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Em Mato Grosso do Sul a criação de jacarés para produção de carne está ganhando

força.
Seguindo orientações do Ibama e do Instituto de Meio Ambiente do Estado, produtores
estão investindo pra atender a demanda do mercado nacional e Internacional.
Na imensidão do Pantanal de Mato Grosso do Sul, ele está sempre presente.
A principal atividade econômica desta fazenda com mais de 150 hectares, em Corumbá,
é a criação do animal selvagem, para a produção de carne.
Hoje a propriedade conta com mais de 60.000 animais, da espécie, kayman yacare,
para chegar a esse plantel é preciso entender todo o processo, de criação dos
jacarés por aqui.
Antes do período de reprodução, do jacaré do Pantanal, com ajuda de um aplicativo,
os técnicos da Fazenda, fazem um mapeamento da população, em três áreas do bioma.
A partir desse relatório, o Ibama e o imasul, Instituto de Meio Ambiente de Mato
Grosso do Sul, estimam a produção de ovos e liberam um percentual para
recolhimento.
Neste ano, eles recolheram 40 mil ovos, que representam 30%, do que Ibama e imasul,
haviam autorizado a coletar.
O trabalho é em parceria com os ribeirinhos, que recebem um real e 50 centavos por
ovo.
Além do trabalho em parceria com os ribeirinhos do Pantanal, a Fazenda possui a
própria coleta de ovos, para isso ser possível, foram construídas em 10 hectares,
Quatro Lagoas como essa, atualmente são 1500 fêmeas e 300 machos, usados
exclusivamente, para a reprodução de jacarés na propriedade.
No período de reprodução, as matrizes deixam as Lagoas, vem para a terra firme,
para buscar o ambiente ideal, para montar os ninhos, assim como na natureza.
Basicamente ela faz uma compostagem com a matéria orgânica, um aglomeiro de
substrato que entra em decomposição, esquenta o ovo e promova a umidade necessária
pro ninho.
Os ovos são trazidos para essa incubadora, e após 74 dias, os primeiros filhotes
nascem, igual esse bebê jacaré, que até recebeu ajuda, para sair do ovo.
Após o nascimento dos filhotes, são trazidos para esse local, que é a maternidade
da fazenda, mas é um ambiente em formato de uma estufa, temperatura de 30 graus,
umidade de 90 a 95%, e a gente não pode fazer muito barulho, até para, não
estressar os animais.
Na maternidade os bebês jacarés, ficam por 15 dias, e logo, são transferidos para
os criatórios, onde será feita a engorda, em mais de 120 baias.
Com dois anos de idade, os jacarés já estão prontos para o abate, que é feito no
frigorífico, instalado dentro da Fazenda, os animais passam pelo processo de
retirada do couro, de limpeza, até chegar a desossa, são feitos os cortes, para
comercialização da ponta da cauda, filé da cauda, filé do lombo, coxa e iscas, além
da linguiça, que é um novo produto da empresa.
A média de carne desses animais, é em torno de três a cinco quilos, depende do
tamanho do animal.
Nada é desperdiçado, o couro é vendido no Brasil e exportado para o México, já a
carne do animal, atende ao mercado interno, os preços dos cortes de 400 gramas,
variam de 40 a 75 reais, a empresa ainda fornece para a comercialização, o coração
e a língua de jacaré.
Esse restaurante em Corumbá incluiu os produtos no cardápio.
Um nicho de mercado que ganha força, e tem potencial, para crescer ainda mais.
Hoje os estados que mais consomem a carne de jacaré, são Mato Grosso do Sul, Rio
Grande do Sul e São Paulo.

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