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Hanseníase
Definição……………………………………………………………………………………………………..
● A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, que
tem tropismo pelas células da pele e nervos periféricos, e que pode levar à incapacidade física.
● Primeira doença humana em que se atribuiu uma etiologia bacteriana
● Pode afetar praticamente todos os órgãos e sistemas em que existam macrófagos, exceto o sistema
nervoso central.
● Embora curável, seu diagnóstico ainda causa grande impacto psicossocial, pelas deformidades
físicas e os preconceitos e estigmas que envolvem a doença desde a antiguidade
Epidemiologia…… ………………………………………………………………………..
● Endêmica em países da Ásia, África e América Latina, Índia, Brasil e indonésia - Brasil é o 2º
lugar do mundo
● O Brasil é responsável pela endemia no continente americano
● Ambos os sexos e qualquer idade
Etiologia…… ………………………………………………………………………..
○ B.A.A.R → cora em vermelho pela fucsina ácida
○ Parasita intracelular obrigatório (macrófagos)
○ Reprodução muito lenta → 11 a 16 dias - no ambiente sobrevive de 36h a 9d
○ Afinidade → pele e nervos periféricos, tropismo pelas células de Schwann e do
sistema reticuloendotelial
○ Não cultivável em meios artificiais
○ Nos tecidos → isolados ou em globais
Transmissão ……………………………………………………………………………..
● Via aérea - Eliminação de bacilos pelas VAS
● Contato com doentes das formas contagiosas não tratadas
● Hansenomas úlcera
● Período de incubação prolongado → 3 a 5 anos / 10 anos
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Diagnóstico…… ……………………………………………………………..
● Sensibilidade diminuída (dormência)
○ Queda de pelo
○ Não coça
○ Não dói
○ Não pegam pó
● O diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por
meio da anamnese, exame geral e dermatoneurológico para identificar lesões ou áreas de pele
com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações
sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas
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OBS.: Sempre testar a sensibilidade térmica - pode ser a única a ser alterada
Ordem de alteração - térmica → dolorosa → tátil
Na hanseníase tuberculóide, pode ter a queixa de dormência cedo
Diagnóstico…… ………………………………………………………………..
● É eminentemente clínico
● Exame baciloscópico
○ A baciloscopia da pele (esfregaço intradérmico) sempre que disponível, deve ser
realizada
○ Utilizada como exame complementar para a classificação dos casos em PB (paucibacilar)
ou MB (multibacilar)
○ É usada principalmente para classificação e não para diagnóstico
○ IB diferente de zero: paucibacilar
○ O resultado negativo não exclui o diagnóstico
■ Ex.: uma mancha hipocrômica, fez o teste de sensibilidade e deu alterado para a
térmica - fecha diagnóstico. Se depois fizer a baciloscopia e der negativo,
grandes chances de ser paucibacilar
● Exame histopatológico
○ Em casos de difícil diagnóstico e como diagnóstico diferencial de outras doenças
○ Colorações
■ Hematoxilina & eosina
■ Fite-Faraco, Wade ou Ziegler-Nielsen → evidenciam o BAAR
○ Hanseníase Virchowiana
■ Infiltrado compacto de histiocitos vacuolados, “espumosos”, denominador
células de Virchow
■ BAAR +
● Exames de contato
○ Contratos familiares recentes ou antigos de pacientes MB e PB devem ser examinados -
exame dermatoneurológico - independentemente do tempo de convívio
● Vacina BCG
○ A vacina BCG-ID deve ser aplicada nos contratos examinados sem presença de sinais e
sintomas de hanseníase
○ Todo contato de hanseníase deve ser informado que a vacina BCG não é específica para
hanseníase
○ Uma ou mais lesão: aplicar uma dose da BCG
○ Duas ou mais lesões: não aplicar dose da BCG
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Tratamento… …………………………………………………………………..
● PQT-U (poli quimioterapia única)
○ Rifampicina 600 mg + dapsona 100 mg + clofazimina 300 mg, supervisionado 1 x mês
○ Dapsona 100mg/dia + Clofazimina 50 mg/dia autoadministrado diariamente
○ Paucibacilar: 6 meses
○ Multibacilar: 12 meses
○ Medidas de prevenção de incapacidade
○ Geralmente é bem tolerado
○ Eventos adversos
■ Rifampicina: rash cutâneo generalizado
■ Clofazimina: xerose, pigmentação da pele
■ Dapasona: anemia
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Piodermites
Introdução…………………………………………………………………………………………………...
