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POLÍCIA MILITAR DA BAHIA

ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR


CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO PROFISSIONAL
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS
(CAO-2024)

DISCIPLINA: SISTEMA DE SEGURANÇA E DEFESA SOCIAL


DOCENTE: ADELSON GUIMARÃES DE OLIVEIRA – CEL Ref. PM

EUDER DOS SANTOS NASCIMENTO – CAP QOPMBA

RESENHA CRÍTICA
DISCURSO DO
MÉTODO

Salvador-BA
2024
EUDER DOS SANTOS NASCIMENTO – CAP QOPMBA

RESUMO DO LIVRO
DISCURSO DO
MÉTODO

Resumo do livro DISCURSO DO


MÉTODO, apresentado ao docente da
disciplina: Sistema de Segurança e
Defesa Social, do Curso de
Aperfeiçoamento de Oficiais – CAO/2024,
da Academia de Polícia Militar da Bahia,
como requisito de avaliação.

Docente: Adelson Guimarães de Oliveira


Cel Ref. PM.

Salvador-BA
2024
DESCARTES, René. Discurso do Método. Trad. Maria Galvão, São Paulo, Martins
Fontes, 2001.

DISCURSO DO MÉTODO

1. A razão como caminho para o alcance da verdade

O foco da obra Discurso do Método é o prórpio autor, René Descartes, que busca
o método ideal para conduzi-lo à própria razão. Não obstante, para alcançar o seu
objetivo o autor entende que é necessário abster-se dos conhecimentos e informações
predecessores, posto que o influenciaram na sua construção cognitiva.

O autor discorre sobre as disciplinas que fizeram parte do seu processo de


construção cognitiva, a exemplo das línguas, que o permitiram conhecer textos e
costumes passados; a matemática, que tem como caracerística o grau de certeza; a
telogoia, com ensinamentos que levam a “salvação”; e, a filosofia, com a importante
característica dialógica, que fomenta o enfretamento de divergências.

Abandonar os conhecimentos pregressos era um pressuposto para conduzir a


sua razão à verdade, buscando construir o conhecimento a partir de si mesmo, através
de experiências consigo e com outras pessoas: "assim, meu propósito não é ensinar
aqui o método que cada um deve seguir para bem conduzir a sua razão, mas somente
mostrar de que modo procurei conduzir a minha" (DESCARTES, 2001: 7).

2. Os princípios para o alcance da verdade

Neste capítulo, o autor explicita a sua concepção de apreço pelas coisas


construídas individualmente, as quais entende serem mais claras e consistentes do que
àquelas feitas à várias mãos. Desse modo, Descartes reitera a ideia de abandono dos
conhecimentos pregressos como forma de reconstrução autonôma e original do seu
saber.
3. A moral provisória

Abandonado os conhecimentos pregressos, o autor passa a trabalhar o seu


próprio método, através do conceito de moral provisória, a qual seccionou
estrategicamente em quatro partes: a) obedecer às leis e aos costumes de seu país,
conservando a Religião na qual foi instruído desde a infância; b) ser firme nas ações e
seguir com menos constância as opiniões mais duvidosas; c) Terceira: tentar, antes,
vencer a si mesmo do que à fortuna; ao invés de modificar a ordem do mundo, modificar
os desejos e, aceitar que nada está totalmente em nosso poder, exceto os nossos
pensamentos; e, d) empregar a vida em cultivar a Razão, e progredir o quanto pudesse
no conhecimento da verdade.

4. O método da dúvida e a prova da existência de Deus e da alma humana

Para o autor o pensamento certificava a sua existência, daí extrai-se a sua


máxima: “penso logo existo”. Para tanto, percorreu um caminho próprio, afastando tudo
aquilo que gerasse a mínima dúvida, considerando-as falsas: “… pensei que precisava
fazer exatamente o contrário [não seguir os costumes ou opiniões como indubitáveis] e
rejeitar como absolutamente falso tudo em que pudesse imaginar a menor dúvida, a fim
de ver se depois disso não restaria em minha crença alguma coisa que fosse
inteiramente indubitável”.

Desse modo, Descartes associa a perfeição de Deus a nossa existência


enquanto seres que veementemente se auto intitulam perfeitos, mesmo sem o ser, bem
como distingue a alma do corpo, sendo a primeira mais fácil de compreender, pois nunca
deixará de ser o que é, enquanto o corpo tende a desaparecer.

5. A diferença entre a alma humana e a alma animal

Neste capítulo é possível perceber considerações sobre a magnitude do corpo


humano, a sua relação com a mediciana e a física, bem como a capacidade humana de
coordenar pensamentos e emitir discursos, o que difere os seres humanos dos outros
animais, considerados pelo autor irracionais, dada as referidas limitações.
6. As recomendações para o progresso do conhecimento

No capítulo final o autor revela o caminho percorrido para conduzir sua razão à
verdade, estabelencendo algumas premissas, como não acreditar em qualquer falsa
opnião e a utilidade das oposições e críticas.

De mesmo modo, o autor entende que todas as pesquisas precisam ser publicadas,
assim possibilitaria um processo de melhora e evolução contínua a partir dos
sucessores.

Considerações Finais

Como observado, a obra traz uma importante reflexão sobre a construção


autônoma e original do conhecimento, estabelecendo para isso uma condição sine qua
non, o abandono imediato dos conhecimentos predecessores, o que conduziu
Descartes a criação de um método próprio, o qual permitiu elevar a sua razão à condição
de verdade, tomando por base o afastamento de qualquer informação ou conhecimento
que gerasse alguma dúvida.

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