as
pessoas físicas e jurídicas em geral, ou não financeiras, da compra de títulos públicos.
O tesouro direto é um sistema controlado pelo BACEN para que a pessoa física ou
jurídica comum possa comprar títulos do Governo, dentro de sua própria casa
ou escritório.
Os títulos públicos possuem, hoje, 5 tipos diferentes com características que lhe
concedem rentabilidades distintas. Vamos conhecer quais são os títulos abaixo:

Os juros semestrais, significam que a cada semestre o governo paga a você os juros
devidos, mas apenas os juros, o principal, que é o valor que você investiu, ele só
devolve no final do prazo, belezinha?! Esse pagamento de juros semestrais, nós
chamamos de CUPOM.
Novidade! Tesouro Renda+
O Tesouro RendA+ (NTN-B1) é o novo título público federal criado pelo Tesouro
Nacional a fim de complementar a aposentadoria dos brasileiros. Ele tem
rendimento acima da inflação (por isso o + no nome) e, na data de vencimento, o
investidor recebe o valor acumulado em parcelas mensais com correção monetária
pelo prazo de 20 anos. Com isso o Governo trouxe para os títulos públicos o conceito
de previdência complementar provada para os investidores, e uma forma de manter
sempre investidor atrelado ao título, reduzindo a possibilidade de amortizações de
dívida.

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4.11 Redesconto ou empréstimo de liquidez

Outro instrumento de controle monetário é o Redesconto Bancário, no qual o


Banco Central concede “empréstimos” às instituições financeiras a taxas acima
das praticadas no mercado.

Os chamados empréstimos de assistência à liquidez são utilizados pelos bancos


somente quando existe uma insuficiência de caixa (fluxo de caixa), ou seja, quando a
demanda de recursos depositados não cobre suas necessidades.

Quando a intenção do Banco Central é de injetar dinheiro no mercado, ele baixa


a taxa de juros para estimular os bancos a pegar estes empréstimos. Os bancos por
sua vez, terão mais disponibilidade de crédito para oferecer ao mercado,
consequentemente a economia aquece.

E quando o Banco Central tem por necessidade retirar dinheiro do mercado, as


taxas de juros concedidas para estes empréstimos são altas, desestimulando os
bancos a pegá-los. Desta forma, os bancos que precisam cumprir com suas
necessidades imediatas, enxugam as linhas de crédito, disponibilizando menos crédito
ao mercado, com isso a economia desacelera.

Vale ressaltar que o Banco Central é proibido, pela Constituição Brasileira,


de emprestar dinheiro a qualquer outra instituição que não seja uma instituição
financeira.
As operações de Redesconto do Banco Central podem ser:
I - intradia, destinadas a atender necessidades de liquidez das instituições financeiras
ao longo do dia. É o chamado Redesconto a juros zero!
II - de um dia útil, destinadas a satisfazer necessidades de liquidez decorrentes de
descasamento de curtíssimo prazo no fluxo de caixa de instituição financeira;
III - de até quinze dias úteis, podendo ser recontratadas desde que o prazo total não
ultrapasse quarenta e cinco dias úteis, destinadas a satisfazer necessidades de liquidez
provocadas pelo descasamento de curto prazo no fluxo de caixa de instituição
financeira e que não caracterizem desequilíbrio estrutural; e
IV - de até noventa dias corridos, podendo ser recontratadas desde que o prazo
total não ultrapasse cento e oitenta dias corridos, destinadas a viabilizar o ajuste
patrimonial de instituição financeira com desequilíbrio estrutural.

