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Seminário IV - 2024
Seminário IV - 2024
Leitura básica
• CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. São
Paulo: Noeses, Capítulo III, primeira parte da obra e, item 2.4 (Sistema e
norma: validade, vigência, eficácia e interpretação da legislação tributária)
da segunda parte do livro.
• CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. São Paulo:
Noeses, Capítulo IV.
• CARVALHO, Paulo de Barros. Direito Tributário: Fundamentos Jurídicos
da Incidência. São Paulo: Noeses, Capítulo I, itens 15 (Validade como
relação de pertinência da norma com o sistema), 16, 17 e 18 (A
interpretação do direito e os limites da interdisciplinariedade).
Vídeo básico
Leitura complementar
• ADEODATO, João Maurício. Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo:
Forense. Capítulo Décimo.
• BEZERRA NETO, Bianor Arruda. O que define um julgamento e quais
são os limites do juiz: valores, hermenêutica e argumentação para a
construção de uma teoria da decisão judicial. São Paulo: Noeses,
Capítulo 3 e 4.
• CARVALHO, Paulo de Barros. O absurdo da interpretação econômica do
“fato gerador” – Direito e sua autonomia – O paradoxo da
interdisciplinaridade. Revista de Direito Tributário, n. 97.
• CARVALHO, Paulo de Barros. Derivação e positivação no direito
tributário. v.1. 2 Ed. São Paulo: Noeses, 2014, Tema II (As normas
Módulo Tributo e Segurança Jurídica
Questões
1. Que significa afirmar que uma norma “N” é válida? Diferençar: (i)
validade, (ii) vigência; (iii) eficácia jurídica; (iv) eficácia técnica e (v) eficácia
social. Responda, fundamentadamente, o que entende acerca da validade,
vigência e eficácia jurídica da norma introdutora e da norma introduzida
(Considere em sua resposta a problemática da ADC 84)1.
RESPOSTA: Afirmar que a norma é valida nas palavras de GIUSPPE LUMIA,
é afirmar que “Uma norma é válida se está em conformidade com as
normas de produção próprias do sistema normativo da qual faz parte. Em
particular, a validade de uma norma jurídica, (...) depende da sua
conformidade com as normas de grau superior que disciplinam a
produção das normas jurídicas.”.
Entende-se por validade a condição de algo que se encontra em condições
de produzir os efeitos esperados diante do seu validamento, nas palavras
de Amedeo G. Conte, “É o específico modo de existir de uma norma,
sendo esta, sua existência específica dentro de um ordenamento jurídico”.
Já ao que se diz respeito a vigência, esta significa estar em vigor, ou seja,
surtir efeitos para a qual foi produzida tal norma, representando assim, a
obrigatoriedade da observância de uma determinada norma, sendo,
portanto, a qualidade da norma que permite a sua incidência no meio
social.
Eficácia jurídica é o predicado dos fatos jurídicos de desencadearem as
consequencias que o ordenamento prevê, sendo nas palavras de Paulo de
Barros Carvalho “a incidência da norma, somente válida perante a eficácia
1
TRECHO DA PETIÇÃO INICIAL DA ADC 84
No apagar das luzes de 2022, mais precisamente no dia 30 de dezembro de 2022, sem que houvesse participante do
govern de transito, foi editado pelo então Vice-Presidente da República, no exercício do cargo de Presidente, o Decreto
n° 11.322/2022, que reduziu a metade as alíquotas de PIS/PASEP e COFINS sobre receitas financeiras auferidas por
pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa de tais contribuições.
(...)
Deve-se atentar ainda, para uma particularidade: não obstante o decreto tenha sido editado no dia 30 de dezembro
(sexta-feira), havia previsão expressa, no seu artigo 2°, de que a produção de efeitos se daria a partir de 1° de Janeiro
de 2023 (domingo e feriado nacional).
No dia 1° de Janeiro de 2023, sobreveio o Decreto n° 11.374/2023, objeto da presente ação declaratória, que entrou
em vigor na mesma data (artigo 4°) e revogou imediatamente as disposições do diploma anterior, repristinando, por
conseguinte, as alíquotas de PIS/COFINS sobre as receitas financeiras constantes do Decreto n° 8.426/2015.
O cenário, em síntese, é o seguinte: o Decreto n° 11.322/2022 entrou em vigor no dia 30/12/2022 com previsão
expressa de produção de efeitos somente a partir de 1/1/2023, mas foi revogado pelo Decreto n° 11.374/2023,
justamente nesta mesma data, com a manutenção do percentual das alíquotas anteriormente vigentes desde 2015.
Não é difícil perceber que a redução de alíquota implementada pelo Decreto n° 11.322/2022 jamais chegou a se
aplicar, porquanto revogada no mesmo dia em que se iniciaria a sua eficácia. Trata-se de uma disposição natimorta,
que nao veio a produzir efeitos na esfera jurídica dos contribuintes.
Módulo Tributo e Segurança Jurídica
É vigente
Incide
Apresenta
eficácia
jurídica
Anexo I
RE 606.107/RS
Anexo II
RE 134.509
Anexo III
REsp 1.325.709/RJ
Anexo IV
ADI-MC 6.053/DF
Anexo V
RE 566.621
ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir
de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos
sobrestados. Recurso extraordinário desprovido.
(RE 566621, Relator(a): ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 04-08-
2011, REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-195 DIVULG 10-10-2011
PUBLIC 11-10-2011 EMENT VOL-02605-02 PP-00273 RTJ VOL-00223-01 PP-
00540)
Anexo VI
RE 753.705 AgRg/SC
Anexo VII
RE 346.084/PR
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Anexo VIII
RE 917.950 AgR
Anexo IX
RE 474.267
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