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Guia de Exame Físico da Lari

Para todos os exames


Materiais: caneta, bloquinho, estetoscópio, algodão, álcool 70%, fita métrica, luvas de procedimento e lanterna.
Início: Se apresentar, checar a identidade do paciente (utilizar ao menos 2 identificadores para ter certeza da
identidade), explicar o procedimento que será realizado, verificar a iluminação, temperatura, conforto do paciente,
som e garantir a privacidade do paciente (utilizar biombos) e verificar se o paciente está com a bexiga vazia.
Anamnese: sempre utilize o OPQRST para investigar a queixa do paciente, utilize alguma das técnicas de
comunicação (a minha preferida é a TELL ME MORE), investigar os hábitos de vida (uso de álcool, drogas,
exercícios físicos, alimentação e etc), histórico pessoal do paciente, histórico familiar do paciente, uso de
medicamentos e verificar os dados antropométricas.
→Se lembre de adaptar de acordo com a NHB que você está avaliando.
Avaliação de hidratação/nutrição e eliminação
Semiotécnicas: inspeção, ausculta, percussão e palpação.
→Diferentemente das demais NHB, a palpação pode influenciar nos movimentos peristálticos, além de acentuar a
dor.
Posição do paciente: decúbito dorsal, com a cabeça apoiada no travesseiro e os braços estendidos ao longo do
corpo.
Lembrete: faça todas as semiotécnicas com o paciente deitado (abdômen) e, depois, faça o processo novamente com
ele sentado (rins, fígado, baço e etc).
Registro: iniciar com os dados subjetivos, ir para os dados objetivos e seguindo a ordem das semiotécnicas.
Inspeção estática
1. Avaliação da postura: o paciente normal está calmo, relaxado e com respiração regular.
2. Contorno do abdome: achatado, escafóide (ampulheta), arredondado e globoso/protuso.
3. Características do abdome: o normal é que seja liso, simétrico, com pele lisa e homogênea e sem
abaulamentos, massas ou lesões visíveis.
4. Avaliação da cicatriz umbilical.
→ Lembre que protusão da cicatriz umbilical é pista positiva para gravidez e para ascite.
5. Avaliar a presença de hérnia, edema ou cicatriz.
6. Medir a circunferência abdominal do paciente.
Mulher: CA < 80
Homem: CA < 88
Inspeção Dinâmica
Avaliar se há presença de movimentos peristálticos visíveis.
Inspeção dos rins
1. Posicionar o paciente sentado.
2. Encontrar o rim esquerdo: ao nível da 11° ou 12° costela.
3. Rim direito: seguindo a direção do rim esquerdo, mas cerca de 1 a 2 cm para baixo (isso devido ao
deslocamento do fígado).
Ausculta
1. Sequência para a ausculta: QID, QSD, QSE e QIE.
2. Ruídos intestinais: utilizar o diafragma do estetoscópio, com o normal sendo auscultar os ruídos hidroareos.
3. Classificar os ruídos intestinais: normoativos (5 a 30 por minuto), hipoativos e hiperativos.
Percussão
Técnica: dígito-digital em Z.
Semiotécnicas: inspeção, palpação e percussão.
→ Não utilizamos ausculta.
Som predominante: timpânico.
→O hipertimpanismo pode representar distensão gasosa e presença de massas tumorais.
1. Depois de percurtir o abdome, utilizamos a percussão para localizar o fígado (hepatimetria).
Início: percutir o hemitórax D (começa na clavícula D) até o 5° ou 6° espaço intercostal. Sendo que o som claro
pulmonar vai transacionar para o submaciço, marcando o início do fígado (utilize micropólio para demarcar).
Fim: percutir a hemiclavicular no quadrante D, sendo que o som vá ser inicialmente timpânico, mas ao mudar para
o submaciço, significa a borda inferior do fígado.
Depois de realizada a demarcação, utilize uma fita métrica para medir o tamanho do fígado.
Normal: 6 a 12 cm.
2. Sinal de piparote: fazemos apenas se houverem indícios de ascite (um deles seria o abdômen globoso e,
provavelmente, o umbigo protuso).