● São processos infecciosos da pele, produzidos, em geral, pelos cocos piogênicos:
Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes
● Doença comum que atinge 7% da população
● Idade variável
○ Impetigo: recém-nato e crianças de 5/6 anos
○ Hidroadenite: adolescente e adulto jovem
○ Furunculose, erisipela: adultos
○ Antraz: idoso
Patogenia ………………………………………………………………...
● Flora bacteriana residente
○ Bactérias que colonizam a pele e vivem como comensais
○ Difícil remoção
○ Varia quantitativa e qualitativamente com vários fatores (idade, sexo, raça, sítios
anatômicos)
○ Comum em áreas expostos (mãos, face e pescoço)
○ Dificulta a colonização de outras bactérias
● Flora bacteriana transitória
○ Colonizam a pele e podem permanecer em pequeno número e por tempo variável
○ Remoção relativamente fácil
○ Depósito a partir de mucosas e ambiente
○ O Staphylococcus aureus faz parte da flora transitória de até um terço da população
geral, tendo como sítios reservatórios o vestíbulo nasal (35%) e região perineal
(20%) – Tratar reservatórios!
■ Além de tratar a doença, aplicar clorexidina degermante ou pomada de
mupirocina na região acometida, para fazer a descolonização
○ O Streptococcus pyogenes faz parte da flora transitória cutânea em apenas 0,5-1% da
população
● Flora bacteriana opportunista
○ É um germe, normalmente comensal, que por fatores circunstanciais podem ficar
patogênicos
Patogenia … ……………………………………………………………...
● Considerar diversos fatores na patogenia das piodermite
○ Barreira mecânica celular íntegra dificulta a multiplicação bacteriana
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Ectima… ……………………………………………………………...
● Infecção piogênica que acomete epiderme e derme
● Streptococcus pyogenes
● Sinergismo com Staphylococcus aureus ?
● Inicia-se por pústula que se aprofunda, originando uma lesão ulcerada recoberta por crosta
espessa e muito aderida, deixando cicatriz ao involuir
● Pode ser única ou múltipla
● Localização preferencial nas pernas e nádegas
● Acomete qualquer idade
● Relacionado a má higiene e desnutrição - uma das doenças de pele mais comuns de moradores
de rua
Tratamento ………………………………………………………………...
● Higiene
● Compressas com antissépticos
● Antibiótico sistêmico
○ Tetraciclina
○ SMT + TMP
○ Fluoroquinolonas
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Erisipela … ……………………………………………………………...
● Infecção da derme, com importante comprometimento linfático
● Streptococcus pyogenes e menos frequentemente staphylococcus aureus (mais provável que se
estabeleça secundariamente ou em casos de celulite)
● Início se dá após perda da barreira cutânea
● Normalmente se dá após quadro de intertrigo (“frieira”)
● Fatores de risco: tinea pedis, insuficiência venosa, diabetes, tromboflebite, trauma,
desnutrição…
Celulite…… ………………………………………………………...
● Infecção bacteriana aguda da hipoderme
● Streptococcus pyogenes, staphylococcus aureus, S. Agalactiae e H. Influenzae (celulite facial na
infância)
● Em imunocomprometidos há uma variedade de agentes etiológicos
● Evolução semelhante a erisipela
● Eritema menos vivo
● Bordas mal delimitadas
● Complicações: fasciíte, miosite, abscessos subcutâneos e septicemia
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Furúnculo ………………………………………………………………...
● Staphylococcus aureus
● Lesão necrotizante do aparelho pilossebáceo
● Inicia-se por lesão eritemato inflamatória bastante dolorosa, centrada por pelo
● Evolução aguda (dias) levando a necrose central
● Pode evoluir com vários pontos de necrose e grande área ulcerada (celulite perilesional)
● Tempo de evolução limitado em 10-14 dias
● Antraz ou carbúnculo: confluência ao mesmo tempo e no mesmo lugar de vários furúnculos
● Comum em áreas pilosas sujeitas a fricção (axilas e nádegas)
● Preferência por adultos jovens
● Maior suscetibilidade em idosos, imunodeprimidos, alcóolatras, DM
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Hordéolo ………………………………………………………………...
