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Ano: 2017
1
Willyans Maciel
Neuropsicopedagogia e o
Desenvolvimento Humano
1ª Edição
2017
Curitiba, PR
Editora São Braz
2
FICHA CATALOGRÁFICA
Maciel, Willyans
Neuropsicopedagogia e o Desenvolvimento Humano / Willyans Maciel.
– Curitiba, 2017.
45 p.
Revisão de Conteúdos: Larissa Carla Costa
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PALAVRA DA INSTITUIÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!
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Apresentação da disciplina
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Aula 1 – Aspectos do desenvolvimento humano
Apresentação da aula
Fonte: http://diasmind.com.br/o-desenvolvimento-humano/
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1.1 Aspectos do desenvolvimento humano
Para esta aula será utilizada uma divisão em três aspectos: fisiológico,
sociocultural e psicológico.
O aspecto sociocultural, trata da relação das pessoas com outras e
grupos. Esse aspecto inicia-se com a relação entre o feto e a mãe,
desenvolvendo-se para os pais e familiares nos primeiros anos de vida e
expandindo-se a partir da escolarização, momento em que a criança terá contato
com outras visões de mundo para além daquela que lhe é apresentada no seio
familiar.
A cultura de uma sociedade também influenciará nesse aspecto,
manifestando-se na maneira como o comportamento se apresenta frente às
situações que envolvem outras pessoas. Esse aspecto é normalmente mais
evidente quando se é exposto a uma cultura que não é aquela na qual foi
educado, por exemplo, em uma mudança de país.
O aspecto fisiológico, por outro lado, trata do desenvolvimento das
capacidades motoras, do sistema nervoso e especialmente do cérebro. Esse
desenvolvimento influenciará a capacidade de memória, aprendizagem e
linguagem. Inclui ainda parte da capacidade intelectual de cada um, uma vez
que depende, em grande medida, da saúde do cérebro e seu desenvolvimento.
Essa capacidade refere-se à forma como o indivíduo reage a estímulos,
pensa e age na resolução de problemas. Envolve ainda a capacidade cognitiva
durante todo o desenvolvimento.
Aspectos psicológicos serão particularmente ligados à capacidade
afetiva emocional, influenciados pelo ambiente e estímulos recebidos ao longo
da vida. Como nos anteriores, os primeiros anos são de extrema relevância para
o bom desenvolvimento desse aspecto e irão influenciar todo o ciclo de vida do
indivíduo.
As pessoas com “desenvolvimento típico” desse aspecto, serão capazes
de integrar suas experiências afetivas formando a estrutura emocional que será
referência para comportamentos cotidianos. Como exemplos de elementos
influenciados diretamente por esse aspecto, temos a impulsividade,
agressividade e sexualidade.
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Nenhum desses aspectos aparece sozinho, normalmente em nossa vida
em sociedade, somos influenciados por mais de um ao mesmo tempo, pois eles
compõem a nossa interação com o meio. Ao conhecermos uma pessoa, por
exemplo, temos de considerar os três aspectos desse encontro.
O aspecto psicológico trata particularmente do modo como se reage a um
encontro, por exemplo, qual o humor e o quanto se identifica com a pessoa, o
aspecto fisiológico, se está em condições de atender às expectativas daquele
encontro, se há lembranças, por exemplo, de já ter encontrado àquela pessoa
ou se será capaz de levantar e apertar-lhe a mão, ou ao menos lembrar de seu
nome ao longo da conversa. Também o aspecto sociocultural, se esta pessoa
faz parte da mesma comunidade, se é um imigrante, diferenças culturais
possíveis, diferenças religiosas ou de hábitos alimentares.
Com todos esses aspectos em conjunto, forma-se a experiência de
conhecer uma pessoa. Da mesma forma, esta unicidade dos três aspectos se
manifesta em todas as relações da nossa vida e mesmo na relação consigo
mesmo, em uma atitude reflexiva ou de avaliação.
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Pré-natal: compreende o período de formação do feto,
ainda no útero da mãe.
