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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
DISCIPLINA: NUTRIÇÃO RE RUMINANTES DE INTERESSE ZOOTÉCNICO
PROFESSOR Dr. ARNAUD AZEVÊDO ALVES

– FORMULAÇÃO DE RAÇÃO –
Alunos: Miguel Arcanjo Moreira Filho
Daniel Cézar da Silva

TERESINA/2009
FORMULAÇÃO DE RAÇÃO

Miguel Arcanjo Moreira Filho1, Daniel Cézar da Silva2

INTRODUÇÃO
A alimentação é um dos itens que mais oneram a produção de leite, podendo
representar até 60% do custo total. Portanto, a busca por maior eficiência econômica na
produção de leite depende, necessariamente, da administração criteriosa dos alimentos
disponíveis na propriedade.
A formulação de rações para animais domésticos é realizada tomando-se em
consideração a composição dos alimentos e as exigências nutricionais desses animais,
devendo-se consultar tabelas de composição de alimentos e de exigências nutricionais dos
animais, sejam elas por meio impresso ou softwares para uso em computadores, como por
exemplo, as diversas versões do sistema de alimentação National Research Council (NRC).
Os principais métodos de formulação de rações são: tentativas, quadrado de Pearson e
algébrico. Objetivou-se apresentar uma formulação de ração para uma vaca leiteira com 450,0
kg de peso vivo (PV), produzindo 18,0 kg de leite, com 3,5% de gordura aos 4 meses de
lactação, utilizando-se uréia até o limite aceitável para esta categoria, dando ênfase ao uso de
alimentos disponíveis na região.

ALIMENTOS UTILIZADOS PARA O CÁLCULO


Visou-se utilizar alimentos disponíveis na região de Teresina, procurando reduzir
custos e outros fatores que podem onerar a produção, como sazonalidade de oferta de
determinado produto no mercado. A seguir será feito um breve comentário dos alimentos
utilizados na formulação da dieta e a composição bromatológica está apresentada na Tabela 1.
Volumosos
Capim-colonião: considerada uma das principais e mais recomendadas forrageiras para
pastagens e alimentação de bovinos leiteiros, dada a grande rusticidade e grande capacidade
de produção com elevado valor nutritivo.bastante adaptada a região Nordeste e resiste bem ao
pisoteio. Deve ser fornecido aos animais quando da altura de 60 a 80 cm, ocasião em que
além de muito nutritivo, proporciona altos rendimentos de massa verde por hectare (40 a 50
t/ha/ano) (PUPO, 2000).
Cana-de-açúcar: volumoso de considerável valor energético por conter grandes teores de
açúcar que encerra nos colmos, porém é muito fibrosa, pobre em proteína e minerais. A cana-
de-açúcar possui as vantagens de proporcionar grandes rendimentos por unidade de área,
grande capacidade de perfilhamento, florescimento tardio, colmos grossos e macios, constitui-
se a maior fonte de energia por área plantada, menor custo de produção quando compara a
outras culturas, dentre outras. Não deve constituir no volumoso exclusivo no arraçoamento de
vacas em lactação devendo, necessariamente, estar acompanhada de outros volumosos de
melhor qualidade nutritiva, bem como de suplementação protéica adequada. Assim sendo,
recomenda-se limitar o fornecimento de cana-de-açúcar às vacas em lactação para 6 a 10 kg
de massa verde/cabeça/dia (PUPO, 2000). Isso não quer dizer que a cana não pode ser
fornecida exclusivamente, mas essa medida não é tecnicamente viável, tendo em vista que sua
qualidade nutritiva deixa muito a desejar. Deve-se ter o cuidado de cortar apenas a quantidade
necessária para o fornecimento do dia e somente picá-la no momento do fornecimento,
evitando fermentação que pode causar distúrbios metabólicos.
Concentrados
Milho (grão): o milho é um concentrado energético que pode ser utilizado em até 70% da
ração, porém quando utilizado em nível elevado, é necessário fazer uma moagem grosseira,

1
Engenheiro Agrônomo, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da UFPI.
2
Médico Veterinário, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da UFPI.
para evitar riscos de acidose ruminal. Segundo NEIVA e NEIVA (2006), quando a proporção
de volumoso na dieta é baixa (35 a 70% da MS), recomenda-se moagem grosseira.
Farelo de soja: é o principal concentrado protéico para alimentação de vacas leiteiras, sem
restrições de uso. É rico em proteína e energia e possui excelente perfil de aminoácidos. A
substituição do farelo de soja por outra fonte protéica é justificável no caso de redução de
custo da ração (NEIVA e NEIVA, 2006).
Resíduo úmido de cervejaria: segundo a classificação internacional de alimentos o RUC é
considerado um concentrado protéico. É boa fonte de proteína não degradável no rúmen, pois
cerca de 45% do seu teor protéico escapa da degradação microbiana do rúmen, sendo digerida
no intestino delgado. É um alimento palatável e de boa aceitabilidade pelos bovinos leiteiros,
podendo causar redução da palatabilidade quando utilizado na proporção superior a 50% da
MS ingerida diariamente. Na dieta de bovinos de leite adultos, pode ser incluso na proporção
de 20 a 25% da MS total da dieta ou até 15 kg de matéria natural/animal/dia (NEIVA e
NEIVA, 2006).
Uréia: a inclusão de fontes de nitrogênio não protéico não deve ultrapassar 1/3 da proteína
total da dieta. em concentrados, o nível de inclusão não deve ultrapassar 3% e na dieta total, a
uréia pode compor até 1% da MS total. Para o fornecimento deve-se respeitar um período de
duas a três semanas de adaptação com nível crescente de uréia até o nível desejado, ou seja,
1/3 na primeira semana, 2/3 na segunda semana e nível máximo na terceira semana. Para evita
toxidez, deve-se ter fazer a adaptação, evitar o consumo excessivo de ração após um período
prolongado em jejum, evitar fornecimento descontínuo, evitar diluir a uréia da ração em água
no caso de cocho descoberto, etc. se o fornecimento da ração com uréia for interrompido,
deve-se realizar um novo período de adaptação. A uréia não deve ser utilizada quando o grão
de soja faz parte da dieta, devido à grande presença de uréase no grão. Quando se fornece
uréia, deve-se manter o enxofre balanceado, para suprir o necessário à síntese de aminoácidos
sulfurosos pelos microrganismos do rúmen (NEIVA e NEIVA, 2006; LANA, 2007).
Tabela 1 – Composição bromatológica* dos alimentos e das fontes de macrominerais utilizadas para balancear a dieta para uma vaca leiteira com 550
kg de peso vivo, produzindo 18 kg de leite, com 3,5% de gordura e 3,3% de proteína no leite ao quarto mês de gestação
Ingredientes MS PB NDT FDN FDA Ca P Mg K Na Cl S
% % % % % % % % % % % %
Capim-colonião 24,00 9,70 54,00 63,99 32,53 0,45 0,15 0,24 1,70 0,01 0,00 0,15
Cana-de-açúcar 23,20 4,31 60,70 59,90 34,02 0,45 0,17 0,30 1,50 0,02 0,00 0,10
Milho, GRÃO 88,10 9,40 88,70 9,50 3,40 0,04 0,30 0,12 0,42 0,02 0,08 0,10
Soja, FARELO 89,10 49,90 80,00 14,90 10,00 0,40 0,71 0,31 2,22 0,04 0,13 0,46
Cevada, RESÍDUO ÚMIDO DE CERVEJARIA 21,80 28,40 71,60 47,10 23,10 0,35 0,59 0,21 0,47 0,01 0,12 0,33

