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CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE PEDAGOGIA

SEMINÁRIO DE PESQUISA

A AFETIVIDADE COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO NA


EDUCAÇÃO INFANTIL

por

Pâmela de Aguiar Lacerda

Rio de Janeiro

2024.1
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE PEDAGOGIA

SEMINÁRIO DE PESQUISA

A AFETIVIDADE COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO NA


EDUCAÇÃO INFANTIL

Artigo científico apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia da UNISUAM, como


parte dos requisitos para obtenção do Título de Licenciado em Pedagogia.

Por:

Pâmela de Aguiar Lacerda

Professor- Orientador:

Maria Auxiliadora Terra Cunha

Professor- Coorientador:

Rio de Janeiro

2024.1
PÂMELA DE AGUIAR LACERDA

A AFETIVIDADE COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO NA


EDUCAÇÃO INFANTIL

Banca Examinadora composta para a defesa do Artigo Científico

para obtenção do grau de Licenciado em Pedagogia.

APROVADO em: ______ de ___________ de _______

Professor-Orientador:

_____________________________________________________

Professor-Coorientador:

_____________________________________________________

Rio de Janeiro

2024.1
SOBRENOME, Nome Completo. Título: subtítulo. Seminário de Pesquisa (Curso de Licenciatura em Pedagogia). Rio de Janeiro: Centro
Universitário Augusto Motta - UNISUAM, 2024.

RESUMO

Em Times New Roman 12 ou Arial, espaço simples, um único parágrafo, máximo de 500 palavras. Resumo resumo resumo resumo resumo
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Palavras-chave: também em Times New Roman 12 ou Arial, em um mínimo de três e máximo de seis palavras.
EPÍGRAFE

Toda experiência de aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva. (Alves, 2002,
p.1)
INTRODUÇÃO

Conforme Dantas (2021) a teoria da emoção de Henri Wallon enfatiza a afetividade como um dos fundamentos essenciais do

desenvolvimento humano, destacando sua relevância desde os desenvolvimentos iniciais da vida. A dimensão afetiva se manifesta primeiramente

no que Wallon (1968) denominou “impulso-emocional”, estendendo-se ao longo do primeiro ano de vida. Durante esse período, a afetividade se

manifesta principalmente por meio de reações fisiológicas às emoções, marcando o ponto inicial da formação psíquica do indivíduo. Nesse

contexto, a Educação Infantil, sendo a primeira experiência social fora do ambiente familiar para uma criança, representa não apenas a etapa

inicial da Educação Básica, mas também o alicerce do processo educacional. É nesse ambiente que a criança entra em contato com essa

complexidade do seu psiquismo em desenvolvimento. Assim, a afetividade surge como um fator crucial no processo de aprendizagem, e é

necessário que a criança mergulhe em um ambiente afetivamente rico em todas as áreas de sua vida, inclusive na esfera escolar.

É importante destacar também como Vygotsky (1998) e Wallon (1968) compartilham uma visão onde os laços sociais e afetivos estão

estreitamente relacionados com a aprendizagem e o desenvolvimento humano, desempenhando papéis fundamentais. Vygotsky (1998) apresenta

a afetividade como um dos principais elementos de importância para o desenvolvimento humano, possuindo uma relevância fundamental no

processo de aprendizagem atrelada à motivação, avaliação e relação do professor com o aluno. Esta concepção está associada a Wallon (1968),

quando em seus estudos observou que as influências afetivas exercem ação determinante na evolução mental da criança, onde o conhecer está

atrelado ao sentir, colocando, assim, o conhecimento e a afetividade como parte de uma mesma construção. Souza e Bastos (2011) concordam

que a afetividade e a inteligência estão entrelaçadas, desenvolvendo-se juntas em uma relação de interdependência. No entanto, ao

analisar a afetividade no contexto do processo de aprendizagem, fica claro que esta é uma teoria relativamente nova e que sua aplicação e

compreensão nem sempre foram uma realidade no ambiente educacional. Somente com o tempo a notoriedade dessa abordagem se solidificou,

impulsionada pelo avanço do conhecimento promovido por renomados teóricos da educação, pedagogos, psicólogos e outros profissionais da

área da educação. Muitos educadores ainda desconhecem a evolução significativa que ocorreu a este respeito, necessitando de investigação e

sensibilização contínua para melhor compreender e utilizar estes conceitos no panorama educacional atual.

Em consequência desse cenário, como apontado por Silva (2013), a afetividade no processo de aprendizagem dentro das instituições

escolares e salas de aula, é muitas vezes deixada de lado, sendo tratada como irrelevante e ignorada por muitos professores. Frequentemente

ONDE???, esses profissionais concentram seus esforços apenas na transmissão do currículo formal, o que resulta em uma resistência à

valorização da afetividade dentro do próprio ambiente escolar, justificando assim, a escolha do tema. Dessa maneira, o presente trabalho busca

provocar uma reflexão ao educador sobre a evolução da concepção de infância e Educação Infantil, reconhecendo que essas fases estão ligadas

com a presença da afetividade na educação e a importância de utilizar o afeto como recurso essencial em suas atividades. Para isso, o estudo

se propõe em responder a seguinte questão: De que maneira a afetividade pode ser considerada um instrumento pedagógico para a melhoria no

processo de aprendizagem da Educação Infantil?

A pesquisa coloca como objetivo geral analisar a importância da afetividade como instrumento pedagógico no processo de

aprendizagem na Educação Infantil e como específicos destacar os benefícios que comprovem a influência da afetividade inserida na Educação

Infantil e discutir sobre a relevância da afetividade na prática pedagógica.