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abuso de álcool. Após o nascimento, considera-se o início da primeira infância,
mas isso não muda muito as necessidades de estímulos e nutrição,
especialmente nos primeiros meses, quando os sentidos da criança começam a
se desenvolver aceleradamente. A capacidade de aprendizado aparece desde
os primeiros meses e a memória, que como visto anteriormente, é crucial para
esse processo, que já está em pleno funcionamento. Em torno de dois anos de
vida a criança já possui a capacidade de resolução de problemas simples e
compreensão rudimentar de símbolos.
Por razões evolutivas, seres humanos instintivamente sabem que recém-
nascidos precisam de carinho, cuidado e atenção. Isto é particularmente
importante, pois é na primeira infância que a criança começa a criar vínculos
fortes com os pais e outras crianças presentes no seu cotidiano. Quanto melhor
a qualidade e constância dos estímulos, melhor o ambiente para o
desenvolvimento desse novo ser humano, tanto em termos fisiológicos quanto
socioculturais. A base para as etapas posteriores é desenvolvida pela boa
nutrição e cuidados na fase pré-natal, bem como nos primeiros anos.
Desenvolvendo um aluno tão saudável quanto possível, facilitamos o trabalho de
educação que virá a seguir, proporcionando os elementos necessários para
constituição do cérebro, bem como capacidades motoras e cognitivas básicas.
Na segunda infância, que se inicia por volta dos três anos, o indivíduo
tende a ter um maior desenvolvimento do corpo e aspectos motores. É
caracterizada pelo início de uma fase mais eficiente do cérebro em que a criança
começa a formular raciocínios lógicos e abstratos, ainda sem muita ordenação.
Elementos das fases anteriores como o cuidado materno, atenção e
outras formas de estimulação sensorial, irão se refletir nesta fase com um
aceleramento do desenvolvimento e fortalecimento sináptico, promovendo
aceleramento do desenvolvimento cognitivo, equilíbrio emocional e a capacidade
de responder positivamente às novas experiências.
Com aproximadamente cinco anos sob cuidados adequados, temos um
amadurecimento suficiente para capacitar o indivíduo para a educação formal,
tirando máximo proveito dessa ferramenta. No entanto, quanto antes a criança
for exposto à educação, melhor será o seu desempenho.
Por outro lado, se proporcionamos um ambiente que não promove os
elementos necessários a um ambiente saudável, teremos também
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consequências que afetarão o desenvolvimento dela. Entre os exemplos de
ambientes não benéficos ao desenvolvimento humano nos primeiros anos de
vida, temos os lares violentos, ambientes afetados por familiares corrompidos
pelo consumo excessivo de álcool e drogas, que podem incluir ou não
intimidações, manipulações e agressões físicas ou psicológicas.
Tais ambientes influenciam os padrões e associações realizadas ao longo
do desenvolvimento cognitivo da criança, podendo constituir-se em traumas
arraigados e difíceis de trabalhar, especialmente porque, estando a criança em
desenvolvimento, pode ainda não ser capaz de expressar tais traumas de modo
a poderem ser direcionados e trabalhados por profissionais qualificados. Nesses
casos, os sinais socioambientais são de relevância crucial para um diagnóstico
adequado, bem como para o tratamento ou direcionamento neuropsicopedagó-
gico. Para além desse exemplo mais radical temos ainda outros casos que
afetam a saúde e desenvolvimento da criança, entre eles: a Síndrome Alcoólica
Fetal, que causará danos diretamente ao desenvolvimento do feto, da mesma
forma que pode causar a pessoas adultas; gestantes que apresentam casos de
subnutrição, casos nos quais o feto não terá abundancia dos elementos
nutricionais necessários para seu desenvolvimento; e anemia, que produz
efeitos profundos nas funções motoras e cognitivas.
