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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
ESTÁGIO COMPLEMENTAR EM NUTRIÇÃO

ELABORAÇÃO DE SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS ORAIS


ARTESANAIS SEMELHANTES À INDUSTRIALIZADAS

Nome: Caroline O’hana de Araújo Nascimento


Matrícula: 12/0009315
Professora Supervisora: Raquel Braz Assunção Botelho

BRASÍLIA – DF
2016
INTRODUÇÃO

Os suplementos nutricionais orais (SNO) são alimentos que podem ser


acrescentados às refeições dos indivíduos visando atingir os requerimentos dietéticos
diários em situações de difícil manejo alimentar convencional para prevenir ou
recuperar quadros de desnutrição (ROMALDINI & SOUZA, 2012).

A suplementação oral é o método mais simples, natural e menos agressivo para o


aumento do aporte nutricional. Dentre os diversos benefícios da suplementação oral
estão o aumento do apetite e ganho de peso, diminuição da toxicidade gastrointestinal e
melhora da capacidade funcional dos pacientes. Além disso, constatou-se que o uso de
suplementos orais também resulta em melhora da resposta imunológica e aumento da
ingestão de proteína e energia (SCHUEREN, 2005; OLIVEIRA 2007)

Os SNO podem ser divididos em dois grupos distintos: os industrializados, com


composição quimicamente definidas, e os artesanais, obtidos da modulação de
ingredientes dietéticos (ALVES et al., 2010).

Existem muitos tipos de suplementos industrializados disponíveis no mercado e


a utilização desses é altamente difundida no meio clínico devido as suas vantagens
como ao fácil preparo, baixo risco de contaminação e adequada composição nutricional.
No entanto, esses produtos possuem um alto custo, não sendo então, uma realidade
sustentável para as populações menos favorecidas e até mesmo para as instituições de
tratamento. Nesse caso, os suplementos artesanais são opções mais viáveis e de maior
aplicação para as populações de menor renda (OLIVEIRA, 2007; ALVES et al, 2010)

Dentre os diversos fatores que podem influenciar na aceitação da suplementação


oral, estão o sentido emocional atribuído a alimentação e a perda de autonomia na
escolha alimentar, gerando sentimentos de depressão nos pacientes (BARBOSA &
FREITAS, 2005). Além disso, o desconforto gerado pela monotonia de sabor desses
suplementos também pode levar a uma baixa aceitação (OLIVEIRA, 2013).

Verifica-se a necessidade de mais estudos na área de suplementação nutricional


por via oral, com a elaboração de estratégias que tanto atendam as necessidades
nutricionais dos pacientes, como favoreçam a aceitação por parte dos mesmos. Sendo
assim, o objetivo desse trabalho foi a elaboração de suplementos orais artesanais
semelhantes em composição nutricional e volume aos suplementos industrializados,
utilizando ingredientes encontrados em supermercados.

METODOLOGIA

Esse estudo faz parte de um projeto do Programa de Nutrição Enteral Domiciliar


da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (PTNED/SES/DF) que trabalha
com o fornecimento de fórmulas para fins especiais para uso em domicílio.

Foram elaboradas cinco fórmulas para os suplementos orais artesanais, sendo


uma para cada um dos descritivos dispostos no anexo, tendo como base ingredientes
alimentares que podem ser facilmente encontrados em supermercados (frutas, leite em
pó, açúcar, óleo, entre outros).

Os valores nutricionais das formulações foram calculados utilizando-se o


programa CalcNut (COSTA , 2011). Esses valores foram comparados aos valores
nutricionais médios dos produtos industrializados dos cinco descritivos.

