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UNIVERSIDADE FEDERAL DO DELTA DO PARNAÍBA – UFDPAR

CAMPUS MINISTRO REIS VELOSO – CMRV


CURSO: BACHARELADO EM BIOMEDICINA
DISCIPLINA: UROANÁLISE E LÍQUIDOS CORPORAIS
PROFESSORES: FRANCISCO VICTOR COSTA MARINHO
E JHONES DO NASCIMENTO DIAS
SEMESTRE: 2022.1

Data do Experimento: 09/08/2022

EXAME FÍSICO, QUÍMICO E MICROSCÓPICO DA URINA

PARNAÍBA-PI
2022
1
DANYELA MARIA LEAL ROCHA
ISAAC ALEF BARBOSA GOMES
MARIA ELINE DOS SANTOS NASCIMENTO

EXAME FÍSICO, QUÍMICO E MICROSCÓPICO DA URINA

Relatório de aula prática submetido como requisito


parcial para a terceira avaliação da disciplina de
Uroanálise e Líquidos Corporais, sob a orientação dos
professores Me. Francisco Victor Costa Marinho e Dr.
Jhones do Nascimento Dias.

PARNAÍBA-PI
2022
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 4
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................... 5
2.1. EXAME FÍSICO-QUÍMICO DA URINA ...................................................................... 5
2.2. SEDIMENTOSCOPIA .................................................................................................... 6
3. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 9
3.1 Objetivo Geral: ................................................................................................................. 9
3.2. Objetivos específicos: ...................................................................................................... 9
4. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ..................................................................................... 10
5. PROCEDIMENTOS ............................................................................................................. 11
5.1. REFRATOMETRIA ...................................................................................................... 11
5.1.1. FLUXOGRAMA – REFRATOMETRIA ........................................................... 11
5.2. TÉCNICA DE TIRAS REAGENTES........................................................................... 12
5.2.1. FLUXOGRAMA – TIRAS REAGENTES ......................................................... 12
5.3. SEDIMENTOSCOPIA .................................................................................................. 13
5.3.1. FLUXOGRAMA – SEDMENTOSCOPIA .......................................................... 13
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................ 14
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 18
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 19
APÊNDICES ............................................................................................................................ 20
APÊNDICE A – TUBO FALCON E TUBO COLETOR COM AMOSTRA ..................... 21
APÊNDICE B – KIT DE TIRAS REAGENTES DA MARCA BIOEASY ........................ 21
APÊNDICE C – REFRATÔMETRO .................................................................................. 22
APÊNDICE D – MICROPIPETAS VOL. 20-200 ul DA E PONTEIRAS .......................... 22
APÊNDICE E – CENTRÍFUGA LS-3 PLUS DA MARCA CELM ................................... 23
APÊNDICE F – MICROSCÓPIO ÓPTICO ........................................................................ 23
APÊNDICE G – LÂMINAS ................................................................................................ 24
APÊNDICE H – BÉQUER E PISSETA COM ÁGUA DESTILADA ................................ 24