Saiba Mais
A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) é o transtorno mais grave
do espectro de desordens fetais alcoólicas (fetal alcohol
spectrum disorders – FASD) e constitui um complexo quadro
clínico de manifestações diversas, que podem ocorrer em
quem cuja mãe consumiu bebida alcoólica durante a
gestação. Os efeitos decorrem da interferência na formação
cerebral, em especial na proliferação normal e migração dos
neurônios que não se desenvolvem completamente em
certas estruturas e podem acarretar alterações congênitas,
anomalias do sistema nervoso central, retardo no
crescimento e prejuízos no desenvolvimento cognitivo e
comportamental.
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1.4 A terceira infância e a escolarização
1.5 Adolescência
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A palavra “adolescente” vem do latim adolescere, significando “crescer”.
Entende-se a aplicação do termo ao indivíduo humano que está em processo de
tornar-se adulto (crescido).
Além da maturidade reprodutiva, que pode criar novas preocupações no
ambiente educacional, acontece ainda a exploração acelerada do mundo que
cerca esses adolescentes, bem como um interesse renovado pela exploração,
investigação e experimentação. Essa fase pode ser muito bem direcionada para
a investigação de temas relevantes no contexto dos estudos, mas pode ser
também uma fase de desvios para o uso de drogas e transtornos alimentares.
A autodescoberta desses adolescentes como indivíduos autônomos, cria
dificuldades para o ambiente familiar e escolar. Culturalmente, algumas famílias
tendem a esperar das escolas uma educação que ofereça soluções para o
comportamento desses indivíduos, enquanto outras trabalharão estas questões
em casa, entendendo que a função da escola é mais instrutiva do que corretiva.
Ainda em termos cognitivos, a capacidade de abstração atinge seu
potencial típico e desenvolve-se em capacidade de utilizar o raciocínio científico,
o que em conjunto com o interesse de adolescentes pela experimentação e
descoberta, pode ser muito bem direcionado para projetos e temas de interesse.
Mas, mesmo com um direcionamento adequado a temas de interesse, o
pensamento ainda pode manifestar-se imaturo e sujeito a insegurança,
refletindo-se em comportamentos, atitudes e juízos.
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Inicia-se com um período exploratório, no qual somos expostos aos novos
níveis de educação, com cursos técnicos, faculdades e universidades, com o
ingresso no mercado de trabalho, ou seu desenvolvimento, considerando que
muitos indivíduos procuram ingressar no mercado antes dessa fase,
antecipando-se as demandas da vida adulta.
Uma vez que os juízos morais e a qualidade dos pensamentos são
influenciados pela educação, genética e desenvolvimento individual, esses se
tornarão mais complexos, com maior capacidade de direcionar as decisões
desses indivíduos, sem a necessidade de supervisão das ações baseadas
nesses juízos. O que, supondo um desenvolvimento típico, dispensa a existência
de tutores.
Em termos psicológicos, no início da vida adulta, os traços de
personalidade manifestam-se de modo mais marcante, evidente e estável.
Muitas famílias são constituídas nesta fase, porque os indivíduos estão mais
propensos a tomarem decisões em relação a sua intimidade, dado o nível de
autonomia que se espera atingir nessa fase.
Apesar disto, a adolescência pode prolongar-se e misturar-se a aspectos
da vida adulta. Isto acontece porque os critérios para definir o fim da
adolescência não são claros e em sua maioria, são circunstanciais e relativos a
casos específicos, como o primeiro trabalho, a constituição da família ou o
ingresso na faculdade. Nenhum desses elementos pode ser considerado
universal para que se estabeleça um critério objetivo para definir em que
momento termina a adolescência e começa a vida adulta.
A vida adulta intermediária por outro lado, é mais específica. Começando
por volta dos quarenta anos, é caracterizada especialmente por mudanças
significativas nas condições físicas, especialmente em termos de vigor e saúde.
Não obstante, diferentes pessoas podem apresentar grandes variações em
relação a esta fase, especialmente entre homens e mulheres. Enquanto as
mulheres entram na menopausa, os homens sentem menos efeitos de
mudanças hormonais, mas podem sofrer grandes declínios com a andropausa.
Em termos cognitivos, a criatividade pode sofrer declínio quantitativo, mas
com ampliação qualitativa, pois nessa fase atinge-se o auge das capacidades
mentais, especialmente em termos de solução de problemas práticos.