● É a infecção profunda dos folículos ciliares e glândulas de Meibomius
● “Tersol”
● Staphylococcus aureus
● Infecção de anexos - aparelho ciliar
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Tratamento ……………………………………………………………………
● Campo de cancerização
○ 5-fluorouracil (5-FU) - revela e trata a lesão
○ Imiquimod- produzir interferon
○ Ingenol-mebutato-citotóxico
○ Diclofenaco c/ ác. hialurônico
● Curetagem e eletrocauterização
● Cauterização química com TCA
● Crioterapia (nitrogênio líquido)
● Terapia fotodinâmica
● Laser de CO2
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OBS.: Os cânceres nas mucosas geram metástases mais rapidamente do que os na pele
Tratamento ……………………………………………………………………
● Cirúrgico
● Quimioterápicos tópicos (5-FU; imiquimod)
● Crioterpia
● Terapia fotodinâmica
● Radioterapia
Clínica ……………………………………………………………………
● Formato, tamanho, limites, coloração, evolução, superfície e consistência
● Evolução
○ Pequenas pápulas chatas que posteriormente se tornam elevadas, podendo adquirir grande
dimensão
● Consistência
○ A lesão pode ser erótica , áspera e endurecida, de aspecto verrucoso
● Tampões de queratina escura ou tampões córneos
● As lesões parecem estarem “coladas” na pele
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Tratamento ……………………………………………………………………
● Curetagem
● Eletrocauterização
● Crioterapia + nitrogênio líquido
● Aplicação de TCA
Ceratoacantoma ……………………………………………………………………
● É um tumor benigno folicular, de origem do ⅓ superior do folículo piloso, que sofre
involução espontânea
● Localizações frequentes: parte central da face (60%), tronco, dorso de mãos
● Na maioria dos casos: homens (3x), adultos da raça branca (> incidência em imunodeprimidos)
● Involução espontânea, na maioria dos casos (em 8-16 semanas), deixando cicatriz levemente
deprimida
● A lesão inicia-se por mancha eritematosa, pápula, com a forma de cúpula, cor da pele, e na
parte central, uma rolha ceratósica, que ao ser retirada, deixa fundo crateriforme
● Outra característica importante é a velocidade de crescimento (tamanho médio de 1cm em
poucas semanas)
● Pode apresentar características de crescimento agressivas, semelhantes à CEC invasivo (alguns
consideram variante benigna do CEC)
Tratamento ……………………………………………………………………
● Biópsia (compreender a lesão em toda extensão)
● Curetagem eletrodissecação
● Exérese cirúrgica
● Injeções intralesionais de citostáticos (metotrexato ou 5- fluorouracilo)
● Acitretina para a forma eruptiva (centenas ou milhares, em diversas fases, disseminados)
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Ulcerado… …………………………………………………………………
● Início como uma úlcera ou em consequência da forma papulonodular, globosa
● Úlcera, frequentemente coberta por crosta, com bordas cilíndricas que também é
transparente, perolizada, lisa com telangiectasias e firme
● A borda é sempre perolada
● A inflamação é mínima e a secreção é praticamente inexistente
Terebrante ……………………………………………………………………
● É uma forma ulcerada com invasão rápida e caráter intensamente destrutivo, desfigurante,
invadindo os tecidos moles, vasos, nervos, cartilagens e ossos
● Localização mais frequente é a região centro facial, provocando grande destruição do maciço
central da face
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Pigmentada… …………………………………………………………………
● Lesão papulosa, globosa ou ulcerada, com coloração do castanho ao preto, devido a grande
quantidade de melanina
● Mais comum em negros e faz diagnóstico diferencial com melanoma
Diagnóstico ……………………………………………………………………
● História suspeita
○ Lesão de evolução lenta que nunca cicatriza...
○ Pelo contrário, passa a sangrar espontaneamente ou por mínimos traumas
● Exame dermatológico
○ Lesão perolada, presença de telangiectasias e evolução com ulceração
● Idade
○ Indivíduos adultos, acima de 30 anos de idade
● Exposição solar
○ Lesão em área fotoexposta, face
● Dermatoscopia
○ Características positivas do CBC (pelo menos 1 deve estar presente
■ Áreas em folha
■ Áreas em raio de roda
■ Grandes ninhos ovóides azul-acinzentados
■ Telangiectasias arboriformes
■ Ulceração
○ Característica negativa do CBC (não deve estar presente)
■ Rede pigmentar
● Exame histopatológico
○ O exame histopatológico é decisivo
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Tratamento ……………………………………………………………………
● Curetagem simples
● Eletrocoagulação
● 5- fluorouracil; imiquimode 5%
● Terapia fotodinâmica
● Crioterapia
● Exérese cirúrgica (exérese simples, com rotação de retalho ou enxerto)
○ Menor que 2cm: margem de 4mm
○ > 2cm, esclerodermiformes, com padrão histológico agressivo, infiltração perineural ou
recidivados: margens de 5 a 15mm
● Cirurgia micrográfica de Mohs
○ Indicada nos casos recidivantes (por exemplo, CBC fibrosante) ou próximos aos olhos,
tumores pouco definidos, imunossupressão, doenças agressivas…
● Radioterapia
● Terapia sistêmica - inoperáveis, metástases
○ Inibidores da via hedgehog (Vismodegibe; Sonidegib)
● É um tratamento altamente individualizado, dependendo do tamanho e morfologia da lesão, de
sua localização, da idade do paciente e até da disponibilidade técnica do meio
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CEC e Melanoma
Carcinoma espinocelular (CEC)...................................................................................................................
Introdução ...................................................................................................................
● Corresponde a 20% dos cânceres cutâneos
● Tumor maligno originário das células espinhosas atípicas
● Maior incidênciaàsexo masculino idosos, depois da 6a década ( + tardio que o CBC)
● Relacionado de forma direta com exposição solar
○ Imunossupressão (é o tumor mais frequente)
○ Pacientes com transplante de órgãos sólidos - aumento de 65X na incid.de CEC)
● Evolução: lenta (bem mais rápida que a do CBC)
● Localizações preferenciais: áreas expostas ao sol, mucosas e semimucosas (boca, lábio inf...)
● Surge como pequena pápula, com certo grau de ceratose, crescimento mais rápido que no CBC
● O sangramento é discreto, mas frequente.
● Lesões ulceradas de crescimento contínuo, ulcerovegetantes, vegetações verrucosas ou
condilomatosas, infiltrações e menos frequente/ nódulos
● Crescimento
○ Sentido vertical: para fora (vegetante) ou p/ dentro (invasão p/derme e hipoderme)
○ Longitudinal: área de infiltração + palpável que visível (lábio inferior e mucosas)
● Origina-se frequentemente em pele alterada por processo anterior
○ Ceratose actínica
○ Radiodermite
○ Úlceras crônicas
○ Doenças cutâneas crônicas (lúpus)
○ Cicatrizes antigas, sobretudo queimaduras
● CEC - 90 a 95% das neoplasias malignas da mucosa oral
● Queilite actínica no lábio inferior, leucoplasias orais quando começam a erosar, sangrar, indicam
transformação para CEC
● HPV pode estar implicado na gênese do CEC da base da língua, da orofaringe e do colo uterino
● Mucosas, e semimucosas (boca, lábio inferior, glande e vulva)
○ Os gânglios tornam-se aumentados, duros, passam a ser aderentes e terminam em
ulceração
● Capacidade de metastização
○ Mucosas > semi mucosas > pele
○ Seu prognóstico é mais grave que CBC - possibilidade de gerar metástases
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Diagnóstico ...................................................................................................................
● Lesão ceratósica e crescimento progressivo
● Se instala em pele sã, mas especialmente em pele já comprometida
● Em áreas expostas ao sol: face, dorso das mãos e mucosas
● Idosos - 6ª década
● O exame histopatológico é decisivo
Tratamento ...................................................................................................................
● Curetagem e eletrocauterização
○ É contra-indicada nas regiões periorbital, periauricular, perilabial, genital e perianal.
○ Em peq. e bem diferenciadas de origem actínica, que são facilmente definidas
clinicamente
● Criocirurgia
○ Pode ser indicada para lesões pequenas e bem diferenciadas de origem actínica
● Cirurgia
Cores variadas (cor da pele até negro) Cores variadas (cor da pele até negro)
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Melanoma ...................................................................................................................
Conceito ...................................................................................................................
● Melanoma é uma neoplasia maligna de origem neuroectodérmica, que se desenvolve como
resultado da transformação maligna dos melanócitos
● Melanócitos: células produtoras de melanina, pigmento responsável pela cor da pele
● São células derivadas da crista neural, que se localizam na camada inferior da epiderme, partes do
olho (a úvea), no ouvido interno, nas mucosas orais, genitais, meninges, no trato gastrointestinal,
nos leitos ungueais, nos ossos e no coração
● A localização mais comum do melanoma é na pele (> 90%)
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Clínica ...................................................................................................................