Uréia 100,0 282,0


Fosfato bicalcico 100,0 22,00 19,30
Carbonato de cálcio 100,0 39,39
Sal comum 100,0 39,34 60,66
Cloreto de potássio 100,0 50,00 47,30
Óxido de magnésio 98,0 56,20
Sulfato de magnésio 98,0 9,80 13,31
*Segundo tabelas do NRC (2001) e NEIVA e NEIVA (2006).
EXIGÊNCIAS
A quantidade de nutrientes necessária para a manutenção das condições vitais
(mantença), síntese de tecidos (crescimento), gestação e lactação (produção) pode ser definida
como exigências do animal (NEIVA e NEIVA, 2006). Essas exigências variam de acordo
com características fisiológicas do animal, fatores ambientais e fatores relacionados ao
manejo. O peso vivo é o principal aspecto determinante da composição corporal e das
exigências nutricionais para o crescimento dos animais, estando diretamente associados ao
consumo e disponibilidade de alimentos. As exigências do animal foram obtidas de equações
de predição propostas por LANA (2007), obtidas de tabelas de exigências do NRC (2001)
para bovinos de leite.
Exigência em matéria seca (MS)
A exigência em consumo de matéria seca (CMS) é expressa em % do PV ou kg de MS
em função do PV do animal. Na MS ingerida devem está contidos todos os nutrientes
necessários para suprir as exigências nutricionais, evitando déficit ou superávit do consumo e
de aportes nutricionais (NEIVA e NEIVA, 2006). O NRC (2001) estabelece os padrões de
CMS através do PV, da produção de leite e do teor de gordura do leite (Tabela 3).
Exigências em proteína bruta (PB)
Para ruminantes, além de fontes de proteína verdadeira, aquelas que contêm ligações
entre aminoácidos, é bastante comum o uso de fontes de nitrogênio não protéico (NNP),
sendo a uréia amais utilizada. A proteína é a principal fonte de energia para os
microrganismos realizarem a síntese microbiana no rúmen (LANA, 2005). A exigência em
PB é dada em % da MS. Para isto, o NRC (2001) leva em consideração o PV, a produção de
leite, o teor de gordura no leite e o teor de proteína no leite, aqui estimado em 3,3% (Tabela
3).
Exigências em nutrientes digestíveis totais (NDT)
Os nutrientes digestíveis totais (NDT) representam uma das medidas e expressão de
exigência em energia dos alimentos (NEIVA e NEIVA, 2006), é a soma dos nutrientes
orgânicos dirgeríveis. A energia não é um nutriente, mas sim uma propriedade dos alimentos,
sendo considerado o componente mais importante das rações para bovinos leiteiros,
especialmente os de elevada produção. A exigência em NDT é expressa em % da MS. Assim
como para PB, o NRC (2001) considera o PV do animal, a produção de leite, os teores de
gordura e de proteína no leite (Tabela 3).
Exigências em fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA)
A fibra também não é um nutriente, mas é de fundamental importância na nutrição de
bovinos leiteiros, garantindo um ambiente ruminal e fermentação microbiana adequados. Para
ruminantes, os teores de FDN e de FDA são os que melhor expressam a porção fibrosa dos
alimentos, pois separam os carboidratos que constituem o conteúdo celular daqueles presentes
na parede celular (NEIVA e NEIVA, 2006). As recomendações do NRC (2001) em FDN
mínima da dieta, FDN máxima, FDA mínima, carboidratos não fibrosos máximo e
participação do volumoso em FDN da dieta estão apresentadas na Tabela 2.

Tabela 2 – Recomendações de fibra em detergente neutro da forragem (FDNfor), valores


mínimos e máximos de FDN, máximo de carboidratos não fibrosos (CNF) e
mínimo de fibra em detergente ácido (FDA) nas dietas para ruminantes
FDN FDN CNF FDA
FDNfor
(mínimo) (máximo) (máximo) (mínimo)
19 25 44 44 17
18 27 42 42 18
17 29 40 40 19
16 31 38 38 20
15 33 36 36 21
Apesar do NRC (2001) fazer uma recomendação máxima de FDN total na dieta em
função da exigência em energia líquida, da quantidade mínima de carboidratos não fibrosos
para uma boa fermentação ruminal e dos potenciais efeitos negativos de alta concentração de
FDN na ração sobre o consumo de MS, BERCHIELLI et al. (2006) preconizam que não são
estabelecidos recomendações máximas de FDN em rações para vacas em lactação, mesmo
sendo esta fração determinante do valor de enchimento pelo reconhecido fator de restrição do
consumo de MS. No cálculo, as exigências em FDN e FDA foram estabelecidas em 33 e 21%
da MS, respectivamente (NRC, 2001).

Exigências em macroelementos minerais


Macroelementos minerais são nutrientes exigidos em grandes quantidades, expressas
em % da MS, são eles: cálcio (Ca), fósforo (P), magnésio (Mg), potássio (K), sódio (Na),
cloro (Cl) e enxofre (S). esses nutrientes devem participar em níveis adequados nas dietas
para ruminantes, evitando deficiências ou excessos. A quantidade de nutriente mineral pode
ser controlada dentro de certos limites, sem que haja modificações da resposta animal; a estes
limites podemos chamar de faixa ótima para administração do referido nutriente mineral.
Entretanto, se os níveis do mineral na dieta continuarem a ser aumentados, chega-se a um
ponto em que se deixa a faixa ótima e atinge-se o nível tóxico daquele elemento. A resposta
animal passa a diminuir à proporção que se aumenta o nível do nutriente, atingindo o que se
pode chamar de faixa tóxica (NEIVA e NEIVA, 2006) (Figura 1). Para obtenção das
exigências de macronutrientes, o NRC (2001) considera o PV do animal e a produção de leite.
Segundo LANA (2006), o Cl não mostra ser um fator preocupante para vacas de leite, por isso
não há uma exigência para esse elemento, havendo a preocupação apenas com o Na, na
inclusão do sal comum, pois este é um fator limitante de consumo, não devendo ultrapassar
valores de exigência (BERCHIELLI et al., 2006).