3
1. INTRODUÇÃO

Aos 09 dias do mês de Agosto de 2022, foi realizada a segunda aula prática da disciplina
de Uroanálise e Líquidos Corporais, no Laboratório de Ecologia da Universidade Federal do
Delta do Parnaíba - Campus Ministro Reis Veloso. Na aula realizamos um experimento de
sedimentoscopia de amostras de urina, além da análise física e química dessas amostras. O
experimento foi orientado pelos professores Me. Francisco Victor Costa Marinho e Dr. Jhones
do Nascimento Dias. Ademais, antes de falar sobre o experimento em si é importante entender
como é realizada a análise da urina por meio da sedimentoscopia, bem como os achados que
podem ser obtidos por meio deste procedimento.
No exame físico de amostras de urina ocorre a análise de parâmetros como volume, cor,
aspecto e densidade, está última podendo ser realizada tanto por métodos físicos como por
método químico. No exame químico, por sua vez, a análise ocorre por meio da utilização de
tiras contendo almofadas absorventes impregnadas com substâncias químicas que, quando
entram em contato com a amostra, reagem quimicamente formando cores. Essas cores são
comparadas com a tabela contida na embalagem do kit de tiras reagentes para que ocorra a
análise de parâmetros como glicose, bilirrubina, cetonas, gravidade específica, sangue, pH,
proteínas, urobilinogênio, nitrito e leucócitos (STRASINGER; LORENZO, 2009).
Já o exame microscópico da urina tem como objetivo principal detectar, identificar e
quantificar os componentes insolúveis presentes na urina. Entre os principais achados na
microscopia estão os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, cilindros, células epiteliais,
bactérias, parasitas, leveduras, muco, cristais, espermatozóides, além de artefatos. Hoje em dia,
a decisão sobre a realização da análise microscópicas em laboratórios é pautada em alguns
critérios como, por exemplo, achados anormais nos exames físico e químico da amostra de urina
(STRASINGER; LORENZO, 2009).
Desta forma, o presente relatório fornece informações acerca dos procedimentos para a
análise da urina por meio da sedimentoscopia, além de relembrar como é feito o exame físico
químico da urina (descrito em mais detalhes no relatório da aula prática 01 desta disciplina),
contemplando os materiais necessários para realização desses procedimentos, além de fornecer
um embasamento teórico com as principais informações sobre o exame microscópico da urina.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. EXAME FÍSICO-QUÍMICO DA URINA

O exame físico da urina consiste no primeiro passo na análise das características da


urina por meio da análise macroscópica, fornecendo informações preliminares acerca de certos
distúrbios. A análise física é feita por meio da observação da coloração da urina, turbidez e
densidade (LIMA, 2020).
A urina apresenta coloração que varia entre amarelo pálido a âmbar escuro, dependendo
da concentração de pigmentos presentes na amostra, bem como da diluição da amostra. Nesse
sentido, uma urina concentrada apresenta coloração escura, enquanto que diluída apresenta
coloração mais clara (MUNDT; SHANAHAN, 2012; LIMA, 2020).
A coloração da urina também é influenciada por medicamentos, por exemplo, a
levodopa torna a cor da urina vermelho-acastanhada. Além do mais, exercícios físicos,
alimentação, infecções bacterianas e hematúria podem interferir na coloração da urina
(MCMANNINCH; LUE, 2014).
A urina é transparente, no entanto, pode ter sua turvidez alterada caso apresente
determinadas substâncias presentes nela, por exemplo, cristais, células escamosas e de muco
(MUNDT; SHANAHAN, 2012).. A turbidez da urina pode ser determinada por meio do exame
visual, podendo se apresentar um aspecto límpido, opalescente, ligeiramente turvo, turvo ou
leitoso (STRASINGER; LORENZO, 2009).
Em relação à densidade, uma amostra de urina aleatória apresenta uma variação na
densidade de 1.003 a 1.035. Contudo, o valor da gravidade específica varia ao longo dia
dependendo do estado de hidratação e do volume urinário. Quando a ingestão de fluídos é baixa,
a gravidade específica aumenta, de forma contrária, diminui quando a ingestão de fluidos é
elevada (MUNDT; SHANAHAN, 2012; STRASINGER; LORENZO, 2009).
A análise da densidade da urina é realizada por meio de equipamentos como o
refratômetro. No refratômetro, uma gota da amostra é adicionada sobre o prisma do
equipamento e, em seguida, a placa de cobertura é fechada, então a amostra escorre por
capilaridade. Próxima a uma fonte de luz faz-se a leitura da densidade por meio da escala
presente no equipamento (MUNDT; SHANAHAN, 2012).
O exame químico da urina é realizado por meio da utilização de fitas reagentes, sendo
utilizado para fazer a determinação quantitativa e semiquantitativa de elementos, como glicose,

5
proteínas, urobilinogênio dentre outros, e pH da urina (LIMA, 2020; MUNDT; SHANAHAN,
2012).
As tiras reagentes consistem em tiras de plástico firme na qual são fixadas almofadas
saturadas com produtos químicos. Esses produtos químicos presentes nas almofadas indicam a
presença de substâncias específicas na urina, detecção de glicose, bilirrubina, cetonas, sangue,
proteína, urobilinogênio, nitrito e leucócitos. Além do mais, as tiras também são utilizadas para
indicar o pH e a gravidade específica de uma amostra (MCMANNINCH; LUE, 201X;
MUNDT; SHANAHAN, 2012).