● Pode advir de lesão preexistente, ou surgir em pele sã
○ Precursores: lentigo maligno, nevo melanocítico congênito, nevos displásicos e
proliferações melanocíticas de mucosas e extremidades
● Modificações indicadoras de malignização
○ Mudanças no ABCDE
○ Sensação de prurido
○ Inflamação, ulceração e sangramento
○ Derrame de pigmento além das bordas da lesão
● Localizações preferenciais
○ Homens brancos: dorso, região peitoral e pólo cefálico
○ Mulheres brancas: dorso, MMII, extremidade superior e pólo cefálico
○ Negros: palmoplantar
● Surgimento de pequena mancha hipercrômica, com cresci/o lento, às vezes apenas em
superfície, outras, também em profundidade originando uma pápula e, depois um nódulo
● O melanoma apresenta 2 tipos de crescimento
○ Horizontal: expansão em superfície
○ Vertical: expansão para a profundidade
■ Nessa fase, há um período microinvasivo
● Entre a lesão primária e os gânglios regionais pode haver comprometimento dos vasos linfáticos
(satelitose)
● Comprometimento ganglionar: gânglios palpáveis, duros e aderidos → invasão dos planos
nos subjacentes → ulceração
● As metástases internas ocorrem por via hemática ou linfática
● Metástases: Pele, subcutâneo e linfonodo (42 a 59%); pulmão (18 a 36%) ; fígado 914 a 20%);
SNC (12 a 20%); ossos (11 a 17%); TGI (1 a 7%)
● Lesões metastáticas sanguíneas cutâneas habitualmente são nodulares e muitas vezes
amelanóticas.
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● Sinal de Hutchinson: extensão da pigmentação negra ou marrom além das bordas da lesão, em
direção a cutícula e as dobras de pele adjacentes à unha
● Incidência relativa entre os melanomas: 10%
● Idade média: 50/60 anos
● Mais comum em negros
● Crescimento: Radial e depois vertical
● Prognóstico: ruim
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■ Presença de ulceração
■ Taxa de mitose dérmica por mm2
■ Nível de invasão de Clark
■
Presença ou ausência de satelitose micrósp., fase de crescimento (radial ou
vertical), regressão, invasão vascular, presença de infiltração de linfócitos no
tumor,
■ Descrição correta do tamanho das margens profundas e laterais
● Imuno histoquímica - identificação da natureza da linhagem celular da lesão (tumores primários
ou metastáticos pouco diferenciados)
● Biópsia de linfonodo sentinela: tumor = ou > 0,76mm ou lesão ulcerada ou no mitoses > 1/mm2
(estágio T1b para cima)
● Radiografia de tórax: estágio T1b para cima
● Usg abdominal, estudo da função hepática e desidrogenase lática
● A periodicidade do acompanhamento e exames depende do estágio da lesão
Tratamento ...................................................................................................................
● Excisão local ampla
○ Tratamento padrão para melanoma primário e deve ser feita dentro de 3 semanas do
diagnóstico
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● Linfadenectomia terapêutica
○ Acometimento ganglionar clínico ou histologicamente detectável
● Interferon alfa-2a
○ Breslow > 4mm ou linfonodo sentinela + e toxicidade
● Tratamento cada vez mais personalizado em função de expressões genéticas / mutações
● Tratamento da doença metastática: QT e RT
○ Resultados desapontadores
○ Sobrevida 4-12 meses
● Acompanhamento regular: A cada 3 meses nos 2 primeiros anos e depois a cada 6 / 12 meses -
depende do estadiamento
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Eczemas
Definição……………………………………………………………………………………………………..
● Grupo de dermatoses inflamatórias
● Manifestação subjetiva que nunca falta: prurido
● Lesões elementares
○ Eritema
○ Edema
○ Vesículas
○ Crostas
○ Descamação
○ Liquenificação (prurido)
● Classificação: Agudo, subagudo, crônico
Epidemiologia… …………………………………………………………………………..