Ponto ótimo ou exigência Ponto tóxico


mínima nutricional

Resposta animal
Faixa ótima
Faixa Faixa
deficiente tóxica

Total do mineral na dieta

Adaptado de NEIVA e NEIVA (2006).


Figura 1 – Caracterização dos níveis a serem administrados de elementos
minerais em dietas para ruminantes.

A partir das exigências ajustou-se a ração pelo método algébrico associado ao método
das tentativas.
Tabela 3 – Exigências nutricionais para uma vaca de 550 kg de peso vivo (PV), produzindo
18 kg de leite, com 3,5% de gordura e 3,3% de proteína no leite, ao quarto mês de
gestação, segundo equações de predição propostas por LANA (2007) obtidas de
tabelas de exigências do NRC (2001)
Matéria seca (MS)
Consumo de matéria seca (% PV) 3,14
Macronutrientes (% da MS)
Proteína bruta (PB) 14,67
Nutrientes digestíveis totais (NDT) 64,65
Cálcio 0,58
Fósforo 0,32
Magnésio 0,17
Potássio 1,00
Sódio 0,20
Cloro -
Enxofre 0,20

DISCUSSÃO DO CÁLCULO
Foram realizados três cálculos, um com inclusão de uréia nos níveis 0,33, 0,66 e
1,00% na MS total da dieta, visando uma adaptação do animal até o nível máximo de
inclusão, sendo o nível 0,33% para a primeira semana de adaptação, 0,66% para a segunda e
1,00% para fornecimento definitivo a partir da terceira semana. Disponibilizou-se 1,5% na
MS total para o espaço de reserva (ER) para balancear os macroelementos minerais.
Os cálculos foram realizados com base em exigências de equações de predição
propostas por LANA (2007), obtidas de tabelas de exigências do NRC (2001) para bovinos de
leite e fecharam em MS, PB, NDT, Ca, P, Na e S. Houve superávit em Mg, K, e Cl. O Mg
ficou cerca de 45% acima da necessidade do animal em virtude da necessidade de balancear o
S com sulfato de magnésio, visando uma relação N:S de 10 a 15:1, obteve-se uma relação de
aproximadamente 11:1, sendo esta importantíssima quando se usa uréia em rações para
ruminantes. Houve um superávit em K apenas com o balanço da dieta com os alimentos em
decorrência do elevado teor deste nutriente nos alimentos utilizados, não havendo necessidade
de adição de fonte de K. Não há uma exigência em Cl, por isso, não há preocupação quanto ao
superávit deste elemento. O superávit em Mg, K e Cl ocorreu devido a grande quantidades
destes contida nos alimentos.
A relação volumoso:concentrado ficou em aproximadamente 65:35, com a proporção
de volumoso considerada baixa, segundo NEIVA e NEIVA (2006) devido as elevadas
exigências do animal, o que aumenta a proporção de concentrado na dieta, sendo está uma
importante fonte de carboidratos não estruturais, necessários quando se utiliza fontes de
nitrogênio não protéico em dietas para vacas de leite, por estimular o crescimento microbiano
pela sincronização entre nutrientes prontamente disponíveis (BERCHIELLI et al., 2006). As
dietas contem FDN média de 47,70% com FDA média 24,57% e participação média do
volumoso em FDN 85,46%, acima do mínimo exigido pelo NRC (2001) para manutenção da
qualidade do ambiente ruminal e adequada fermentação, mas dentro do preconizado por
BERCHIELLI et al. (2006).
Na Tabela 4, 5 e 6 estão apresentados o consumo por animal (kg/dia) em MS e matéria
natural (MN), as quantidades necessárias de cada ingrediente para o preparo de 100 kg de MN
da dieta e os custos (R$) do consumo por animal/dia em MS e MN das dietas. O custo médio
do consumo diário por kg de MS e MN da ração é de 0,19 e 0,11 R$, respectivamente.
As quantidades necessárias para o preparo de 100 kg de concentrado estão
apresentadas na Tabela 7, 8 e 9. Tendo em vista a elevada umidade do resíduo úmido de
cervejaria (RUC), este não deverá ser misturado com os demais concentrados, visando manter
a qualidade da porção concentrada da dieta e evitando a reação de hidrólise da uréia e
transformação desta, de imediato, em amônia, uma vez que a água contida no RUC foi
adicionada na indústria, estando esta quase que totalmente na forma livre, o que facilita esta
reação. O RUC deverá ser fornecido nas quantidades estabelecidas nas Tabelas 7, 8 e 9
separadamente, de acordo com o nível de uréia da dieta.
Na Tabela 10 são apresentadas as quantidades de fornecimento de volumoso e
concentrados.
Tabela 4 – Consumo de matéria seca por animal (kg/dia), consumo de matéria natural por animal (kg/dia), quantidades necessárias para o preparo de
100 kg de matéria natural (kg), custo do consumo de matéria seca por animal dia (R$) e custo do consumo de matéria natural por animal dia
(R$) para dieta contendo 0,33% de uréia
Preparo de 100 kg Custo (R$) Custo (R$)
INGREDIENTES CMS (kg/dia) CMN (kg/dia) Preço/kg de MN
MN MS/animal/dia MN/animal/dia
Capim-colonião 6,85 28,53 58,79 0,03 0,05 0,86
Cana-de-açúcar 2,09 9,00 18,54 0,09 0,04 0,81
Milho, GRÃO 2,42 2,75 5,67 0,50 1,07 1,38
Soja, FARELO 1,01 1,13 2,33 1,15 1,03 1,30
Cevada, RESÍDUO ÚMIDO DE CERVEJARIA 1,51 6,92 14,25 0,07 0,02 0,48