2.2. SEDIMENTOSCOPIA

A sedimentoscopia consiste em um exame vital na urianálise, tendo como finalidade


aumentar a precisão diagnóstica, sendo uma importante parte do diagnóstico para detecção e
avaliação de alterações do trato genitourinário (MCANINCH; LUE, 2014). Segundo Mundt e
Shanahan (2012), a confiabilidade dos resultados obtidos depende principalmente da realização
de um exame adequado e da competência técnica do profissional.
A primeira urina da manhã é considerada a ideal para a análise, desde que seja
examinado o mais breve possível após a coleta. Contudo, se o exame não puder ser realizado
após a coleta, a amostra pode ser refrigerada para análise posterior (MUNDT; SHANAHAN,
2017).
O sedimento a ser analisado pode ser obtido por meio da centrifugação de uma amostra
de 10 mL a 2.000 rpm por 5 minutos. Em seguida, descartar-se o sobrenadante e ressuspender
o sedimento com o 1 mL restante da urina e bater suavemente o tubo contra a ponta oposta
(MCANINCH; LUE, 2014; MUNDT; SHANAHAN, 2012).
Após o mencionado anteriormente, deve-se colocar uma gota da mistura em uma lâmina
de microscópio, cobrir com uma lamínula e examinar primeiramente com lente de pequeno
aumento (10 vezes) e depois sob grande aumento (40 vezes) (MCANINCH; LUE, 2014;
MUNDT, SHANAHAN, 2012). Na análise microscópica, o diafragma do microscópio deve
estar praticamente fechado, assim é possível obter o contraste necessário para fazer a análise.
Quando há excesso de luz, determinadas estruturas ficarão difíceis de serem analisadas, por
exemplo, cilindros hialinos (MUNDT; SHANAHAN, 2012).
No sedimento, será possível a visualização e quantificação de determinados elementos
figurados, por exemplo, bactérias, fungos, células sanguíneas (leucócitos e hemácias), células

6
epiteliais e cilindros. Além do mencionado anteriormente, é possível a observação de outros
achados como cristais (NÓBREGA et al, 2019).
Em relação à presença de hemácias, mesmo em pequena quantidade não é considerado
normal a presença de hemácias na urina (hematúria). Entre os possíveis fatores que podem
resultar na presença de hemácias na urina, pode-se mencionar a exercício extenuante,
sangramento dos órgãos genitais e inflamação, por exemplo, cistite ou uretrite (MCANINCH;
LUE, 2014).
A presença de células epiteliais escamosas no sedimento é um indicativo de que a
amostra foi contaminada, podendo ser essas células provenientes de diversos locais do trato
geniturinário, do túbulo contorcido proximal até a uretra, ou da vagina (MUNDT;
SHANAHAN, 2012). Nesse sentido, Tanagho e Janhanam (2007, p. 59) apontam que a
presença dessas células na urina “não se deve atribuir a nenhum outro significado.” Além do
mais, é possível a visualização de células epiteliais de transição no sedimento urinário normal,
porém, quando em grande quantidade ou em grumos, são um indicativo de processo maligno
no urotélio (MCANINCH; LUE, 2014).
Os leucócitos podem ser encontrados no sedimento em pequena quantidade (<5), porém
quando ultrapassa esse limiar, pode ser indicativo de infecção. Dessa forma, deve-se analisar
os sintomas clínicos do paciente, bem como a realização de exames
microbiológicos/parasitológicos (MUNDT; SHANAHAN, 2012).
A observação de bactérias no sedimento urinário é um diagnóstico presuntivo de uma
infecção bacteriana, contudo, o diagnóstico da infecção deve ser confirmado por meio da
realização de culturas bacterianas (MUNDT; SHANAHAN, 2012). Ademais, nas amostras
podem ser encontrados parasitas, sendo o mais frequente a Trichomonas vaginalis, podendo ser
identificados no sedimento por causa da movimentação na amostra (MCANINCH; LUE, 2014).
A presença de fungos é comum em sedimentos urinários de pacientes diabéticos. A glicosúria
associada a acidez constitui um meio propício para o crescimento e proliferação fúngica. Além
de pacientes com hiperglicemia, é possível encontrar fungos em amostras de pacientes
imunodeprimidos ou com monilíase vaginal (STRASINGER; LORENZO, 2012).
Os cilindros, quando encontrados no sedimento urinário, são indicativos de doença renal
intrínseca, pois estes são formados nos túbulos distais e ductos coletores e, normalmente, não
são encontrados na urina. Os cilindros podem ser leucocitários, de células epiteliais, hemáticos
hialinos (MCANINCH; LUE, 2014).

