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Trabalho Karl Marx - Hugo
Trabalho Karl Marx - Hugo
Recife, 2023
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Centro de Ensino de Graduação
Departamento de Letras
Discentes: Amanda Alcântara; Anthony Miguel; Arthur José; Juan Amaral; Lucas Baracho;
Miguel de Lima; Ruan Carlos; Talita Silva.
Recife, 2023
“Os trabalhadores não tem nada a perder numa revolução
comunista a não ser suas correntes.” - Karl Marx.
● Introdução
Karl Marx, uma das figuras mais influentes do século XIX, transcende sua época ao deixar
um legado intelectual que ecoa nos debates contemporâneos sobre justiça social,
desigualdade e o papel do Estado. Nascido em 1818 na Prússia Renana, Marx não se limitou
a moldar apenas o pensamento econômico e social de sua era; sua influência profunda se
estendeu para além dessas esferas, alcançando o âmbito educacional de maneira marcante.
conhecimento, mas uma potencial ferramenta de transformação social. Ele acreditava que a
educação poderia desempenhar um papel crucial na construção de uma sociedade mais justa e
igualitária.
Neste trabalho iremos abordar acerca do pensamento marxista, suas contribuições e também
Karl Marx, nascido em 5 de maio de 1818, na cidade de Tréveris, na Prússia Renana (atual
obra tornaram-se fundamentais para a compreensão das teorias econômicas e sociais que
moldaram o século XIX e ainda tem impacto nos desenvolvimentos políticos e sociais
subsequentes.
Em parceria com Friedrich Engels, Marx produziu algumas das obras mais influentes da
teoria social. O "Manifesto Comunista" (1848) e "O Capital" (Das Kapital) são obras que
sociedade.
participou de movimentos revolucionários de sua época. Sua vida foi marcada por períodos
interpretações diversas de seu trabalho, a relevância de Marx persiste como uma voz crítica
que continua a influenciar debates sobre justiça social, desigualdade e o papel do Estado na
sociedade contemporânea.
dois filósofos alemães do século XIX: Georg Wilhelm Friedrich Hegel e Ludwig Feuerbach.
Marx iniciou sua educação universitária estudando direito em Bonn e mais tarde em Berlim,
onde entrou em contato com a filosofia hegeliana. Hegel exerceria uma influência duradoura
sobre Marx, apesar de suas divergências filosóficas fundamentais. Hegel propôs uma
idealista, baseado na evolução da ideia absoluta, Marx aplicou esse método à materialidade
da vida social e econômica. Essa transição da dialética idealista para a materialista foi crucial
para a concepção marxista da história, que enfatiza as forças materiais como motoras do
progresso.
contribuições mais significativas de Feuerbach para Marx foi sua teoria sobre a alienação.
Feuerbach argumentava que a alienação ocorre quando os seres humanos projetam suas
características mais elevadas e essenciais em uma entidade divina, perdendo assim sua
própria humanidade. Marx incluiu essa ideia à sua crítica do capitalismo, aplicando-a à
no sistema capitalista ocorre quando os trabalhadores são separados dos produtos de seu
É possível afirmarmos que a influência de Hegel forneceu a Marx uma base teórica dialética
que ele transformou em uma abordagem materialista, enquanto Feuerbach contribuiu com a
● As principais ideias
Dessa forma, o trabalho será analisado por Marx em duas instâncias diferentes: uma
primeira, histórico-antropológica que, como já dito, possibilita a subjetivação do indivíduo,
sendo esse momento absoluto em relação à existência humana; e um segundo entendimento,
próprio do momento histórico vivenciado pelo pensador, ao qual ele concomitantemente
analisava, em que o trabalho torna-se estranho ao homem, existindo tão somente para a
subsistência do proletariado e para atender a ganância cumulativa dos lucros pela burguesia.
Em última instância há, conforme o pensamento de Marx, uma superestrutura que viabiliza a
manutenção de todas as engrenagens necessárias para o funcionamento do modelo capitalista
e está figura está no Estado burguês, conforme definido pelo pensador. Dentre os vários
aparatos que o Estado dispõe para promover a perpetuação do capitalismo uma instituição
ganhará grande destaque a partir da modernidade: a escola.
