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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CURSO DE LETRAS/LIBRAS BACHARELADO

Atuação dos Tradutores Intérpretes no Contexto Educacional na


Escola Estadual Militarizado Dr. Luiz Rittler Brito de Lucena: Um
estudo de caso

Fernanda Souza Monteiro

BOA VISTA- RR
JULHO /2022
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO.........................................................................3

2- OBJETIVOS.............................................................................4

3- JUSTIFICATIVA.......................................................................5

4- REVISÃO TEÓRICA................................................................6

5- METODOLOGIA......................................................................7

6- CRONOGRAMA.......................................................................8

7- REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................9

8- ANEXOS..................................................................................10
1-INTRODUÇÃO

Nesta pesquisa analisaremos a atuação do tradutor intérprete no contexto

educacional com o aluno surdo. Mas quem é o tradutor intérprete educacional ?

De acordo com Quadros (2004, p 59), o intérprete educacional é aquele que atua

como profissional de língua de sinais na educação. É a área de interpretação

mais requisitada atualmente. O tradutor intérprete é responsável por manter o

contato entre o aluno surdo, o professor e os colegas ouvintes. Observamos que

o tradutor intérprete enfrenta muitas dificuldades no contexto escolar. Portanto,

verificaremos ao longo da pesquisa como é a atuação do tradutor intérprete no

contexto educacional, visando discurtir qual é o papel do tradutor intérprete

educacional e a interrelação entre a tríade: o aluno (a) surdo, o professor (a) e o

profissional intérprete. Espera-se que essa relação seja harmoniosa, mas

infelizmente não é o que acontece por alguns fatores como: o professor acaba

transferindo a responsabilidade que seria dele para o intérprete gerando uma

sobre carga sobre o profissional intérprete; o tradutor intérprete não tem

formação didática; o aluno surdo costuma não ser fluente em Libras. Portanto,

visamos discutir essas problemáticas e apresentar possíveis propostas de

como podemos tornar essa relação mais frutífera. Faremos um estudo de caso

de uma escola estadual de Roraima e como procedimentos metodológicos

faremos entrevistas com a tríade e observações na sala de aula. Para tanto,

teremos como fundamentação teórica Quadros (2004, 2007), Lacerda (2017),


Barros et al (2017). Como resultados esperados pretendemos apresentar

propostas de como a relação entre os envolvidos pode ser mais produtiva.


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2- OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

* Verificar como está acontecendo a atuação do tradutor intérprete no contexto

educacional nas escolas estaduais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

* Descrever os desafios encontrados pelos tradutores intérpretes nas escolas

estaduais.

* Verificar o apoio do Governo do estado para com os tradutores intérpretes

educacionais.
* Analisar o trabalho realizado pela gestão escolar quando se trata do tradutor intérprete

educacional.
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3- JUSTIFICATIVA

A atuação do tradutor intérprete educacional vem se tornando cada vez mais importante

no contexto escolar, pois nas escolas se encontram alunos surdos que necessitam de

um tradutor intérprete educacional ao lado deles, é através dos tradutores intérpretes

que os alunos surdos obterão conhecimentos em relação aos conteúdos escolares e

principalmente conseguirão ter um contato com os professores e alunos ouvintes, ou

seja o tradutor intérprete educacional estará na sala para que o aluno surdo tenha um

bom aprendizado e ao mesmo tempo fará com que o aluno surdo não se sinta excluído,

fazendo com que ele consiga ter uma interação com seus professores e colegas da

sala. A função do tradutor intérprete infelizmente ainda é muito desvalorizada no Brasil,

apesar da sua função ser muito importante para a comunidade surda, aqueles que

trabalham no ambiente escolar acabam recebendo funções que não fazem parte do seu

papel como intérpretes, com isso os tradutores intérpretes estão em busca de

reconhecimento e melhorias para sua profissão. A escolha desse tema é muito

relevante no dia de hoje, pois as pessoas obterão mais conhecimento sobre a função

do tradutor intérprete educacional,e saberão se a função deles são valorizados ou não

no contexto educacional. Nas escolas onde os surdos se encontram, o papel do

tradutor intérprete educacional é fundamental. Portanto essa pesquisa tem uma grande

necessidade de apresentar á comunidade em geral, essa profissão que é tão

importante na vida da comunidade surda.

4- REVISÃO TEÓRICA
O intérprete educacional infelizmente enfrenta muitas dificuldades dentro do

ambiente escolar. Uma dessas dificuldades está relacionada à equipe pedagógica. De

acordo com Santos, Grilo, Dutra ( 2010 p. 3) " A falta de conhecimento da equipe

pedagógica da escola sobre o papel do TILS faz com que alguns equívocos

aconteçam". Sabemos que no ambiente escolar é onde mais encontramos os

intérpretes, mas vemos uma grande dificuldade quando se trata do reconhecimento do

papel que eles exercem. Segundo Girke (2018,p.25) "O trabalho do intérprete

educacional de língua de sinais não deveria ser visto como uma função simples, pois

não é apenas traduzir uma língua para outra, mas fazer com que o aluno surdo

realmente tenha um bom desenvolvimento escolar.” Para ser um intérprete educacional

não basta só você chegar na sala e traduzir ou interpretar para o aluno surdo, mas

fazer com que o aluno surdo tenha outras habilidades ao longo do seu aprendizado.

Para Girke (2018, p.22 ), " O intérprete está intimamente envolvido no processo de

ensino-aprendizado do aluno surdo, sendo esperado dele certa postura e ações que se

condizem ao de um educador em sala de aula nessas condições." Isso não quer dizer

que o intérprete educacional deva ser o professor do aluno surdo, mas procurar se

aperfeiçoar cada vez mais na sua função como intérprete educacional, entendendo que

o dever dele de certa forma é considerado um trabalho pedagógico. Quadros ( 2007,

pag. 60) Relata que “ Vale ressaltar que se o intérprete, é apenas aquele que está

atuando na educação infantil ou fundamental, mais difícil torna- se a sua tarefa” pois

quando se trata das crianças com idades menores, elas não conseguem diferenciar

com mais clareza quem é o intérprete e quem é o professor, por conta do intérprete

ficar mais proximo delas, elas acabam achando que o intérprete seria o professor,então

isso é algo que precisa ser trabalhado na escola, as crianças surdas precisam ententer
que a pessoa que fica a sua dispossição é o intérprete que está ali para fazer a

comunicação entre ela e o professor. De acordo com LACERDA ( 2017, pag 57 ) “No

contexto da educação infantil, atuando com crianças surdas bastante jovens, é

frequente que elas tenham um dominio de libras restrito, já que, no espaço pesquisado,

todas eram filhas de pais ouvintes, é a maior parte está aprendendo libras na escola,

pelo o contato com seus colegas surdos, com o educador surdo e também com a

intérprete.” As crianças surdas quando chegam na escola, elas encontram uma grande

dificuldade para aprender a libras e ate mesmo para ter contato com as crianças

ouvintes, pois muitas crianças surdas não sabem a libras, pois são filhos de pais

ouvintes que acaba dificultando mais no aprendizado deles.Lacerda ( 2017, pag 42) “

Destaca-se que o decreto n. 5.626 aponta em vários artigos a necessidade de os

alunos surdos serem atentidos de forma não isolada de modo a favorecer seu

desenvolvimento linguístico.” Ou seja por conta do aluno surdo ser surdo, muitas vezes

ele é tratado de forma diferente do ouvinte, causando uma exclussão entre eles. A luta

hoje é fazer com que os alunos surdos consigam tem um desenvolvimento linguistico

não só no contexto educacional, mas em todos os lugares que eles frequentarem, mas

para que eles tenham esse desenvolvimento eles precisam ter contato com os ouvintes.
5- METODOLOGIA

Meu estudo de caso será no COLEGIO ESTADUAL MILITARIZADO DR LUIZ RITTLER

BRITO DE LUCENA aonde se encontra 3 alunas surdas, uma estuda pela manhã no 7

ano e duas a tarde, uma no 1 ano e outra no segundo ano. Na escola estudam alunos

com lado de surdez, mas não são surdos, eles são autistas e não são praticantes da

libras, a escola tem duas intérpretes, mas uma delas está trabalhando como cuidadora

de um aluno que tem o laudo de surdo, mas é autista, ou seja a intérprete está em

desvio de função, conversamos com uma das interpretes que diz trabalhar em 2

horários, pela manhã com uma aluna surda do 7 ano e a tarde com uma aluna do 2

ano, no momento a aluna do 1 ano está sem intérprete, pois a intérprete pediu para

sair, e só irão colocar outra intérprete ano que vem, perguntamos como funcionava a

relação dela com os professores, e se os professores adaptavam a aula para os alunos

surdos, ela nos respondeu que na turma da aluna do 7 ano a maioria dos professores

não interagem com ela e nem com a aluna surda e poucos professores se preocupam

em fazer adaptação, geralmente mandam fazer atividades do livro. Ela citou que nas

reunião pedagógicas a coordenadora comunica que eles tem que fazer adaptação,

porém só fazem adaptação no momento da prova, já no conteúdo e atividades é igual

para todos os alunos, com a aluna do 2 ano só as professoras de biologia e história que

utilizam recursos visuais como slide e vídeos no data show. Em dezembro o contrato

dela acaba, mas ela não pretende fazer outro seletivo, está a 5 anos na educação,

recebendo apenas um salário mínimo e trabalhando 40 horas semanais, disse que vai
começar a cuidar mais de si, relatou que fica triste pelas as alunas, pois percebe que só

ela se preocupa com o aprendizado delas, e que é raro ter o apoio da família e

dificilmente da escola.

6- CRONOGRAMA

A elaboração do cronograma responde à pergunta quando? A pesquisa deve ser

dividida em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma

fase a outra. Não esquecer que há determinadas partes que podem ser executadas

simultaneamente enquanto outras dependem das fases anteriores. Distribuir o tempo

total disponível para a realização da pesquisa, incluindo nesta divisão a sua

apresentação gráfica.

MES/ETAPAS Mês/ano Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês

Revisão de
Literatura
Coleta de
dados
Análise dos
dados
Organização do
roteiro/partes
Redação do
trabalho
Revisão e
redação final
Entrega da
monografia
Defesa da
monografia
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7-BIBLIOGRAFIA

QUADROS,Ronice Mulher de. O tradutor e Intérprete de Língua Brasileira


de Sinais e Língua Portuguesa. 1.ed. Brasilia: MEC, 2004.p.1-94.

SANTOS,Itamar Lopes dos,GRILLO,Jocimara Paiva,DUTRA,Perpétua


Aparecida A.Intérprete Educacional:Teoria Versus Prática.Revista Feneis,n
41,set-nov,2010.p.26-30.

GIRKE,César Augusto. Atuação e Papéis do Intérprete Educacional de


Língua de Sinais. Trabalho de Conclusão de Curso- Universidade Federal
de Santa Catarina, 2018.68 p.

LACERDA,Cristina Broglia Feitosa de. Intérprete de Libras: em atuação na


educaçaõ infantil e no ensino fundamental. 8.ed. Porto Alegre: Mediação,
2009. p.1a 96.

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