7
No sedimento da urina, a observação de cristais pode ser esclarecedora em determinados
casos. Na prática clínica, a análise por sedimentoscopia é de fundamental importância, tendo
em vista o fato de que nenhum teste bioquímico detecta a presença deles (MCANINCH; LUE,
2014; MUNDT; SHANAHAN, 2012).
Os cristais tendem a se formar na urina normal quando esta é mantida abaixo da
temperatura ambiente. A presença de determinados cristais pode variar dependendo do pH da
urina. Em casos de urina ácida é comum observar cristais de ácido úrico, oxalato de cálcio e
uratos amorfos, bem como pode ser encontrados em menor frequência sulfato de cálcio, sulfa,
colesterol, uratos de sódio, tirosina, ácido hipúrico, cistina e leucina. Enquanto, na urina alcalina
podem ser observados fosfatos triplos, fosfato de cálcio, fosfatos amorfos, carbonato de cálcio,
e uratos de amônio (MUNDT; SHANAHAN, 2012).

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3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral:

➢ Realizar a análise física, química e microscópica de amostras de urina.

3.2. Objetivos específicos:

• Avaliar os aspectos físicos como cor, aspecto, volume e densidade;


• Verificar a gravidade específica da amostra (densidade) utilizando o
refratômetro;
• Realizar a análise química da amostra utilizando a tira reagente, averiguando
os parâmetros de: glicose, bilirrubina, cetonas, sangue, gravidade específica,
pH, proteínas, urobilinogênio, nitrito e leucócitos;
• Realizar o exame microscópio da urina, por meio da sedimentação da
amostra.
• Analisar os resultados obtidos a partir das análises feitas para os parâmetros
estabelecidos, considerando também os dados clínicos do paciente.

9
4. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

➢ Amostra de urina;
➢ Béquer de 500 ml da marca Ionglass;
➢ Centrífuga LS-3 plus da marca CELM;
➢ Kit de tiras reagentes da marca BioColor – Bioeasy;
➢ Lâminas e lamínulas;
➢ Lenços de papel toalha;
➢ Luvas;
➢ Micropipera vol. range 20-200 µl da marca Peguepet;
➢ Microscópio óptico;
➢ Pipeta Pasteur;
➢ Pisseta com água destilada;
➢ Ponteiras;
➢ Refratômetro;
➢ Suporte.
➢ Tubo Falcon de 15 ml;
A imagens desses materiais e equipamentos utilizados nas análises física e química estão
na seção Apêndices ao final deste relatório.

10
5. PROCEDIMENTOS

5.1. REFRATOMETRIA

O refratômetro constitui-se como uma importante ferramenta do exame físico da urina,


sendo considerado um método direto, preciso e eficaz de determinação da densidade de uma
amostra.
Para a utilização deste equipamento primeiramente é preciso se fazer sua calibração.
Para isso, utiliza-se a água destilada, que deve ter a densidade igual a 1,000. Caso o valor da
densidade da água destilada esteja diferente disso, faz-se o ajuste dos parafusos presentes no
equipamento. Após a calibração, o equipamento está pronto para ser utilizado. Para isso,
colocamos duas gotas da amostra de urina, fechamos a placa transparente e esperamos a amostra
se espalhar por todo o prisma. Em seguida, focalizamos o refratômetro para uma boa fonte de
luz e fizemos a leitura da gravidade específica (densidade) da amostra. Por fim, após a leitura,
fizemos a limpeza do equipamento para que outro grupo pudesse testar sua amostra.