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Em termos socioculturais, a maior parte da nossa sociedade irá lidar com
o crescimento dos filhos e o envelhecimento dos pais, enquanto em termos
profissionais, podem experimentar o sucesso ou o esgotamento da carreira.
A vida adulta tardia inicia-se por volta dos sessenta e cinco anos. Nesta
fase, embora exista um declínio em termos de saúde e capacidade física, a
maioria das pessoas ainda está ativa e relativamente saudável.
Em termos fisiológicos, o tempo de reação mais lento afeta os movimentos
funcionais cotidianos, mas ainda não afeta a capacidade cognitiva para a maioria
das pessoas que entram nessa fase.
Exceto nos casos de desenvolvimento de patologias específicas, a
inteligência e memória declinam levemente, mas são compensados por outros
mecanismos. Atualmente, com o aumento da expectativa de vida e saúde,
mesmo nessa fase, muitos indivíduos continuam a agir em suas vidas como se
estivessem ainda na vida adulta intermediária, o que chama atenção para a
possibilidade de revisão futura dessa fase.
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Resumo da Aula
Atividade de Aprendizagem
O desenvolvimento humano possui três aspectos: o fisiológico,
psicológico e cultural. Discorra sobre cada um deles.
Apresentação da aula
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Saiba Mais
Frenologia de Gall: Desenvolvida pelo médico alemão Franz
Gall, foi muito popular no século XIX. Atualmente,
desacreditada em aplicações práticas como uma pseudo-
ciência, a frenologia recebe crédito histórico por ser uma
protociência, uma vez que contribuiu para a neurociência do
século XX com as ideias de que:
1. O cérebro é o órgão da mente.
2. Áreas específicas do cérebro se relacionam com funções
da mente e comportamento humano.
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Saiba Mais
Alexander Romanovich Luria, um dos mais influentes
psicólogos do século XX, é conhecimento como o pioneiro
na coleta de dados para a compreensão do processo de
desenvolvimento da linguagem e pensamento, limitações
cognitivas e na organização de processos mentais de alta
complexidade. Influenciou ainda os estudos sobre como as
diferenças culturais influenciam o pensamento.
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que vivenciamos e nosso relacionamento interpessoal. Somos afetados pela
maneira como nos relacionamos com o ambiente e a cultura local, através da 2ª
unidade funcional. As informações obtidas por esta unidade são processadas e
armazenadas na forma de memórias e padrões comportamentais considerados
adequados naquele ambiente.
Por sua vez, a 3ª unidade funcional é responsável por realizar o processo
reflexivo sobre os conteúdos armazenados, assim, especialmente no caso de
comportamentos, verifica-se a sua adequação e efetividade no ambiente em que
se vive, decidindo pela continuidade ou não de tais comportamentos.
Para realizar tais atividades, essas unidades funcionais são compostas
por conjuntos de áreas corticais. Os conjuntos de partes do córtex (áreas
corticais) constituem as unidades funcionais, atuando em conjunto naquela
prioridade que é função de cada área. As unidades funcionais por sua vez
constituem entre si um grande sistema, responsável pela aprendizagem
humana. Como consequência disto, a aprendizagem será o fruto do
desenvolvimento dessas unidades funcionais ao longo da vida.
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Dentro de cada unidade funcional, as áreas corticais possuem uma
hierarquia, baseada em sua relação com a informação:
1. Áreas primárias: São responsáveis pela projeção, recebem os
impulsos da periferia do sistema nervoso e também respondem a
essa periferia. Desta forma temos um relacionamento direto com
os estímulos externos e com o mundo exterior de modo geral.
2. Áreas secundárias: Realizam a relação projeção-associação, é
onde as informações são programadas ou processadas.
3. Áreas terciárias: São responsáveis pela sobreposição, também
chamadas de funções integrativas.
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A metacognição é um processo reflexivo que tem como função o
monitoramento dos comportamentos, verificando sua adequação e eficiência
quando comparados às exigências e demandas do mundo no qual vivemos.
