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Trichuris trichiura Biologia

 A tricurose é uma parasitose causada pelo  Forma Evolutiva: ADULTOS


helminto Trichuris trichiura  Os adultos têm formato de chicote
 Cosmopolita, incidindo principalmente em  Cavidade bucal curta: estilete
regiões com baixo IDH
 Extremidade anterior mais afilada 
 Desempenha um ciclo monoxênico Encontra-se a região esofagiana
 No Brasil, maior risco de infecção: áreas  Extremidade posterior mais alargada 
urbanas (periferias) > áreas rurais Instalação dos órgãos genitais e intestino
 Considerado um parasito tissular
Epidemiologia  Extremidade anterior mergulhada na
mucosa intestinal e se alimenta de
 Possui ampla distribuição geográfica mucos e células (restos de
 Áreas de clima quente e úmido enterócitos lisados pela ação das
enzimas proteolíticas secretadas
 Condições sanitárias precárias  favorece
pelas glândulas esofagianas).
a contaminação ambiental e sobrevivência
 Glândulas chamadas esticócitos (que
dos ovos do parasito
ocupam 2/3 do corpo)
 Estima-se que aproximadamente 600 a 800  Extremidade posterior livre na luz
milhões encontram-se infectados: regiões intestinal  realização da cópula
de clima tropical e subtropical  1/3 do corpo  órgãos genitais e int.
 Grande parte dos infectados apresentam
idade inferior a 15 anos (exposição à alta  FÊMEA
carga parasitária - grave sintomatologia)  Extremidade posterior reta e romba
 Mede 4 a 5cm de comprimento

Taxonomia  MACHO
 Extremidade posterior ventralmente
encurvada
Reino Animalia
Sub-Reino Metazoa  Mede 3 a 4,5 cm de comprimento
Filo Nemathelminthes  Bainha envolvendo o espículo
Classe Secementhea
Ordem Trichinellida  Forma Evolutiva: OVOS
Família Trichuridae
 Elipsoides, cujas nas extremidades
encontram-se os opérculos polares
 O gênero Trichuris (significa cauda em
forma de cabelo, mas hoje sabe-se que a
 Membrana tripla: camada externa de
lipídeos; camada intermediária de quitina
extremidade anterior é a mais delgada).
e camada vitelínica interna
 Possui 50 a 54 micrometros
 Liberação de 3.000 a 5.000 ovos/dia
 Geohelminto: Ovo não embrionado -
desenvolve no ambiente / embriogênese
 Viabilidade: 15 dias ou 12 meses – tudo
dependerá das condições do meio
 Ovo infectante ao albergar a larva L1/L3
Transmissão Patogenia

 Ingestão de água, alimentos e vetores  Ação irritativa – sobretudo nas


mecânicos contaminados com os ovos Ação
terminações nervosas
embrionados albergando larvas L1/L3.  Aumento da motilidade
Irritativa
 Lesões com produção de muco
 Hipersensibilidade (indicando
Habitat processo inflamatório local)
 Edema da mucosa retal
 Intestino grosso, sobretudo no ceco e no  
Intensos sangramentos
cólon (podendo também ser observado no  Reflexo de deflexão (tenesmo)
apêndice, íleo e reto – infecções intensas).  Prolapso retal (exteriorização
 Alimentam-se de muco, líquido intersticial, do reto)
sangue, tecidos, células e dos enterócitos
destruídos pelas enzimas esofagianas.  Prolapso retal  Reversível após o
tratamento, mas podem surgir...
Ciclo Biológico  Complicações como obstruções do
cólon e perfuração intestinal

Ingestão de ovos embrionados


 Prevalência em crianças (Norte - BR)
infectantes contendo larva L1/L3

Patogenia: Infanto-Juvenil

Eclosão à nível do intestino delgado


[Estímulo de pH, CO2, sais, temperatura]  A patogenia no público infanto-juvenil
se mostra mais grave:

 Anemia com hematofagia e perdas


Invasão da mucosa: na região cecal sanguíneas (parasitismo dos adultos)
Formação de túneis sinuosos  Caquexia: aumento da produção de
fator de necrose tumoral (TNF – alfa)
com interferências na absorção de
nutrientes e apetite.
Sofrerão várias ecdises 
Transformação em adultos  Baixa estatura: redução dos níveis
do hormônio fator de crescimento
(IFG – I) semelhante à insulina tipo I
e do precursor de colágeno.
Adultos: extremidade anterior  Redução cognitiva: fruto das perdas
mergulhada na mucosa e extremidade alimentares, impactando na cognição
posterior livre realizando a cópula
 Quimioprofilaxia em massa nas
escolas: ineficácia da medida
 Reinfecção rápida (2 a 3
Liberação diária de ovos no bolo fecal
meses após a profilaxia)
 Parasitas resistentes aos
Tempo de Vida Adulta: 1 a 2 anos medicamentos utilizados
Período pré-patente: 60 a 110 dias
Manifestações Clínicas Diagnóstico

 Correlação positiva entre: Intensidade da  CLÍNICO


infecção e gravidade da sintomatologia  Difícil de ser realizado inespecificidade
da sintomatologia
 Infecções leves  Exceto nos casos de exteriorização do
 > 1.000 ovos/g fezes reto (o prolapso retal)
 Maioria dos casos  Detectar a presença dos adultos
 Assintomático – Oligossintomático através da análise da região
 Pode apresentar inflamação discreta
 Infecções moderadas  LABORATORIAL
 1.000 a 9.999 ovos/ g fezes  Método de sedimentação espontânea
 Dores de cabeça, dor epigástrica, (Método de Hoffman)
baixo abdômen, náuseas, diarreia,
 Método quali-quantitativo (Método de
vômito, perdas nutricionais...
Kato-Katz): inquéritos epidemiológicos*
 Infecções Intensas
 Casos específicos:colonoscopia/anoscopia
 < 10.000 ovos/ g fezes
 Diarreia intermitente com produção
de muco (às vezes sanguinolenta);
Tratamento
desnutrição grave com perda de
peso; dor abdominal com tenesmo;
anemia; retardo físico e cognitivo
 Inflamação da mucosa: colite e  Albendazol; Mebendazol ou associação
apendicite (sintomas frequentes) entre Albendazol e Ivermectina.
 Edema, intenso sangramento e  Melhor combinação: Albendazol e
inchaço: tenesmo  prolapso retal Pamoato de Oxantel (70%)
 Casos graves: síndrome disentérica  Tratamento insatisfatório: Dose única
crônica (absorção de líquidos)  Baixa taxa de eficácia de cura
 Aumento da permeabilidade  Redução de carga parasitária
intestinal (tricurose crônica)  Alta taxa de reinfecção
 Microbiota intestinal afetada  Importante o controle de cura para se
(redução da diversidade bacteriana) ter certeza da eficácia do tratamento e
ficar atento a possíveis reinfecções.
 Redução da prevalência e carga parasitária:
 Não há migração sistêmica das larvas Adultos de áreas endêmicas (imunidade)
 Lesões confinadas no intestino
 Movimentação e alimentação:
aumento de muco, descamação
Profilaxia
epitelial e infiltrado celular

 Tratamento da população;
 Educação sanitária e ambiental;
 Saneamento básico;
 Incentivo financeiro na pesquisa
para o desenvolvimento de novos
fármacos.
 Característica em comum: cápsula bucal –
Ancilostomídeos: Ascylostoma modificação da extremidade anterior

duodenale e Necator americanus formado pela cutícula, que permite ao


parasito aderir – por sucção – a parede do
intestino e realizar seu hábito hematófago.
 Ancilostomíase ou ancilostomose, ou
conhecida como amarelão e “a doença do  Forma Evolutiva: ADULTOS
Zeca Tatu” ´´é causada por helmintos dos
 FÊMEAS
gêneros Ancylostoma e Necator.
 Necator americanus
 Fruto da associação entre pobreza e o Medem de 0,9 a 0,11 cm
desigualdade social. o Extremidade anterior afilada
 As crianças, adolescentes e idosos são os o Ausência de processo espiniforme
mais acometidos.
 São cosmopolitas e têm prevalência em  Ascylostoma duodenale
áreas de regiões tropicais, subtropicais e o Medem de 0,10 a 0,18 cm
temperadas*. *Hipobiose: A.duodenale o Cauda afilada com pequeno
processo espiniforme terminal
Epidemiologia
 MACHOS
 Necator americanus
 Possui ampla distribuição geográfica
o Medem de 0,5 a 0,9 cm
 Estima-se que 440 milhões de pessoas no o Bolsa copuladora na extremidade
mundo possuem ancilostomíase, posterior com dois espículos longos
principalmente pelo Necator americanus. o Ausência de gubernáculo
 No Brasil, a ancilostomíase é causada pelo
Necator americanus.  Ascylostoma duodenale
o Medem de 0,8 a 0,11 cm
Taxonomia o Bolsa copuladora na extremidade
posterior com dois espículos longos
Reino Animalia o Gubernáculo bem evidente
Sub-Reino Metazoa
Filo Nemathelminthes  Forma Evolutiva: OVOS
Classe Nematoda  Possuem a membrana fina e delicada
Ordem --
Família Ancylostomatidae  Blastômeros, que sofreram sucessivas
divisões até dar origem às larvas
 Necator americanus: 6 a 11 mil ovos/dia
Biologia  Ancylostoma duodenale: 20 a 30 mil
ovos/dia
Ancylostoma X S. stercoralis Ciclo Biológico

 Diferenciação das larvas rabditoides: Penetração por via cutânea ou


 Vestíbulo bucal ingestão por via oral* das larvas L3
o Ancyslotomatidae: Longo
o S. stercoralis: Curto
 Primórdio genital Cairá na circulação venosa ou linfática
o Ancyslotomatidae: Não é possível
detectar (vestígios)
o S. stercoralis: Bem visível
Migração para o coração e pulmão
No pulmão L3  L4 (cáp. provisória)

L4: Migração para o intestino


(passando pela traqueia e laringe)

*Intestino delgado: Transformação


 Diferenciação das larvas filarioides: em adultos e maturação sexual
 Extremidade posterior (cauda)
o Ancyslotomatidae: Presença de uma
bainha envolvendo toda a larva e Liberação de ovos no bolo fecal
extremidade posterior pontiaguda
o S. stercoralis: Extremidade bifurcada
e apresenta esôfago longo Ovos na vida livre (geohelminto):
Blastômeros  Eclosão L1 (12 a 24 h)
L1  L2 (3 a 4 dias)
Ancylostoma e S. stercoralis
L2  L3 (após 5 dias)

Antes da criação dos ovos até toda


 Características em comum: vida parasitária: hematofagia
 Geotropismo negativo Eclosão da
Pré-patente: 42 a 60 dias/35 a 60 dias
 Tigmotropismo
 Hidrotropismo
 Termotropismo Habitat
 Por causa das características têm-se métodos de
 Adultos à nível do intestino delgado e
diagnósticos específicos, na tentativa de
fixados na mucosa intestinal através do
concentrar as larvas e facilitar o diagnóstico.
auxílio das cápsulas bucais.
 Quadro atípico de alotriofagia (síndrome
Transmissão de Pica)
 Consumo de solo, argila, tijolo e
 Penetração direta no tegumento íntegro: areia na tentativa de suprir a
Necator americanus e Ancylostoma duodenale deficiência de ferro – fruto do
 Ingestão por via oral: Ancylostoma duodenale intenso hematofagismo.
 Pesquisa de larvas: Coprocultura (Harada-
Manifestações Clínicas
Mori)  Diagnóstico diferencial.

 Erupções papilovesiculares  Métodos Imunológicos: Não é muito


pruriginosas eritematosas requisitado: possível reação cruzada
Alterações  Métodos Moleculares: Inquéritos
 Dermatite uticariforme Cutâneas epidemiológicos; (S e E: ).
 Hiperemia; prurido e edema

 Adenopatia regional
Tratamento

 Tosse paroxística (intermitente)  Albendazol, Cambendazol, Pamoato


 Pneumonite de Pirantel, Mebendazol, Ivermectina
Alterações  Bronquite (Dose única*)
Pulmonares  Febre (Transiente)  Realizar a suplementação alimentar
 Laringite; Faringite; Corizas de proteínas e ferro
 Sensação de obstrução da garganta
 A taxa de cura está entre 70% a 90%
 Quadro de Loeffler
 Importante realizar o controle de
cura (após 3 meses da administração do
 Intenso hematofagismo a nível do tratamento).
intestino delgado: perda sanguínea crônica  Reinfecção é muito frequente.
 Introdução de anticoagulantes
 Perda de sangue constante (3-4ml)
 Anemia: deficiência de ferro (1,5mg de
Alterações Profilaxia
Intestinais
Fe3+) e hipoalbuminemia
 Melena (sangue nas fezes)  Tratamento da população;
 Constipação, dispneia, palpitações, dor  Educação sanitária e ambiental;
epigástrica, cólicas, anorexia, náuseas,  Orientação para uso de calçados e
vômitos, flatulência, cansaço, impotência luvas em contato com o solo.
 Colecistite e ulceração intestinal (grave)  Saneamento básico;
 Incentivo financeiro na pesquisa
para o desenvolvimento de novos
Diagnóstico
fármacos.
 CLÍNICO
 Anamnese de sinais e sintomas: diarreia,
dor abdominal e urticária
 Imagem de radiografia: alterações
pulmonares
 Acompanhada ou não de anemia e
eosinofilia (de 85%)

 LABORATORIAL
 Exame Parasitológico de Fezes
 Hoffman: sedimentação espontânea
 Kato-Katz: determina carga parasitária
Ascaris lumbricoides Biologia

 A ascaridíase é a parasitose causada pelo  Forma Evolutiva: OVOS


helminto Ascaris lumbricoides
 Formato oval e quase esférico
 Possui uma ampla distribuição geográfica  Diâmetro: 50 – 60 micrometros
 Apresenta frequência variada em virtude  Tripla membrana: Externa (mamilonada);
das condições climáticas, ambientais e Média (proteica) e Interna (lipídica)
principalmente o grau de desenvolvimento  Composição: 25% proteína + 75% lipídeos
socioeconômico da população  Geohelminto
 Solo argiloso/arenoso
 Temperatura (25 – 30ºC)
Epidemiologia
 Umidade elevada
 Ausência da exposição direta à luz solar
 Helminto mais frequente em países pobres  Sucessivas divisões da massa germinativa
 Aproximadamente 30% ou seja 1,5 bilhão de  Larvas L1 e L2 (rabditoides: esôfago curto -
pessoas infectadas robusto - dividido em 3 porções (istmo,
corpo e bulbo))
 Faixa etária mais atingida: 70% a 90% das
 Larvas L3 (filarioide: esôfago longo –
crianças entre 1 a 10 anos
retilíneo – sem dilatações aparentes)
 Fatores que interferem na prevalência:  Ovo albergando larva L3 (infectante)
 Quantidade de ovos liberados
 Viabilidade dos ovos (até 1 ano)
 Forma Evolutiva: ADULTOS
 Indivíduos vivendo em condições
 Robusto/LongoCilíndrico
precárias de saneamento básico
Extremidade anterior afilada
 Quantidade de ovos no peridomicílio
Dimorfismo Sexual  3 Lábios
(hábito de crianças defecarem)
 Temperatura e umidade elevadas
 FÊMEAS
Regiões tropicais e subtropicais
 Extremidade posterior reta
 Dispersão fácil de ovos (ventos, etc.)
 Comprimento: 30 a 40cm (até 60cm)
 Conceitos equivocados: transmissão da
 Órgãos genitais duplos (exceto vulva e
doença e hábitos de higienização
vagina): úteros, receptáculos seminais,
Importância da educação em saúde
ovidutos e ovários
 Elimina diariamente ovos: um por um!
Taxonomia
 MACHOS
Reino Animalia  Possui extremidade posterior
Sub-Reino Metazoa ventralmente encurvada
Filo Nemathelminthes  Comprimento: 15 a 30cm (menor)
Classe Nematoda
 Testículo filiforme, enovelado e tubular;
Ordem Ascaridida
Família Ascarididae canal deferente; vesícula seminal; canal
ejaculador e cloaca
 Dois espículos quitinosos: copulação
Ascaris suum e lumbricoides
 Espermatozoides: células arredondadas,
ameboides, sem apêndice caudal e
 Possibilidade de infecção cruzada desenvolvimento incompleto
 Pequenas alterações morfológicas; Ovos:
A.lumbricoides: 200 mil X A.suum: 1 milhão Habitat
 Intestino delgado: Alças jejunais (90% dos
Transmissão
casos), podendo também ser encontrada no
íleo, duodeno, estômago e em localizações
ectópicas.  Ingestão (oral) de águas e alimentos ou
 Fixados à nível da luz intestinal pelos três vetores mecânicos contaminados com ovos
lábios retráteis + contração muscular contra albergando a larva L3.
a parede intestinal, conferindo resistência ao
movimento peristáltico.
Patogenia
Ciclo Biológico
 MIGRAÇÃO LARVAL
Ingestão de ovos albergando a larva L3
 Infecção leve: Quadro assintomático
L3L3  Infecções moderadas e intensas:
 Lesões hepáticas (focos
Eclosão à nível do intestino delgado hemorrágicos e necróticos) Fígado
 Hepatomegalia
[Estímulo de pH, CO2*, sais biliares]  Hepatite larvar

 Pneumonite aguda
 Síndrome de Loeffler (febre,
Penetração ativa na mucosa intestinal Pulmão tosse e eosinofilia)
(da região cecal)
 Broncopneumonia
[Esôfago retilíneo: não cria resistência aos  Pneumonia difusa e bilateral
movimentos serpentiformes]

 FASE ADULTA (INTESTINAL)


Ganham a circulação sanguínea 
Migração para o fígado e pulmão  Infecção leve: Quadro assintomático (3 - 4*)
 Infecções moderadas e intensas: (>30 - 100)
[Ciclo aeróbico, então precisam de O2]
 Reação de hipersensibilidade
 Alterações Ação
Pulmão:cutâneas;
No pulmão L3  L4 Crises uticariformes; tóxica
Na parede alveolar L4  L5 Infecções concomitantes.

 Inibição enzimática e impacto


L5: Migração para o intestino na absorção de nutrientes
(passando pela traqueia e laringe) Ação  Competição quimiointestinal
espoliadora  Desnutrição proteico-calórica
 Depauperamento físico/ mental
 Desenvolvimento ponderal e
20-30 dias: Transformação em adultos cognitivo
60 dias: Maturação sexual
 Irritação e Obstruções ( )
 Aumento dos movimentos
peristálticos intestinais
Liberação diária de ovos no bolo fecal Ação
 Desconforto abdominal
 Cólicas intermitentes
mecânica
Rotas de migração não convencionais:  Constipação intestinal
podem surgir localizações ectópicas  Tenesmo
 Dilatação da parede intestinal
Diagnóstico
 Ruptura do tecido
Infecções  Perfuração do diafragma
+ Graves!  Translocação bacteriana  CLÍNICO
 Peritonite  Difícil de ser realizado: inespecificidade da
 Evoluir para desfecho fatal sintomatologia.
 Sinais e sintomas + imagem de radiografia
 Eliminação espontânea pelo ânus/ boca
Manifestações Clínicas
 LABORATORIAL
 Análise macroscópica: observação do
 Migração larvária bolo fecal ou tamisação (esp. adulto)
 Urticária, edema e febre  Análise microscópica: Sedimentação
espontânea (Hoffman) ou Método de
 Nível Pulmonar: Tosse paroxística Fase Contagem (Kato Katz)
(produtiva); crises de asma;
bronquite, pneumonia intersticial;
Inicial  Pesquisa de larvas: Escarro + Aspirado
insuficiência respiratória do estômago
 Nível Hepático: hepatite larvar  Métodos Imunológicos: (E e S: )
 Métodos diretos (encontro da forma
evolutiva com o parasito) e indiretos
(pesquisa-se antígenos e anticorpos).
 Fruto da localização ectópica,
medicamento ou alimento que
irritou o adulto ou da ocupação Tratamento
por espaço ou alimentos.
 Albendazol*; Mebendazol*; Levamisol;
 Sintomatologia Órgão-específica Pamoato de Pirantel; Ivermectina*;
Praziquantel; Cambendazol; Tiabendazol*
Ascaris  Agitação; cefaleia; sonolência;  Ação contra adultos/Controle de cura (3m)
Errático epilepsia; meningite; miocardite;
 Suspeita de suboclusão ou oclusão
invasão do canal lacrimal;
 Administrar pela sonda gástrica
conjuntivite; apendicite;
hexahidrato de piperazina + 50ml de
obstrução do colédoco;
óleo mineral
abscesso hepático; pancreatite;
 Induz paralisia flácida dos adultos
colecistite; pneumonia intersticial;
insuficiência respiratória.  Casos muito graves: Realizar intervenção
cirúrgica para retirada e desobstrução da
luz intestinal.

 Dores abdominais (cólicas,


náuseas, vômitos, diarreia); Profilaxia
 Abdômen extremamente
proeminente, Fase  Tratamento da população;
 Obstrução parcial ou total Crônica  Educação sanitária e ambiental;
do intestino  Saneamento básico;
 Perfuração intestinal  Incentivo financeiro na pesquisa
 Quadro de peritonite para o desenvolvimento de novos
 Desfecho fatal fármacos.
Echinococcus granulosus Biologia

 Hidatidose é uma parasitose causada pelos  Forma Evolutiva: ADULTOS (Hermafroditas)


cestódeos Echinococcus granulosus.  Cestoide muito pequeno (4 a 6 mm)
 Doença silenciosa que, quando detectada,  Escólex globuloso ou piriforme
os cistos já atingiram grandes dimensões.  4 ventosas
 Tem-se como hospedeiro definitivo: os cães  Rosto com 30 a 40 acúleos/ganchos
domésticos e canídeos silvestres.  Importantes estruturas para fixação
 Hospedeiros intermediários: ovinos caprinos,  Colo ou pescoço
suínos e, acidentalmente, os humanos.  Região de crescimento e intensa
 A forma larval: hidátide ou cisto hidático. multiplicação do cestoide
 Cães (equinococose) / Humanos (hidatidose)  Estróbilo
 Possui 3 a 4 proglotes
 Proglote imatura (órgãos
Epidemiologia genitais em desenvolvimento)
 Proglote madura (aptos a
realizar fecundação sexuada)
 Zoonose amplamente distribuída em  Proglote gravídico (ramificações
regiões rurais de clima temperado.
uterinas repletas de ovos – 500 a
 No Brasil é endêmica no RS: transmissão ativa 800). Ocupa metade do corpo.
 O cão presente no manejo de ovinos e bovinos:
Alimentação  vísceras cruas dos ruminantes  Forma Evolutiva: OVOS
 2 a 3 milhões de pessoas infectadas no mundo  Microscopicamente indistinguíveis
 Grande diversidade genotípica: Cepas comuns do gênero Taenia spp
no Brasil  G1 (ovinos) e G5 (bovinos)  Medem 32 micrometros
 G1 tem distribuição mundial e mais
 Possui membrana externa espessa
frequente no homem
(embrióforo): blocos quitinosos
 No interior há o embrião hexacanto
Taxonomia (oncosfera) e seis ganchos/acúleos
 Sobrevivem infectantes até 2 anos
Reino Animalia 
Sub-Reino Metazoa  Forma Evolutiva: CISTO HIDÁTICO
Filo Platyhelminthes
 Forma arredondada e dimensões
Classe Cestoda
Ordem Cyclophyllidea variadas (idade e localização)
Família Taenidae  Infecções recentes medem 1mm
 Meses depois: < 20 cm (5cm/ano)
 2 membranas de origem parasitária e
Transmissão 1 membrana produzida pelo hospedeiro

 Ingestão de ovos do Echinococcus granulosus  Membrana adventícia


 Cápsula fibrosa fruto de uma
 Alimentos, água ou vetores mecânicos
reação/processo inflamatório
contaminados contendo os ovos férteis.
crônico pela presença larval
 Não faz parte do cisto (adesão)
 Membra anista ou hialina (laminada)
 Após 2 a 4 semanas da infecção, é Ciclo Biológico
formada pela membrana germinativa
 Aspecto hialino e homogêneo
Ovos eliminados nas fezes dos cães
 Aumento da espessura com idade [Ovos infectantes e viáveis durante meses]
do cisto (até 0,5mm)
 A proteção como principal função
 Membrana germinativa ou prolígera
Ingestão dos ovos férteis
 Formam todos os componentes
do cisto (elemento fundamental)
 Formação de vesículas prolígeras
por brotamento (reprodução Estômago: Embrióforo semidigerido
assexuada por poliembrionia) [Ação do suco gástrico]
 Vesículas prolígeras
 Medem cerca de 1mm
 Contém 2 a 60 protoescólex
Duodeno: Liberação da oncosfera
 Protoescólex ou escólex invaginado
[Ação da bile]
 Mede 120 micrometros
 Forma ovoide contém 4 ventosas
e dupla fileira de acúleos
 Líquido Hidático Penetração da mucosa intestinal
 Grande capacidade antigênica [Auxílio dos ganchos]
 Areia hidática
 Fragmentos de membrana
prolígera, vesículas e vários Circulação linfática e venosa  Fígado
protoescólex livres no cisto e Pulmões (e outros órgãos)
 1cm³ = 40mil protoescóleces

 Cistos Hidáticos Filhos 6 meses: Maturação do cisto hidático


 Endógenos [Viável por vários anos no hospedeiro]
 Um ou vários cistos formados
no cisto primário – tendo as
próprias vesículas e escóleces Hospedeiro Definitivo
 Alterações bioquímicas
 Exógenos
Ingestão de vísceras contendo cisto
 Ruptura (punção, traumatismo,
[Cistos fértil contendo protoescólex]
envelhecimento) do cisto mãe
 Encontrados em vários tecidos

Intestino: Evaginação do protoescólex


e Fixação à mucosa
Habitat

 Parasito definitivo (cães): Intestino delgado 2 meses: Maturação dos Adultos 


 Parasito intermediários (ovinos, bovinos... e Eliminação de ovos nas fezes
acidentalmente humanos): Principalmente no
fígado e pulmões, além de outros órgãos.

Tempo de vida: 4 meses


Patogenia  Pulmão: Segundo órgão + afetado
 Parênquima pulmonar não oferece
 Diálise (excreção) de produtos bioquímicos resistência ao crescimento do cisto
frutos do metabolismo do parasito (atingindo grandes dimensões)
 Compressão dos alvéolos e
 Ativação do sistema imunológico: produção
brônquios
de citocinas (perfil Th2) e anticorpos (IgE)
 Quadros alérgicos, cansaço ao esforço
 Reação de hipersensibilidade tipo I
físico, dispneia, tosse com expectoração
 Reação granulomatosa em torno da hidátide: sanguinolenta, infecções secundárias.
destruição, reabsorção e calcificação.
 Ruptura de cisto pulmonar + frequente:
fragmentos de membrana prolígera e
protoescólex durante a expectoração
 Deslocamento e compressão dos órgãos
 Nutrição (realização do metabolismo) Hidatidose
 Reprodução por poliembrionia (liberação de Pulmonar
proteínas provocando ação antigênica)
 Moléculas imunomoduladoras (evasão da
resposta imune e reduzir o impacto em torno)  Cérebro: Localização rara
 Alterações bioquímicas (cisto endógeno) e  Tecido cerebral: pouca resistência
Ruptura do líquido hidático (cistos exógenos): ao crescimento do cisto
Alterações alérgicas e choque anafilático  Sintomas neurológicos = local

 Evolução lenta dos cistos Hidatidose


 Manifestações percebidas após anos Cerebral
 Pequenos, bem encapsulados e calcificados:
assintomático por anos ou toda vida Tecido ósseo: Localização rara mas
 Patogenia: órgão, tamanho e número de cistos de longa duração (até 20 anos)
 Ações mecânicas, irritativas e/ou alérgicas  Cistos sem membrana adventícia:
invadindo locais de – resistência
 Estrangulamento dos cistos e
exposição da membrana prolígera
Manifestações Cínicas (formação de cistos-filhos)
 Dor nas costas, dor ciática, fraturas,
 Fígado: Geralmente o órgão primário da infecção paresias, paraplegias e geralmente
 Embrião retido nos capilares sinusoides tem um mau prognóstico
 Reação inflamatória com presença de
Hidatidose
eosinófilos e células mononucleares
Hidatidose Óssea
 Localização preferencial: Lobo direito
Hepática
 Compressão: parênquima, vasos e vias
biliares
 Distúrbios hepatogástricos; Dor irradiada para  Reações alérgicas: pequena
escápula; Sensação de plenitude pós-prandial; quantidade de líquido hidático
Congestão porta; Estase biliar; Icterícia; Ascite.  Choque anafilático: ruptura do cisto
 Ruptura de cisto hepático: formação de cistos- (punção, cirurgia ou acidentes) –
filhos nas cavidades abdominal e peritoneal extravasamento de líquido hidático
 Tratamento Cirúrgico
Diagnóstico  Método mais usado para a hidatidose
no Brasil
 CLÍNICO  Recomendado para cistos volumosos e
 É inespecífico, pois a maioria dos de localizações acessíveis
casos são assintomáticos  Dessensibilização Prévia: Evitar
 Quando presentes: crescimento do processos alérgicos ou anafiláticos
cisto (compressão e injúria dos
órgãos e estruturas adjacentes)  Albendazol; Praziquantel; Mebendazol
 A nível pulmonar: expectoração  Diagnóstico primário da hidatidose
 Exame físico: massas palpáveis  Auxiliar no tratamento pré e pós
(tumores)  Diagnóstico diferencial cirúrgico e da PAIR

 Áreas Endêmicas: Esses achados +


 Tratamento da Equinococose (cães):
manifestações hepáticas e pulmonares
Praziquantel
crônicas = quadro sugestivo
 Prender os cães por 24 horas
 Métodos de imagem: radiografia ( ):  Incinerar as fezes eliminadas
nem sempre conclusivos (Semelhança
com outras enfermidades, tumores)

 LABORATORIAL Profilaxia
 Diagnóstico primário da hidatidose e
acompanhamento após tratamento  Impedir a alimentação de cães a carnes
cirúrgico ou medicamentoso ou vísceras cruas
 Hemaglutinação, imunoflorescência,  Aperfeiçoamento das técnicas
ELISA: Busca de anticorpos, mas agropecuárias
possibilidade de reações cruzadas  Controle sanitário do gado abatido
 Uso de duas técnicas na confirmação  Melhoria de abatedouros para impedir o
 Reação Intradérmica de Casoni acesso de cães aos locais
(Padrão Ouro): Introdução de  Tratamento anti-helmíntico dos parasitados
antígenos do líquido dos cistos férteis  Educação sanitária
de carneiro no tecido subcutâneo
 5 a 10 minutos: surgimentos de
pápulas  positivos (>2cm)

Tratamento

 PAIR
 Punção do líquido hidático por
aspiração e inoculação de substância
protoescolecida (10 minutos) e
reaspiração de todo conteúdo
 Recomendado para cistos pequenos e
múltiplos (5 até 15cm)
 Contraindicado: Cistos Pulmonares e
Cerebrais
Família Taenidae: Taenia Biologia

solium e Taenia saginata  Forma Evolutiva: ADULTO (Hermafrodita)


 Corpo dorsoventralmente achatado
 Teniose e Cisticercose são doenças causadas em formato de fita, de cor branca
pelas formas adultas e larvares da Taenia leitosa, segmentados e divididos em:
solium e Taenia saginata.
 Escólex ou Cabeça
 Taenia saginata
Epidemiologia  Mede de 1 a 2mm
 Escólex quadrangular
 Sem rosto e ganchos
 Complexo teníase-cisticercose: estima-se 50  4 ventosas desenvolvidas
a 75 milhões de pessoas infectadas  Taenia solium
 Cisticercose é endêmica nas áreas rurais da  Mede de 0,6 a 1mm
América Latina: 30 a 50 milhões de expostos  Escólex globuloso e
ligeiramente triangular
 Índice de endemicidade: 1% teníase; 0,1%
 Rosto contendo acúleos
cisticercose humana e 5% cistic. animal
(dupla fileira com 25 a 50
 Cisticercose: 50 mil mortes por ano e ganchos em forma de foice)
grande número de pessoas incapacitadas
 4 ventosas (adesão e fixação)
 Exames positivos 4x mais frequentes em
familiares do que no próprio indivíduo
 Colo ou pescoço
 População psiquiátrica: cisticercose 5x  Área de intensa atividade
maior do que na população em geral mitótica (multiplicação)
 Zona de crescimento
 Formação de proglotes
Taxonomia
 Estróbilo ou corpo
Reino Animalia  Formados por proglotes ou anéis
Sub-Reino Metazoa  T.solium: 800 a 1.000 (até 3m)
Filo Platyhelminthes  T. saginata: >1.000 (até 8m)
Classe Cestoda
Ordem Cyclophyllidea  Proglotes
Família Taenidae
 Jovens
o Mais curtas que largas
o Protandria: órgãos genitais
Imunidade em desenvolvimento
 Maduras
 Associação entre níveis de anticorpos o Aptas para fecundação
encontrados em soros e liquor de pacientes o Proporções iguais
com neurocisticercose e os estágios de  Gravídicas
desenvolvimento da cisticercose, além da o Involução dos órgãos
localização das larvas no cérebro. o Maia longas que largas
 Cisticercos possuem mecanismo de escape o Úteros mais ramificados
contra a resposta imune do hospedeiro, o 50% são maduros e férteis
sobrevivendo durante anos no organismo. o T.solium: quadrangular; tipo
dendrítica; 12 pares; 80 mil
ovos; pouco numerosas;  Alterações anatômicas e fisiológicas
eliminação passiva (por  Estágio vesicular: Vesícula
movimentos peristálticos, transparente; líquido hialino;
saída unida de 3 a 6/dia) escólex normal. Mantem-se ativo
o T. saginata: retangular; tipo dicotômica; 26 por tempo indeterminado até
pares; 160 mil ovos; muito numerosas; iniciar o processo degenerativo.
eliminação ativa ente evacuações (contração  Estágio Coloidal: Líquido turvo;
muscular, saída individual de 8 a 9 < à noite) escólex em degeneração alcalina.
 Estágio Granular: Membrana
Proglotes gravídicas desprendem-se do espessa; deposição de cálcio;
estróbilo por apólise. Processo de hérnia: escólex mineralizado (granular).
rompimento da separação dos proglotes.  Estágio Granular Calcificado:
Calcificado e bastante reduzido.
 Tegumento
 Formado por citoplasma rico em  Forma Racemosa do Cisticerco
mitocôndrias  Forma anômala do cisticerco da
 Revestido por membrana celular Taenia solium
constituída por glicocálise  Perda do formato elipsoide e se
 Microvilosidades especializadas torna irregular
 Aumento da área de contato  Escólex não é identificado
 Trocas nutritivas e excreção  Tamanho entre 10 a 20cm
 Proteção contra enzimas  Membranas agrupadas e aderidas
 Integridade do parasito  SNC: ventrículos e subaracnóideo
 Resistência contra corrente  Apenas em tecidos humanos
 Agitam micro-habitat vizinho

Habitat
 Forma Evolutiva: OVO
 Esféricos e medem 30 micrometro
 Formas adultas: Intestino delgado
 Possuem uma membrana radiada
(embrióforo) formada por blocos  Cisticerco (Taenia solium): Tecidos
piramidais de quitina subcutâneo, cardíaco, muscular,
ocular e cerebral
 Embrião hexacanto ou oncosfera
com 3 pares de acúleos e dupla
membrana (para as duas espécies) Transmissão
 Indistinguíveis por microscopia óptica
 Teníase: ingestão de carnes crua ou mal
 Forma Evolutiva: CISTICERCO cozidas contendo cisticercos de Taenia sp.
 Vesícula translúcida e apresenta um  Cisticercose Humana (T. solium):
envoltório receptaculum capitis  Autoinfecção externa: indivíduos
 T. solium: escólex invaginado com 4 parasitados com Taenia solium se
ventosas, rostelo e colo infectam com os ovos por mãos
 T. saginata: escólex invaginado com 4 contaminadas ou coprofagia
ventosas e colo. Sem rostelo e acúleo.  Autoinfecção interna: Regurgitações
 Tripla membrana: cuticular, celular e (vômitos e movimentos
reticular retroperistálticos)
 12mm (após 4 meses de infecção)  Heteroinfecção: Água, alimentos e
vetores mecânicos contaminados
Ciclo Biológico Hospedeiro Definitivo

Ingestão de carne crua ou mal preparada


Eliminação das proglotes contendo os ovos
contendo cisticercos viáveis
nas fezes do ser humano
[Proglotes rompem no meio externo: contração
muscular ou decomposição da estrutura]
[Ovos se mantem viáveis por meses]
Evaginação e fixação (pelo escólex) na
mucosa do intestino delgado

Ingestão dos ovos Maturação para formas adultas


[Bovinos: T.saginata / Suínos: T.solium] 3 meses: Eliminação das proglotes grávidas

Tempo de vida
Estômago: Embrióforos semidigeridos T. solium (3 anos) e T. saginata (10 anos)

[Ação da pepsina]

Patogenia
Intestino: Ativação, liberação e penetração
das oncosferas na mucosa
 Fruto da liberação de antígenos e
[Ação da pepsina] [Auxílio dos ganchos] reação de hipersensibilidade gerada
 Alterações cutâneas, crises
uticariformes (alergias) e Ação
infecções concomitantes Tóxica
Penetração das vênulas e alcance das veias
 Inflamação com infiltrado celular
e linfáticos mesentéricos

 Competição quimointestinal
 Inibição de enzimas pelas excretas
Transporte e instalação em todos os  Apetite excessivo; perda de peso
tecidos do organismo (perda de gancho*)  Depaupeamento físico e mental
[Ação da pepsina] [Auxílio dos ganchos]  Desnutrição proteico calórica Ação
[*T. saginata] Espoli
adora

 Irritação pela fixação dos adultos


Tecidos moles e músculos com oxigenação e
 Obstruções da luz intestinal
movimentação: Oncosferas  Cisticercos
 Inibição de enzimas pelas excretas
[Masseter, língua, coração e cérebro]  Aumento do peristaltismo
 Dor abdominal e epigástrica
 Alargamento do abdômen
 Hemorragia pela fixação na mucosa
Cisticercos: Viáveis por meses nos músculos
 T.saginata: Obstrução pelo estróbilo
(ou anos no SNC)
e proglote no apêndice
Ação
Mecânica
Cisticercose Diagnóstico

 Doença pleomórfica  CLÍNICO (Teníase)


 Alojamento em diversos tecidos  Difícil de ser realizado
 Graves alterações nos tecidos  Maioria dos casos são assintomáticos e
 Grande variedade de manifestações inespecificidade de sintomatologia
 Oncosferas: Tropismo pelo SNC  Sugestivo: Febre baixa, perda de peso e
sintomas gastrointestinais
 Cisticercose Muscular  Encontro de proglotes (da eliminação
 Geralmente assintomática ativa ou passiva): diagnóstico imediato
 Múltiplos cisticercos (calcificados ou não):
 Dor, fadiga e cãibras  LABORATORIAL (Teníase)
 Pernas, lombar e nuca  Pesquisa de proglotes (Tamisação)
 Cisticercose Subcutânea
 Pesquisa de ovos: Métodos de rotina
 Cisticerco palpável, indolor e confundido
(Hoffman, Kato Katz, Fita adesiva - Graham)
com cisto sebáceo
 Cisticercose Cardíaca
 Pesquisa de Corproantígenos (ELISA)
 Palpitações e ruídos anormais ou dispneia
 Cisticercose das Glândulas Mamárias  DIAGNÓSTICO (Cisticercose)
 Nódulo indolor ou tumoração (processo  Aspectos Epidemiológicos: Procedência
inflamatório – degeneração da larva)  Aspectos Laboratoriais:
 Cisticercose Ocular  Imagem (Tomografia, ressonância)
 Reações inflamatórias: Opacificação do  Imunodiagnósticos (pesquisa de
humor vítreo, uveítes e pantoftalmias. anticorpos circulantes)
Perda da visão ou até do olho; catarata.  Ex. histológicos (biopsia tecidual)
 Pesquisa de liquor
 Aspectos Clínicos: Alterações tomográficas
 Neurocisticercose
 Lesão cística, hipodensa, contornos
 Fatores: tipo morfológico, local, número, estágio delimitados: Cisticerco na forma ativa
da cisticercose e reação imunológica  Lesão hipo/isodensa com reforço na fase
  Múltiplos
Doença Pleomórfica:
cisticercos (calcificados
Quadro Patogmônomico
ou não): contrastada: Degradação do cisticerco
 Dor, fadiga e cãibras
 Neurocisticercose
 Pernas, lombar
Parenquimatosa
e nuca
 Associada a bom prognostico
 Processos irritativos, compressivos, obstrutivos e Tratamento
vasculares
 Poucos cisticercos: Maioria  Assintomáticos ou
 TENÍASE
alguns apresentam crises epilépticas* (*principal
manifestação da neurocisticercose)  Niclosamida; Praziquantel; Semente de
 Maciças: Hipertensão intracraniana e crises de Abóbora; Leite de magnésio
difícil controle; déficit cognitivo.  T. solium: laxantes para facilitar o
destacamento do escólex
 Neurocisticercose Extraparenquimatosa
 Formas malignas (vasculite, infarto cerebral, etc.)  NEUROCISTICERCOSE
 Sistema ventricular: Hidrocefalia e Obstrução do  Praziquantel; Albendazol
fluxo liquórico (Hipertensão intracraniana)  Para inflamação: Corticosteroides
 Espaço subaracnóideo: Células gigantoides  HI
 Antiepilépticos (fenitoína)
 Racemosa nas cisternas: Reação inflamatória e fibrose
 Declínio do tratamento cirúrgico
 Encefalite Cisticercótica: Edema cerebral difuso
 Transtornos Psiquiátricos
Strongyloides stercoralis  Autoinfecção Externa: quando a larva L3
penetra a nível da região perineal
 A estrongiloidíase ou estrongiloidose é uma  Fruto de hábitos higiênicos inadequados
parasitose causada pelo helminto
Strongyloides stercoralis  Autoinfecção Interna: quando ocorre
 Não é parasitose de notificação obrigatória penetração a nível intestinal, a larva L3
 É um parasita oportunista sofre a maturação e penetra a mucosa,
 Tem elevada prevalência em regiões dando início ao seu ciclo biológico
tropicais e subtropicais  Cronicidade da doença por anos ou meses
 Comum em pacientes com alterações dos
 Desempenha ciclo de vida duplo: ciclo de
movimentos peristálticos (ex: c. intestinal)
vida parasitário e ciclo de vida livre
 Os paciente imunossuprimidos: presença
 Considerada uma doença negligenciada das larvas L1, L2 e L3 em diferentes órgãos
 IMPORTANTE: A autoinfecção alimenta um
Epidemiologia quadro de hiperinfecção com elevada carga
parasitária e disseminação!
 IMPORTANTE: Hiperinfecção e a forma
 Possui distribuição ampla no mundo disseminada são graves aos indivíduos
 Intensidade na África, Ásia, Leste imunossuprimidos: ação dos corticoides.
Europeu e em países da América Latina
 Estima-se que 35 milhões estejam Biologia
infectados
 Países desenvolvidos: prevalência em  Forma evolutiva: FÊMEA PARTENOGENÉTICA
agricultores, hortigranjeiros e trab. rurais
 Forma que encontrada no homem, a
 Países em desenvolvimento: a infecção é realizar o parasitismo
mais observada (prevalente) em crianças
 Mede entre 1,7 a 2,5mm
 Possui extremidade anterior arredondada
Taxonomia e extremidade posterior afilada
 Ovivípara (libera ovos larvados férteis)
Reino Animalia  Elimina aproximadamente 40 ovos/dia
Sub-Reino Metazoa  Partenogênese: Não necessita do macho
Filo Nemathelminthes para tornar os ovos férteis (larvados)
Classe Nematoda  Possui esôfago filarióide ou filiforme
Ordem Rhabditorida
Família Strongyloididae*  Possui dois ovários, dois ovidutos, dois
úteros, esfíncter ovoejetor, vagina e vulva