Desta forma, a pesquisa espera contribuir com a oportunidade de promover avanços significativos na qualidade de aprendizagem dos

alunos e como resultado, melhorar as abordagens pedagógicas de professores no campo da Educação Infantil. Para Cunha (2008) a integração
do afeto é o primeiro caminho para se utilizar como instrumento pedagógico no aprendizado, pois além de conquistar a atenção do aprendiz,

facilita seu processo de conhecimento. A afetividade é capaz de chegar em lugares que muitas vezes estão fechados para as abordagens

tradicionais da educação. Em um contexto marcado por constantes dificuldades de aprendizado dos alunos, dispersão, conflitos familiares e

manifestações de comportamentos agressivos, o afeto emerge como o recurso mais eficaz para auxiliar os educadores em sua atuação. Assim,

compreender essas bases teóricas e práticas na educação revela-se não apenas relevante, mas fundamental para uma prática pedagógica

verdadeiramente inclusiva e eficiente.

Nesse contexto, o estudo é fundamentado em autores como Wallon (1968), Piaget (2007), Dantas (1992) e Cunha (2008) e neste

estudo poderá se observar as diversas contribuições desses mestres da arte de educar, enriquecendo a compreensão sobre o desenvolvimento

humano e as práticas educacionais.

REVISÃO DE LITERATURA

Um pouco de História

É crucial mergulhar na jornada histórica da Educação Infantil dentro do contexto escolar e compreender suas implicações no conceito

de infância. Nesse processo, a atualidade traz uma compreensão mais profunda do papel que a afetividade emerge como um componente vital da

prática educativa, oferecendo estímulo e segurança aos alunos, contribuindo para o prazer na aprendizagem e para o desenvolvimento pleno da

criança. No entanto, é importante considerar que essa percepção nem sempre foi predominante.

Para compreender verdadeiramente o impacto da afetividade no cenário educacional, é necessário contextualizá-la dentro da

perspectiva histórico-cultural da educação e suas transformações ao longo do tempo. Essa compreensão permite aos educadores reconhecer os

benefícios que a afetividade trouxe para dentro de sua prática pedagógica.

A evolução do conceito de infância está paralelamente relacionada à história da Educação Infantil e da afetividade. Suas concepções

passaram por diversas mudanças ao longo dos séculos, conforme nos conta Ariès (2011). Na Idade Média, por exemplo, as crianças eram

basicamente pequenos adultos, assumindo responsabilidades desde cedo. Elas eram mais como companheiros dos adultos do que membros de

uma categoria separada, compartilhando suas vidas com homens, mulheres, vizinhos, patrões e criados. A passagem pela família era breve, com

a socialização ocorrendo em um ambiente misto de gerações e relações. O trabalho era uma exigência para todos, e as crianças não eram

privadas dessa realidade.

Nos séculos XVI e XVII, as crianças continuavam aprendendo através da convivência próxima com os adultos. Não havia ainda uma

ideia clara do que era infância e suas particularidades. No decorrer do século XVII, percebe-se o início do processo de escolarização, por meio do

surgimento da escola e com ele o início do que mais adiante seria chamado de turma ou série. Foi um momento de separação, onde as crianças

foram colocadas em salas próprias, isoladas dos adultos. Esses espaços, chamados de quarentena, foram o início de uma nova era na educação.

Diante desse cenário, acontecimentos como a Idade Moderna, Revolução Industrial, o Iluminismo e o estabelecimento de Estados

Laicos, geraram uma nova visão sobre a criança, impulsionada por todas as transformações sociais e intelectuais que surgiram com esses

marcos. Assim, surgiu o papel do Pedagogo, muitas vezes representado por um tutor, que guiava a criança na direção à escola, transformando-a

de um ser sem importância que passa a ser um indivíduo de grande relevância na sociedade, com diretos e que precisa ter suas necessidades

físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais supridas. Essa mudança de perspectiva reflete uma sociedade mais humanizada, preocupada em
garantir o bem-estar e o desenvolvimento integral de todas as crianças. Um

importante marco histórico que faz com que afetividade e infância ganhem ainda mais força foi a denúncia feita por Rousseau (1762) sobre a

rigorosa forma de lidar com as crianças na época. Sua reivindicação revolucionou a forma de como a pedagogia foi aplicada até os dias atuais.

Em sua obra Emílio, elabora um método considerando que a infância é uma etapa única da vida e a criança precisa de educação personalizada e

cuidados especiais, lhe dando uma educação baseada no respeito em suas necessidades e interessas. Nos seus estudos, concluiu que a relação

da criança com seu educador deve ser permeada de afeto , para que assim tenha uma infância feliz. Essa abordagem, que hoje pode parecer

comum, em sua época era revolucionária e teve um impacto profundo na forma como as crianças eram educadas e tratadas.

Conforme Saviani (2007) é somente em 1808 que no Brasil teve

início a construção um sistema nacional de educação. A elite que liderou o processo de independência e organização do Estado brasileiro adotou

a ideia de escola laica. Além de alterar o sistema educacional, essa transição influenciou as aspirações e as influências da sociedade da época.

Mendonça (2012) afirma que no século XX a educação pública deu seus primeiros passos, marcando o início de uma jornada transformadora.

Porém, foi somente com a promulgação da Constituição Federal (BRASIL, 1988) que a criança foi finalmente reconhecida como sujeito de direitos

e a educação infantil foi oficialmente integrada ao sistema educacional. Esse marco não apenas transformou o panorama da educação, mas,

também, trouxe um novo olhar, mais humano e inclusivo, para a formação das crianças, valorizando sua importância e singularidade. A

compreensão da criança como um ser único, com necessidades e perspectivas distintas dos adultos, representa uma mudança essencial na

abordagem da educação infantil, refletindo a valorização de sua humanidade e individualidade. De acordo com Fraboni (1998) estamos em uma

era histórica marcada por grandes mudanças éticas e sociais, além de avanços recentes na tecnologia e na ciência. Esta situação oferece todas

as condições que permitirão promover um avanço significativo na educação infantil, fazendo com que a criança seja reconhecida como um

membro ativo da sociedade, com todos os direitos garantidos. Um exemplo disso são as escolas Wallonianas criadas ao decorrer do século XX,

onde sua proposta se baseia no desenvolvimento integral do aluno e teorias de Wallon, um dos percursores da educação humanizada.