3. Maciez de decúbito: é mais um teste que só realizamos no caso de suspeita de ascite, fazendo percussão
dígito-digital com o paciente em decúbito lateral.
Som maciço: no abdômen significa pista positiva para ascite (líquido no abdômen).
Percussão dos Rins (Sinal de Giordano)
Técnica: colocar a mão espalmada na região dos rins, dando golpes firmes com a outra mão.
Achado normal: paciente saudável não refere dor.
Palpação
Sequência: superficial e profunda.
→Lembre de deixar a região na qual o paciente refere dor por último.
Posição do paciente: joelhos dobrados e mãos ao lado do corpo.
Avaliar: tamanho, localização dos órgãos, sensibilidade, temperatura, massas, lesões e nódulos.
1. Palpação superficial: pressão de 1 a 2 cm, avaliando a presença de dor, áreas de espasmo e rigidez. Utilizar
a mão espalmada e a técnica em Z.
2. Palpação profunda: realizar pressão de 5 a 8 cm, pedindo ao paciente que respire profundamente pela boca
enquanto você procura dor e massas com as mãos sobrepostas.
3. Palpação do fígado: primeiro utilizamos a técnica palpar com a mão espalmada toda a região do fígado
demarcada, depois utilizamos a técnica em garra, colocando a mao esquerda na 12° costela e empurrando a
mão direita abaixo da costela no QSD durante a inspiração e buscando a borda hepática na expiração.
Normal: sentir a borda hepatica regular e firme.
Borda com 2 dedos: pequena.
4 dedos: média.
> 4 dedos: grande.
4. Sinal de Blumberg: realizamos somente quando há dor, consistindo no uso de 2 dedos (indicador e médio)
na região do apêndice (QIE) com compressão e descompressão rapida.
Se houver dor: pista positiva para apendicite.
5. Sinal de Murphy: Realizado quando o paciente queixa-se de dor na região da vesícula (QSD), consistindo no
uso de 2 dedos para compressão e descompressão rápida (com o paciente inspirando na compressão).
Palpação dos Rins
Posição: paciente em decúbito dorsal com os joelhos levemente fletidos.
Manobra: uma mão paralela (na 12° costela) e a outra palpando os rins.
Avaliação de Atividade Física e Mobilidade
Anamnese
Uma particularidade dessa anamnese é a aplicação da escala de Katz (classificação de dependência em tarefas
diárias: banho, vestir-se, despir-se, uso do vaso sanitário e etc) e a escala de Lawton e Brody (avalia a
independência quanto a realizar telefonemas, viajar sozinho, fazer compras, preparar refeições e etc).
Inspeção estática
1. Nível de consciência.
2. Aparência física: se a pessoa aparenta ter a idade declarada, se possui desenvolvimento sexual adequado
para a idade, altura apropriada para a idade, condições de higiene e condições de vestimenta.
3. Estrutura corporal: peso apropriado para a estatura e idade.
4. Determinar biotipo: brevilíneo (pescoço curto e grosso, estatura baixa e panículo adiposo espesso),
normolíneo (musculatura harmônica) e longilíneo.
5. Avaliar postura: uma boa postura seria cabeça ereta e peito erguido, já a postura sofrível seria cabeça
levemente inclinada para frente e com peito achatado, por fim, a má postura é a cabeça acentuadamente
inclinada para frente e peito erguido.
6. Sinais de inflamação
7. Verificar volume articular, contorno, deformidade e simetria muscular.
Inspeção Dinâmica
1. Avaliar a rigidez articular;
2. Avaliar a amplitude de movimentos:
→Coluna vertebral: solicitar ao paciente que realize flexão (tentar tocar a ponta dos pés), extensão (esticar-se
para trás), se inclinar para a D e depois para a E e, por fim, realizar movimentos de rotação.
→Articulação temporomandibular: abertura completa da boca (o saudável é que tenha cerca de 3 dedos),
protrusão e retração lateral.
→ Pescoço: flexão, extensão, inclinação para D e E e rotação D e E.
→ Ombros: avaliamos 1 ombro por vez.