Iremos nos ater a desenvolver, a partir da perspectiva do pensamento marxista, uma análise
acerca dos paradigmas educacionais estudados na disciplina de Fundamentos da Educação e
pensar quais as discordâncias, concordâncias e críticas podem ser feitas a esses modelos a
partir das ideias marxistas.
No momento das concepções de Marx a sociedade vivia sob o paradigma redentor, paradigma
este que coloca todas aquelas estruturas encontradas na modernidade, como a dicotomia
burguesia vs proletariado, por exemplo, enquanto algo natural, ahistórico, e que, portanto,
inerente à condição humana, já que não depende da atividade destes para que exista. Já foi
possível perceber neste presente artigo que na concepção marxista, no seu método científico
do materialismo histórico dialético, que tudo o que não for natural, aqui no sentido de ser a
própria natureza, é resultado do trabalho humano, por isso, é inconcebível, quando
analisamos pela concepção marxista, que alguma estrutura não natural possa ser anterior e
independente da intervenção humana.
● Paradigma crítico-reprodutivista
● Paradigma transformador
A partir dessa breve explanação dos paradigmas da educação, poderemos dar continuidade
para a última parte deste artigo, que visa relacionar o pensamento e as proposições de Karl
Marx para a educação e como essas ideias podem ser traduzidas dentro do âmbito escolar.
A ideia de Marx é que o homem adquira uma instrução omnilateral e com ela conseguirá ter a
totalidade de suas capacidades produtivas. A omnilateralidade está relacionada ao trabalho
para Marx e entende-se que o trabalho é a essência que firma o homem, essa essência
depende da propriedade privada no sistema capitalista.Para esta educação omnilateral se fazer
presente é necessário que exista condições em que o indivíduo possa aprimorar essas
capacidades, que por sua vez não existem dentro de uma sociedade que impera o
capitalismo.É preciso que a sociedade esteja estruturada para elaborar bases materiais e
espirituais com harmonia, então a exploração do trabalho tem que ser eliminada junto com a
divisão de trabalho e classes. A divisão do trabalho possibilita que as atividades materiais e
espirituais se deem para todos os indivíduos.
Utilizando das armas que se têm em mãos, a brecha encontrada para mudar e transformar a
sociedade, a ascensão social da classe oprimida está em como as aulas são administradas
pelos docentes, depositando assim uma enorme responsabilidade educacional e social nos
ombros dos professores, para que de fato e na prática não exercessem apenas o papel de
avaliador, detentor e reprodutor de todo o conhecimento em sala de aula. Para exemplificar
essa possível solução dentro do paradigma transformador, podemos tomar como exemplo as
ideias do psicólogo Lev Vygotsky.
ZDP: zona de desenvolvimento proximal – “define aquelas funções que ainda não
amadureceram, mas estão em processo de maturação, funções que amadurecerão mais cedo
ou mais tarde, mas que atualmente estão em estado embrionário” (Vygotsky,1978).
Vygostky dizia que não se adquire conhecimentos apenas com os educadores, defende que a
aprendizagem é uma atividade conjunta, que relações colaborativas entre alunos podem e
devem ter espaço nas salas de aula. Nesse contexto, o professor seria não um portador do
conhecimento, mas sim um grande orquestrador de todo o processo de aprendizagem.
Com Paulo Freire, a emancipação deixa de ser somente uma proposta filosófica,
social ou crítica, mas passa a ser fundamentalmente uma tarefa educacional,
direcionada especificamente para a práxis pedagógica. Dentro desta proposta de
Paulo Freire, a emancipação ganha o significado de humanização, onde se opõe e
luta contra a desumanização. (BATISTA, Hilton Sales; 2019, pg. 79-80)
Dessa forma, a "Pedagogia do Oprimido" pode ser compreendida como uma extensão do
pensamento marxista no campo educacional, adaptando e expandindo os princípios marxistas
para o contexto da educação crítica e libertadora. Ambos os pensadores compartilham a
crença fundamental de que a educação deve ser uma força para a transformação social e a
libertação das classes oprimidas.
● Considerações finais
● Referências