Essa trajetória da educação mostra como a compreensão da infância mudou ao longo dos anos e ressaltam o quanto é crucial levar

em conta o contexto cultural e histórico ao falar sobre afetividade na Educação Infantil. Sendo assim, entender o que significa ser criança e a

importância de dar atenção às suas necessidades levou muito tempo para se desenvolver, ao longo de séculos de história. Essa jornada nos

mostra como a valorização da infância é uma conquista que continua a evoluir e a se aprimorar com o tempo. Eugênio Cunha (2017) menciona

como é interessante observar como a escola foi alicerçada sobre pilares que não promoveram um ensino democrático, afetivo e acessível a todos.

Assim, a demora de concepção sobre a importância de um processo educativo permeado por promulgação de autonomia, liberdade, olhar atento

em relação a criança e suas particularidades, a escola excluiu, de forma pragmática, o afeto nas relações de ensino e aprendizagem.

A esse respeito (p.30 ) diz que:

Quando se fala em fracasso na educação, é porque durante décadas o afeto ficou de fora da sala de aula, proporcionando
tecnicismo, a dicotomia entre razão e emoção, o reducionismo arbitrário e a aferição do valor do conhecimento mais pelo seu
individualístico poder de trânsito no mundo do que pelo seu poder de satisfação pessoal no compartilhar de saberes.

Ou seja, a falta da afetividade como instrumento pedagógico ao longo da história da educação refletiu diretamente no retardo de um

sucesso educacional para a produção de crianças desenvolvidas integralmente. Na escola, com o conceito atual de infância e educação hoje,

pode-se realmente criar um ambiente onde a vida floresça, onde cada um tenha espaço para ser quem é, participando ativamente do dia a dia e
construindo conhecimento através das conexões emocionais. Mesmo que lentamente, há um movimento nas escolas que busca resgatar o tempo

perdido, embora seja um desafio complexo. Portanto, é somente com a conscientização e reflexões dos educadores sobre o exercício pedagógico

e o impacto desse importante instrumento na vida das crianças, que irá se fazer escolas cada vez mais predominantes daquilo que é essencial à

educação, a saber, o amor e afeto.

Afetividade e Funcionamento Psíquico da Criança

Ao estudar o desenvolvimento da cognição humana, pode-se perceber como o aluno elabora suas decisões e como sua relação com o

ambiente influência no seu processo de aprendizagem. No caso da escola, esse estudo mostra como é importante observar que a lógica de

fundamentação mental é diferente em cada idade e, para o professor, possuir esse entendimento é crucial para ele elaborar corretamente sua

prática educativa e os mecanismos apropriados que promovam um estímulo do aprendizado adequado as necessidades do seu aluno. Diferentes

autores abordam as etapas na construção do desenvolvimento da criança, onde a importância da afetividade se apresenta como um ponto em

comum destacado por seus estudos.

Partindo desse princípio, as contribuições da teoria Walloniana acerca da afetividade são fundamentais para compreender qual papel

ela possui nas relações de aprendizagem e para realidade escolar. As ideias de Wallon (1968) abordam como essa dimensão facilita e promove a

cognição do aluno. A partir de sua teoria da emoção, ele concebe o afeto como elemento fundamental de sua teoria psicogenética.

Nas palavras do autor (p. 140-150)

As influências afetivas que rodeiam a criança desde o berço não podem deixar de exercer uma ação determinante na sua evolução

mental. Não porque originem completamente as suas atitudes e as suas maneiras de sentir, mas pelo contrário, precisamente porque

se dirigem, à medida que eles vão despertando, aos automatismos que o desenvolvimento espontâneo das estruturas nervosas

mantem em potência e, por seu intermédio, as reações intimas e fundamentais. Assim se mistura o social com o orgânico.

De acordo com Dantas (2021), dessa forma, pode-se pensar que a afetividade e a inteligência estão misturadas em um processo de

evolução desde os primórdios da humanidade, e não se dissociaram uma da outra até os tempos atuais, pelo contrário, estão inteiramente

ligadas, onde a estimulação da primeira equivale a nutrir a segunda, caminhando juntas. Nessa perspectiva, a valorização da afetividade pelos

educadores no processo de ensino/aprendizagem na Educação Infantil, se mostra de extrema relevância, tendo em vista ela ser um estimulante

no processo. Para Cunha (2017), Wallon considera que conhecer a infância compete somente ao adulto, enquanto para criança só é possível

vivê-la, ou seja, o adulto adquire conhecimentos com sua inteligência, enquanto a criança os absorve conforme vai vivendo, sendo uma integração

dinâmica entre o orgânico e o social.

Acerca disso, Wallon (2007) cita (p.198):

É contra a natureza tratar a criança fragmentariamente. Em cada idade, ela constitui um conjunto indissociável e

original. Na sucessão de suas idades, ela é um único e mesmo ser em curso de metamorfoses. Feita de contrastes e de

conflitos, a sua unidade será por isso ainda mais susceptível de desenvolvimento e de novidade.

