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Faculdades Integradas Maria Thereza

Curso de Psicologia
Vinícius Soares Alves Mendes
Professor: Cláudio Fernando Adolph
Disciplina: História e Epistemologia da Psicologia
Resumo: “Discurso do método”

MAR/2014
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Com o “DISCURSO DO METODO”, René Descartes tenta expor pensamentos sobre a


própria razão e seu método através da divisão deste em seis partes.
Em sua primeira parte o autor trata sobre algumas considerações sobre a ciência. Nesta ele
começa falando sobre o bom senso, onde o descreve como o poder de julgar e distinguir o
verdadeiro do falso, defendendo a importância da diversidade de opiniões e mostrando como
nossas ações moldam quem somos afinal, como ele mesmo defende, “não adianta ter o
espírito bom, o principal é aplica-lo bem”, com esta base o autor conclui que a razão, ou
senso, é o que nos caracteriza como homens e assim distingue-nos dos animais. Mais a frente
Descartes descreve que desde cedo ele conseguiu encontrar caminhos que o fizeram chegar a
um método no qual ele pudesse aumentar gradualmente seu conhecimento, sendo assim o
mesmo crê que a ocupação por ele escolhida é pura. Após estes conceitos o autor nos conta
que o método do qual ele descreve serviu para ele, com isso o ele quer nos passar tais
conhecimentos não para mostrar como cada um deve agir, mas sim expor o método no qual
ele criara e mostrar como serviu para seu próprio proveito. Nutrido em letras desde sua
infância e convencido que por meio delas se podia adquirir um conhecimento mais claro e
seguro, René Descartes, após seus estudos contesta tal convicção e aprende a não ser
enganado pelas ciências pois assim como cita no seu texto, apesar de apreciar muito a
Filosofia pensava que era mais algo espirituoso à científico, na Matemática, o autor via seu
emprego diante das artes mecânicas, porem não via seu emprego verdadeiro mais sólido, entre
outras ciências que com seu estudos chegara a diferentes conclusões. Após tais conceitos e
pensamento conclui-se que um dos caminhos para encontrar a verdade é através do estudo e
conhecimento adquirido de acordo com o caminho seguido por cada um e da forma com que
este pesquisa.
Na segunda parte do seu escrito, Descartes conta quais foram as principais regras buscadas
por ele, esta parte começa com o Descarte contando um de seus momentos de pensamento e
reflexões, tais como a forma de trabalho onde melhor se chegaria a perfeição, um pouco sobre
algumas visões da sociedade através dos povos, também sobre as ciências que estão nos livros
que podem ser imprecisas justamente por muitas vezes serem relatos que fazem parte do
trabalho de várias pessoas diferentes e sobre a forma com que as pessoas são governadas
mesmo a partir de mais novas. A partir dai percebemos a importância que o autor da a razão e
expõe que os princípios que antes ele acreditava eram vagos e imprecisos. Por fim Descarte
diante de diversas leis julga apenas quatro no qual ele considera importante, a primeira
defendia que não se devia considerar verdadeiro algo que não fosse evidentemente conhecido,
na segunda seria de dividir cada dificuldades em quantas parcelas forem para assim melhor
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fosse solucionado o problema, já na terceira seria uma espécie de organização dos


pensamentos no intuito de conduzir por ordem estes para que assim o progresso seja feito
gradativamente e por fim a quarta seria ter a certeza de não omitir nada através de
enumerações completas e revisões gerais.
Agora na terceira parte o autor propõe algumas regras sobre a moral que foi retirada deste
método, a primeira regra é a de obedecer às leis e costumes impostos pelo país retendo a
religião, na segunda regra ele defendia que deveria tratar suas ações de forma firme e absoluta
assim seguindo apenas as opiniões que fossem seguras, já em sua terceira máxima o autor
defende que antes de mudar a ordem do mundo ele deveria modificar seus desejos e vencer a
si próprio do que a fortuna; E também a crer que as únicas coisas que estão em inteira posse
nossa são os nossos pensamentos. Assim, através destas máximas, é possível perceber que o
autor tem o intuito de nos mostrar caminhos para chegar ao pensamento e a razão, assim nos
mostrando maneiras de discernir o verdadeiro do falso.
Na quarta parte, René Descarte, discute sobre as provas da existência de Deus e da alma
humana, sendo assim ele introduz questionando o que era falso ou verdadeiro sobre a
existência, assim ele chega a uma conclusão que o leva à frase: “penso logo existo”, que é de
onde ele baseia boa parte do seu pensamento sobre o que seria verdadeiro. A partir disso ele
se analisa e analisa ao seu redor buscando o que era verdadeiro e o que era falso, até que
chega a conclusão que é melhor conhecer do que duvidar, assim ele entra num raciocínio
sobre o próprio ser e a natureza chegando a conclusão da existência de um ser mais perfeito
do que ele próprio, sendo este o chamado Deus.
Na quinta parte o René Descartes Fala sobre a ordem das questões de Física por ele
investigadas, a explicação para o movimento do coração e também sobre outras dificuldades
encontradas na medicina. O autor começa falando sobre a relação que os mundos (ou
planetas) tem com Deus e a visão sobre como este olha por nosso mundo e para o homem.
Após isso o autor começa a fazer uma explicação sobre o movimento do coração e das
artérias, sendo assim, primeiramente ele descreve a localização do coração, artérias e veias, e
onde tais itens se encaixam e ligam com o resto dos órgãos e corpo, sendo assim ele termina
explicando seus movimentos e efeitos sob não somente os outros órgãos, mas também com o
corpo. Por fim o autor trata das diferenças existentes nos homens e animais, defendendo que
um dos motivos do homem ter alma é o dom da fala e comunicação, além do racional do ser
humano.
Por fim, na sexta parte, Descartes propõe falar sobre quais coisas ele julga necessário para
avançar na pesquisa da natureza e quais foram as razões no qual o levou a escrever. O autor
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começa falando sobre sua dificuldade e métodos no qual usou para escrever sua pesquisa, tais
como a própria forma de ver Deus, o interesse de criar um método eficaz e fazer um trabalho
no qual não atrapalhasse outras instituições como o governo e religião. Neste encerramento do
método ele expõe como conseguiu tais experiências, sendo assim diz que primeiramente
procurou os princípios das coisas que existem e que podem existir no mundo, portanto, nosso
autor, viu quais efeitos são frutos dessas causas e citou alguns exemplos como: astros, água,
fogo... Após isso, conclui o autor, que não houve objeto que ele observou no qual não pudera
explicar usando os princípios no qual achara e descrevera neste método.
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DESCARTES,Rene.Discurso do Metodo In.: Obras escolhidas.


S.P.:Sao Paulo, Difel, 1973

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