Para Refletir
A civilização humana é composta de diferentes culturas.
Como essas diferenças influenciam na formação da visão de
mundo de cada pessoa?
Esse monitoramento pode ser realizado não apenas pela própria pessoa,
mas através de mapas conceituais podem ser acessados por profissionais
interessados em estimular o desenvolvimento humano, especialmente em
crianças, que ainda estão em desenvolvimento quanto a sua capacidade crítica
e compreensão dos próprios processos cognitivos.
Um importante aspecto social do desenvolvimento humano, em termos de
metacognição, será o quanto estímulo em direção à aprendizagem e
aperfeiçoamento será oferecido às crianças, desde o útero até a primeira
infância.
Naturalmente esse processo continua por toda a vida, em períodos de
desenvolvimento mais acelerado e menos acelerado, mas na primeira infância o
processo é mais evidente. Nesta fase desenvolve-se o pensamento crítico
básico, a capacidade de desenvolver ideias antes de realizar as ações,
estabelecer um mapeamento de consequências de suas ações, compreendendo
o funcionamento da causalidade, e compreender o papel da aprendizagem.
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3. Reação a uma lesão. Tentativa de reorganização do sistema
nervoso central e periférico.
Pesquise
Conceitos que aparecem sempre conectados a ideia de
neuroplasticidade são o Sistema Nervoso Central e o
Sistema Nervoso Periférico. Não precisamos saber tudo
sobre eles para aplicar o conceito de neuroplasticidade, mas
você encontrará boas informações ao pesquisar e
aprofundar-se nestes temas.
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Em comparação com o cérebro de um idoso “normal” (Painel A), os
sulcos mais largos e as cristas mais estreitas dos cérebros nos painéis B e C
refletem o encolhimento do tecido cerebral visto na doença de Alzheimer e no
alcoolismo.
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que vem de situações de risco, oriundas de ambientes que não estimulam
positivamente os aspectos psicológicos do desenvolvimento humano.
Assim, não apenas as crianças com alguma deficiência ou limitação
cognitiva apresentarão dificuldades de aprendizagem, mas também todas
aquelas que não se adequarem aos ritmos que tentarmos impor para sua
educação.
Se entender essas crianças em sua individualidade, respeitando seu ritmo
e características individuais, conhecendo seus contextos e buscando
alternativas para sua integração e desenvolvimento, elas surpreenderão com os
resultados.
O conceito de neuroplasticidade permitiu grandes avanços em relação à
compreensão do funcionamento dos neurônios e do sistema nervoso como um
todo, mas especialmente contribuiu para grandes avanços na reabilitação de
pacientes e na habilitação de crianças com disfunções, déficits e transtornos.
Sabe-se que é possível reabilitar pacientes com lesões encefálicas e educar
crianças em condições que anteriormente poderiam ser ignoradas, trazendo
esperança para esses indivíduos e progresso para nossa civilização. A
compreender que a possibilidade de recuperação ou habilitação/desenvol-
vimento existe, podemos testar e estudar técnicas mais eficientes de promovê-
la, realizando um trabalho mais eficaz com esses pacientes ou educandos.
Resumo da Aula
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Atividade de Aprendizagem
O cérebro humano é o órgão mais complexo do corpo,
constituindo-se no principal elemento do desenvolvimento
humano quanto ao aspecto fisiológico. Oferece influência
sobre a linguagem, funções motoras, memória, atenção e
diversos outros aspectos relevantes para a educação. Com
base nos estudos e levando em conta o conceito de
neuroplasticidade, descreva como a formação e desenvol-
vimento do cérebro influencia os outros aspectos do
desenvolvimento humano, psicológico e sociocultural, tanto
direta quanto indiretamente.
Apresentação da aula
Fonte: http://pbcamp.com.br/dificuldades-de-aprendizagem/
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distúrbio ou uma dificuldade de aprendizagem e de qual tipo seria esse distúrbio
ou dificuldade.