 * Compreende nematoides de vida livre,  Forma evolutiva: OVOS


que vivem em geral no solo ou na água.  Elípticos envoltos por uma membrana fina
e delicada
Transmissão  Medem 0,05mm e 0,07mm
 A massa germinativa rapidamente se
 Primo ou Heteroinfecção: quando ocorre o transforma em larva
primeiro contato (penetração da pele e  Uma vez larvado, eclode ainda a nível do
mucosa) com o helminto S. stercoralis intestino dos hospedeiros
 Manipulação
 Presença de ovos nas fezes é incomum
 Contato direto com o solo contaminado
 Água, alimentos e vetores mecânicos  Frequente: larvas rabditoides nas fezes
contaminados portando a larva L3
 Forma evolutiva: ADULTOS DE VIDA LIVRE
Ciclo Biológico
 FÊMEAS
 Medem entre 0,8 a 1,2mm Penetração ativa (pela pele e
 Tem extremidade anterior arredondada e mucosa) das larvas filarioides L3
extremidade posterior afilada
[Auxílio dos movimentos serpentiformes e
 O esôfago é do tipo rabditoide (dividido
das enzimas metaloproteases]
em três porções: corpo, istmo e bulbo).
 Possui úteros antidelfos, ovários,
ovidutos, vulva e receptáculo seminal.
Cairão na circulação venosa e linfática
 MACHOS
 Medem entre 0,7mm
 Tem extremidade anterior arredondada e Migração para coração e pulmão
extremidade posterior ventralmente Capilares pulmonares: L3  L4
encurvada
 Finalizada por duas espículas e um
gubernáculo
 O esôfago é do tipo rabditoide (dividido L4: Migração para o intestino delgado
em três porções: corpo, istmo e bulbo).
 Possui testículos, vesícula seminal, canal
deferente, canal ejaculador e cloaca Maturação da fêmea partenogenética
Liberação de (poucos) ovos larvados
 Forma evolutiva: RABDITOIDES
 Recém eclodida dos ovos ( diagnóstico)
 Tem dois estágios: a larva L1 e a L2
 A extremidade anterior é arredondada e a Maturação das larvas rabditoides
extremidade posterior é afilada (ainda no intestino)
 O esôfago é do tipo rabditoide (dividido [Liberação de larvas L1, L2 ou L3 –
em três porções: corpo, istmo e bulbo) dependência do peristaltismo]
 É possível visualizar o primórdio genital
 Possui um vestíbulo bucal curto
Larvas alcançam a luz intestinal e
 Forma evolutiva: FILARIOIDES liberadas com o bolo fecal
 A larva L3 ou L3a chama-se filarioide
 O esôfago é filarioide ou filiforme
Os ovos de fêmeas partenogenéticas:
 O primórdio genital também é visível Haploide (1n): machos de vida livre
 Extremidade anterior é arredondada e a Diploide (2n): fêmeas de vida livre
extremidade posterior é afilada e Triploide (3n): larvas filarioirides (L3)
bifurcada (entalhada)
 Tem vestíbulo bucal curto
Entre 24h – 72h
Ciclo direto: No ambiente ou região
Habitat perianal, as larvas rabditoides  L3
Ciclo indireto: Larvas rabditoides 
 Encontrada a nível do intestino delgado, Machos e fêmeas de vida livre
especificamente nas criptas da mucosa
duodenal e na porção superior do jejuno.
Somente um ciclo de vida livre:
 Também podem ser observados no
Machos e fêmeas  Ovos com L3
estômago e intestino grosso.

Período Pré-Patente: 15 a 25 dias


Relação Parasito-Hospedeiro  Geralmente discreta (nos pontos de
penetração) ou reação celular (larvas
mortas nos primeiros estratos córneos)
 Três possibilidades de evolução:  Casos de reinfecção
 Erradicação da infecção  Reação de hipersensibilidade
 Cronicidade (autoinfecção) (inflamação, edema, eritema, prurido,
 Hiperinfecção e disseminação pápulas hemorrágicas e urticárias)
 A evolução depende da: carga parasitária,  Disseminação e Carga Parasitária
sistema imune e capacidade de evasão  Larvas currens: migração única ou
 Proteínas da superfície da L3 múltipla de larvas filarioides
Alterações
 Imunidade para a L3 não é protetora para a  Aspecto linear ou serpiginoso
L3a: diferente reconhecimento antigênico Cutâneas
uticatiforme com prurido
 Defesa local: mastócitos (int. da infecção)  Mais disseminadas: Tronco,
 Direta: lesão / Indireta: desgranulação nádegas, períneo, virilha e coxas
 Cronicidade (equilíbrio entre antígeno e
sistema imunidade)  Fruto dos produtos da ecdise e resposta
 Raro causar doença clínica visível imune (reação de hipersensibilidade)
 Indivíduos com baixa carga parasitária  Caracterizada por pneumonite aguda
 Assintomático ou oligossintomático (edema e infiltrado parenquimatoso
 Não significa ausência de ação eosinofilico*), febre, tosse paroxística,
patogênica ou de lesões dispneia, bronquite, crise asmatiforme.
 Ações: mecânica, traumática, irritativa,  Travessia das larvas: Hemorragia +*
tóxica e antigênica  Casos mais graves: Síndrome de
 Fêmeas parasito, larvas e ovos Loeffler; edema pulmonar; insuficiência
 Patologias: coinfecção com o vírus HTLV-1 respiratória e broncopneumonia.
 Modula perfil de suscetibilidade ao  Localizações ectópicas: fêmeas parasito
S.stercoralis (hiperinfecção)  Infeção moderada ou intensa
Alterações
 Uso de corticoides e seus metabólitos
 Semelhante ao 20-hidroxiecdisona Pulmonares
 Acelera a maturação das larvas e
estimula aumento da oviposição  Enterite Catarral
 Aumento da carga parasitária  Reação inflamatória (acúmulo de
secreção mucoide – congestão e edema);
hiperatividade das células caliciformes;
vilosidades achatadas e alargadas.
Patogenia
 Enterite Edematosa
 Parasitismo a nível da túnica intestinal,
 Presença de larvas em vários órgãos edema, hiperemia, atrofia da mucosa e
 Pulmão, coração, vesícula biliar, instalação da Síndrome da Má Absorção.
fígado, rins, intestino, cérebro, etc.  Enterite Ulcerosa
 Resposta inflamatória diante da presença  Formação de úlceras, intenso infiltrado
de seus antígenos inflamatório com eosinofilia, atrofia da
 Sintomatologia órgão-específica mucosa, nódulos fibróticos e paralisia do
íleo com grande gravidade.
 Catarral e Edematosa: REVERSÍVEL
 Ulcerosa: IRREVERSÍVEL
Forma
Disseminada Alterações
Intestinais
Diagnóstico  Pacientes com maior gravidade ou na forma
disseminada (balanço hidroeletrolítico +
antibióticos)
 CLÍNICO  Apesar da facilidade de diagnóstico, a
 Difícil de ser realizado hiperinfecção é difícil de tratar
 Sinais e sintomas são inespecíficos  A taxa de cura: 70% a 90%
 Tríade: diarreia, dor abdominal e urticária  Realizar um controle de cura
 Imagem de radiografia, ultrassonografia e  Reinfecção (interna ou externa)
tomografia + Hemograma com eosinofilia é muito frequente
importante de 85% + Testes imunológicos
(comuns a reações cruzadas)
 Importante: A infecção deve ser levada em Profilaxia
casos de imunodepressão!
 Tratamento da população;
 LABORATORIAL
 Educação sanitária e ambiental
 Exames Parasitológico de Fezes
 Uso de calçados e luvas sempre
 Diagnóstico diferencial: Ovos de
ancilostomídeos e Larvas de S. que entrarem em contato com o solo
stercoralis e família Ancylostomatidae  Saneamento básico
 Dificuldade: Quantidade mínima e  Incentivo financeiro na pesquisa para o
irregular de larvas nas fezes (25 lrvs/g) desenvolvimento de fármacos.
 Métodos de rotina laboratorial:
(Hoffman – Sed. Espontânea)
 Métodos mais específicos (Ritchie
ou Formol-Éter; Bearmann-Moraes;
Rugai (hidro e termotropismo))
 Coprocultura (Harada & Mori e
Cultura em placa de ágar
(diagnóstico de escolha*))

 Pesquisa de Larvas em Secreções


 Líquidos orgânicos (lavado broco-
alveolar, escarro, urina, líquido pleural,
vômito, liquor, etc.)

 Biopsia
 Esfregaço Citológico

Tratamento

 A infecção é a mais difícil de ser tratada


entre as causadas por nematódeos
 Tiabendazol (fêmeas partenogenéticas)
 Mebendazol (esquema prolongado)
 Ivermectina (pacientes imunossuprimidos)
 Cambendazol e Albendazol (fêmeas/larvas)
 Pacientes com constipação (laxativo)
Enterobius vermicularis Biologia

 Enterobiose é uma parasitose causada pelo  Forma Evolutiva: ADULTOS


helminto Enterobius vermiculares.  Características em comum:
 Tem várias influências como:  Três lábios retráteis
 Clima: observado em regiões temperadas  Esôfago longo e musculoso
 Higienização  Esôfago com bulbo posterior ou bulbo
 Populações (maior aglomeração, maior a cardíaco
possibilidade de transmissibilidade)  Possuem asas cefálicas (expansões
 Idade (sobretudo menores de 10 anos) vesiculares ou vesiculosas)
 Reinfecções constantes (prolongam as
infecções parasitárias).  FÊMEAS
 Medem 1 cm de comprimento
Epidemiologia  Extremidade posterior afilada
 Apresentam 2 úteros, oviduto, ovário,
 Possui distribuição geográfica mundial vulva, vagina e ânus.
 Incidência em regiões de clima temperado  MACHOS
 Medem 0,3 a 0,5cm de comprimento
 Alta prevalência: crianças com idade escolar
 Extremidade posterior ventralmente
 Transmissão eminentemente doméstica ou em encurvada finalizada por espículo
ambientes coletivos fechados (como creches,
asilos e enfermarias)
 Forma Evolutiva: OVOS
 Fatores responsáveis:
 Possuem formato grosseiro de “D”: uma
 Apenas a espécie humana alberga os
área achatada e a outra convexa
Enterobius vermiculares
 As fêmeas eliminam grandes quantidades de  Tem membrana dupla e o ovo já sai
ovos na região perianal (~ 16 mil ovos) embrionado
 Os ovos até 6 horas se tornam infectantes  Entre 4 a 6 horas são infectantes após
 Existem vários mecanismos de transmissão contato com o O2 no períneo ou no meio
 Os ovos podem resistir até 3 semanas em ambiente (demora mais tempo)
ambientes domésticos
 Hábito matutino de sacudir roupas de cama Habitat

Taxonomia  Intestino grosso, sobretudo na região cecal.


 As fêmeas migrarão para a região perianal,
Reino Animalia onde liberam os ovos
Sub-Reino Metazoa
Filo Nemathelminthes
Classe Secementhea Transmissão
Ordem Rhabditida
Família Oxyuridae
 Heteroinfecção ou primoinfecção
 Indireta (autoinfecção  reinfecção)
 Autoinfecção externa ou direta
 Autoinfecção interna (eclosão no reto)
 Retroinfecção (eclosão na reg. perianal)
Ciclo Biológico Patogenia
 Infecção leve: Quadro assintomático
Ingestão de ovos embrionados  Infecções moderadas e intensas:
infectantes
[Água, alimentos e vetores mecânicos  Fruto do contato entre os
adultos e a mucosa intestinal Ação
contaminados]  Pulmão:
 Inflamação do tipo catarral mecânica

Eclosão à nível do intestino delgado


 Veiculação de bactérias
[Estímulo de pH, CO2, sais, temperatura] Localizações entéricas (possibilidade)
Ectópicas  Agravando o caso

Sofrerão 2 ecdises

 Conteúdo interno (gelatinoso)


das fêmeas  oviposição
Migração para o intestino grosso 
Transformação em adultos
 Reação de hipersensibilidade Ação
 Prurido nasal Irritativa
 Crises urticárias
 Irritação perianal
Maturação sexual
o Intenso prurido no local

 Prurido anal intenso


Machos morrem após a cópula e são
 Perda de sono
eliminados no bolo fecal*
 Irritabilidade
Irritação
 Escoriações na pele
Perianal
o Fruto da maceração mecânica
o Infecções bacterianas
Fêmeas migrarão para a região
secundárias
perianal para liberação dos ovos
[Diferença de temperatura e grande
quantidade de ovos: tegumento é
fragmentado e os ovos liberados] Diagnóstico

 CLÍNICO
 Tríade: prurido anal + sinais de
Os ovos, em contato com a pele do irritação cutânea perineal + eosinofilia
hospedeiro, tornam-se rapidamente entre 4 a 15%: Quadro Sugestivo
infectantes.  Encontro das fêmeas na região
perianal  diagnóstico já é realizado.
Risco de autoinfecção é elevado!
 LABORATORIAL
 Análise macroscópica: simples
observação do material fecal ou
tamisação (presença de fêmeas)
 Análise microscópica
 Método de Hoffman
 Método de Graham ou fita
adesiva (padrão ouro)
 Envolver tubo de ensaio com fita
adesiva
 Orientar o paciente a ao acordar
não trocar a roupa de baixo nem
tomar banho e ir imediatamente
para o laboratório  aumento
da sensibilidade do método
 Paciente em decúbito ventral
 Pequenos toques na região
perianal
 A fita adesiva em uma lâmina
 Análise da presença de ovos

 Análise histológica: analisar área


perianal acometida, pesquisando
alterações inerentes do Enterobius
vermiculares.

Tratamento

 Pamoato de Pirantel; Albendazol e


Ivermectina.
 É comum realizar o tratamento em
todos indivíduos que compartilham do
mesmo ambiente domiciliar.

Profilaxia

 Tratamento dos parasitados


 Educação sanitária e ambiental
 Esclarecer a população acometida a
não sacudir a roupas para evitar a
disseminação no peridomicílio
 Enrolar e lavar as roupas em
água fervente todos os dias
 Corte das unhas, tomar banho de
chuveiro ao levantar-se e limpeza
doméstica com aspirador de pó.
 Incentivo financeiro para pesquisa e
desenvolvimento de fármacos.
Larva Migrans Patogenia
(Cutânea, Visceral e Ocular)  Reação de hipersensibilidade com
dermatite serpiginosa, pririginosa,
 Larva migrans é um parasitismo em eritematosa e com formação de bolhas
hospedeiros anormais (paratênicos)
 Alguns casos: lesões múltiplas
 As larvas promovem o surgimento de
 Podem surgir escoriações da pele
síndromes: cutânea, a visceral e a ocular
 Fruto do intenso prurido no local
 As larvas permanecem no hospedeiro por permitindo o surgimento de
um tempo e posteriormente morrem infecções secundárias
 Formas jovens (larvas) incapazes de  Casos de reinfecção: Hipersensibilidade
completar seu ciclo evolutivo
 Raros casos: comprometimento pulmonar
 Permanência: LMC (Curta); LMV (Longa) (Síndrome de Loefler)
 Quadro autolimitado (até duas semanas)

Larva Migrans Cutânea Diagnóstico

 Principais agentes etiológicos: Ancylostoma  Observação da lesão (lesão serpentiforme


braziliense e Ancylostoma caninum com eritema e o surgimento de bolhas):
 Popularmente conhecida como bicho facilmente realizado
geográfico
 Apresenta distribuição cosmopolita
Tratamento
 Tem maior prevalência em regiões tropicais
e subtropicais
 Administração oral de albendazol ou
ivermectina
 Uso tópico da pomada de tiabendazol
Ciclo Biológico  Infecções múltiplas: Uso oral
 Casos de intolerância: administrado o frio
Penetração ativa das larvas L3 no (cloretila e neve carbônica)
tegumento  Casos de infecções secundárias: uso de anti-
histamínicos e esteroides tópicos
[Região dos pés, mãos, pernas,
antebraços e nádegas]

Penetração limitada à área cutânea


[Não atingem os vasos sanguíneos ou
linfáticos]

Progridem deixando um rastro saliente


e pruriginoso

Após semanas as larvas morrem


Larva Migrans Ciclo Biológico
Visceral e Ocular
Hospedeiro Definitivo
 Principal agente etiológico: Toxocara canis
 Ascaridídeo de distribuição cosmopolita Canídeos jovens: Ingestão, por via oral,
 Eliminação de milhares de ovos por dia dos ovos albergando as larvas L3

Sofrerão eclosão a nível intestinal


Taxonomia
Ultrapassa a mucosa intestinal

Reino Animalia
Sub-Reino Metazoa
Filo Nemathelminthes Migração: fígado, coração e pulmão
Classe Nematoda
Ordem Ascaridida Pulmão: L3  L4
Família Ascarididae

Migração para o intestino delgado


Biologia 4 semanas: Transformação em adultos

 Forma Evolutiva: ADULTOS


 FÊMEAS

Medem entre 6 a 10cm Maturação sexual e Copulação

Possuem 3 lábios e Liberação de 200 mil ovos/dia
apresentam asa cefálica na
extremidade anterior
 MACHOS Durante a migração: Entram em estado
 Medem entre 4 a 6 cm de quiescência
 Extremidade posterior
ventralmente encurvada

Cadelas prenhas: Sairão da quiescência


 Forma Evolutiva: OVOS
 Subesféricos e maiores [Estímulo: Mecanismos hormonais]
comparados ao Ascaris
lumbricoides (80 a 85 mc)
Perfuração da placenta
 Tripla membrana, cuja mais
externa é espessa Migrarão para o fígado do feto
 Geohelminto
 Entre 3 a 6 semanas:
transformação da massa Após nascimento: continuação do ciclo
germinativa em larva [Hepatotraqueal  Intestino  Adultos]
infectante (dentro do ovo)

3 semanas de vida: liberação de ovos


(somente em cães jovens não imunes)
2º mês: resistência ao parasito
6 meses: Migração praticamente nula
 Consequências: funcionalidade do órgão
Hospedeiro Paratênico
Manifestações Clínicas
Ingestão, por via oral, dos ovos
albergando as larvas L3
m
Assinto-  Maioria dos casos: assintomáticos
Eclosão a nível do intestino delgado máticos chamados de “toxocarose oculta”
 Contagem de eosinófilos: normais
[pH, temperatura e o suco pancreático]  Níveis de anticorpos antitoxocara

 Quadro Clássico: Leucocitose;


Ultrapassam a mucosa intestinal
Hipereosinofilia sanguínea;
Circulação sanguínea e linfática Hepatomegalia e Linfadenite LMV
 Pulmão: Tosse, dispneia, anorexia
 SNC: epilepsia, meningite, encefalite
Instalação em alguns órgãos  Transmissão de alguns vírus e
bactérias (como o poliovírus e
[Fígado, rins, pulmões, coração, medula Staphylococcus aureus)
óssea, músculos, olhos]

Tempo de vida, em média: 10 anos


LMO
 Lesões unilaterais
As larvas induzirão uma sintomatologia  Endoftalmia crônica
órgão-específica  Uveíte
[Dependendo da reação imunológica do  Podendo evoluir para cegueira
hospedeiro e da carga parasitária]

Diagnóstico
Transmissão
 Ingestão de ovos contendo as larvas L3  CLÍNICO (LMV)
 Frutas, verduras, hortaliças, água e  Difícil de ser realizado
vetores mecânicos contaminados  Sintomatologia órgão específica
 Ingestão de larvas L3 em carnes mal cozida  Indicativo: Eosinofilia persistente e
ou mal assada hipergamaglobulimenia
 Hábito de geofagia: alta carga parasitária
 LABORATORIAL
Patogenia  Pesquisa de anticorpos antitoxocara
 Adsorção dos soros com antígenos de
Ascaris suum e Ascaris lumbricoides
 Reação granulomatosa: granuloma alérgico
 Evitar reações cruzadas
 Intenso infiltrado de eosinófilos
 Quadro autolimitante (de 6 a 18 meses)  S (80%) e a E (90%): Elevadas
 Destruição completa da larva, reabsorção  Exames de imagem
e calcificação da área  LMO: Exames oftalmológicos
 Substituição do tecido do parênquima
Tratamento

 LMV
 Albendazol; Ivermectina; Levamisol;
Mebendazol
 Dietilcarbamazina associados com anti-
histamínicos ou corticosteroides
 Reduzir a reação inflamatória no
local, evitando assim lesões
irreversíveis e extensas no órgão

 LMO
 Corticoides: redução de reações inflamatórias
 Casos granulomatosos: Fotocoagulação
(polo posterior) e vitrectomia (periférico)

Profilaxia

 Tratamento de todos os parasitados,


inclusive os animais
 Educação sanitária e ambiental, na tentativa
de sensibilizar a população quanto aos
danos da larva migrans visceral
 Controle dos animais errantes
 Coleta e destino adequado às fezes dos
animais, principalmente nos locais públicos
 Realização de exames de fezes periódicos
nos animais (diagnosticar e tratar
precocemente)
 Incentivo financeiro na pesquisa de
desenvolvimento de fármacos
Wuchereria bancrofti Biologia

 A filariose linfática pode ser causada, dentre  Forma Evolutiva: ADULTOS


outras espécies, pela Wuchereria bancrofti.  MACHOS
 Estima-se que 150 milhões de indivíduos estão  Medem até 4cm de comprimento
infectadas por filárias.  Extremidade posterior ventralmente
 Onconcercose e a Filariose Linfática são as encurvada
parasitoses mais frequentes entre filárias.  Dois espículos e papilas sensoriais
 Wuchereria bancrofti, o único parasito  FÊMEAS
causador de filariose no nosso continente.  Medem 7-8 a 10cm de comprimento
 Consideradas doenças negligenciadas por  Têm órgãos genitais duplos
incidirem em populações carentes de  São vivíparas: liberam larvas de
saneamento básico e baixa escolaridade. primeiro estágio após a copulação

 Curiosidade: Os adultos formam novelos (5


Epidemiologia fêmeas: 1 macho) e são observados a nível
do sistema linfático.
 Filariose linfática é endêmica em várias
regiões, sobretudo em áreas tropicais e  Forma Evolutiva: MICROFILÁRIAS
subtropicais (Ásia, África e América).  Medem 250 a 300 micrometros
 É considerada erradicável: apenas  Movimentação ativa e chicoteante
reservatórios humanos como fontes de  Possuem uma bainha flexível
infecção; o tratamento é eficaz e o tempo de (membrana ovular distendida)
vida dos insetos vetores é muito curto.  Estilete
 112 milhões de infectados filariose causada  Células subcuticulares (que darão
pela Wuchereria bancrofti e 8 milhões pela origem a hipoderme e a
Brugia timori e Brugia malayi. musculatura do adulto)
 No Brasil há apenas um foco considerado  Células somáticas (que darão
ativo: Recife e região metropolitana. origem ao sistema digestório e
aos outros órgãos)
 Busca da certificação de interrupção
dessa parasitose (>1% microfilaremia)  Poro genital, poro anal e células
excretoras

Taxonomia
Reino Animalia
Sub-Reino Metazoa
Filo Nemathelminthes
Classe Nematoda
Ordem Spirurida
Família Onchocercidae*

 *Parasitas conhecidos como filarídeos


devido às formas larvares únicas chamadas
de microfilárias.
Habitat Hospedeiro Vertebrado