O professor deve obter a noção de pessoa como um conjunto funcional resultante da integração de suas dimensões, sendo assim, o

desenvolvimento dos educandos apresentam movimentos que implicam integração, conflitos e alternâncias na predominância de suas ações, não

ocorrendo de forma linear e contínua. Ao longo dos estágios de desenvolvimento, esses grupos mudam de predominância em termos de

afetividade e cognição. Essa posição walloniana exige uma revisão dos métodos e teorias educacionais que colocam as crianças em uma posição
de objeto, ignorando suas necessidades únicas e a presença da afetividade, e as colocam como sujeitos onde através das emoções irão

exteriorizar seus desejos e vontades

Nesse sentido, Wallon (2007) afirma que não é apenas a inteligência que possui uma evolução, mas também a afetividade, sendo

assim, desperta a função do professor como mediador e facilitador do processo de construção da identidade da criança. O professor deve

observar as demandas do aluno para atendê-lo em suas diferentes exigências de afeto. Um educador orientado afetivamente saberá que seu

trabalho não se limita à área cognitiva; suas atitudes impactarão diretamente a área afetiva e motora do aluno e esse conjunto de fatores

determinarão o seu desenvolvimento. Wallon (2010) também destaca que na dimensão afetiva está o interesse do aluno, onde é papel do

professor estar atento, pois de lá iniciam suas necessidades. O professor deve identificar essas necessidades e estar prontamente criando

condições para satisfazê-las.

Sobre esse aspecto, Cunha (2017) menciona (p. 60):

Uma educação mal dirigida ou repressões podem fazer desvanecer e substituir pela escravidão dos

sentidos externos. Um educador impreparado para observar a alma infantil e o dinamismo das nuances do seu

desenvolvimento cognitivo pode calcar a sua natural necessidade para o aprendizado escolar e, consequentemente, de

expressar-se.

As emoções são, portanto, importantes para saúde psíquica. Todo e qualquer distúrbio que interfere nas relações sociais do ser, é

danoso à aprendizagem. É preciso então, que se tenha em sala de aula educadores que promovam afetividade e a constituam como elemento

norteador de suas práticas pedagógicas, atentos da importância que sua atuação carrega e suas consequências no desenvolvimento de cada

criança.

Nesse contexto, partindo para ótica piagetiana, a vida afetiva e vida cognitiva também são inseparáveis. Segundo a análise de Taille

(2021), para Jean Piaget, a relação existente entre a construção da afetividade, funções motoras e cognitivas seguirá desde a infância até a

adolescência do ser humano. Piaget (2007) aponta quatro estágios com diferentes níveis: sensório motor, pré-operatório, operações concretas e

formais. No estágio sensório-motor que vai do nascimento até aos dois anos, as crianças exploram o mundo por meio de sentidos, ela não utiliza a

fala, mas aplica as ações. Acerca dessa fase, Erikson (2002) diz que a criança vai construindo sua teoria de mundo e sua base de confiança.

Souza (2013), irá salientar (p. 20-21):

As relações afetivas nas salas de aula dependem muito das atitudes do professor. Se ele se mantiver indiferente ou expressar raiva
em relação aos alunos, a tendência é que essas atitudes causem rações recíprocas nos alunos, gerando um ambiente conflituoso que
dificultará a aquisição do conhecimento. As emoções e os sentimentos das crianças influenciam o seu desempenho escolar.

Ou seja, se o cuidador e o espaço em que a criança está se formando reagir adequadamente aos seus sinais, nutrindo e conferindo

tranquilidade, esta poderá reconhecer como algo regular e não ameaçador, se desenvolvendo o sentimento de segurança. Em contrapartida, se o

seu ambiente é despojado de afeto, cresce receosa, medrosa, assustada, solidificando a desconfiança. Sendo assim, os cuidados afetivos e

resposta sensível dos pais e educadores desempenham um papel fundamental na construção dessa base saudável.

Seguindo para o período pré-operatório, cerca de três a seis anos, a criança começa a desenvolver a habilidade de linguagem,

pensamento simbólico e Erikson (2002) aborda a influência da afetividade no senso inicial de autonomia. Se o seu ambiente formador for

permeado de incentivo e encorajamento as novas habilidades, a criança vai interagindo progressivamente melhor com ele, desenvolvendo o

sentido de independência. Se pelo contrário, a super protegerem, criticando-a, tudo fazendo em seu lugar e a limitando, resultará em dúvida, em
uma auto imagem dominada pela culpa e incertezas de suas capacidades. Significa assim, que os educadores devem observar as crianças, lhes

proporcionando vivências em que favoreçam essa independência.

Pode-se concluir, portanto, que os benefícios que a afetividade traz para o educador como elemento facilitador da aprendizagem são

claros. Conforme afirma Rossini (2001), a afetividade presente tem o poder de potencializar de forma significativa a formação da criança, em sua

formação crítica, intelectual e reflexiva. Os educadores devem então, refletir e resgatar esse tema no cotidiano, buscando essas qualidades para a

construção de seus alunos, evidenciando-se novamente assim, a importância da priorização do afeto na Educação Infantil.

Afetividade e Dificuldade de Aprendizagem

METODOLOGIA DO ESTUDO

A metodologia adotada neste estudo tem por objetivo estabelecer uma análise crítica de artigos científicos. Inicialmente foram realizadas

pesquisas com informações retiradas de bases de dados, em sites, selecionando artigos sobre afetividade na educação infantil, escritos a partir de

2020. Desses artigos selecionados previamente, pelo menos, três deles foram escolhidos, a saber, A importância da afetividade no processo

de aprendizagem na educação infantil, de Silva e Santos (2020); Afetividade na educação infantil: a importância do afeto no processo de

ensino-aprendizagem, de Siqueira e Sampaio (2021) e A afetividade no processo de desenvolvimento e aprendizagem infantil: uma revisão

bibliográfica, de Oliveira e Caixeta (2022) E, para cada um deles, individualmente, será realizada uma crítica tendo por base, como ferramenta,

um questionário (vide modelo em Apêndice), organizado por Cunha, Pacheco e Vigário (2015), já validado por três professores especializados em

pesquisa, com dezessete questões abertas, cujas respostas deverão conter as justificativas, independente de elas serem positivas ou negativas.