5.1.1. FLUXOGRAMA – REFRATOMETRIA

Realizar a calibração do
Colocar 1 ou 2 gotas da Fechar a tampa
refratômetro com água
amostra sobre o prisma transparente, com
destilada (Densidade:
(cerca de 12 µl). cuidado.
1,000).

Verificar se a amostra
Ler a escala onde a Olhar a escala pela
se espalhou por toda a
linha limite a intercepta. ocular.
superfície do prisma.

Se houver a presença de
Retirar a amostra do
glicose ou proteína,
prisma com um papel e
deve-se fazer a correção
água destilada.
do valor da densidade.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2022.


11
5.2. TÉCNICA DE TIRAS REAGENTES

As tiras reagentes são formadas por uma tira de plástico onde são aderidas almofadas
absorventes impregnadas com substâncias químicas, que reagem em contato com a urina. Para
a realização do exame químico colocamos 12 ml da amostra em um tubo Falcon de 15ml,
homogeneizamos e mergulhamos rapidamente toda a tira reagente. Após isso, retiramos o
excesso de urina rapando a borda da tira no recipiente e tocando ela no lenço de papel.
Aguardamos o tempo da reação e começamos a analisar a fita comparando as cores formadas
após a reação com as cores da tabela continas na embalagem do kit. Anotamos os valores
referentes a cada parâmetro. É importante mencionar que a amostra estava em temperatura
ambiente, não havia sido centrifugada e tempo de interpretação não excedeu dois minutos.

5.2.1. FLUXOGRAMA – TIRAS REAGENTES

Colocar a amostra em
um tubo falcon de 15 ml
Mergulhar completa e Retirar o excesso de
e homogenizá-la. A
rapidamente a tira urina, raspando a borda
amostra deve estar em
reagente na amostra. da tira no recipiente.
temperatura ambiente e
não centrifugada.

Comparar a cor das


almofadas da tira de Tocar a borda da tira
Esperar o tempo
reação com a tabela de sobre um material
especificado para a
cores fornecida pelo absorvente descartável
reação ocorrer.
fabricante, com boa (lenços de papel).
iluminação.

Obs.: A análise não


pode ultrapassar o
tempo de 2 minutos.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2022.

12
5.3. SEDIMENTOSCOPIA

O exame microscópico da urina é realizado fazendo-se o sedimento da amostra. Para


isso, colocamos cerca de 10ml de amostra de urina em um tubo Falcon de 15ml, em seguida
levamos para a centrífuga onde foi centrifugada a 1800 rotações por minuto (rpm) durante 5
minutos. Vale ressaltar que a centrifugação geralmente é feita entre 1800 a 2500 rpm, podendo
ser até mais rotações por minutos reduzindo-se o tempo. Passado esse tempo, retiramos a
amostra da centrífuga e desprezamos o sobrenadante, de forma que ficasse apenas 1 ml de
amostra no tubo Falcon. Após isso, partimos para a confecção das lâminas. Inicialmente,
fizemos a identificação e também a limpeza das lâminas e lamínula para retirar gordura e outras
possíveis sujeiras que pudessem interferir na análise. Em seguida adicionamos no centro da
lâmina 30 µl do sedimento formado na amostra, colocamos a lamínula e, por fim, fizemos a
análise no microscópio de luz.

5.3.1. FLUXOGRAMA – SEDMENTOSCOPIA

Desprezar o
Colocar 10ml da Centrifugar entre 1800- sobrenadante deixando
amostra em um tubo 2000 rpm durante 5 cerca de 1ml da
falcon de 15 ml. minutos. amostra sedimentada no
tubo.

Adicionar 30 ul de
Realizar a análise amostra sedimentada no
Identificar e higeneizar
microscópica da lâmina centro da lâmina e
a lâmina e a lamínula.
no microscópio de luz. colocar a lamínula
sobre ela.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2022.

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6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nesta seção apresentaremos os resultados do exame físico, químico e microscópico da


urina do paciente, bem como os seus dados clínicos e laboratoriais.