Penetração das larvas L3 pelo repasso


 Os adultos vivem no interior dos vasos
sanguíneo  Lesão da hematofagia
linfáticos e linfonodos
 Região pélvica (pernas e escroto)
 Mamas
 Braços Migração para a corrente linfática 
 Cordão espermático Transformação em L4 (9 – 10 dias)

Periodicidade das Microfilárias


Transformação em adultos 
Maturação sexual
 Durante o dia: São encontradas nos
capilares profundos pulmonares
 Durante a note: São encontradas na Copulação  Liberação das
circulação sanguínea periférica microfilárias na corrente sanguínea
 Pico de microfilaremia: em torno da meia-
noite e final da madrugada
Período pré-patente: 7 a 9 meses
 Hipótese + plausível: necessidade biológica Tempo de vida adulta: 8 a 10 anos
do encontro de microfilárias com o inseto
vetor (realiza hematogia noturna) para
continuar o ciclo biológico

Patogenia
Transmissão

 Unicamente vetorial através dos insetos da  Fruto da formação de novelos no


família Culicidae; porém aquele que sistema linfático: Obstrução do
apresenta maior competência vetorial é ciclo normal da linfa
Culex quinquefasciatus. Estase linfática Ação
Linforragia Mecânica
Ciclo Biológico Edema linfático
 Aumento de proteínas
extracelulares
Hospedeiro Invertebrado  Instalação de infecções
secundárias (bacteriana)
Ingestão das microfilárias através do
hábito hematófago
 Fruto do confronto entre o
sistema imune com o parasito
Período de adaptação e crescimento Linfagite (vasos linfáticos)
 Instalação nos músculos torácicos Linfadenite (glânglios)
 Surgem 2 a 3 vezes/ano
Ação  Sintomas reduzem ao
Transformação para L1 (salsichoide)  Irritativa repouso e se agravam ao
Transformação para L2 (6-10 dias)  retornarem às atividades
Transformação para L3 (10-15 dias)
 No processo: infecções
secundárias e fibrose
L3: Migração  probóscida (tromba)
 Fruto do conjunto de fibrose  Simbiose mutualística entre a
intensa e o excesso de bactéria Wolbachia sp. e os
Elefantíase
proteínas extracelulares filarídeos Onchocercidae
Alimentadas pela estase  Importante na expressão
linfática de genes com influência a
Desintegração de células nível de desenvolvimento, Fatores de
imunes e de microfilárias viabilidade e fertilidade
Virulência
desses filarídeos
 Patogenicidade
Processo Patogênico  Surgimento de hidrocele
o Fruto do polimorfismo
no fator de crescimento
Linfagite, adenite,
linfangiectasia culminando do endotélio vascular
com a linforragia e linfedema

Alimentado por infecções Manifestações Clínicas


secundárias (erisipela e
infecções fúngicas)
 Microfilaremia (pacientes fontes
Progressão da fibrose com de infecção que alimentam o ciclo
alteração da arquitetura biológico em outros hospedeiros)
tecidual esclerose da
 Ausência de sintomatologia
derme e hipertrofia da derme
 Amicrofilaremia (pacientes com
parasitismo unissexual ou em
Quadro de elefantíase localizações ectópicas)
Quadro
 Tecido elefantoide Assintomático
Formado por gordura e linfa Fase Assisntomática
presos por matriz fibrosa
Resultante da fibromiosite  Doença subclínica
crônica, hipertrofia e fibrose
 Danos a nível dos vasos
da derma
linfáticos (dilatação/ proliferação
 Espessura da pele
do endotélio sem inflamação 
 Perda da elasticidade
ultrassonografia) e no sistema
 Surgimento de dobras
renal (hematúria microscópica,
profundas e verrucosa
indicando evolução do quadro).
 Infecções secundárias
 Mal odor

 Hidrocele (+ Frquente: Público Masculino)


Acúmulo de líquidos na túnica vaginal Quadro
 Quilocele Sintomático
Lesões Líquido amarelo rico em quilomicrons
 Processo de quilúria  Fase aguda: Alta Microfilaremia
Genitais bem marcada (parasitos adultos
 Ruptura dos vasos linfáticos e
extravasamento da linfa drenada pelas jovens e realizando a cópula).
vias urinárias (urina de aspecto leitoso)  Fase Crônica: Declínio da Taxa de
 Linfoescroto (- Frquente) Microfilaremia (os adultos estão
 Rupturas de vasos do escroto em senescência ou já morreram).
 Elefantíase escrotal (Irreversível)

Fase Aguda  LABORATORIAL
 Pesquisa de Microfilárias (Padrão
Ouro)
 Pesquisa de microfilárias na
 Linfangite (retrógrada, em que surge da raiz
corrente sanguínea através do
do membro e evolui para as extremidades –
esfregaço ou da gota espessa
diferente da linfangite bacteriana)
 Estímulo da parasitemia diurna
 Linfadenite
com dietilcabarmazina (DEC)
 Linfagiectasia  Análise do sangue (~20-60 min)
 Linfedema
 Método de Concentração
 Sinais e sintomas inespecíficos: dor,
 Aumento da concentração das
calafrios, febre, mialgia, astenia, calor e
microfilárias e aumento da
edema no trajeto linfático.
sensibilidade do teste
 Pode-se observar nos homens: Orquite
(inflamação testicular), funiculite (cordão  Métodos Imunológicos
espermático) e epididermite (epidídimo).  Como ELISA e
imunocromatografia
 Biologia Molecular

Fase Crônica Tratamento


 Dietilcarbamazina (DEC): microfilária
 Paquidermia ou elefantíase  Ivermectina ou Albendazol para
 Mamária, nos membros inferiores ou na destruir de forma mais eficaz os adultos
região pélvica.  Administração conjunta de doxiciclina
 Eosinofilia pulmonar tropical (EPT) contra a Wolbachia sp. e aumentar a eficácia
 Hiper-resposta imunológica a antígenos  Higienização local
filariais (manifestação rara)  Combate às infecções secundárias
 Crise asmatiforme, tosse paroxística,  Drenagem e terapia
falta de apetite e perda de peso,
 Utilização de meias elásticas de
podendo evoluir para uma fibrose
compressão para reduzir as alterações do
intersticial crônica, agravando o quadro.
sistema linfático e evitar progressão para
os quadros crônicos
 Cirurgia reconstrutiva na fase
crônica: retirar os adultos e tentar
Diagnóstico restaurar a arquitetura

 CLÍNICO
 Difícil de ser realizado pela Profilaxia
inespecificidade dos sintomas  Detecção e tratamento precoce
 Quadro sugestivo: Febre, dor na  Medidas de proteção individual e
região inguinal ou na perna e dados
coletiva (uso de telas e inseticidas)
epidemiológicos
 Controle biológico das formas
 Ultrassonografia na área acometida é evolutivas do inseto vetor (peixe larg.)
pertinente para observar sinais da
 Surgimento de fármacos (vacinas)
“dança das filárias” (movimentação
durante o processo).  Treinamento de recurso humano e
estruturação do sistema de saúde
Schistosoma mansoni Taxonomia

 Esquistossomose é a parasitose causada Reino Animalia


pelo platelminto Schistosoma mansoni. Sub-Reino Metazoa
Filo Platyhelminthes
 Tem o caramujo do gênero Biomphalaria Classe Trematoda
spp. como hospedeiro intermediário. Ordem Digenea
 Popularmente conhecida como “xistose”, Família Schistosomatidae
“barriga d’agua” “mal do caramujo”.
 Doença de múltiplos mecanismos
 Lesões diretamente ligadas à presença Biologia
do agente etiológico
 Reações hemodinâmicas  Forma Evolutiva: ADULTOS
 Alterações de reatividade imunológica
 Os adultos são dioicos, ou seja,
 Lesões à distância: imunocomplexos
possuem um dimorfismo sexual
 Repercussões gerais no organismo
 São delgados e longos
 Possuem ventosas oral e ventral
Epidemiologia (acetábulo)
 Adultos se alimentam através de
 Endêmica em cerca de 78 países, incluindo hemácias: Machos (40 mil/dia) e
Ásia, África, América Central, América do Fêmeas (30mil/dia)
Sul e algumas ilhas do Caribe.
 Possuem metabolismo elevado
 Mundo: 207 milhões de pessoas infectadas
 Trocam a membrana a cada 24 horas
 Brasil: 14 milhões de pessoas infectadas
 Tegumento absorve glicose e íons
 Bahia: acometidos pela esquistossomose
 Possui mecanismos de evasão contra o
 Média e alta endemicidade: Alta presença de sistema imune (mimetismo)
Biomphalarias + Regiões sem saneamento
 Pravelência em clima tropical: Luminosidade +  MACHOS
Altas temperaturas  Medem cerca de 1 cm
 Focos de transmissão: Contaminação de  Tem cor esbranquiçada
coleções aquáticas (com caramujos) através de  Tegumento recoberto de tubérculos
dejetos humanos contendo ovos viáveis  Facilitam a absorção de glicose
 Instalação sanitária no peridomicílio  Extremidade anterior: ventosas oral e
 Fatores ambientais: Chuvas periódicas; ventral (acetábulo)
Caramujo em anidrobiose (estivação)  Extremidade posterior: canal
 Não há notificação de existinção de focos ginecóforo (dobras das laterais do
importantes de trasmissão no país corpo no sentido longitudinal) que
alberga a fêmea para a fecundação
 Fatores sociais: Educação e sanemaneto
 O verme não tem órgão copulador
precários; Expansão geográfica tanto em
(espermatozoides desemborcados,
estados com e sem condição socioeconômica;
que se abrem no canal, facilitando a
Exôdo rural;
cópula): 7 a 9 massas testiculares
 Idade: Prevalência e cargas parasitárias mais
altas em jovens entre 5 a 20 anos  FÊMEAS
 Sexo e etnia: Menor incidência de formas graves  Medem cerca de 1,5 cm
em negros  Cor + escura (sangue semidiregido)
 Atividades Recreativas e Profissionais  Tegumento liso
 Extremidade anterior: ventosas oral e  Dividida em corpo e cauda
ventral (acetábulo)  Possui glândulas de penetração e adesão
 Extremidade posterior: os órgãos  Apresenta as duas ventosas
reprodutores (além das glândulas  Cauda bifurcada (melhor movimentação)
vitelogênicas – vitelinas)  Emergência das cercárias = Saída dos
esporocistos secundários (glândula escape)
 Forma Evolutiva: OVOS  Ritmo circadiano (luz e temperatura)
 Medem 150mc x 60mc  Vivem entre 36 a 48 horas com maior
 Formato oval e sem opérculos capacidade infectiva nas primeiras 8 horas
 Apresenta um espículo lateral  Penetração: ação lítica e ação mecânica
 Ovo maduro = Miracídio formado
 Forma mais encontrada nas fezes  Forma Evolutiva: ESQUISTOSSÔMULOS
 Casca ou membrana transparente  Cercárias após a invasão no tegumento
 Tempo de amadurecimento: 6 dias  Perda da cauda (mantendo só o corpo)
 Aspecto vermiforme
 Forma Evolutiva: MIRACÍDIOS  Possui as ventosas oral e ventral
 Medem 180 micrômetros  Migração passiva pelos tecidos e vasos do
 Forma infectante para o Biomphalaria hospedeiro
 Formato foliáceo  Capacidade imunogênica
 Extremidade anterior: papila apical  Geralmente são alvos de defesas
(telebratorium -> ventosa), glândulas de específicas produzidas pelo organismo
penetração e glândulas de adesão
 Essenciais para a penetração do
tegumento do vetor (molusco) Transmissão
 Sistema nervoso primitivo
 Motilidade e contratilidade das larvas  Penetração ativa das cercárias na pele
 Possui um aparelho excretor formado por 4 e na mucosa.
células flamas  Locais com focos de transmissão: Focos
 Parte anterior: 50-100 células germinativas peridomiciliares (como valas de
 Tegumento recoberto por cílios (motilidade) irrigação, açudes, pequenos córregos)
 Vivem em torno de 10 horas, mas a maior  Maior atividade: entre 10h a 16h
capacidade de penetração é entre 3 a 4 horas
 Penetração frequente: pés e pernas
 Forma Evolutiva: ESPOROCISTOS
 Reorganização do miracídio
 “Saco de células germinativas” Habitat
 Movimento ameboide -> imobilização
 Esporocisto Primário  Poliembrionia (72h  Os adultos são encontrados no
– dobra de tamanho)  Esporocisto sistema porta intra-hepático
Secundário (14 dias)  Após alimentação e maturidade
 Ponto de nascimento; Cercárias e Células sexual: Migração para os ramos terminais
embrionárias (Esporocisto Terciário) da veia mesentérica inferior
 Liberação contínua de cercárias  Altura da parede intestinal do
 Um miracídio = 300 mil cercárias plexo hemorroidário
 Acasalamento e oviposição
 Forma Evolutiva: CERCÁRIAS
 Medem 500 micrômetros
 Forma infectante para o homem
Ciclo Biológico Esquistossômulos: Migração para o
sistema porta (1 semana)