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ATENÇÃO!
Entende-se por operação intradia, para efeito do disposto neste regulamento, a
compra com compromisso de revenda, em que a compra e a correspondente revenda
ocorrem no próprio dia entre a instituição financeira tomadora e o Banco Central.
Todas as operações feitas elo BACEN são compromissadas, ou seja, a outra parte que
contrata com o BACEN assume compromissos com ele para desfazer a operação
assim que o BACEN solicitar. Sobre a Compra com Compromisso de Revenda temos
algumas observações que despencam nas provas.
Podem ser objeto de Redesconto do Banco Central, na modalidade de compra com
compromisso de revenda, os seguintes ativos de titularidade de instituição financeira,
desde que não haja restrições a sua negociação:
I - Títulos públicos federais registrados no Sistema Especial de Liquidação e de
Custódia -Selic, que integrem a posição de custódia própria da instituição financeira,
e
II - Outros títulos e valores mobiliários, créditos e direitos creditórios,
preferencialmente com garantia real, e outros ativos.

Informação de ouro!
As operações intradia e de um dia útil aceitam como garantia exclusivamente os
títulos públicos federais, as demais podem ter como garantia qualquer título
aceito como garantia pelo BACEN.

4.12 Recolhimento Compulsório

Recolhimento compulsório é um dos instrumentos de Política Monetária


utilizado pelo Governo para aquecer ou esfriar a economia. É um
depósito obrigatório feito pelos bancos junto ao Banco Central.

Parte de todos os depósitos que são efetuados à vista, ou seja, os depósitos das
contas correntes, tanto de livre movimentação como de não livre movimentação pelo
cliente, depósitos a prazo e demais depósitos feitos pela população, junto aos bancos,
vão para o Banco Central. O Banco Central fixa esta taxa de recolhimento. Essa taxa é
variável, de acordo com os interesses do Governo em acelerar ou não a economia.

Isso porque ao reduzir o nível do recolhimento, sobram mais recursos nas mãos
dos bancos para serem emprestados aos clientes, e, com isso, gerando maior volume

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de recursos no mercado. Já quando os níveis do recolhimento aumentam, as


instituições financeiras reduzem seu volume de recursos, liberando menos crédito e,
consequentemente, reduzindo o volume de recursos no mercado.

O recolhimento compulsório tem por finalidade aumentar ou diminuir a


circulação de moeda no País. Quando o Governo precisa diminuir a circulação de
moedas no país, o Banco Central aumenta a taxa do compulsório, pois desta forma as
instituições financeiras terão menos crédito disponível para população, portanto, a
economia acaba encolhendo.

Ocorre o inverso quando o Governo precisa aumentar a circulação de moedas no


país. A taxa do compulsório diminui e com isso as instituições financeiras fazem um
depósito menor junto ao Banco Central. Desta maneira, os bancos comerciais ficam
com mais moeda disponível, consequentemente aumentam suas linhas de crédito.
Com mais dinheiro em circulação, há o aumento de consumo e a economia tende a
crescer.

As instituições financeiras podem fazer transferências voluntárias, de posições


positivas na captação, ou seja, quando captam mais do que emprestam, porém, o
depósito compulsório é obrigatório. Os valores que são recolhidos ao Banco Central
são remunerados por ele para que a instituição financeira não tenha prejuízos com os
recursos parados devido ao compulsório. É importante destacar que, devido a Lei
14.185/21, o BACEN também está autorizado a captar recursos de forma voluntária
das instituições financeiras, os depósitos voluntários, e remunerá-las por isso.

O recolhimento pode ser feito em espécie (papel moeda), através de


transferências eletrônicas para contas mantidas pelas instituições financeiras junto ao
BACEN ou até mesmo através de compra e venda de títulos públicos federais.

Além disso o Recolhimento Compulsório pode variar em função das seguintes


situações:

1) Regiões Geoeconômicas (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)


2) Prioridades de aplicações, ou seja, necessidade do Governo (Redação dada pelo
Del nº 1.959, de 14/09/82)

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3) Natureza das instituições financeiras; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de


14/09/82)

Os valores dos Recolhimentos Compulsórios são estabelecidos pelo BACEN da


seguinte forma:

Determinar compulsório sobre Até


Depósito à vista 100%

Determinar compulsório sobre


Até
demais Títulos Contábeis e
60%
Financeiros
ATENÇÃO

Os instrumentos de política monetária citados acima são importantes


armas para execução do QUANTITATIVE EASING ou FLEXIBILIDADE
QUANTITATIVA que já comentamos anteriormente.