Uréia 0,05 0,05 0,09 2,00 0,09 0,09

Fosfato bicalcico 0,04 0,04 0,08 4,00 0,16 0,16


Carbonato de cálcio 0,05 0,05 0,11 1,50 0,08 0,08
Sal comum 0,07 0,07 0,13 0,20 0,01 0,01
Cloreto de potássio 0,00 0,00 0,00 2,50 0,00 0,00
Óxido de magnésio 0,00 0,00 0,00 3,00 0,00 0,00
Sulfato de magnésio 0,03 0,03 0,05 2,50 0,06 0,07
TOTAL 14,08 48,53 100,00 2,56 5,24
Tabela 5 – Consumo de matéria seca por animal (kg/dia), consumo de matéria natural por animal (kg/dia), quantidades necessárias para o preparo de
100 kg de matéria natural (kg), custo do consumo de matéria seca por animal dia (R$) e custo do consumo de matéria natural por animal dia
(R$) para dieta contendo 0,66% de uréia
Preparo de 100 kg Custo (R$) Custo (R$)
INGREDIENTES CMS (kg/dia) CMN (kg/dia) Preço/kg de MN
MN MS/animal/dia MN/animal/dia
Capim-colonião 6,91 28,79 60,24 0,03 0,05 0,86
Cana-de-açúcar 2,09 9,00 18,83 0,09 0,04 0,81
Milho, GRÃO 2,77 3,14 6,57 0,50 1,22 1,57
Soja, FARELO 0,82 0,93 1,94 1,15 0,84 1,06
Cevada, RESÍDUO ÚMIDO DE CERVEJARIA 1,24 5,67 11,87 0,07 0,02 0,40

Uréia 0,09 0,09 0,19 2,00 0,18 0,18

Fosfato bicalcico 0,05 0,05 0,10 4,00 0,20 0,20


Carbonato de cálcio 0,05 0,05 0,11 1,50 0,08 0,08
Sal comum 0,07 0,07 0,14 0,20 0,01 0,01
Cloreto de potássio 0,00 0,00 0,00 2,50 0,00 0,00
Óxido de magnésio 0,00 0,00 0,00 3,00 0,00 0,00
Sulfato de magnésio 0,04 0,04 0,08 2,50 0,09 0,09
TOTAL 14,08 47,79 100,00 2,65 5,27
Tabela 6 – Consumo de matéria seca por animal (kg/dia), consumo de matéria natural por animal (kg/dia), quantidades necessárias para o preparo de
100 kg de matéria natural (kg), custo do consumo de matéria seca por animal dia (R$) e custo do consumo de matéria natural por animal dia
(R$) para dieta contendo 1,00% de uréia
Preparo de 100 kg Custo (R$) Custo (R$)
INGREDIENTES CMS (kg/dia) CMN (kg/dia) Preço/kg de MN
MN MS/animal/dia MN/animal/dia
Capim-colonião 6,98 29,06 61,81 0,03 0,05 0,87
Cana-de-açúcar 2,09 9,00 19,14 0,09 0,04 0,81
Milho, GRÃO 3,13 3,55 7,54 0,50 1,38 1,77
Soja, FARELO 0,64 0,71 1,52 1,15 0,65 0,82
Cevada, RESÍDUO ÚMIDO DE CERVEJARIA 0,95 4,38 9,31 0,07 0,01 0,31

Uréia 0,14 0,14 0,30 2,00 0,28 0,28

Fosfato bicalcico 0,06 0,06 0,13 4,00 0,24 0,24


Carbonato de cálcio 0,05 0,05 0,11 1,50 0,08 0,08
Sal comum 0,07 0,07 0,14 0,20 0,01 0,01
Cloreto de potássio 0,00 0,00 0,00 2,50 0,00 0,00
Óxido de magnésio 0,00 0,00 0,00 3,00 0,00 0,00
Sulfato de magnésio 0,05 0,05 0,10 2,50 0,11 0,12
TOTAL 14,09 47,02 100,00 2,74 5,30
Tabela 7 – Quantidades necessárias de ingredientes para formulação de 100 kg de
concentrado com 0,33% de uréia
Preparo de 100
INGREDIENTES CONCENTRADOS CMN (kg/dia)
kg MN
Milho, GRÃO 2,75 24,94
Soja, FARELO 1,13 10,23
Cevada, RESÍDUO ÚMIDO DE CERVEJARIA 6,92 62,72

Uréia 0,05 0,42

0,00

Fosfato bicalcico 0,04 0,37


Carbonato de cálcio 0,05 0,49
Sal comum 0,07 0,59
Cloreto de potássio 0,00 0,00
Óxido de magnésio 0,00 0,00
Sulfato de magnésio 0,03 0,24
TOTAL 11,03 100,00

Tabela 8 – Quantidades necessárias de ingredientes para formulação de 100 kg de


concentrado com 0,66% de uréia
Preparo de 100
INGREDIENTES CONCENTRADOS CMN (kg/dia)
kg MN
Milho, GRÃO 3,14 31,31
Soja, FARELO 0,93 9,22
Cevada, RESÍDUO ÚMIDO DE CERVEJARIA 5,67 56,53

Uréia 0,09 0,92

0,00

Fosfato bicalcico 0,05 0,50


Carbonato de cálcio 0,05 0,52
Sal comum 0,07 0,65
Cloreto de potássio 0,00 0,00
Óxido de magnésio 0,00 0,00
Sulfato de magnésio 0,04 0,36
TOTAL 10,04 100,00
Tabela 9 – Quantidades necessárias de ingredientes para formulação de 100 kg de
concentrado com 1,00% de uréia
Preparo de 100
INGREDIENTES CONCENTRADOS CMN (kg/dia)
kg MN
Milho, GRÃO 3,55 39,41
Soja, FARELO 0,71 7,94
Cevada, RESÍDUO ÚMIDO DE CERVEJARIA 4,38 48,65

Uréia 0,14 1,55

0,00

Fosfato bicalcico 0,06 0,66


Carbonato de cálcio 0,05 0,56
Sal comum 0,07 0,72
Cloreto de potássio 0,00 0,00
Óxido de magnésio 0,00 0,00
Sulfato de magnésio 0,05 0,52
TOTAL 9,00 100,00

Tabela 10 – Fornecimento de volumoso e concentrado (kg/animal/dia) em função do nível de


uréia
Volumoso Concentrado
Nível de Uréia (%)
Kg/animal/dia
0,33 37,53 11,03
0,66 37,79 10,04
1,00 38,06 9,00
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERCHIELLI, T. T.; PIRES, A. V.; OLIVEIRA, S.G. (Ed.). Nutrição de ruminantes.


Jaboticabal: FUNEP, 2006. 583p.

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