➢ DADOS DO PACIENTE:

Nome: I. A. B. G.
Idade: 19 anos
Sexo: Masculino
Horário da coleta: 09:50 am
Volume: 40 ml
Conservante: -
Dados Clínicos-Laboratoriais:
O paciente não faz uso contínuo de medicamento e não possui doenças crônicas
diagnosticadas. O paciente não estava em jejum e realizou uma corrida leve poucos minutos
antes da coleta da amostra.

A amostra utilizada foi do tipo amostra aleatória. Este tipo de amostra pode ser utilizada
na triagem de rotina. Porém, sobre influência de alguns fatores como a alimentação, visto que
a paciente não estava em jejum, além dos medicamentos ingeridos e das condições físicas da
paciente. Neste caso em questão, o paciente informou que não faz uso de medicamentos, porém
não estava em jejum e realizou uma corrida leve antes da coleta da amostra. Com isso, esses
fatores podem interferir nos resultados obtidos nos exames.

➢ ANÁLISE FÍSICA DA URINA:

Cor: Amarela
Aspecto: Límpida
Gravidade específica: 1,039

Com relação à análise física a urina apresentou parâmetros normais para voluma, cor
(amarelo), aspecto (límpida, ou seja, partículas não visíveis ou transparentes). Porém a
gravidade específica (1,039) está um pouco acima da considerada normal para a urina, tendo
em vista que o especificado é entre 1,005 e 1,035.

14
➢ ANÁLISE QUÍMICA DA URINA:

PARÂMETROS: TEMPO PARA A RESULTADOS:


REAÇÃO:
Glicose 30 segundos Controle – negativo
Bilirrubina 30 segundos 1(17)+
Corpos cetônicos 40 segundos Não reagente
Gravidade específica 45 segundos 1,020
Sangue 60 segundos Controle – negativo
Ph 60 segundos 6,0
Proteínas 60 segundos 30(0,7)
Urobilinogênio 60 segundos Não reagente
Nitrito 60 segundos Não reagente
Leucócitos 120 segundos 15

Imagem 01 – Tira reagente

Fonte: Fotografado pelos autores, 2022.

As tiras reagentes utilizada para o exame químico da urina estavam vencidas desde
2014, o que faz com que a confiabilidade da análise seja afetada. Por isso, alguns parâmetros
como corpos cetônicos, urobilinogênio e nitrito não puderam ser observados devido não ter
havido a reação química das almofadas em contato com a urina.
Além disso, no exame químico houve uma divergência com relação ao valor da
densidade, pois na tira reagente o resultado foi 1,020 e no refratômetro a leitura indicou 1,039.
Assim, analisando o fato de que as tiras reagentes estavam vencidas e que o refratômetro, por
sua vez, estava calibrado, consideramos o valor da densidade observada no exame físico como
o mais confiável.
15
➢ ANÁLISE MICROSCÓPICA DA URINA:

COMPONENTE: AUMENTO: RESULTADO: RESULTADO:


CÉLULAS EPITELIAIS 10x Raras De 1 a 10 por campo (10x)
CILINDROS 10x Ausentes Elementos não encontrados
CRISTAIS 10x Raros De 1 a 10 por campo (10x)
MUCO 10x Ausentes Elementos não encontrados
LEVEDURAS 40x Ausentes Elementos não encontrados
ESPERMATOZÓIDES 40x Ausentes Elementos não encontrados
TRICHOMONAS 40x Ausentes Elementos não encontrados
LEUCÓCITOS 40x Ausentes Elementos não encontrados
HEMÁCIAS 40x Ausentes Elementos não encontrados
BACTÉRIAS 40x Ausentes Elementos não encontrados

Cristal de ácido úrico


Aumento: 40 vezes.

Fonte: Fotografado pelos autores, 2022.

Células epiteliais escamosas


Aumento: 40x

Fonte: Fotografado pelos autores, 2022.

16
Célula epitelial
Aumento: 10x

Fonte: Fotografado pelos autores, 2022.