→Cotovelos: flexão, extensão, supinação (posicionar a mão apoiada em 90º virá-la com a palma para cima) e
pronação (o mesmo da supinação, mas com a palma para baixo).
→ Mão e punho (D e E):

Por fim, na avaliação de mãos e punhos, aplicar o teste de Phalen.


Achados do teste de Phalen: uma pessoa com síndrome do túnel do carpo irá queixar-se de ardência e queimação
após 60 segundos.
→Quadril: flexão com o joelho flexionado, flexão com o joelho estendido, extensão, rotação interna (rotacionar o
quadril com o joelho flexionado para dentro), rotação externa (o mesmo, mas para fora), abdução (abrir a perna
deitado), adução (fechar a perna deitado) e hiperextensão do quadril (em decúbito ventral, erguer a perna o
máximo que puder e depois fechá-la).
Todos estes devem ser realizados alternando D e E.
→Joelhos: flexão, extensão e hiperextensão (Sem o joelho estar flexionado e a 130º), tudo com o paciente em pé.
→Tornozelos e pés:
3. Avaliação da marcha (ritmo, equilíbrio e coordenação):
Solicitar ao paciente que se levante de uma cadeira reta com encosto, caminhe 3 metros, gire 360º e retorne à
cadeira. Caso esse processo leve mais que 30 segundos, há risco de queda relacionado à capacidade motora
moderada.
→Aproveite e já avalie o contato dos pés com o solo, posição, força, passo, ritmo, equilíbrio, coordenação, a
oscilação do braço (devem ser coordenadas), se as viradas são suaves, se a pessoa consegue caminhar em linha
reta e se a marcha ocorre sem esforço.
Paresia = diminuição do movimento.
Plegia = perda do movimento.
Hemiparesia (pós AVC): a marcha é lenta, com um dos pés formando semicírculos arrastados de modo
compensatório à não mobilidade do braço de modo coordenado.
Anserina ou “do pato” (luxação do quadril, distrofia muscular e em grávidas): a coluna é exageradamente inclinada,
deixando a barriga acentuada e com os passos desequilibrados (se inclinando para a D e para a E).
Pé em queda ou escarvante (lesão do neurônio motor inferior e medula espinhal e poliomielite): parece que a pessoa
vai subir a escada, tentando encontrar o próximo degrau, mas não conseguindo.
Parksoniana: flexão da coluna, passos muito curtos e com hesitação.
Palpação
1. Mãos e punhos D e E: palpamos punhos, dedos, espaço entre os dedos, polpas digitais e palma da mão.
2. Cotovelos: o braço deve ser estabilizado com sua mão não dominante, com o cotovelo com cerca de 70º de
flexão e o mais relaxado possível. Você vai utilizar suas polpas digitais para realizar o exame.
Achados: processos inflamatórios causam hipersensibilidade aos cotovelos, muito comum no cotovelo do tenista (o
normal é não haver dor ou hipersensibilidade ao toque).
3. Joelhos: posicionar o paciente em decúbito dorsal, começando a palpação 10 cm acima da patela e palpando
com manobra compressiva (mão inteira “apertando”) até a bolsa suprapatelar.
Achados: o normal é que não hajam abaulamentos, pois eles são pista positiva para a presença de líquido.
→Se encontrar abaulamentos: realizar de 2 a 3 golpes (do mesmo modo que fazemos no sinal de piparote, mas sem
o paciente colocar a mão no centro), sendo que se houver deslocamento de líquido é pista positiva para derrame.
4. Tornozelos e pés: palpamos com a mesma lógica das mãos e punhos.
5. Mensuração dos membros inferiores: medir da espinha ilíaca até o maléolo medial (bolinha do tornozelo),
cruzando o joelho.
→A diferença máxima deve ser de 1 cm.
6. Aplicar teste da força contrária: pedir ao paciente que flexione o cotovelo contra a sua resistência e depois
o estenda contra a sua resistência.
→Fazer o mesmo com a perna.
Percussão
Sinal de Tinel: percussão direta do nervo mediano ao nível do punho.
Achados: o normal é que o paciente não refira dor, mas se referir, é sinal de Tinel positivo, sendo pista positiva para
síndrome do túnel do carpo.
Avaliação da Tireóide
Semiotécnicas: inspeção, palpação e ausculta.
Inspeção
1. Posicionar-se na frente do paciente, oferecendo a ele um copo com água e pedindo para que ele o tome.
2. Estática: observar as condições da pele e a existẽncia de lesões.
3. Dinâmica: enquanto o movimento de deglutição está sendo feito, observe o volume, mobilidade (movimentos
para cima e para baixo), forma e volume.
Palpação
Acesso posterior:
1. Fique atrás do paciente, pedindo para que ele incline a cabeça para a frente e para a direita e então
empurre levemente a traquéia. Depois, peça ao paciente para deglutir.
→Repita o procedimento com o lado esquerdo.
2. Aproveitar a palpação para observar se há presença de batimentos arteriais e venosos.
Ausculta
Realizamos esta semiotécnica apenas se na palpação detectarmos que a glândula está aumentada, utilizando a
campânula do estetoscópio em busca de sopro.
Achados: o normal é que não haja sopro, mas se houver ele pode ser da glândula ou cardíaco, não cabendo à equipe
de enfermagem realizar o diagnóstico, mas sim ao médico.
Avaliação dos Linfonodos
Semiotécnicas: inspeção e palpação.
Inspeção
Avaliar linfonodos (determinando se são inflamatórios ou metastáticos), tamanho, forma, local e sensibilidade.
Achados: linfonodos adenopatia (aumento dos gânglios) e esplenomegalia (aumento do baço).
Palpação
Realizar teste do cacifo e avaliar a temperatura.
Avaliação Sensorial e Neurológica
Semiotécnicas: inspeção e palpação.
Olhos
1. Inspeção estática: identificar as partes do olho e seguir a sequência pálpebras, sobrancelhas, conjuntiva
(puxar levemente), esclera, globo ocular (pedir para a pessoa que olhe para cima) e pupila. Em todos
observamos simetria e se há lesões ou descamações.
Achados: a ptose palpebral (queda da pálpebra) está presente no caso de paralisia do III par de nervos
cranianos).