● Homem = mulher
● Ocorrência
○ Eczema de contato > atópico > seborreico
● Faixa etária
○ Dermatite das fraldas (Eczema de contato por irritante primário) - lactente
○ Eczema de contato por sensibilização - após a infância
○ Eczema atópico - início 3° ou 4° mês de vida, ou até adolescência e idade adulta
○ Eczema seborreico - adolescência e idade adulta, mas também primeiros dias de
vida
Dermatites ……………………………………………………………………………..
● Dermatite de contato
○ Dermatite de contato por irritante primário (DCIP)
■ Acontece a lesão / injúria da pele e consequentemente faz a lesão de dermatite
■ Fitofotodermatose (queimadura por substância + exposição ao sol)
■ Dermatite das fraldas (líquidos corporais que pelo uso das fraldas acabam
abafando e friccionando, causando a dermatite)
○ Dermatite de contato alérgica (DCA)
■ Não aparece instantaneamente, normalmente produtos de uso diário que, aos
pequenos contratos, acaba criando um processo alérgico
● Dermatite atópica
● Dermatite seborreica
● Eczemátide ou Pitiríase alba
● Eczema Asteatósico (Craquelê)
● Eczema numular
● Eczema de estase | Dermatite ocre
● Eczema desidrótico (Pompholyx)
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Clínica ……………………………………………………………………………..
● Eritema e descamação
● Vesículas e bolhas
● Prurido pode ser discreto ou ausente
● Sensação de dor ou queimação
● Sempre restrita ao local de contato
Fitofotodermatose ……………………………………………………………………………..
● Lesão eritematosa ou eritemato bolhosa, produzida pelo contato de furocumarinas
(existentes em plantas e frutos) com a pele, seguido de exposição solar
● Após, manchas acastanhadas de formas bizarras, dependendo do tipo de contactante
● Localizam-se preferencialmente nas mãos (ato de espremer limão etc) e colo (perfume que
contenha bergamota)
● As lesões regridem espontaneamente
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● Tratamento
○ Emolientes espessos
○ Preparações com óxido de zinco (ação anti-inflamatória)
○ Nistatina ou cetoconazol (candidíase)
○ Antibióticos tópicos (infecção bacteriana secundária)
○ Cuidado: uso de corticóides potentes - granuloma glúteo infantil - não usar, muito menos
ocluir
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Tratamento… …………………………………………………………………………..
● Afastar o agente causal
● Priorizar o tratamento de infecções secundárias
● A conduta dependerá da fase e extensão do quadro
○ Fase aguda/subaguda: banho ou compressa com permanganato de potássio, pasta
d'água, corticóide tópico
○ Fase crônica: uso de corticóides tópicos (pomada, oclusivo...)
OBS.: Qual tipo de dermatite que o paciente pode apresentar imediatamente após o primeiro
contato? Dermatite de contato por irritante primário (DCIP)
OBS.: Qual a dermatite que o paciente pode demorar meses ou anos para desenvolver? Dermatite
de contato alérgica (DCA)
OBS.: O prurido na DCIP é mais discreto, já na DCA, é muito intenso - produção de histamina e
célula de memória
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Imunidade ……………………………………………………………………………..
● Imunidade humoral
○ O anticorpo envolvido na imunopatologia do eczema atópico é o anticorpo IgE,
produzido pelos linfócitos B
○ Aumento dos níveis séricos de IgE em 80% dos indivíduos e parece ter correlação
com
■ Extensão e gravidade da doença
■ Associação com asma e rinite alérgica
● Imunidade celular
○ Diminuição da resposta de hipersensibilidade retardada
■ Se correlaciona inversamente com níveis séricos de IgE
● Disfunção de outras células imunes
○ Diminuição da capacidade das células de Langerhans em estimular linfócitos
○ Redução da quimiotaxia de neutrófilos e monócitos
○ Aumento da liberação espontânea de histamina por basófilos e mastócitos
Clínica ……………………………………………………………………………..
● Quadro clássico: lesões eritemato-crostosas
● Prurido intenso é sempre presente
● Xerose é uma característica da pele do atópico (pele seca)
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Tratamento ……………………………………………………………………………..
● Os principais objetivos são evitar a coçadura, a xerodermia e afastar os fatores agravantes
(sabões, lã, extremos de temperatura, baixa umidade do ambiente, exposição a antígenos
inalantes, banhos demorados e quentes, roupas sintéticas, substâncias irritantes a pele...)