Além do valor nutricional, também foram comparados os custos dos produtos


artesanais com relação aos industrializados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ingredientes das formulações

As formulações foram elaboradas com o intuito de compor suplementos com


sabor e consistência agradáveis e com quantidades equilibradas de macronutrientes e
também com uma boa oferta de micronutrientes, utilizando ingredientes dietéticos.
A tabela 1 apresenta os ingredientes utilizados em cada uma das formulações
dos descritivos.
Tabela 1. Ingredientes e suas quantidades presentes nos suplementos artesanais
Item Ingredientes Quantidades (g/ml)
1 Extrato de soja em pó 40
Banana nanica 100
Maçã 60
Açúcar 15
Óleo de soja 10
Água 150
Leite em pó desnatado 40
Farinha de linhaça 20
2 Canela em pó 1
Banana nanica 100
Água 200
Leite em pó integral 40
Iogurte natural 170
3 Manga 150
Açúcar 10
Água 50
Leite em pó desnatado 80
Aveia em flocos 10
Abacate 120
4
Mel 15
Óleo de soja 8
Água 150
Leite em pó integral 40
Extrato de soja em pó 40
Banana nanica 100
5
Açúcar 9
Canela em pó 1
Água 200

A formula do item 1, destinada a crianças a partir de um ano de idade


desnutridas ou com necessidades nutricionais aumentadas, precisava ser isenta em
lactose e, para tanto, foi utilizado o extrato de soja em pó, que é o principal substituto
para o leite de vaca conhecido, devido ao seu alto valor nutritivo, custo relativamente
baixo e por ser de fácil obtenção. No entanto, a utilização do extrato de soja pode gerar
baixa aceitação do produto pois, apesar do seu alto valor nutritivo, há restrições em
ralação ao sabor e aroma desagradáveis desenvolvidos durante o seu processo
tradicional de sua elaboração (FELBERG et al, 2004). Podem ser utilizados outros
extratos vegetais, como o de amêndoas, aveia, arroz etc., que industrializados possuem
um custo um pouco mais elevados que o da soja, porém podem ser feitos em casa a um
preço mais baixo.
A maçã e a banana estão entre as frutas mais consumidas pela população
brasileira e entre as preferidas por crianças. Além disso, podem ser facilmente
encontradas durante todo o ano em supermercados, sem variações muito altas do preço.
Outra fruta que poderia ser utilizada junto com a banana, seria o mamão, que também se
encontra entre as frutas preferidas por crianças e tem custo relativamente baixo (PRADI
& RODRIGUES, 2006).

O suplemento do item 1 deveria ser acrescido de sacarose, sendo assim, foi


utilizado o açúcar cristal que, junto com o óleo de soja confere maior densidade
energética ao produto. A utilização do óleo de soja também se deu, por ser o mais
comum e mais barato encontrado nos supermercados, custando cerca de R$ 3,00 a
menos que os demais óleos vegetais, além de ter benefícios como o alto conteúdo de
ácidos graxos essenciais (SILVA & GIOIELLI, 2006).

O Item 2 destina-se a pacientes diabéticos, necessitava ser isento em sacarose e


glúten e, acrescido em fibras. Levou leite em pó desnatado para lhe conferir um teor
proteico adequado, sem elevar tanto a sua densidade energética que deve ser entre 0,9 a
1 kcal/ml.

A farinha de linhaça foi utilizada por possuir três componentes com ações
farmacológicas importantes como o ácido graxo ômega 3, fibras solúveis e lignanas, os
quais vem sendo avaliados em pesquisas relacionadas ao diabetes e outras doenças, com
resultados positivos quanto ao efeito benéfico da semente (CARRARA et al. 2009).

O terceiro suplemento é destinado a adolescentes ou adultos desnutridos ou com


necessidades nutricionais aumentadas, deveria ter o teor proteico entre 14 e 20% do
valor energético total (VET). Para isso combinou-se o leite em pó e o iogurte natural,
buscando fornecer proteína de alta qualidade, além de um sabor mais agradável a
preparação. O iogurte, além de conter proteínas de maior digestibilidade e ter reduzido
teor de lactose, também ajuda a restabelecer a microbiota intestinal pela ação de alguns
micro-organismos que possuem propriedades probióticas (VALSECHI, 2001; ARAUJO
et al, 2011).

A manga foi utilizada nesse suplemento por ter componentes importantes como
carotenoides, minerais, ácido ascórbico e fibras e também por suas qualidades sensoriais
que permitem que ela seja utilizada em várias preparações (MACIEL, 2005). Além
disso, o cultivo da mangueira (Mangifera indica L.), principalmente no Vale do São
Francisco, permite a produção dessa fruta, com excelente qualidade, em qualquer época
do ano (ROZANE et al, 2004). Podem ser utilizadas outras frutas, como maracujá ou
morango que também proporcionam sabor muito agradáveis. Outra alternativa é a
utilização da polpa dessas frutas, encontradas facilmente nos supermercados, porém, o
valor calórico por 100 de polpa congelada é menor do que na fruta in natura (BRASIL,
2011).

Para o item 4, que necessita ter de 2 a 2,5 kcal/ml, é necessária a utilização de


alimentos naturalmente hipercalóricos, como é o caso do abacate que por 100 g, oferta
cerca de 120 kcal. Uma alternativa, seria a utilização da polpa de açaí que possui cerca
de 160 kcal por 100 g (IBGE, 2011).

Optou-se por utilizar leite em pó desnatado associado ao óleo de soja, para


proporcionar um equilíbrio entre os macronutrientes, uma vez que utilizando somente o
leite integral em pó, a quantidade de lipídeos chegava a mais de 50% do VET da
preparação.

O mel, que foi utilizado na preparação por ser uma opção um pouco mais
saudável, pode ser substituído por açúcar que aumenta ligeiramente a densidade
energética para 2,1 kcal/ml.

No quinto e último item, para alcançar o teor proteico de 20% do VET, foi
necessária a combinação de leite em pó integral e extrato de soja em pó. Além disso, o
extrato de soja pode oferecer quantidade razoável de arginina, que auxilia na
cicatrização de feridas de pacientes com úlcera de decúbito e epidermólise bolhosa, para
os quais é destinado o produto no descritivo (SANTOS, GROFF & ASSAD, 2010;
BOTTONI et al; 2011).

Outros alimentos fontes de arginina podem ser utilizados na preparação, como a


castanha-do-Pará (ROTENBERG & IACHAN, 2010), causando porém, uma
considerável elevação do custo do produto.
Valor Nutricional dos suplementos orais artesanais
O valor nutricional dos suplementos orais foi comparado em termos de
macronutrientes e densidade energética com a media dos valores nutricionais dos
produtos industrializados disponíveis no mercado de cada um dos cinco grupos, Essa
comparação está disposta na tabela 2, a seguir.

Tabela 2. Comparação dos valores nutricionais dos suplementos nutricionais orais


Suplemento
Suplemento
Item Nutriente industrializado
artesanal
(média)
Densidade
energética 1,5 1,5
(kcal/ml)
1
Proteína (%) 13 9,8
Carboidrato (%) 56 49,9
Lipídeo (%) 31 40,5
Densidade
energética 1 1
(kcal/ml)
2
Proteína (%) 21 18,6
Carboidrato (%) 56 44
Lipídeo (%) 23 37
Densidade
energética 1,3 1,5
(kcal/ml)
3
Proteína (%) 15 15
Carboidrato (%) 56 52
Lipídeo (%) 32 33
Densidade
energética 2 2,1
4 (kcal/ml)
Proteína (%) 20 18
Carboidrato (%) 48 45
Lipídeo (%) 32 38
Densidade
energética 1,4 1,1
(kcal/ml)
5
Proteína (%) 20 27
Carboidrato (%) 51 49
Lipídeo (%) 29 24

Nota-se que foi possível alcançar densidades energéticas iguais ou muito


próximas, porém, é preciso ressaltar a diferença de volume entre eles, uma vez que os
suplementos industrializados apresentam-se geralmente em embalagens de 200 ml,
enquanto os suplementos artesanais renderam entre 300 e 350 ml, podendo gerar a não
aceitação total do conteúdo do suplemento.
A distribuição dos macronutrientes também foi satisfatória nos suplementos
artesanais comparados aos industrializados, com exceção do item 5, onde o teor proteico
no produto industrializado foi bem superior ao artesanal.
O estudo realizado por Alves et al. (2010), constatou que uma das desvantagens
do produto artesanal com relação ao industrializado se relaciona com a quantidade de
micronutrientes, onde as vitaminas C e K, ácido fólico, biotina, cobre, manganês,
magnésio e ferro estão em menor quantidade no suplemento artesanal, com menos de
25% dos valores encontrados no industrializado.