ANÁLISE CRÍTICA DE ARTIGOS CIENTÍFICOS

A importância da afetividade no processo de aprendizagem na educação infantil

Graciela Ferreira da Silva e Maximina Magda de França Santos (2020)

1. O título do artigo é claro e objetivo?

Sim. O título do artigo indica diretamente o tema abordado e a contribuição que o artigo trará para área de estudo.

2. Possui uma breve introdução, com embasamento científico, justificando a realização do estudo?

Sim. A justificativa do estudo apresentado no artigo é fundamentada da identificação pessoal da autora e sua da experiência de seis anos como

professora de Educação Infantil, lecionando em uma creche da Rede Municipal de Surubim-PE, através da qual pode refletir sobre a necessidade

de resgatar essa temática na ação pedagógica como colaborador do processo de aprendizagem da criança, visto que é na escola que ela

estabelece a afetividade por meio de relações de trocas, dando e recebendo afeto. Embasada em autores como Almeida, Bock, Chalita,

Mahoney, Paula e Oliveira.

3. O problema de estudo está bem definido (em forma de pergunta)?

Sim. A pesquisa se propõe em responder a seguinte questão: De que forma a afetividade pode contribuir para a melhoria no processo de

aprendizagem da Educação Infantil?

4. Os objetivos estão bem definidos?


Sim. A pesquisa coloca como objetivo geral analisar a importância da afetividade no processo de aprendizagem na Educação Infantil e como

específicos identificar de que forma a afetividade pode contribuir para a melhoria no processo de aprendizagem na Educação Infantil; destacar os

benefícios que comprovem a influência da afetividade inserida na Educação Infantil; discutir sobre a relevância da afetividade na prática

pedagógica.

5. A justificativa, ou seja, a contribuição que o estudo trará, foi explicitada?

Sim. A pesquisa buscar contribuir com a melhoria de aprendizagem do aluno e prática pedagógica dos professores da Educação Infantil.

6. Foram elaboradas hipóteses ou pressupostos, como respostas provisórias ao problema formulado?

Sim. Tem-se como hipótese ao problema a contribuição da afetividade não só para o desenvolvimento cognitivo da criança, mas, principalmente,

para sua formação integral, favorecendo a constituição do indivíduo nas suas relações interpessoais.

7. Possui referencial teórico, com embasamento científico? Em caso afirmativo, destaque os principais assuntos abordados.

Sim. A pesquisa aborda sobre o conceito da afetividade segundo o dicionário Aurélio e seu real significado na vivência escolar; A afetividade na

família, colocando-a como alicerce para construção da personalidade do ser humano, baseada em Reginatto (2013) e Chalita (2004); A

importância da presença da afetividade na escola, explorando a Educação Infantil como a verdadeira estrutura do aprendizado, que possibilita a

criança para sua formação completa, defendida por Bock (1999) e Sarmento (2010).

8. No material e métodos existe explicação clara dos exames e testes a serem realizados, bem como a devida justificativa para sua utilização,

expondo e explicando os procedimentos que serão realizados?

Sim. Foi realizado uma pesquisa de campo com aplicação de um questionário composto de três perguntas abertas e fechadas com professoras

efetivas da Educação Infantil que lecionam há cinco anos em uma creche localizada no munícipio de Surubim, em turmas nível de berçário,

Maternal I e Maternal II. Com a justificativa de compreender a afetividade e suas contribuições para o processo de aprendizagem na Educação

Infantil.

9. Existe cálculo do tamanho da amostra e justificativa do tamanho definido?

A amostra foi realizada com 10 professoras do Ensino Infantil, em 3 turmas no turno da manhã e tarde. Não houve justificativa para o tamanho

escolhido.

10. A forma de recrutamento dos sujeitos está clara, ou seja, os critérios de inclusão e exclusão dos participantes da amostra estão bem

definidos?

Os critérios de inclusão para a pesquisa de campo, são professoras com anos de experiência e atuantes na Educação Infantil, tendo o contato

diário com a realidade da sala de aula e a afetividade, com propriedade para contribuir com o tema estudado.

11. Há indicação das ferramentas de pesquisa a serem utilizadas na coleta e na análise de dados? Em caso afirmativo, destaque os principais

resultados.

A ferramenta de pesquisa foi um questionário composta por 10 perguntas, que foram expostas. Com o resultado e análise das respostas, chegou-

se a conclusão que algumas professoras entrevistadas não possuem um ponto de vista muito amplo sobre o conceito da afetividade, devendo ser

bem mais trabalhado no ambiente escolar. E grande maioria das professoras tem consciência dos benefícios que o afeto tem quando interligado

ao aprendizado da criança, mostrando-se propensas para desempenharem seus papéis enquanto mediadoras, formadoras do

conhecimento intermediadas pelas dimensões afetivas.


12. Possui considerações finais, com embasamento científico? Em caso afirmativo, destaque as principais.

Não. As considerações finais da pesquisa apresentam uma recapitulação dos capítulos de estudo, fazendo um breve resumo e conclusão. Além

disso, a autora expôs seu agradecimento e de que forma a construção do artigo contribuiu em sua vida profissional.

13. A linguagem utilizada em todo o artigo é acessível? Faça sua consideração sobre ela.

O texto apresenta uma linguagem clara e objetiva, utilizando termos técnicos de forma acessível e explicando conceitos específicos para garantir

a compreensão do leitor. É bem estruturado e desenvolve seu argumento de maneira direta, apresentando uma visão abrangente sobre a

afetividade, discutindo sua importância em diversos contextos e destacando sua relevância no campo educacional.

14. O artigo apresentava referências, anexos, apêndices ou outros elementos pós-textuais?

O artigo apresenta referências bibliográficas e anexo das perguntas do questionário realizado.