O sedimento formado após a centrifugação não foi volumoso e na análise microscópica


não foram encontrados elementos significativos na amostra. Foram observadas apenas células
epiteliais escamosas e alguns cristais de ácido úrico em quantidades pequenas, ou seja, raros.
Além disso, a análise química indicou a presença de uma pequena quantidade de leucócitos,
porém não foram encontrados na sedimentoscopia. Como mencionado as tiras reagentes
estavam vencidas, com isso os resultados obtidos no exame químico não são tão confiáveis.

17
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que foi exposto no presente relatório, podemos compreender de forma mais
completa sobre os tópicos de exame físico e químico da urina, a utilização do refratômetro, que
é usado para medir a densidade da amostra, e também o processo de sedimentoscopia, que foi
o foco principal da aula, entendendo assim que esses aspectos básicos na análise são de extrema
importância no dia a dia para direcionar o diagnóstico laboratorial e, assim, com seus
resultados, guiar a conclusão do diagnóstico clínico.
Pôde-se observar a importância da sedimentoscopia diante do processo de diagnóstico
pois a análise meticulosa da urina fornece informações não apenas referente aos rins e a bexiga,
mas também sobre muitos órgãos como o pâncreas, fígado, entre outros. Considerando este
fato, o correto procedimento tanto de sedimentoscopia como de analise física e química da
urina, fornecem material para o diagnóstico de incontáveis patologias, assim, uma pequena
amostra de urina pode fornecer dados sobre o estado do organismo de forma generalizada.
Embora na amostra apresentada no presente relatório não tenha apresentados resultados
alterados, nas amostras trazidas pela turma foi possível visualizar resultados distintos, como a
presença de sedimentos diferentes em cada lâmina preparada, em algumas foi possível
visualizar leucócitos, glóbulos vermelhos e brancos, oxalato de cálcio, entre outros exemplos.
Levando em consideração os aspectos aqui colocados, pode-se concluir que a segunda
aula prática da disciplina de Uroanálise e Líquidos Corporais, teve seu objetivo cumprido
através das atividades realizadas, com o entendimento da turma em relação a analise física e
química, refratômetria e principalmente à técnica de sedimentoscopia. Com ajuda dos
professores e dos monitores, todos os alunos conseguiram realizar as técnicas, finalizando esta
etapa do conteúdo.

18
REFERÊNCIAS

MCANINCH, J. W.; LUE, T. F. Urologia geral de Smith e Tanagho. 18 ed. Porto Alegre:
Grupo A, 2014.

NÓBREGA, B. P. et al. A importância da análise sedimentoscópica diante dos achados físico-


químicos normais no exame de urina. Rev. bras. anal. clin, ed. 51, n.1, p. 58-64, 2019.
Disponível em:<DOI: 10.21877/2448-3877.201900785>. Acesso em: 13 ago. 2022.

STRASINGER, S. K.; LORENZO, M. S. D. Urinálises e fluidos corporais. 5 ed. São Paulo:


Livraria Médica Paulista Editora, 2009.

TANAGHO, E. A.; MCANINCH, J. W. Urologia Geral de Smith. 16 ed. Barueri: Editora


Manole, 2007.

19
APÊNDICES

20
APÊNDICE A – TUBO FALCON E TUBO COLETOR COM AMOSTRA DE URINA

Fonte: Fotografado pelos autores, 2022.

APÊNDICE B – KIT DE TIRAS REAGENTES DA MARCA BIOEASY

Fonte: Fotografado pelos autores, 2022

21
APÊNDICE C – REFRATÔMETRO

Fonte: Fotografado pelos autores, 2022

APÊNDICE D – MICROPIPETAS VOL. 20-200 ul DA MARCA PEGUEPET E


PONTEIRAS

Fonte: Fotografado pelos autores, 2022

22
APÊNDICE E – CENTRÍFUGA LS-3 PLUS DA MARCA CELM

Fonte: Fotografado pelos autores, 2022.

APÊNDICE F – MICROSCÓPIO ÓPTICO

Fonte: Fotografado pelos autores, 2022.


23
APÊNDICE G – LÂMINAS

Fonte: Fotografado pelos autores, 2022.

APÊNDICE H – BÉQUER E PISSETA COM ÁGUA DESTILADA

Fonte: Fotografado pelos autores, 2022

24

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