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Guia de Exame Físico Da Lari
Guia de Exame Físico Da Lari
→Cotovelos: flexão, extensão, supinação (posicionar a mão apoiada em 90º virá-la com a palma para cima) e
pronação (o mesmo da supinação, mas com a palma para baixo).
→ Mão e punho (D e E):
3. Reflexo foto-motor (podemos realizá-lo junto com a avaliação das pupilas): consistindo em incidir luz no olho
do paciente e avaliar se as pupilas se contraem.
4. Movimentação ocular: pedir ao paciente que olhe para o lado superior direito e esquerdo, para o lado
inferior direito e esquerdo, para cima e para baixo.
→ Esse teste avalia os pares de nervos III, IV e VI.
5. Teste de acuidade visual: pedir ao paciente que tampe um dos olhos e diga o que está vendo na sala ou leia
algo e, depois, testar o próximo olho.
6. Visão de curta distância: realizamos este teste apenas em pessoas com mais de 40 anos ou com queixa de
diminuição da visão. Pedimos ao paciente que leia algo a 35 cm de distância (um olho de cada vez).
Nariz
1. Identificar as partes do nariz: raíz, ponte, ápice, narinas, columela (região entre as narinas), vestíbulo e
asas.
2. Inspeção: avaliar se há sinais visíveis de resfriado ou congestão nasal, se é simétrico, observar a cavidade
nasal (utilizar uma lanterna clínica em busca de desvio de septo), testar permeabilidade (verificar a
passagem de ar em busca de obstrução nasal) e testar o olfato (isso apenas se houver queixa de anosmia).
Teste de olfato: Vendar o paciente e apresentar substâncias conhecidas e não irritantes à mucosa nasal para que
ele as identifique.
3. Palpação do nariz e seios nasais.
→Se ao palpar os seios nasais o paciente queixar-se de dor, é pista positiva para inflamação dos seios nasais
(sinusite).
Orelha
1. Inspeção: identificar as partes da orelha, avaliar tamanho e formato, condições de pele e meato acústico
externo.
2. Avaliar a audição por meio do teste da voz sussurrada: posicionar-se cerca de 30 cm atrás do paciente,
colocar o dedo indicador no trago do paciente e empurrá-lo. Em seguida, sussurre letras e números e peça
ao paciente para repetí-los.
→ Testar uma orelha por vez.
Cavidade Bucal
1. Identificar as estruturas da boca: solicitar ao paciente que sorria, depois “puxe” o lábio inferior de
modo que a mucosa fique visível, e, por fim, peça que abra a boca completamente em estado relaxado e
com a língua contraída.
→ Alterações: atrofia e fasciculações se, ao exteriorizar a língua o paciente apresentar desvio (o desvio é
para o lado da lesão).
2. No caso de queixa de perda de paladar, realizar o teste do paladar: consiste em utilizar um algodão
com açúcar, sal e um com limão e pedir ao paciente que identifique.
Exame neurológico
1. Marcha: observar o paciente caminhando e identificar se é rítmica, sem esforço, oscilação do braço
coordenada e com viradas suaves.
2. Equilíbrio: pedir ao paciente que ande em linha reta.
→ Marcha e equilíbrio podem ser avaliadas em um único teste.
3. Teste de Romberg: solicitar ao paciente que fique em pé com os pés unidos e os braços estendidos ao
longo do tronco. Depois, solicite que ele feche os olhos e tente se manter nessa posição por 20
segundos.
→Avaliar se o paciente é capaz de manter a posição com a visão bloqueada.
→Teste de Romberg positivo = pista positiva para ataxia (perda de coordenação).
4. Teste de apoio sobre um dos pés: testar um pé de cada vez.
→ Testa sentido de posição, força muscular e função cerebelar normais.
5. Teste de percepção dolorosa: testar se o paciente consegue sentir e distinguir a “ponta afiada” e a
“ponta romba”.
6. Sensibilidade térmica: testamos apenas no caso de alterações da sensibilidade dolorosa, consistindo
no uso de algodão seco para morno e algodão com álcool para frio.
Escala de Coma de Glasgow
Sequência de aplicação (VOEP): verificar, observar, estimular e pontuar.
1. Avaliar a abertura ocular (pontuar de 1 à 4): expontâneo, ao som, à pressão e ausente.
2. Avaliar resposta verbal (pontuar de 1 a 5): orientada, confusa (não orientada, mas coerente),
palavras (apenas palavras avulsas e inteligíveis), sons (gemidos apenas) e ausente.
3. Melhor resposta motora (pontuar de 1 a 6): ordens (cumpre ordens com 2 ações), localizadora
(elevação da mão acima da clavícula ao estímulo da cabeça e pescoço), flexão normal, flexão anormal,
extensão e ausente.
→ Todos os testes podem ser classificados como não testáveis (NT) no caso de obstrução física da
responsibilidade.
No caso de não resposta utilizar estimulação física: extremidade dos dedos, trapézio e incisura supraorbital
(nessa ordem necessariamente).
Avaliação da Integridade Tecidual
Semiotécnicas> inspeção e palpação.
Inspeção
1. Coloração: avaliar presença de vermelhidão, cianose ou demais alterações.
2. Analisar se há umidade aparente.
3. Observar se há edema aparente.
4. Avaliar a continuidade da pele.
Palpação
1. Avaliação da umidade.
2. Avaliação da elasticidade: realizar prega cutânea e observar se a pele se distende normalmente,
excessivamente ou pouco.
3. Avaliar turgor: o turgor está presente quando a pele está hidratada, sendo que avaliamos ele também
realizando a prega cutânea.
4. Análise de mobilidade: deslizar a palma da mão nas superfícies corporais.
5. Teste do cacifo para análise de edemas.
6. Análise da temperatura corporal.
7. Teste de sensibilidade: podemos fazer fricção com a ponta do algodão ou utilizar o kit próprio para
isso.
8. Investigar a presença de lesões elementares: mácula, pápula, mancha, pústulas, resíduos celulares de
superfície (escama, ressecamento e descamação), crosta, cicatriz e úlceras.
Obs: a umidade pode levar a uma lesão por pressão, então é importante que nos atentemos a isso.
Avaliação da Oxigenação
Semiotécnicas: inspeção, palpação, percussão e ausculta.
Na entrevista: lembrar de observar se o paciente consegue falar sem interrupções, mensurar a saturação
com o uso do oxímetro
Inspeção do tórax posterior
1. Solicitar ao paciente que incline a cabeça para frente a fim de localizar o processo espinhoso da C7
(proeminência óssea na base do pescoço).
→ Abaixo da C7 se localiza a 1ª vértebra torácica.
2. Localizar a T4 (lembrando que a T1 fica abaixo da C7).
3. Borda inferior da escápula: 7ª ou 8ª costela.
4. Linhas imaginárias posteriores: linha escapular D, linha medioespinal e linha escapular E.
5. Pulmão: o ápice fica na C7 e a base está no nível da 10ª costela.
6. Inspeção estática: observar formato (típico ou atípico), condições da pele, simetria e forma (cifótico,
escoliótico ou cifoescoliótico).
→ A forma normal do tórax é a chata.
Palpação do tórax posterior
1. Avaliação da expansão torácica: