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PERIODONTIA
INTER-RELAÇÃO
PERIODONTIA X ENDODONTIA
o As inter-relações da doença pulpar com a doença periodontal ocorrem principalmente por meio das
intimas conexões anatômicas e vasculares entre polpa e o periodonto
o Tem sido tradicionalmente demonstrada usando critérios radiográficos, histológicos e clínicos
o São responsáveis por mais de 50% de perda dentaria
o O diagnostico costuma ser desafiador, porque essas doenças tem sido estudadas predominantemente como
entidades separadas, e cada doença pode mimetizar as características clinicas da outra.
ABSCESSOS PERIODONTAIS
LESÕES ENDO-PERIODONTAIS
ABSCESSOS
PERIODONTAIS
Impactação, fatores ortodônticos,
Em pacientes sem periodontite alterações anatômicas, iatrogênicas,
reabsorção externa, aumento gengival
Forame apical
ANATOMICAS Canais laterais ou acessórios
(físicas) Túbulos dentinarios
o Foram sugeridos vários possíveis canais entre polpa e o periodonto, levando a interação do processo da
doença em ambos os tecidos;
o Incluem as vias neurais, os canais laterais, os túbulos dentinarios, os sulcos palato gengivais, o ligamento
periodontal, o osso alveolar, os forames apicais e as vias de drenagem vasculolinfaticas comuns;
o Essas comunicações, quando existem, podem servir como caminhos para a reciprocidade inflamatória.
CANAL PRINCIPAL
CANAL LATERAL
CANAL ACESSORIO
FORAME APICAL
CANAIS ACESSORIOS
São ramificações laterais do sistema de canais radiculares que conectam o sistema neuro vascular da polpa
com o do ligamento periodontal;
A maioria dos canais acessórios e encontrada na porção apical, embora também sejam prevalentes nas
porções media e cervical do canal;
Vertuci observou diferentes direções de entradas dos canais acessórios na furca dos molares mandibulares
que partem mais ou menos verticalmente da câmara pulpar.
TUBULOS DENTINARIOS
Os túbulos dentinarios foram sugeridos como outra via comum entre o periodonto e o tecido pulpar.
Contem extensões citoplasmáticas ou processos odontoblasticos que se estendem dos odontoblastos, na
interface polpa-dentina, até a junção amelodentinaria ou a junção cementodentinaria ou a junção cemento
esmalte.
OUTRAS VIAS
Perfurações/trepanações dentarias
Fraturas radiculares verticais e horizontais
PERFURAÇÕES OU TREPANAÇÕES
A trepanação ou perfuração da raiz cria uma comunicação entre o sistema de canais radiculares e o
ligamento periodontal
Pode ocorrer como resultado de sobre instrumentação durante procedimentos endodônticos, reabsorção
radicular interna ou externa ou carie invadindo o assoalho da câmara pulpar.
FRATURAS RADICULARES
A fratura radicular vertical pode produzir efeito de ‘halo’ ao redor do dente, radiograficamente
A formação de bolsar periodontais profundas e a destruição localizada do osso alveolar estão volta e meia
relacionadas a fraturas radiculares de longa data
O local da fratura fornece uma porta de entrada apara os irritantes do sistema de canais radiculares para o
ligamento periodontal adjacente.
SULCOS PALATOGENGIVAIS
Incisivos laterais são mais frequentemente afetados que os incisivos centrais
Em regra, a incidência dos sulcos palato gengivais varia de 1,9 a 8,5%
Everell e Kramer relataram que 0,5% dos dentes examinados apresentaram extensão do sulco palato
gengival ao ápice radicular, contribuindo para condição patológica endodôntica
Também há relatos de sulcos radiculares vestibulares bilaterais nos incisivos superiores
DEFEITOS DE REABSORÇAO RADICULAR
Mesmo a radiografia sendo o único meio de detecção, mancha rosada na face proximal de um dente na
região cervical é um sinal de aviso
Nos estágios muito avançados, quando o processo de reabsorção atinge o sulco gengival, um processo
infeccioso pode aparecer com sinais típicos de abcesso periodontal.
A carie dentaria é uma causa importante da doença pulpar e a infecção bacteriana é a principal forma de insulto
microbiano para a polpa.
OBS: o diagnóstico das lesões endodônticas, que podem com frequência ter um componente periodontal, pode ser
confuso.
o A infecção endodôntica tem sido considerada um fator de risco modificador local para a progressão da
periodontite, se não tratada, e poderia viabilizar o crescimento dos patógenos endodônticos, que iriam
para o periodonto por meio do ápice e dos canais laterais ou acessórios, assim como estimulariam a
atividade osteoclastica.
o As altas concentrações dos medicamentos usados para a terapia endodôntica (hidróxido de cálcio,
hipoclorito de sódio, corticosteroides e antibióticos) podem irritar o periodonto de sustentação.
LANGELEND:
o Quando as alterações patológicas ocorrem na polpa de um dente como resultado da doença periodontal
avançada, a polpa normalmente não sofre alterações degenerativas enquanto o canal principal não for
envolvido
o Se a vascularização da polpa permanecer vital, nenhuma reação inflamatória ocorre e nenhum sintoma de
doença pulpar se desenvolve
BERGENHOLLZ E LINDHE
o 70% dos espécimes animais não mostraram alterações patológicas mesmo quando 30% a 40% da inserção
periodontal foi perdida.
O surgimento desses processos pode estra associado a sinais clínicos de inflamação, dor, sensibilidade à pressão e
a precursão, aumento da mobilidade dentaria e edema na gengiva marginal, simulado um abcesso periodontal.
O processo supurativo pode resultar em abertura estreita da fistula no sulco gengival e bolsa que pode ser
facilmente rastreada com um cone de guta-percha ou uma sonda periodontal.
Como a lesão primaria é um problema endodôntico que se manifestou apenas através do ligamento periodontal, a
resolução completa é geralmente esperada após a terapia endodôntica não cirúrgica, sem qualquer tratamento
periodontal.