15. Todas as citações utilizadas no artigo estavam referenciadas?

Sim. O artigo é composto de citações diretas e indiretas.

16. As referências foram listadas conforme as normas da ABNT?

Sim. As referências foram listadas conforme as normas da ABNT, havendo apenas alguns pequenos erros nos títulos, com algumas iniciais

grafadas em letras maiúsculas.

17. Apresente um comentário crítico a essa análise, destacando o que você acrescentaria ou substituiria no mesmo.

O artigo discute a importância da afetividade no processo de aprendizagem, tanto no ambiente familiar quanto na escola, enfatizando sua

relevância no desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças. Ele destaca que a afetividade não deve ser reduzida apenas a gestos de

carinho, mas, sim, entendida como um componente crucial para o crescimento e a formação do indivíduo. Ao analisar a pesquisa, acrescentaria

alguns pontos, como: uma discussão mais detalhada sobre como a afetividade influencia a motivação dos alunos para aprender, bem como

estratégias para cultivar a motivação; poderia ser enriquecido também com exemplos práticos e estudos de caso que ilustram como a afetividade

influencia efetivamente o processo de aprendizagem em diferentes contextos educacionais.

Afetividade na educação infantil: a importância do afeto no processo de ensino-aprendizagem

Eliete de Oliveira Siqueira e Janie dos Santos Coimbra Sampaio (2021)

1. O título do artigo é claro e objetivo?

Sim. O título do artigo indica diretamente o tema abordado e a contribuição que o artigo trará para área de estudo.

2. Possui uma breve introdução, com embasamento científico, justificando a realização do estudo?

Sim. A escolha do tema também se fundamenta na experiência de estágio em uma ONG que acolhe crianças em situação de vulnerabilidade,

onde foi observado que a construção da afetividade estava diretamente relacionada à motivação das crianças para realizar as atividades

propostas.

3. O problema de estudo está bem definido (em forma de pergunta)?

Sim. A pesquisa foi problematizada em cima da seguinte questão: Qual importância da afetividade no processo de ensino-aprendizagem de

crianças da educação infantil?

4. Os objetivos estão bem definidos?


Sim. O objetivo geral baseia-se em compreender a importância da afetividade no processo de ensino-aprendizagem de crianças da educação

infantil. E como específicos compreender a afetividade na educação infantil; explicar a importância da afetividade na relação professor/aluno e

caracterizar as manifestações afetivas da educação infantil que interferem no processo ensino-aprendizagem.

5. A justificativa, ou seja, a contribuição que o estudo trará, foi explicitada?

O estudo busca compreender a importância da afetividade no processo ensino-aprendizagem de crianças na educação infantil, o que pode

fornecer percepções valiosas para a prática pedagógica.

Ao investigar a relação da afetividade com o desenvolvimento cognitivo das crianças, o estudo pode ajudar a destacar a necessidade de

considerar não apenas os aspectos cognitivos, mas também os emocionais no ambiente educacional

6. Foram elaboradas hipóteses ou pressupostos, como respostas provisórias ao problema formulado?

Não foram elaboradas hipóteses ou pressupostos ao problema formulado.

7. Possui referencial teórico, com embasamento científico? Em caso afirmativo, destaque os principais assuntos abordados.

Sim. o artigo apresenta a sua fundamentação teórica, discorrendo sobre a formação dos professores de Pedagogia, a educação infantil, a

afetividade no ambiente escolar e familiar, as manifestações de afeto e qual é a importância desse afeto na visão de alguns teóricos, como Piaget

e Wallon.

8. No material e métodos existe explicação clara dos exames e testes a serem realizados, bem como a devida justificativa para sua utilização,

expondo e explicando os procedimentos que serão realizados?

Sim. O método utilizado pelo artigo foi a pesquisa qualitativa e o trabalho é fundamentado em materiais já existentes na área, como livros e artigos

que deram embasamento ao tema proposto. Justifica-se a escolha de livros e artigos pela importância de se buscar dados bibliográficos seguros e

citações não equivocadas. Além da experiência em estágio não formal, oferecido pela Universidade do Estado da Bahia - Campus IX, em uma

ONG, que abriga crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, localizada na cidade de Barreiras-BA.

9. Existe cálculo do tamanho da amostra e justificativa do tamanho definido?

Não. Mas por ser uma pesquisa bibliográfica isto é possível.

10. A forma de recrutamento dos sujeitos está clara, ou seja, os critérios de inclusão e exclusão dos participantes da amostra estão bem

definidos?

Foram selecionados pesquisas e teóricos que abordam a afetividade como uma peça fundamental no processo de ensino-aprendizagem, dentre

eles, Piaget e Wallon.

11. Há indicação das ferramentas de pesquisa a serem utilizadas na coleta e na análise de dados? Em caso afirmativo, destaque os principais

resultados.

Foi realizado um levantamento de fontes primárias, a saber, artigos sobre o tema escolhido, periódicos, resumo de anais de congressos

produzidos no ano de 2019 (tendo como referência o ano em que o estágio foi realizado) além do destaque ao comportamento, emoções dos

alunos durante o estágio e fragmentos de falas dos professores nesse contexto.

12. Possui considerações finais, com embasamento científico? Em caso afirmativo, destaque as principais.
Não. As considerações finais do artigo apresentam uma breve reflexão sobre a importância do afeto na Educação Infantil e nos processos de

ensino aprendizagem. No mais, a autora se concentra em reflexões pessoais e experiências vividas durante a realização da pesquisa,

mencionando as dificuldades enfrentadas devido à pandemia e as restrições impostas pelo distanciamento social.

13. A linguagem utilizada em todo o artigo é acessível? Faça sua consideração sobre ela.

O texto apresenta uma linguagem clara e objetiva, utilizando termos técnicos de forma acessível e explicando conceitos específicos para garantir

a compreensão do leitor. É bem estruturado e desenvolve seu argumento de maneira direta, ele apresenta uma visão abrangente sobre a

afetividade, discutindo sua importância em diversos contextos e destacando sua relevância no campo educacional.

