DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Introdução ao CPC/2015: Modelo Cooperativo

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INTRODUÇÃO AO CPC/2015: MODELO COOPERATIVO

A terceira base de sustentação do CPC/2015 é uma proposta de um modelo de prestação

jurisdicional em cooperação. Esse modelo cooperativo gera uma série de desdobramentos.
A partir da existência do princípio da cooperação, há uma série de regras de cooperação,
as quais, junto com o princípio, criam o modelo cooperativo.
Ao se analisar historicamente o Direito, observa-se que o modelo, antigamente, era o
modelo inquisitorial. Isto é, prioritariamente, era o juiz atuando de ofício. Depois, partiu-se
para o modelo adversarial, em que o juiz se mantinha equidistante das partes, observando-as
e apenas excepcionalmente ingressava nessa relação para atuar de ofício.
No modelo inquisitorial, havia momentos adversariais e cooperativos, mas a regra era
inquisitorial; assim como no modelo adversarial havia momentos cooperativos e inquisito-
riais. De mesma maneira, no modelo cooperativo, há momentos inquisitoriais – isto é, o juiz
age de ofício – e adversariais em situações excepcionais.
O modelo cooperativo não se dá apenas em relação de juiz e partes, sendo muitas vezes
apenas entre partes, por meio de negócios jurídicos processuais, ou entre o judiciário.

Obs.: atos concertados são atos em que juízes previamente estabelecem, de alguma for-
ma, ajuda entre si. Isso é um exemplo de cooperação entre órgãos judicantes.
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Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo
razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

Obs.: esse artigo trata do princípio da cooperação.

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Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que
se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar
outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já
determinados.
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou
que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará
que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que
deve ser corrigido ou completado.
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ANOTAÇÕES

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Art. 319. A petição inicial indicará: (...)

II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endere-
ço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; (...)
Art. 246. A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 2 (dois) dias
úteis, contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo
citando o banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de
Justiça. (Lei n. 14.195/2021)

Obs.: o endereço eletrônico citado no artigo 319 é, pois, o endereço eletrônico que consta
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no banco de dados do Poder Judiciário, cujos dados foram fornecidos pelo citando.

Art. 319. (...)

§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial,
requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de
saneamento e de organização do processo: (...)
§ 3º Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar
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audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o
juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Mozart Borba Neves Filho.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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