O termo “dificuldade de aprendizagem" é o termo amplo que engloba
dificuldades relacionadas ao aluno que aprende, mas também ao ambiente físico
no qual o aprendizado acontece ao método de ensino utilizado, ao professor,
conteúdos específicos, contexto escolar e cultural. Ou seja, problemas que
afetam o indivíduo, mas tem origem mais ligada a aspectos psicopedagógicos e
socioculturais.
Os distúrbios ou disfunções, por outro lado, estão relacionados a um
grupo de dificuldades pontuais e específicas. Essas dificuldades são
caracterizadas pela existência de uma disfunção neurológica, ou
comprometimento neurológico, em funções corticais específicas.
Naturalmente, o distúrbio irá se refletir em uma dificuldade de
aprendizagem, mas não se confunde com ela. Enquanto uma dificuldade de
aprendizagem pode ter sua causa em um distúrbio ou em outros fatores,
podendo inclusive ter múltiplas causas, os distúrbios são mais específicos.
Segundo Lefèvre (1975), os distúrbios de aprendizagem seriam
adequadamente definidos como:
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apreensão de conteúdos. Uma dificuldade que ao menos teoricamente poderia
ser revertida.
De modo geral, não limitado a crianças, como é o caso de Lefèvre (1975),
as disfunções cognitivas podem ser de seis tipos principais:
1) Distúrbios da memória, como Korsakoff, Alzheimer, demência
vascular.
2) Disfunções executivas, como comportamentos desorganizados
ou fora dos padrões.
3) Distúrbios visoespaciais, aqueles que afetam a escrita e a
locomoção.
4) Afasias.
5) Agnosia, a incapacidade de reconhecer objetos ou sons.
6) Aprazia, incapacidade de obedecer comandos motores.
As dificuldades de aprendizagem, por outro lado e como destacado
anteriormente, podem ter uma gama de origens mais diversificada, entre elas
destacam-se as seguintes causas possíveis:
1. Déficits sensoriais ou físicos.
2. Fatores cognitivos/intelectuais.
3. Fatores afetivo-emocionais.
4. Inadequação de currículos, programas de aprendizagem, métodos
de avaliação, sistemas de ensino e até mesmo o relacionamento
professor/aluno.
5. Desenvolvimento da linguagem.
6. Diferenças culturais.
7. Fatores ambientais como a nutrição e a saúde.
8. Dislexia.
9. Deficiências não verbais.
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experimenta no ambiente escolar, familiar e sociedade, envolve o estado da sua
saúde, especialmente a nutrição atual e a nutrição pré-natal e nos primeiros
anos, possíveis diferenças entre a cultura no ambiente escolar e no seio familiar,
entre outros elementos.
Se olharmos apenas para a dificuldade específica, não seremos capazes
de compreender a sua origem ou as formas de trabalhar com esta criança, mas
ao individualizarmos a análise e considerar o contexto no qual o indivíduo está
inserido, seremos capazes de visualizar as razões e possíveis soluções para as
dificuldades. As nove dificuldades de aprendizagem, elencadas na sessão
anterior, funcionam em um encadeamento e dificilmente temos apenas uma
causa isolada das outras, o que acontece é mais um acúmulo de causas que se
manifestam individualmente.
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estudantes disléxicos desenvolvem-se em igual ou até melhor medida que outros
estudantes, dependendo de suas capacidades individuais.
Em termos fisiológicos, ainda busca-se compreender todos os fatores que
formam a mente disléxica, mas sabe-se que fatores genéticos e da forma como
se desenvolveu a neuroplasticidade influenciam, uma vez que trata-se de uma
variação na estrutura típica de funcionamento cognitivo.
Em especial, a neuroplasticidade influencia nas dificuldades de
aprendizagem não apenas no desenvolvimento, mas também na habilitação dos
estudantes. Uma vez que o cérebro está aberto a alterações e mudanças para
comportar novos padrões, conhecimento e memória, com o estímulo adequado
é possível influenciar positivamente para adaptar-se ao aprendizado e
desenvolver novas conexões que permitam a superação da dificuldade.