2. Classificação das pupilas:


Isocóricas = pupilas simétricas e responsivas à luz.
Anisocóricas = são assimétricas.
Midriáticas = dilatadas constantemente (ao colocarmos a luz nela,não há contração satisfatória).
Mióticas = contraídas constantemente, independentemente da quantidade de luz no olho.

3. Reflexo foto-motor (podemos realizá-lo junto com a avaliação das pupilas): consistindo em incidir luz no olho
do paciente e avaliar se as pupilas se contraem.
4. Movimentação ocular: pedir ao paciente que olhe para o lado superior direito e esquerdo, para o lado
inferior direito e esquerdo, para cima e para baixo.
→ Esse teste avalia os pares de nervos III, IV e VI.
5. Teste de acuidade visual: pedir ao paciente que tampe um dos olhos e diga o que está vendo na sala ou leia
algo e, depois, testar o próximo olho.
6. Visão de curta distância: realizamos este teste apenas em pessoas com mais de 40 anos ou com queixa de
diminuição da visão. Pedimos ao paciente que leia algo a 35 cm de distância (um olho de cada vez).
Nariz
1. Identificar as partes do nariz: raíz, ponte, ápice, narinas, columela (região entre as narinas), vestíbulo e
asas.
2. Inspeção: avaliar se há sinais visíveis de resfriado ou congestão nasal, se é simétrico, observar a cavidade
nasal (utilizar uma lanterna clínica em busca de desvio de septo), testar permeabilidade (verificar a
passagem de ar em busca de obstrução nasal) e testar o olfato (isso apenas se houver queixa de anosmia).
Teste de olfato: Vendar o paciente e apresentar substâncias conhecidas e não irritantes à mucosa nasal para que
ele as identifique.
3. Palpação do nariz e seios nasais.
→Se ao palpar os seios nasais o paciente queixar-se de dor, é pista positiva para inflamação dos seios nasais
(sinusite).
Orelha
1. Inspeção: identificar as partes da orelha, avaliar tamanho e formato, condições de pele e meato acústico
externo.
2. Avaliar a audição por meio do teste da voz sussurrada: posicionar-se cerca de 30 cm atrás do paciente,
colocar o dedo indicador no trago do paciente e empurrá-lo. Em seguida, sussurre letras e números e peça
ao paciente para repetí-los.
→ Testar uma orelha por vez.
Cavidade Bucal
1. Identificar as estruturas da boca: solicitar ao paciente que sorria, depois “puxe” o lábio inferior de
modo que a mucosa fique visível, e, por fim, peça que abra a boca completamente em estado relaxado e
com a língua contraída.
→ Alterações: atrofia e fasciculações se, ao exteriorizar a língua o paciente apresentar desvio (o desvio é
para o lado da lesão).
2. No caso de queixa de perda de paladar, realizar o teste do paladar: consiste em utilizar um algodão
com açúcar, sal e um com limão e pedir ao paciente que identifique.
Exame neurológico
1. Marcha: observar o paciente caminhando e identificar se é rítmica, sem esforço, oscilação do braço
coordenada e com viradas suaves.
2. Equilíbrio: pedir ao paciente que ande em linha reta.
→ Marcha e equilíbrio podem ser avaliadas em um único teste.
3. Teste de Romberg: solicitar ao paciente que fique em pé com os pés unidos e os braços estendidos ao
longo do tronco. Depois, solicite que ele feche os olhos e tente se manter nessa posição por 20
segundos.
→Avaliar se o paciente é capaz de manter a posição com a visão bloqueada.
→Teste de Romberg positivo = pista positiva para ataxia (perda de coordenação).