14. O artigo apresentava referências, anexos, apêndices ou outros elementos pós-textuais?

A pesquisa apresenta apenas referências bibliográficas.

15. Todas as citações utilizadas no artigo estavam referenciadas?

Sim. O artigo é composto de citações diretas e indiretas.

16. As referências foram listadas conforme as normas da ABNT?

Sim. As referências foram listadas conforme as normas da ABNT, havendo apenas alguns pequenos erros de palavras não abreviadas, como, por

exemplo, páginas e não p..

17. Apresente um comentário crítico a essa análise, destacando o que você acrescentaria ou substituiria no mesmo.

O artigo aborda diversos aspectos relevantes, incluindo a definição da criança como sujeito histórico e de direitos, a influência do afeto no

desenvolvimento infantil e a importância da relação professor-aluno na promoção do afeto. Ao analisar a pesquisa acrescentaria alguns pontos,

como: Dado o contexto da pandemia e as mudanças que ocorreram na educação, seria pertinente discutir como as restrições impostas pelo

distanciamento social afetaram as interações afetivas no ambiente escolar e quais estratégias foram empregadas para promover o afeto à

distância; o texto poderia se aprofundar na discussão sobre a natureza complexa das relações afetivas entre professores e alunos, explorando

nuances como a diferenciação entre afeto e superproteção, a importância do estabelecimento de limites e a promoção da autonomia emocional

das crianças.

A afetividade no processo de desenvolvimento e aprendizagem infantil: uma revisão bibliográfica

Larissa Ferreira de Oliveira e Cátia Aparecida Silveira Caixeta (2021)

1. O título do artigo é claro e objetivo?

Sim. O título do artigo indica diretamente o tema abordado e a contribuição que o artigo trará para área de estudo.

2. Possui uma breve introdução, com embasamento científico, justificando a realização do estudo?

Sim. A pesquisa se justifica pela necessidade de compreender a importância da afetividade na Educação Infantil, bem como descrever

razões que orientam que a relação professor-aluno seja efetiva nessa perspectiva. Embasando suas afirmações fazendo referências às Políticas

Educacionais, como a LDB.

3. O problema de estudo está bem definido (em forma de pergunta)?


Sim. São perguntas propostas no estudo: Como a relação professor-aluno pode influenciar os resultados alcançados na Educação Infantil? Como

as relações de afeto devem ocorrer no ambiente escolar da Educação Infantil? Ainda no contexto da Educação Infantil, qual a influência

direta da afetividade para o desenvolvimento infantil e aquisição do conhecimento?

4. Os objetivos estão bem definidos?

Sim. o objetivo geral da pesquisa consiste em: conhecer e descrever, através da pesquisa bibliográfica, os impactos da afetividade no processo de

aprendizagem das crianças na Educação Infantil. Os objetivos específicos são compreender o real significado da afetividade para o contexto da

Educação Infantil; refletir sobre o papel do professor no desenvolvimento de crianças pequenas e mostrar que a relação de afetividade, nesse

nível de ensino, é uma prática eficaz para o processo de ensino e aprendizagem.

5. A justificativa, ou seja, a contribuição que o estudo trará, foi explicitada?

Sim. A contribuição do artigo consiste em servir como base para futuras pesquisas relacionadas à temática retratada, não somente

para o meio acadêmico, mas, também, para aqueles que têm curiosidade em compreender a importância do relacionamento

entre docentes e discentes no contexto da Educação Infantil.

6. Foram elaboradas hipóteses ou pressupostos, como respostas provisórias ao problema formulado?

Não foram elaboradas hipóteses ou pressupostos, como respostas provisórias ao problema formulado.

7. Possui referencial teórico, com embasamento científico? Em caso afirmativo, destaque os principais assuntos abordados.

Sim. O texto discute a importância da afetividade no contexto da Educação Infantil, destacando a necessidade de os educadores estabelecerem

vínculos afetivos com as crianças para promover um ambiente de aprendizagem seguro e acolhedor. Além de revisar as perspectivas de autores

como Piaget, Wallon e Vygotsky sobre a relação entre afetividade e aprendizagem. Piaget enfatiza a interdependência entre vida afetiva e

intelectual, enquanto Wallon destaca a importância da afetividade no desenvolvimento infantil e Vygotsky ressalta a influência do ambiente social

no processo de aprendizagem.

8. No material e métodos existe explicação clara dos exames e testes a serem realizados, bem como a devida justificativa para sua utilização,

expondo e explicando os procedimentos que serão realizados?

A pesquisa foi realizada baseada em uma revisão bibliográfica exploratória, tendo como propósito adquirir maior conhecimento sobre a temática,

para torná-la mais compreensível ou constituir hipóteses sobre o problema apresentado.

9. Existe cálculo do tamanho da amostra e justificativa do tamanho definido?

A coleta de dados foi realizada no período de agosto de 2021 a setembro de 2021, pelo próprio pesquisador, em livros, sites acadêmicos e artigos

científicos publicados.

10. A forma de recrutamento dos sujeitos está clara, ou seja, os critérios de inclusão e exclusão dos participantes da amostra estão bem

definidos?

Utilizou-se como critério de inclusão do material bibliográfico, o foco na afetividade na Educação Infantil. Foram desconsiderados textos cujo

enfoque sobre afetividade estava presente nos demais níveis de ensino da Educação Básica.

11. Há indicação das ferramentas de pesquisa a serem utilizadas na coleta e na análise de dados? Em caso afirmativo, destaque os principais

resultados.
A ferramenta de pesquisa limitou-se em livros, sites acadêmicos e artigos científicos. E os resultados mostraram o quanto é necessário que o

educador do século XXI trabalhe a partir da perspectiva de que educação e afeto são interdependentes e indissociáveis no processo de

aprendizagem. Os autores pesquisados ressaltam que a afetividade proporciona ao aluno um maior desejo em aprender.