Custo dos suplementos orais artesanais


Na tabela 3 podem ser vistas as comparações entre os preços dos suplementos
artesanais desenvolvidos nesse trabalho com o custo médio dos suplementos
industrializados.

Tabela 3. Comparação dos custos dos suplementos artesanais e industrializados


Item Custo do suplemento artesanal Custo do suplemento industrializado
(R$) (R$)
1 3,33 16,27
2 2,03 13,52
3 2,90 12,62
4 3,80 19,43
5 4,08 18,87

Assim como foi verificado em outros estudos, os suplementos artesanais desse


trabalho apresentou custo até cinco vezes menor do que os suplementos
industrializados, conferindo a maior vantagem das formulações elaboradas nesse
trabalho.

CONCLUSÃO

De acordo com os resultados obtidos nesse trabalho, é possível alcançar nos


suplementos artesanais valores nutricionais semelhantes aos industrializados, pelo
menos no que diz respeito aos macronutrientes e energia, tornando- os uma alternativa
viável em situações onde há insuficiência de recursos para obtenção de produtos
industrializados.
Além do custo, outra vantagem conferida aos suplementos artesanais é a
possibilidade de maior variação do sabor, o que pode contribuir nos casos de baixa
aceitação.
Ainda são necessárias realizações de testes sensoriais, para avaliar a aceitação
dos suplementos desenvolvidos. Também devem ser realizadas avaliações quanto à real
ingestão desses alimentos e o seu impacto na recuperação do estado nutricional de
pacientes que a recebem.
Cabe ressaltar que elaborações de estratégias como essa devem ser adotadas por
nutricionistas, sobretudo, em situações onde a escassez de recursos financeiros impede o
uso dos suplementos nutricionais industrializados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ARAUJO, W. M.C. et. al. Alquimia dos alimentos. Brasília: Editora Senac, 2011.
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por sondas obtidas de pacientes adultos hospitalizados. Revista Latino-Americana de
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n.1, abr. 2011.

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CARRARA, C. L., ESTEVES A. P., GOMES, R. T., GUERRA, L. L.. Uso da semente
de linhaça como nutracêutco para prevenção e tratamento da arterosclerose. Revista
Eletrônica de Farmácia. v.4, 1- 9, 2009

COSTA, Teresa Helena Macedo (org.). CalcNut: plataforma para cálculo de


dieta. Disponível em: <http://fs.unb.br/nutricao/calc_nut/>. Acesso em: 12/02/2016

FELBERG, I. et al. Bebida mista de extrato de soja integral e castanha-do-Brasil:


Caracterização físico-química, nutricional e aceitabilidade do consumidor. Rev. Alim.
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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares


2008– 2009 – Tabela de Composição Nutricional dos Alimentos Consumidos no
Brasil. IBGE; 2011.

MACIEL, E. Desenvolvimento e validação de metodologia analítica de multiresíduos


para quantificação de resíduos de pesticidas em mangas. Dissertação Mestrado – Escola
Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba –
SP, 2005.
OLIVEIRA, M.M. Avaliação da terapia nutricional por via oral (TNVO) utilizada em
pacientes internados no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Monografia
(Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Nutrição)- Universidade de
Brasília. Brasília, 2013.

OLIVEIRA, T. A. importância do acompanhamento nutricional para pacientes com


câncer. Revista Prática hospitalar. São Paulo, ano IX, nº. 51 p.150-154, mai./jun.
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PRADI, B.M.; RODRIGUES, E.L. Avaliação nutricional dos lanches preferidos dos
escolares de 6-8 anos associado ao risco de obesidade em uma escola privada. XIV
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Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba, 2006.