Apesar do nome clássico, transtorno da leitura, a dislexia se manifesta de
modo muito mais amplo do que apenas na leitura. As dificuldades específicas se
manifestarão a leitura, cálculos matemáticos, linguagem corporal, soletração,
escrita, linguagem expressiva e receptiva, bem como na interação social com os
colegas. Dessa forma, o aspecto psicológico é mais evidente como
consequência do que como causa, uma vez que a dificuldade de interação e as
dificuldades específicas nas disciplinas podem afetar a autoestima do estudante
causando-lhe um isolamento em relação aos colegas.
Por outro lado, indivíduos disléxicos tendem a ser mais introvertidos, o
que muitas vezes é confundido com uma situação de isolamento, quando na
verdade o indivíduo apenas tem propensão por afastar-se de algumas
atividades.
O equilíbrio entre o estímulo à integração social e o respeito aos aspectos
individuais, é crucial para evitar uma rejeição à comunidade, o que prejudicaria
a interação durante o aprendizado e a progressão nos conteúdos.
Para além das dificuldades típicas da dislexia, uma abordagem
inadequada pode criar ainda mais dificuldades para o estudante, neste aspecto
destaca-se a inadequação de currículos, programas de aprendizagem, métodos
de avaliação, sistemas de ensino e até mesmo o relacionamento
professor/aluno.
31
Para Refletir
Pode-se estar de posse de ótimos currículos e estratégias
exemplares para trabalhar com uma criança com dislexia,
mas levando em consideração que o cérebro, fundamental
para o processo de aprendizagem, é uma das estruturas do
corpo que mais requer energia para funcionar, será que
essas estratégias funcionarão com uma criança com grave
quadro de desnutrição?
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Entre as condições que podem influenciar nessas dificuldades estão o
acesso a livros, diferenças de valores, crenças, costumes, o nível intelectual e
educacional da família, a exposição precoce à educação entre outros fatores.
Quando uma criança que não teve acesso a tais elementos é incluída em uma
classe com outras crianças que tiveram acesso a esses elementos, naturalmente
ela manifestará um atraso em relação aos colegas.
Este atraso não identifica um distúrbio de ordem neuropsicopatológica
com relação à linguagem, mas apenas a inexistência de experiência prévia que
fundamente a experiência atual.
Embora exista uma diferença conceitual e fisiológica importante entre
dificuldades e distúrbios, ambos os tipos de condições geralmente somam-se
para criar complexas situações que exigem atenção individual e autocrítica dos
envolvidos no ambiente educacional, considerando que os três aspectos que
influenciam o desenvolvimento humano, fisiológico, sociocultural e psicológico,
nunca funcionam isoladamente. Dessa forma, é crucial considerar a
neuroplasticidade, o desenvolvimento da criança na primeira infância, possíveis
traumas e estímulos, seu contexto e o modelo educacional utilizado de forma
integrada para o bom direcionamento e identificação das dificuldades de
aprendizagem.
Resumo da Aula
33
Atividade de Aprendizagem
A confusão entre distúrbios e dificuldades de aprendizagem
tem sido um grande problema na identificação das limitações
e direcionamento adequado de estudantes. Com base nos
estudos, descreva como podemos distinguir dificuldades de
distúrbios e como esta distinção se manifesta no ambiente
escolar.
Apresentação da aula
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atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano.
(BRASIL, Decreto 3.298/99)
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“pseudoatividades produtivas” em sua fase adulta. Associa-se ao nível
moderado e parcialmente ao severo, raramente ao leve.
Dependentes: Comprometimento neurológico grave, impossibilitando
sua participação em atividades de trabalho e educacionais. Tais indivíduos
dependem de auxílio para as atividades mais fundamentais, como a
alimentação. Associa-se ao nível profundo e eventualmente ao severo.
37
adaptação dos métodos. A execução das atividades propostas ou que se espera
sejam apreendidas, pode variar ou mesmo ser impossibilitada por deficiências
físicas, motoras ou sensoriais.
Para Refletir
Como pode-se adaptar o ensino das cores para estudantes
com deficiência visual parcial?