4.13 As novas Linhas Financeiras de Liquidez do BACEN RESOLUÇÃO


110/2021

Quando uma pessoa pretende adquirir um bem, não basta ter renda e
patrimônio compatíveis com essa aquisição, é necessário que ela possua recursos
disponíveis para efetivar a compra nas condições acertadas. Assim também ocorre
com as empresas ou instituições financeiras quando vão quitar alguma obrigação com
um terceiro: é necessário possuir recursos disponíveis, ou “liquidez”, para efetivar a
quitação.

A liquidez pode ser entendida como a medida dos recursos disponíveis que
alguém possui para quitar suas obrigações.

O fornecimento de liquidez é a atividade que o BC realiza ao disponibilizar


recursos às instituições financeiras para facilitar a quitação de obrigações. Atuando,
assim, como banco dos bancos, uma função clássica de bancos centrais. Essa função
contribui para a credibilidade e para a estabilidade da moeda e do sistema financeiro.

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O Banco Central do Brasil possui mandato legal (Lei nº 4.595/1964) para


desempenhar a função de banco dos bancos de duas formas, por meio do redesconto
ou do empréstimo.

Tradicionalmente, o termo redesconto se refere a um tipo de operação que


ocorria em dois momentos distintos. No primeiro momento, uma empresa tomava
títulos que representavam promessas de pagamento em seu favor por parte de
clientes e as descontava num banco comercial. Ou seja, ela os entregava como
garantia, antecipando, assim, o recebimento do seu valor original, descontado pelo
banco a uma dada taxa de juros. No momento seguinte, caso precisasse de recursos,
o banco apresentava ao Banco Central um novo título que representava o valor
antecipado à empresa com base nos títulos que já haviam sido descontados. Então o
Banco Central emprestava ao banco os recursos financeiros correspondentes ao valor
do novo título, descontado a uma taxa de juros. Assim, considerando que o lastro
original deste último empréstimo eram os títulos apresentados pela empresa ao banco
comercial, entendeu-se que tais, de fato, haviam sofrido duas operações de desconto
ou, por assim dizer, sido “redescontados”.

Atualmente, com a evolução do processo de assistência financeira de liquidez


por parte do Banco Central, o termo redesconto, previsto no arcabouço legal e
infralegal que regulam esse tipo de operação, foi mantido, apesar de traduzir um
conjunto mais diversificado de procedimentos pelos quais o Banco Central fornece
recursos de última instância às instituições financeiras. Um desses procedimentos é o
Redesconto do Banco Central, operação por meio da qual o BCB compra ativos da
instituição financeira com compromisso de revendê-los à mesma instituição em data
futura e, por seu turno, a instituição financeira vende seus ativos ao Banco Central com
compromisso de recomprá-los em data futura. O Redesconto do Banco Central é
efetivado, portanto, por meio de uma operação compromissada.

Outra forma de o Banco Central atuar em sua função típica de banco dos bancos
ou emprestador de última instância é o empréstimo. Uma das modalidades de
empréstimo é aquela realizada contra cesta de garantias. Nesta operação a instituição
transfere previamente ativos ao Banco central que, a partir desta cesta de ativos, vai

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atribuir um limite de crédito à instituição financeira para que possa contratar


empréstimos.

4.14 Novas Linhas Financeiras de Liquidez – LFL

A Linha de Liquidez Imediata (LLI), destinada ao gerenciamento de descasamentos de


fluxos de caixa de curto prazo, abrangendo operações pelo prazo de até 5 (cinco) dias
úteis; e

A Linha de Liquidez a Termo (LLT), voltada a atender necessidades de liquidez


decorrentes de descasamentos entre operações ativas e passivas de instituições
financeiras, abrangendo operações pelo prazo de até 359 (trezentos e cinquenta e
nove) dias corridos.

As diretrizes estratégicas para o desenvolvimento dessas linhas foram definidas pela


Diretoria do Banco Central (BC) por meio do Voto 140/2019-BCB de 10 de julho de
2019.

Principais características das novas LFL

• Empréstimo contra uma cesta de garantias;


• Pré-posicionamento da cesta de garantias em favor do BC;
• Realização do posicionamento da cesta de garantias em modelo de cessão
fiduciária
• Composição da cesta de garantias incluindo títulos e valores mobiliários
emitidos por entidades privadas;
• Definição de regras de elegibilidade para os ativos e contrapartes;
• Processo de definição de preço da cesta de ativos colocada em garantia;
• Disponibilidade de um limite financeiro com base na definição de preço da
cesta de garantias e em mitigadores de risco.

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Ativos que compõem a cesta de garantias

Debêntures e Notas Promissórias Comerciais foram os ativos priorizados para compor


a cesta de garantias na primeira etapa de operação das LFL.

A ampliação dos ativos a serem aceitos de forma automática aumentará o potencial


acesso a liquidez, colaborando para a missão do Banco Central de assegurar um
Sistema Financeiro mais sólido e eficiente. Permitirá, ainda, a redução estrutural dos
níveis de recolhimentos compulsórios sem fragilizar a estabilidade do Sistema
Financeiro. A inclusão de títulos de emissão privada tem ainda o potencial de
aumentar a eficiência do mercado financeiro e desenvolver o mercado de capitais
local, reduzindo custos e aumentando suas competitividades, inclusive em relação a
mercados internacionais.

5 Maratona de Questões
Questão 01) (atualizada) Parte das nações indica apenas a meta na qual a autoridade
monetária do país está mirando ao fixar os juros básicos. Outras estabelecem um
intervalo de tolerância, [...], ao mesmo tempo em que sete países adotam o sistema
igual ao do Brasil (meta central e intervalo de tolerância para cima e para baixo).

MARTELLO, A. Governo fixa meta central de inflação... / Globo.com/G1, Brasília,


26jun. 2015. Disponível
em:<http://www.g1.globo.com/economia/noticia/20150/06/governo-fixa-meta-
central-de-inflamacao...>.
Acesso em: 13 ago. 2015. Adaptado

O intervalo de tolerância da meta de inflação, adotado pelo governo para 2017,


sofreu uma alteração em junho de 2015 que levou a alteração do:
a) teto do intervalo de tolerância, de 6,5% ao ano para 6% ao ano.
b) piso do intervalo de tolerância, de 2,5% ao ano para 2% ao ano.
c) valor central do intervalo de tolerância, de 4,5% ao ano para 5% ao ano.
d) valor central do intervalo de tolerância, de 4,5% ao ano para 4% ao ano.
e) teto do intervalo de tolerância, de 6,5% ao ano para 7% ao ano.

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Questão 02) (atualizada) O Banco Central do Brasil tem por objetivo zelar pela
liquidez da economia. A liquidez é um atributo de um ativo que deve, em maior ou
menor grau, conservar valor ao longo do tempo e ser capaz de liquidar dívidas.
Sendo a moeda um ativo líquido, o Banco Central do Brasil deve interferir
obrigatoriamente na liquidez da economia quando:
a) as reservas monetárias estão baixas.
b) os empréstimos excedem as reservas bancárias.
c) a inflação está acima do esperado.
d) a inflação está dentro do esperado.
e) os empréstimos excedem os depósitos à vista.

Questão 03) As previsões para o desempenho da economia brasileira neste ano e no


próximo continuam se deteriorando. As cerca de cem instituições que consultadas
para o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC), projetam uma queda maior
para Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 [...]