ROMALDINI, C.C.; SOUZA, M.S.F. Suplemento Nutricional. In: FEFERBAUM, R. et


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ROTENBERG, B.; IACHAN, A. Estudo da proteína da castanha do Pará. Instituto


Nacional de Tecnologia, v.8, n.7, p.22-24, abr/jun. 2010

ROZANE, D.E. et al. Manga- produção integrada, industrialização e comercialização.


Viçosa: UFV, p. 2-8, 2004.

SANTOS, R.E.; GROFF, A.M.; ASSAD, N.F. Teores de proteína solúvel e


aminoácidos livres em farinha de soja hidrolisada com enzimas. V Encontro de
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SCHUEREN, M. A. E. B. Estratégias nutricionais para pacientes com câncer e


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SILVA, R.C.; GIOIELLI, L.A. Propriedades físicas de lipídios estruturados obtidos a


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COSTA, Teresa Helena Macedo (org.). CalcNut: plataforma para cálculo de
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VALSECHI, O.A. O leite e seus derivados. Universidade Federal de São Carlos, São
Paulo, 2001.
APÊNDICES

APÊNDICE A - FICHAS TÉCNICAS DE PREPARAÇÃO

Nome da preparação: Suplemento de banana e maçã com extrato de soja


Per
Custo
PB PL capta
Ingredientes FC individual Modo de preparo
(g) (g) liquido
(R$)
(g)
Extrato de Colocar todos os
40 40 1 40 2,50
soja em pó ingredientes no
Banana liquidificador e bater até
160 100 1,6 100 0,46
nanica ficar bem homogêneo.
Maçã 60 60 1 60 0,30 Servir imediatamente após
Óleo de soja 10 10 1 10 0,03 o preparo
Açúcar 15 15 1 15 0,04
Água 150 150 1 150 0,0003
Valor Energético: 450 kcal Rendimento: 300 ml
Densidade Energética: 1,5 kcal/ml Porção: 300 ml
PTN: 13% (14,4g) CHO: 56% (63g) Nº de porções: 1
LIP: 31% (15,7g) Fibras: 7,7g Custo total: R$ 3,33
Ca: 81,7 mg Mg: 90,2 mg P: 222,3 mg
F: 3,9 mg K: 823,7 mg Zn: 1 mg

Nome da preparação: Suplemento de banana com canela para diabéticos


Per
Custo
PB PL capta
Ingredientes FC individual Modo de preparo
(g) (g) liquido
(R$)
(g)
Leite em pó Colocar todos os
40 40 1 40 0,98
desnatado ingredientes no
Farinha de liquidificador e bater até
20 20 1 20 0,38
linhaça ficar bem homogêneo.
Canela em pó 1 1 1 1 0,21 Servir imediatamente após
Banana o preparo.
160 100 1,6 100 0,46 Se necessário, acrescentar
nanica
3 gotas de adoçante
Água 200 200 1 200 0,0004 liquido.
Valor Energético: 355 kcal Rendimento: 350 ml
Densidade Energética: 1 kcal/ml Porção: 350 ml
PTN: 21% (18,8g) CHO: 56% (49,5g) Nº de porções: 1
LIP: 23% (9g) Fibras: 8g Custo Total: R$ 2,03
Ca: 548,4 mg Mg: 152,2 mg P: 544 mg
Fe: 1,5 mg K: 1202,6 mg Zn: 2,8 mg
Nome da preparação: Suplemento de manga com iogurte
Per
Custo
PB PL capta
Ingredientes FC individual Modo de preparo
(g) (g) liquido
(R$)
(g)
Manga 200 150 1,3 150 0,50 Colocar todos os
Leite em pó ingredientes no
40 40 40 40 0,88
integral liquidificador e bater até
Iogurte ficar bem homogêneo.
170 170 1 170 1,49 Servir imediatamente após
natural
Açúcar 10 10 1 10 0,03 o preparo
Água 50 50 1 50 0,0001
Valor Energético: 456 kcal Rendimento: 350 ml
Densidade Energética: 1,3 kcal/ml Porção: 350 ml
PTN: 15% (17g) CHO: 53% (60,2g) Nº de porções: 1
LIP: 32% (16,3g) Fibras: 2,7g Custo total: R$ 2,90
Ca: 583,2 mg Mg: 66,2 mg P: 469,8 mg
F: 0,4 mg K: 962,9 mg Zn: 2,4 mg

Nome da preparação: Suplemento de abacate


Per
Custo
PB PL capta
Ingredientes FC individual Modo de preparo
(g) (g) liquido
(R$)
(g)
Abacate 160 120 1,3 120 0,80 Colocar todos os
Leite em pó ingredientes no
80 80 1 80 1,96
desnatado liquidificador e bater até
Mel 15 15 1 15 0,9 ficar bem homogêneo.
Óleo de soja 8 8 1 8 0,02 Servir imediatamente após
Agua 150 150 1 150 0,0003 o preparo
Valor Energético: 612 kcal Rendimento: 300
Densidade Energética: 2 kcal/ml Porção: 300 ml
PTN: 20% (30,6g) CHO: 48% (72,8g) Nº de porções: 1
LIP: 32% (21,7g) Fibras: 7,7g Custo total: R$ 3,80
Ca: 1000 mg Mg: 137,2 mg P: 883,4 mg
F: 0,7 mg K: 1820,5 mg Zn: 4,3mg

Nome da preparação: Suplemento de banana com canela hiperproteico


Per
Custo
PB PL capta
Ingredientes FC individual Modo de preparo
(g) (g) liquido
(R$)
(g)
Leite em pó Colocar todos os
40 40 1 40 0,88
integral ingredientes no
Extrato de liquidificador e bater até
40 40 1 40 2,50
soja em pó ficar bem homogêneo.
Banana 160 100 1,6 100 0,46 Servir imediatamente após
nanica o preparo
Canela em pó 1 1 1 1 0,21
Açúcar 9 9 1 9 0,03
Agua 200 200 1 200 0,0004
Valor Energético: 495 kcal Rendimento: 350 ml
Densidade Energética: 1,4 kcal/ml Porção: 350 ml
PTN: 20% (24,5g) CHO: 51% (53g) Nº de porções: 1
LIP: 29% (16g) Fibras: 6,3g Custo total: R$ 4,08
Ca: 439,6 mg Mg: 119,2 mg P: 507 mg
F: 4 mg K: 1217 mg Zn: 2,2 mg

APÊNDICE B = TABELA DE PESOS E MEDIDAS CASEIRAS

Ingrediente Peso líquido (g) Medida caseira


Suplemento de banana e maça com extrato de soja
Extrato de soja em pó 40 4 colheres de sopa
Banana nanica 100 1 unidade média
Maçã 60 ½ unidade média
1 colher de sopa + 1 colher
Óleo de soja 10
de café
Açúcar 15 1 colher de sopa
Água 150 1 xícara de chá
Suplemento de banana com canela para diabéticos
Leite em pó desnatado 40 4 colheres de sopa
Farinha de linhaça 20 2 colheres de sopa cheias
Canela em pó 1 1 colher de café
Banana nanica 100 1 unidade média
Agua 200 1 copo americano
Suplemento de manga com iogurte
Manga (Palmer) 150 ½ unidade
Leite em pó integral 40 4 colheres de sopa
Iogurte natural 170 1 unidade
Açúcar 10 1 colher de sobremesa
Água 50 1 xícara de café
Suplemento de abacate
Abacate 120 ½ unidade média
Leite em pó desnatado 80 8 colheres de sopa
Mel 15 1 colher de sopa
Óleo de soja 8 1 colher de sopa
Agua 150 1 xícara de chá
Suplemento de banana com canela hiperproteico
Leite em pó integral 40 4 colheres de sopa
Extrato de soja em pó 40 4 colheres de sopa
Banana nanica 100 1 unidade média
Canela em pó 1 1 colher de café
Açúcar 9 1 colher de sobremesa
Agua 200 1 copo americano
ANEXO