12. Possui considerações finais, com embasamento científico? Em caso afirmativo, destaque as principais.

Não. As considerações finais da pesquisa consistem em um breve resumo sobre o assunto e um desfecho sobre as leituras e análises realizadas

dos teóricos. As considerações finais foram que todas as experiências vivenciadas pelo aluno impactam nos resultados do seu processo de

aprendizagem. Sendo assim, é essencial que os educadores responsáveis por crianças de até 5 anos em creches e pré-escolas reconheçam

singularidades da infância e do desenvolvimento infantil, estabelecendo vínculos afetivos com os pequenos, favorecendo a conquista da

autonomia, maior conhecimento de si e do mundo.

13. A linguagem utilizada em todo o artigo é acessível? Faça sua consideração sobre ela.

O texto apresenta uma linguagem clara e objetiva, utilizando termos técnicos de forma acessível e explicando conceitos específicos para garantir

a compreensão do leitor. É bem estruturado e desenvolve seu argumento de maneira direta, ele apresenta uma visão abrangente sobre a

afetividade, discutindo sua importância à base de teóricos e destacando sua relevância no campo educacional.

14. O artigo apresentava referências, anexos, apêndices ou outros elementos pós-textuais?

O artigo apresenta apenas referências bibliográficas.

15. Todas as citações utilizadas no artigo estavam referenciadas?

Sim. O artigo é composto de citações diretas e indiretas.

16. As referências foram listadas conforme as normas da ABNT?

Não, durante as referências foram encontrados erros como palavra em outros idiomas sem o destaque em itálico, iniciais com letras maiúsculas

em todas as palavras dos títulos e o uso de negrito nos subtítulos.

17. Apresente um comentário crítico a essa análise, destacando o que você acrescentaria ou substituiria no mesmo.

O texto apresenta uma análise detalhada sobre como a afetividade está intrinsecamente ligada ao processo de aprendizagem, desde os primeiros

anos de vida até a idade adulta, além de também explorar diversas perspectivas teóricas de autores renomados como Piaget, Wallon e Vygotsky.

Ao analisar a pesquisa acrescentaria alguns pontos, como: explorar o impacto da tecnologia no desenvolvimento da afetividade e na

aprendizagem infantil, considerando seu papel cada vez mais proeminente na vida das crianças.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS
CUNHA, Maria Auxiliadora Terra; PACHECO, Guilherme Borges; VIGÁRIO, Patrícia dos Santos. Análise crítica de artigos científicos. Rio de

Janeiro: Centro Universitário Augusto Motta, 2015.

OLIVEIRA, Larissa Ferreira de; CAIXETA, Cátia Aparecida Silveira. A afetividade no processo de desenvolvimento e aprendizagem infantil: uma

revisão bibliográfica, Revista Pergaminho - Centro Universitário de Patos de Minas, n. 12, p. 07-19, 2021. Disponível em:

<https://revistas.unipam.edu.br/index.php/pergaminho/article/view/4544/2244>.

Acesso em: 12. mar. 2024.


SILVA, Graciela Ferreira da; SANTOS, Maximina Magda de França. A importância da afetividade no processo de aprendizagem na educação

infantil, Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 1, p.1029-1047, jan. 2020. Disponível em:

<https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/5961/5327>. Acesso em: 12. mar. 2024.

SIQUEIRA, Eliete de Oliveira; SAMPAIO, Janie dos Santos Coimbra. Afetividade na educação infantil: a importância do afeto no processo de

ensino-aprendizagem. TCC (Graduação - Pedagogia). Departamento de Ciências Humanas. Barreiras: Universidade do Estado da Bahia,

Campus IX. 2021.

<https://saberaberto.uneb.br/server/api/core/bitstreams/af2dbbca-636b-4830-bc92-0d4d4ffca7d9/content>. Acesso em: 12. mar. 2024.


APÊNDICE

Análise Crítica de Artigos Científicos

Título do artigo: ______________________________________________________

Autores: ____________________________________________________________

1. O título do artigo é claro e objetivo?

2. Possui uma breve introdução, com embasamento científico, justificando a realização do estudo?

3. O problema de estudo está bem definido (em forma de pergunta)?

4. Os objetivos estão bem definidos?

5. A justificativa, ou seja, a contribuição que o estudo trará, foi explicitada?

6. Foram elaboradas hipóteses ou pressupostos, como respostas provisórias ao problema formulado?

7. Possui referencial teórico, com embasamento científico? Em caso afirmativo, destaque os principais assuntos abordados.

8. No material e métodos existe explicação clara dos exames e testes a serem realizados, bem como a devida justificativa para sua utilização,

expondo e explicando os procedimentos que serão realizados?

9. Existe cálculo do tamanho da amostra e justificativa do tamanho definido?

10. A forma de recrutamento dos sujeitos está clara, ou seja, os critérios de inclusão e exclusão dos participantes da amostra estão bem

definidos?

11. Há indicação das ferramentas de pesquisa a serem utilizadas na coleta e na análise de dados? Em caso afirmativo, destaque os principais

resultados.

12. Possui considerações finais, com embasamento científico? Em caso afirmativo, destaque as principais.

13. A linguagem utilizada em todo o artigo é acessível? Faça sua consideração sobre ela.

14. O artigo apresentava referências, anexos, apêndices ou outros elementos pós-textuais?

15. Todas as citações utilizadas no artigo estavam referenciadas?

16. As referências foram listadas conforme as normas da ABNT?

17. Apresente um comentário crítico a essa análise, destacando o que você acrescentaria ou substituiria no mesmo.

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