Quanto à inflação, os analistas consultados pelo BC aguardam uma alta de 9,23% para
o IPCA deste calendário, acima da taxa estimada antes, de 9,15%. CAPRIOLI, G.
Mercado vê inflação de 9,23% em 2015 e economia mais contraída.
Valor Econômico, São Paulo, 27 jul. 2015. Disponível em:
<http://www.valor.com.br/brasil/4150608/
mercado-ve-inflacao-de-923-em-2015-e-economia-mais-contraida>. Acesso em: 10
ago. 2015. Adaptado.

Nesse contexto, representa uma medida efetiva que poderá ser adotada para conter a
alta inflacionária:
a) aumentar a taxa de juros básica da economia.
b) reduzir drasticamente os principais impostos federais, estaduais e
municipais.
c) aumentar a emissão de papel moeda para honrar a folha de pagamento e
os demais gastos do governo, visando a diminuir os depósitos à vista nos
bancos.
d) aumentar a produção de bens na indústria.
e) aumentar o nível geral de preços da economia.

Questão 04) No Brasil, a condução e a operação diárias da política monetária, com o


objetivo de estabilizar a economia, atingindo a meta de inflação e mantendo o sistema
financeiro funcionando adequadamente, são uma responsabilidade do(a).
a) Caixa Econômica Federal.

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b) Comissão de Valores Mobiliários.


c) Banco do Brasil.
d) Banco Central do Brasil.
e) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Questão 05) Julgue os seguintes itens, relativos à formulação e execução da


política monetária no Brasil.
A redução da alíquota do recolhimento compulsório e a compra de títulos em
operações de mercado aberto são exemplos da adoção de política monetária
expansionista, uma vez que ambas elevam a quantidade de moeda em circulação
na economia.

( ) Certo ( ) Errado

Questão 06) No que diz respeito ao mercado monetário, julgue o item.


As operações de redesconto do BACEN incluem a intradia: operação destinada a
viabilizar o ajuste patrimonial de instituição financeira com desequilíbrio estrutural.

( ) Certo ( ) Errado

Questão 07) Uma desvalorização cambial da moeda brasileira (real) frente à moeda
norte-americana (dólar), implica a(o):
a) diminuição do número de reais necessários para comprar um dólar.
b) diminuição do estoque de dólares do Banco Central do Brasil.
c) diminuição do preço em reais de um produto importado dos EUA.
d) estímulo às exportações brasileiras para os EUA.
e) aumento das cotações das ações das empresas importadoras na bolsa de
valores.

Questão 08) Uma das funções desempenhadas pela moeda é a de reserva de valor,
no entanto, a moeda não é o único ativo que desempenha tal função. O motivo que
faz com que os cidadãos retenham moeda como reserva de valor é o fato de ela:
(A) ser protegida contra inflação.
(B) prestar algum serviço ao seu possuidor.
(C) propiciar um aumento no seu valor.
(D) oferecer um rendimento a seu detentor.
(E) possuir liquidez absoluta.

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Questão 09) Julgue os seguintes itens, relativos à formulação e execução da política


monetária no Brasil.
As operações de mercado aberto são transações, realizadas diariamente, de compra e
venda de títulos da dívida pública emitidos pelo BCB com o objetivo de controlar a
liquidez do sistema bancário.

( ) Certo ( ) Errado

Questão 10) Com relação às características e funções do mercado monetário e do


mercado de crédito, julgue os itens que se seguem.
No mercado monetário, a oferta de moeda é definida pelo BCB e atende à seguinte
relação: quanto maior for a taxa básica de juros da economia, maior será a demanda
por moeda.
( ) Certo ( ) Errado

6 Gabarito
Gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A C A D C E D E E E

Bons estudos!

Lembre-se de que o futuro pertence aqueles que acreditam


na beleza de seus sonhos. (Eleanor Roosevelt).

Nós acreditamos e apostamos na realização dos seus objetivos.

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