Saiba Mais
No texto Diferentes Deficiências e seus Conceitos, são
explorados diversos tipos de deficiências, transtornos e
disfunções.
Disponível em:
http://www.ppd.mppr.mp.br/modules/conteudo/conteudo.ph
p?conteudo=17
38
4.3 Transtornos globais do desenvolvimento (TGD)
39
podem manifestar-se de modo claro também no aspecto psicológico, com
acessos de agressividade ou impulsividade, mas também de interesse e até
aproximação com outras pessoas, em casos menos comuns.
Em muitos casos um dos três estilos de aprendizagem torna-se
dominante, podendo levar a criança a manifestar seu interesse de maneira
diferente da maneira típica, por exemplo, pela observação de objetos sem
interesse no toque ou pela fixação de atenção em uma única atividade repetitiva.
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4.5 Realismo acerca das contribuições possíveis da neurociência
Para Refletir
No início do século XXI surgiu a ideia do fator Mozart, a
alegação de que estudos de neurociência foram capazes de
comprovar que ouvir Mozart desenvolvia a capacidade
sináptica das crianças, fazendo com que seus cérebros
funcionassem melhor. Isto é um mito, os estudos nunca
foram conclusivos sobre Mozart e, pelo contrário, apontam
que todos os estímulos culturais favorecem a sofisticação
sináptica.
O que pode-se concluir disso?
41
4.6 Premissas da neurociência para a educação
Vocabulario
Sinaptogênese é o processo de formação de sinapses entre
os neurônios dos sistema nervoso central. Embora ele
ocorra durante o decorrer da vida de um ser humano
saudável, há esmagadora maioria do processo de
sinaptogênese ocorre no início do desenvolvimento do
sistema nervoso, ainda intra-útero, e também no início da
vida, quando a criança está aprendendo a se relacionar com
o mundo exterior.
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sem que esse desafio seja percebido como um obstáculo pelo estudante,
desenvolvendo assim a capacidade de estabelecimento de critérios, que
poderão ser utilizados de maneiras variadas, realizando reversibilidade.
Alinhamento da atenção com uma memória estimulada e um ambiente
menos propenso a distrações, é a melhor maneira de controlar o potencial de
aprendizagem geral, associado ao desenvolvimento humano, seja em crianças
com desenvolvimento típico ou naquelas com dificuldades de aprendizagem.
Incerteza e falta de controle levam o cérebro a exaustão.
A partir das premissas oferecidas pela neurociência e de uma melhor
compreensão da distinção entre distúrbios e deficiências, observa-se como
ambos influenciam nas dificuldades de aprendizagem, e a partir disso, podem-
se desenvolver alguns parâmetros, que permitirão promover adaptações e
modos de acesso aos alunos com dificuldades de aprendizagem, e melhor
identificando não apenas os distúrbios, deficiências e dificuldades, mas também
oferecendo modos de aperfeiçoamento para estes indivíduos, com base em
critérios objetivos e bem fundamentados.
Resumo da Aula
43
Atividade de Aprendizagem
Distúrbios (disfunções) relacionam-se a um grupo de
dificuldades individuais pontuais e específicas, podendo
aparecer em diversos períodos da vida. Essas dificuldades
são caracterizadas pela existência de uma disfunção
neurológica, de caráter leve a moderado, que não incapacita
o aprendizado. As deficiências mentais, por outro lado,
caracterizam-se pelo funcionamento intelectual signi-
ficativamente abaixo da média, havendo limitação na
capacidade de aprendizado e inteligência. Com limitações em
duas ou mais áreas das atividades humanas, manifestando-
se antes dos dezoito anos. Com base nos estudos e nesta
distinção, descreva como os aspectos nos quais os distúrbios
se assemelham as deficiências e os aspectos nos quais se
distinguem, enfatizando a forma como isto aparece no
ambiente escolar.
Resumo da disciplina
44
Referências
PAULA, Ercília Maria Angeli Teixeira de: Mendonça, Fernando Wolff. Psicologia
do Desenvolvimento. 3. Ed. – Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.
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