DESCRITIVOS DOS SUPLEMENTOS

ITEM DESCRITIVO SES EXEMPLOS MARCAS


COMERCIAIS
1 ALIMENTO PARA SUPLEMENTAÇÃO DE Fortini Multifiber
NUTRIÇÃO ENTERAL OU ORAL. Aplicação: indicado (Danone)
para suplementação oral de crianças a partir de 1 ano de Frebini Energy Drink
idade desnutridas ou com necessidades calóricas (Fresenius)
aumentadas. Características adicionais: isento de lactose, Frebini Energy Fibre
adicionado ou não de fibras, com sacarose, densidade Drink (Fresenius)
calórica entre 1,5 a 2,0 kcal/ml e teor proteico de 9 a 13%
do valor calórico total, contendo todos os macronutrientes
e micronutrientes.
2 ALIMENTO PARA SITUAÇÕES METABÓLICAS Diasip (Danone)
ESPECIAIS PARA NUTRIÇÃO ENTERAL OU ORAL. Nova Source GC (Nestlé)
Aplicação: indicado para suplementação oral de Glucerna SR (Abbott)
indivíduos portadores de diabetes, desnutridos e/ou com Glucerna (Abbott)
necessidades aumentadas de proteínas, Características Glucerna GI (Abbott)
Adicionais: isento de sacarose e glúten, acrescida de Glucerna 1.5 (Abbott)
fibras, de densidade calórica > 0,9 kcal/ml, na diluição Nutri Diabetic (Danone)
padrão e teor proteico de 15 a 25% do valor calórico Diamax (Prodiet)
total.
3 ALIMENTO PARA SUPLEMENTAÇÃO DE Nutridrink MF (Danone)
NUTRIÇÃO ENTERAL OU ORAL. Aplicação: indicado Nutridrink (Danone)
para suplementação oral de adolescentes e adultos Nutren 1.5 (Nestlé)
desnutridos ou indivíduos com necessidades calóricas Ensure Plus (Abbott)
aumentadas, Características Adicionais: acrescido de Fresubin Energy Drink
sacarose, acrescido ou não de fibras, de densidade (Fresenius)
calórica entre 1,2 a 1,9 Kcal/ml, e teor proteico de 14 a Fresubin Fiber Drink
20% do valor calórico total, contendo todos os (Fresenius)
macronutrientes e micronutrientes. Energy Zip Fiber
(Prodiet)

4 ALIMENTO PARA SUPLEMENTAÇÃO DE Nutridrink Compact


NUTRIÇÃO ENTERAL OU ORAL. Aplicação: indicado (Danone)
para adolescentes e adultos desnutridos ou indivíduos Fresubin 2.0 (Fresenius)
com necessidades calóricas e proteicas aumentadas, Nutren 2.0 (Nestlé)
Características Adicionais: acrescido ou não de sacarose,
acrescido ou não de fibras, de densidade calórica entre
2,0 a 2,5 Kcal/ml, e teor proteico de 15 a 20% do valor
calórico total, contendo todos os macronutrientes e
micronutrientes.
5 ALIMENTO PARA SUPLEMENTAÇÃO DE Cubitan (Danone)
NUTRIÇÃO ENTERAL OU ORAL. Aplicação: indicado Impact (Nestlé)
para suplementação oral de pacientes com úlceras de
decúbito ou epidermólise bolhosa congênita.
Características Adicionais: acrescido de arginina,
podendo conter outros nutrientes que auxiliem na
cicatrização de feridas, com ou sem sacarose, acrescido
ou não de fibras, de densidade energética maior ou igual a
1,0Kcal/ml, teor proteico maior ou igual a 20% do valor
energético total, com sabor, exceto sabor chocolate,
contendo todos os macronutrientes e micronutrientes.

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