Eliminação de fezes de hospedeiros [Via dos vasos sanguíneos ou Via transtissular]


parasitados próximos a coleções aquosas

Sistema porta: Transformação em


Liberação dos miracídios dentro de ovos adultos e Maturação sexual
[Estímulo de oxigenação, luz e temperatura] [25 a 28 dias após infecção]

Atração miracidiana (miraxones) Migração  Veia mesentérica inferior


Penetração dos miracídios no molusco Acasalamento  Oviposição
1. [Ação mecânica (cílios e musculatura) e [Oviposição: A partir de 35 dias após infecção]
enzimática (glândulas e enzimas)]
2. [Capacidade de penetração: 8 horas] Primeiros ovos nas fezes: 42 dias após infecção
3. [Penetração: base das antenas e pé]
4. [Apenas 30% penetram e evoluem]

Ovos aderidos à submucosa (endotélio


vascular)  Maturação (6 dias)
Transformação em Esporocistos
1. [Poliembrionia  Após 72h dobra tamanho]
2. [Esporocisto 1º  Esporocistos 2º (14 dias)]
3. Esporocistos 3º (Células embrionárias) Migração dos Ovos  Luz intestinal

1. Pressão do bombeamento de novas


Transformação e Migração das Cercárias oviposições; 2. Reações inflamatórias;
1. [Completa formação: 27 a 30 dias] 3. Enzimas proteolíticas liberadas pelos
2. [Capacidade infectiva: primeiras 8 horas] miracídios; 4. Adelgaçamento da
2. [Emergência das cercárias: luz e temp.] parede venular; 5. Descamação epitelial
pela passagem do bolo fecal.

Penetração Ativa das Cercárias na pele ou


mucosa dos hospedeiros Perfuração da parede venular  Ovos
1. [Ação lítica (enzimas e glândulas) e mecânica alcançam a luz intestinal  Excreção do
(ventosas e musculatura)] ovos nas fazes

Caso os ovos não atinjam a luz intestinal em 20


Transformação em Esquistossômuolos dias, os miracídios morrem: Presos na mucosa
intestinal ou arrastados para o fígado

Ovos viáveis (fezes líquidas): 24 horas


Cairão na circulação sanguínea e linfática
 Migração Passiva  Pulmão (3 dias) Ovos viáveis (fezes sólidas): 5 dias
Imunidade Imunidade Protetora

Imunidade Protetora  Produtos (antígenos) da excreção/


secreção do verme adulto
 Resistência adquirida contra reinfecções  Deposição nos tecidos juntamente com
de populações endêmicas imunoglobulinas e sistema do complemento
 Estabilidade: Carga parasitária e sintomas  Reações inflamatórias que lesam os
tecidos em volta
 Resposta imunológica contra formas
infectantes (cercarias)  Exemplo: antígenos catódicos e anódicos
 Deposição na membrana basal
 Mecanismos imunomoduladores de
glomerular
resposta granulomatosa**
 Resultando glomerulonefrite e
 Balanço favorável na relação IgE/IgG4 disfunção real crônica
 Imunidade Concomitante
 Resposta imune contra as formas
iniciais de reinfecções (pele e pulmão) Patogenia
 Não afeta os vermes adultos já
estabelecidos no sistema porta  Fatores:
 Eficácia apenas parcial 1. Cepa do parasito
 Os vermes adultos e esquistossômulos 2. Idade
contém vários mecanismos de evasão: 3. Estado Nutricional
mimetização (aquisição de antígenos); 4. Resposta imunológica
veloz recuperação/troca de tegumento  Alterações cutâneas e hepáticas
5. Carga parasitária
 Formas hepatoesplênica e pulmonar
Imunopatologia

 Parasitose decorrente da resposta Cercárias


inflamatória granulonomatosa em
torno do ovos vivos do parasito.  Lesões na pele fruto da penetração cercariana
 Antígenos secretados da membrana  Dermatite cercariana ou do nadador
interna do ovo maduro (miracídio)  Reação de hipersensibilidade imediata
 Antígenos solúveis dos ovos (SEA)  Sensação de comichão
 Induzem a ação da resposta imune  Erupção uticariforme
humoral e celular  Reação de hipersensibilidade tardia
 Granulomas: fase aguda e crônica  Pequenas pápulas, edema, eritema e dor
 Aguda: Reação granulomatosa  Mais intensa nas reinfecções
exacerbada e volume até 100x
 Importante processo imunoinflamatório
maior do tamanho do ovo
na imunidade concomitante
 Crônica: Redução do granuloma
 Processo de imunomodulação
 Indivíduos de áreas endêmicas
(sob formas graves da doença) Esquistossômulos
não teriam a capacidade de
imunomodulação
 Fruto da migração dos esquistossômulos
 Imunodeficientes: lesões causadas por
 Linfadenia generalizada, febre, aumento
antígenos (> granulomas)
volumétrico do baço e sintomas pulmonares
Adultos
Esquistossomose Aguda
 Ação Espoliadora
 Hematofagia intensa e alto metabolismo
 Consumo de 2,5mg de Fe Fase Pré-Postural
 Competição por absorção de glicose
 Ocorre cerca de 10 a 35 dias após infecção
 Ação Tóxica
 Sintomatologia variada
 Liberação de antígenos – anódicos e
 Forma assintomática
catóticos (imunocomplexos)
 Forma sintomática
 Glomerulonefrite
o Mal-estar (com ou sem febre)
 Disfunção renal grave
o Problemas pulmonares (tosse)
 Ação Antigênica o Dores musculares
 Morte de adultos e liberação de antígenos o Desconforto abdominal
 Lesões extensas ( no fígado) o Hepatite aguda
 Fruto da destruição dos
esquistossômulos
Ovos

 Elementos fundamentais da patogenia Fase Aguda


 Apenas 50% migram para a luz intestinal
 Poucos ovos  Sintomas mais exuberantes aparecem em
o Lesões mínimas torno de 50 até 120 dias (fase toxêmica)
o Rápida reparação tecidual  Disseminação miliar dos ovos
 Muitos ovos  Principalmente na parede
o Hemorragia, edema da intestinal com áreas de necrose
submucosa, fenômenos o Enterocolite aguda no fígado
degenerativos e formação ou no pulmão (tuberculose)
ulcerativa pequena e superficial o Provocando a formação de
o Haverá reconstituição tecidual granulomas (fase toxêmica)
 Doença aguda
 Os outros 50% alcançam o fígado e ficam o Febre alta, acompanhada de
sudorese; calafrios; cólica;
aderidos no parênquima hepático
emagrecimento; fenômenos
 O antígeno solúvel excretado provoca reação
alérgicos; diarreia; disenteria;
inflamatória granulomatosa asvwgrre
tenesmo; hepatoesplenomegalia
discreta; linfadenia; leucocitose com
 Fases do Granuloma eosinofilia; aumento de globulinas;
 Fase necrótica/exsudativa alterações discretas das funções
 Zona de necrose em volto do ovo hepáticas (transaminases).
 Necrose é do tipo coliquativa
 Fase produtiva  Lesões hepatoesplênicas
 Reparação da área necrosada  Reação de hipersensibilidade
 Fase de cura ou fibrose aos antígenos solúveis
 Granuloma endurecido (nódulo) o Crescente na aguda
o Decrescente na crônica
 Calcificação ou absorção e
desaparecimento do ovo (granuloma benéfico)
 Fase toxêmica pode ser fatal
 Alteração da arquitetura tecidual
 Maioria dos casos: Manifestações
 Comprometimento da função tecidual
poucos intensas
Esquistossomose Crônica Lesões Hepatoesplênicas

 Manifestações Comuns:
Lesões Intestinais  Hiperplasia do tecido reticular e do
sistema fasgocístico mononuclear (SFM)
 Áreas de hemorragia recente e antiga
 Manifestações Comuns:
 Congestão passiva do ramo esplênico
 Diarreia mucossanguinolenta, dor
com distensão dos sinusoides
abdominal e tenesmo
o Diarreia: passagem simultânea de
 Casos crônicos graves: Varizes e Ascite
vários ovos para a luz intestinal,
 Alterações hemodinâmicas
causando hemorragia e edema
 Circulação colateral anômala
 Casos crônicos graves
 Fruto de anastomoses do plexo
 Fibrose da alça retossigmoide
hemorroidário (umbigo, região
o Diminuição do peristaltismo e
inguinal, esôfago)
constipação constante
 Tentativa de compensar a
 Casos menos frequentes (raros)
circulação portal obstruída
 Formas pseudoneoplásicas
 Diminuir a hipertensão portal
o Tumorações anômalas (carcinoma)
o Presença de grande número de
ovos em um determinado ponto
o Neoformação celular, inflamação e
Outras Localizações
fibrosamento

 Circulação colateral anômala e anastomose


 Ovos migrariam para a circulação venosa
Lesões Hepáticas
 Nos pulmões (Insuficiência Cardíaca)
 SNC (Neuroesquistossomose)
 Surgem no início da oviposição e formação
 Formas medulares agudas  Paraplegia
de granulomas
 Pele; Pâncreas; Testículos; Ovários, etc.
 Quadro Evolutivo (+/- Grave)
o Depende do número de ovos no
órgão e a reação granulamatosa
 Fase Aguda Lesões à Distância
 Aumento de volume e doloroso à
palpitação  Deposição de imunocomplexos nos órgãos
 Fase Crônica  Capazes de ativar o complemento e
 Volume menor e fibrosado desencadear reações inflamatórias
o “Fibrose de Symmers”
 Ramos dilatados da veia porta  Nos Rins (Proteinúrias e Hematúrias)
 Neoformação conjuntivavascular  Complicações vasculopulmonares
 Retração da cápsula hepática  Icterícia
 Fibrosamento dos espaços porta  Encefalopatias
Edfe2e g
 Granuloma: endofletite e fibrose
periportal  Obstrução dos
ramos intra-hepáticos: veia porta
o Hipertensão portal

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