4. Teste de apoio sobre um dos pés: testar um pé de cada vez.
→ Testa sentido de posição, força muscular e função cerebelar normais.
5. Teste de percepção dolorosa: testar se o paciente consegue sentir e distinguir a “ponta afiada” e a
“ponta romba”.
6. Sensibilidade térmica: testamos apenas no caso de alterações da sensibilidade dolorosa, consistindo
no uso de algodão seco para morno e algodão com álcool para frio.
Escala de Coma de Glasgow
Sequência de aplicação (VOEP): verificar, observar, estimular e pontuar.
1. Avaliar a abertura ocular (pontuar de 1 à 4): expontâneo, ao som, à pressão e ausente.
2. Avaliar resposta verbal (pontuar de 1 a 5): orientada, confusa (não orientada, mas coerente),
palavras (apenas palavras avulsas e inteligíveis), sons (gemidos apenas) e ausente.
3. Melhor resposta motora (pontuar de 1 a 6): ordens (cumpre ordens com 2 ações), localizadora
(elevação da mão acima da clavícula ao estímulo da cabeça e pescoço), flexão normal, flexão anormal,
extensão e ausente.
→ Todos os testes podem ser classificados como não testáveis (NT) no caso de obstrução física da
responsibilidade.
No caso de não resposta utilizar estimulação física: extremidade dos dedos, trapézio e incisura supraorbital
(nessa ordem necessariamente).
Avaliação da Integridade Tecidual
Semiotécnicas> inspeção e palpação.
Inspeção
1. Coloração: avaliar presença de vermelhidão, cianose ou demais alterações.
2. Analisar se há umidade aparente.
3. Observar se há edema aparente.
4. Avaliar a continuidade da pele.
Palpação
1. Avaliação da umidade.
2. Avaliação da elasticidade: realizar prega cutânea e observar se a pele se distende normalmente,
excessivamente ou pouco.
3. Avaliar turgor: o turgor está presente quando a pele está hidratada, sendo que avaliamos ele também
realizando a prega cutânea.
4. Análise de mobilidade: deslizar a palma da mão nas superfícies corporais.
5. Teste do cacifo para análise de edemas.
6. Análise da temperatura corporal.
7. Teste de sensibilidade: podemos fazer fricção com a ponta do algodão ou utilizar o kit próprio para
isso.
8. Investigar a presença de lesões elementares: mácula, pápula, mancha, pústulas, resíduos celulares de
superfície (escama, ressecamento e descamação), crosta, cicatriz e úlceras.
Obs: a umidade pode levar a uma lesão por pressão, então é importante que nos atentemos a isso.
Avaliação da Oxigenação
Semiotécnicas: inspeção, palpação, percussão e ausculta.
Na entrevista: lembrar de observar se o paciente consegue falar sem interrupções, mensurar a saturação
com o uso do oxímetro
Inspeção do tórax posterior
1. Solicitar ao paciente que incline a cabeça para frente a fim de localizar o processo espinhoso da C7
(proeminência óssea na base do pescoço).
→ Abaixo da C7 se localiza a 1ª vértebra torácica.
2. Localizar a T4 (lembrando que a T1 fica abaixo da C7).
3. Borda inferior da escápula: 7ª ou 8ª costela.
4. Linhas imaginárias posteriores: linha escapular D, linha medioespinal e linha escapular E.
5. Pulmão: o ápice fica na C7 e a base está no nível da 10ª costela.
6. Inspeção estática: observar formato (típico ou atípico), condições da pele, simetria e forma (cifótico,
escoliótico ou cifoescoliótico).
→ A forma normal do tórax é a chata.
Palpação do tórax posterior
1. Avaliação da expansão torácica:

→Instruir o paciente a inspirar profundamente e avaliar o movimento (deve ser simétrico).


2. Avaliar frêmito toracovocal: pedir ao paciente que fale “trinta e três” e ir apalpando com a palma da
mão de modo a ir comparando um lado com o outro (não cruzar).
Percussão do tórax posterior
1. O sentido da percussão é o mesmo que o da palpação:

2. Identificar os sons: o normal na região do pulmão é o som claro pulmonar.


Ausculta do tórax posterior
1. Identificar os sons normais: traqueal, brônquico e murmúrio vesicular.
2. Sons anormais: sibilos (passagem estreita do ar), estertores crepitantes (pneumonia ou edema) e
estertor traqueal.
Inspeção do tórax anterior
1. Localizar: incisura supraesternal, ângulo de Louis e região pulmonar (da primeira costela até a
décima);
→ Ao deslizar o dedo horizontalmente ao ângulo de Louis, encontra-se a segunda costela).
2. Delimitar as regiões através das linhas: linha medioesternal, linha esternal D e E e hemiclavicular D
e E.
3. Estática: avaliar a expressão do paciente (o ideal é que esteja relaxada e natural), observar cor,
condições da pele, presença de lesões ou demais alterações. Analisar também a qualidade da
respiração, sendo que o ideal é que esta seja relaxada, sem ruídos audíveis, simétrica, uniforme e sem
utilização dos músculos acessórios.
4. Inspeção dinâmica: expansão respiratória, mensuração da FR, simetria, e regularidade. Avaliar
também se o paciente está eupneico, se a respiração é superficial ou profunda e o padrão
respiratório (torácico, abdominal e etc).
Palpação do tórax anterior
1. Avaliar a expansibilidade torácica:

2. Palpação em busca de frêmito vocal:

Percussão do tórax anterior


1. A mesma sequência da palpação.
2. Reconhecer os sons: o normal para a região dos pulmões é o som claro pulmonar.
Ausculta do tórax anterior
1. A sequência de ausculta é a mesma que a de palpação.
2. Reconhecer e classificar os ruídos respiratórios do paciente.
Avaliação da Circulação
Semiotécnicas: inspeção, palpação e ausculta.
Precórdio: entre a 1ª e a 6ª costela.
Ictus cordis: 4º ou 5º espaço intercostal.
Inspeção estática
1. Avaliar condições da pele e coloração.
2. Fazer a avaliação tangencial e frontal em busca de abaulamentos e alterações.
→ Se houver abaulamento no precórdio: pista positiva para aneurisma da aorta, cardiomegalia, derrame no
precórdio a alterações da própria caixa toráxica.
3. Observar se as veias jugulares estão saltadas.
→ Avaliação de estase jugular: se positiva, é pista positiva para insuficiência cardíaca.
4. Avalie os vasos sanguíneos: trajetos, localização e calibre.
Inspeção dinâmica
Avaliar FR, pulsos (se ele for visível) e PA.
Palpação
1. Palpação do tórax: buscar frêmito cardíaco (vibração palpável no precórdio), sendo ele pista positiva
para sopro cardíaco.
2. Palpação do ictus cordis: é palpável em 25% dos pacientes (se não palpável em decúbito dorsal, tente
decúbito lateral), sendo que se for palpado em mais de 2 polpas digitais, provável aumento da área
cardíaca.
→ Determinar extensão (polpas digitais), intensidade e mobilidade .
3. Realizar palpação dos pulsos radial, braquial, femoral, tibial posterior e pedioso.
→ Anotar o número de bat/min.
4. Teste de Allen: ocluir a artéria radial e ulnar e, posteriormente, liberar a artéria radial (observando
o preenchimento sanguíneo) e solicitando ao paciente que feche o punho intensamente, depois ocluir
novamente e, por fim, liberar a ulnar. Testando assim, o funcionamento das artérias radial e ulnar.
5. Realizar o teste de perfusão periférica: se tempo >= 3, então, insuficiência arterial periférica.
6. Realizar teste do cacifo em membros inferiores.
7. Realizar palpação da aorta abdominal: palpação profunda que, se resultar em pulsação visível,
significa pista positiva para aneurisma aórtico abdominal.
8. Testar reflexo hepatojugular: pressionar o abdômen em busca de distensão das veias jugulares, que se
presentes, significam pista positiva para insuficiência cardíaca.
→ Região da pressão: região umbilical ou hipocôndrio direito.
Ausculta
1. Auscultar as bulhas cardíacas e avaliá-las quanto a fonese: normofonese, hipofonese e hiperfonese.
Sequência: APTM (da direita para a esquerda).
→ Foco aórtico: está localizado no segundo espaço intercostal direito, onde é audível a B2 “tá”.
→ Foco pulmonar: segundo espaço intercostal esquerdo.
→Foco tricúspide: borda inferior esquerda do esterno.
→ Foco mitral: fica entre o 5º espaço intercostal próximo à hemiclavicular esquerda, onde é audível a B1
“tum” e a B3 “tu”.
2. Auscultar o ictus cordis: em busca da “B4”, nem sempre audível.
3. Aorta abdominal: 5 cm acima da cicatriz umbilical, sendo que se presente, indica sopro aórtico.
4. Artérias renais: 5 cm acima da cicatriz umbilical e 3 cm lateralmente à direita e á esquerda, sendo
que se presente, indica sopro renal (pista positiva para eternos aórtica).

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