● Não tem valor prático grandes investigações laboratoriais
● Uso de emolientes (OAD, uréia, vaselina...) associada ou não a corticóides tópicos de potência
variável ou Imunomoduladores tópicos
● Avaliar uso de antibióticos tópicos, especialmente com atividade anti-estafilocócica
● Anti-histamínicos anti-H1 (ação periférica e sedativa)
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Clínica ……………………………………………………………………………..
● Lesões maculopapulosas, eritematosas ou amareladas, sem brilho, delimitadas e recobertas
por escamas de aspecto gorduroso, que se distribuem pelas áreas seborreicas
○ Couro cabeludo, face, região pré-esternal, interescapular, flexuras axilares e anogenitais
● O couro cabeludo sempre está comprometido, muitas vezes isoladamente
○ Frequentemente há transgressão da orla do couro cabeludo, com comprometimento da
pele adjacente, formando a “coroa seborreica”
○ Diagnóstico diferencial: Psoríase, tinea capitis
● Eritema, descamação e fissuras retroauriculares e de ouvido externo são comuns
● Na face, há envolvimento característico da parte interna dos supercílios, glabela, sulco nasolabial,
asas do nariz e região paranasal
○ Diagnóstico diferencial: Rosácea, LES
● No tronco, observamos lesões petalóides, especialmente pré-esternal e interescapular (pápulas
eritemato-descamativas que confluem trazendo aspecto figurado, com descamação fina central e
bordas mais elevadas e eritematosas)
○ Diagnóstico diferencial: Dermatofitose
Tratamento ……………………………………………………………………………..
● Explicar sobre natureza crônica e recorrente da doença
● Shampoos e/ou sabonetes à base de piritionato de zinco, selênio, LCD, Coaltar, ácido
salicílico, cetoconazol, octopiroolamina, enxofre...
○ Pode usar a espuma para tratar regiões eritemato-descamativas do corpo
○ Sempre recomendar tratamento do couro cabeludo
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Farmacodermia
Conceito……………………………………………………………………………………………………...
● Doença de pele e/ou mucosas direta ou indiretamente desencadeada pelo uso de
medicamentos em dose habitual
○ Reação medicamentosa adversa (RMA) - é uma reação não intencional
● Manifestações cutâneas e/ou também sistêmicas
● Quadro clínico dermatológico atípico, deve ser uma hipótese
● Evento adverso x efeito colateral
○ Efeito colateral: ação secundária e não terapêutica; diferente do considerado principal
■ Ex: sonolência pelo anti-histamínico de 1ª geração
○ Efeito adverso: ação secundária indesejada
Lorem Ipsum
OBS.: Qual é a principal manifestação cutânea da farmacodermia? R: exantemas
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Etiopatogenias …………………………………………………………………...
● Adultos
○ Psoríase (causa mais frequente)
○ Eczemas (atópico, seborreico e contato)
○ Reação a medicamentos: antibióticos, sobretudo beta lactâmicos, anticonvulsivantes,
sulfonamidas, AINEs, cloroquina e alopurinol
○ Outros: desconhecida, linfomas (T) e buloses
● Crianças
○ Eczemas (causa mais frequente)
Tratamento …………………………………………………………………...
● De acordo com a causa da eritrodermia
● Reparação do equilíbrio oncótico e eletrolítico
● Corticóide em casos selecionados como nos relacionados a medicamento
● Considerar: antibiótico sistêmico, anti histamínico
Urticária …………………………………………………………………...
● O quadro da erupção urticariforme é muito clássico - lesões eritemato edematosas
(extravasamento de líquido devido à alteração da permeabilidade da pele) infiltradas, com
prurido intenso
● É um quadro transitório, são lesões individuais que tendem a desaparecer em menos de 24
hs
● Mais comumente por hipersensibilidade mediada por IgE, por ação direta nos mastócitos ou
por complexos imunes circulantes
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● Sinal de Nikolsky: descolamento da epiderme quando se exerce uma pressão digital tangencial
● SSJ: < 10% da área de superfície corporal acometida
● NET: > 30% da área de superfície corporal acometida
● Principais fármacos: penicilina, barbitúricos, sulfas e dipirona
Conduta …………………………………………………………………...
● Retirada da droga suspeita é a primeira medida
● Medidas de suporte e cuidados gerais
● Imunoglobulina humana mostrou-se eficaz
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Obs.: Uma das maiores diferenças entre a acne vulgar e a erupção acneiforme é que na acne vulgar,
há a presença de comedões, e na erupção acneiforme, não
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