Slides Sobre Potencias Termodinâmicos

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Potenciais termodinâmicos

Disciplina: Físico-química V
Código: QUI028 - SLS

Profa: Rosangela R L Vidal

Salvador, 08 de abril de 2020


1
• Introdução
• Potenciais termodinâmicos
- Processo isotérmico
- Critério de espontaneidade e equilíbrio
- Variáveis naturais independentes
- Forma diferencial e derivadas parciais
- Dependência de G com a T
- Dependência de G com a P
- Variação isotérmica das energias Helmhotlz e Gibbs
- Energia de Gibbs e equilíbrio entre fases
- Energia de Gibbs em função da pressão
- Equações de Clapeyron e de Clausius-Clapeyron

2
✓ Potenciais termodinâmicos
Foram definidos a partir das propriedades fundamentais: energia interna (U) e a
entropia (S), oriundas da primeira e segunda lei da termodinâmica.

A energia de Helmholtz e de Gibbs são muito úteis no estudo de processos


isotérmicos a V cte ou a p cte.

Energia de Helmholtz
A=U-TS

Energia de Gibbs
G=H-TS

3
✓ Potenciais termodinâmicos
Ao todo têm-se 5 funções de estado resultantes das duas leis da termodinâmica
Duas primitivas: U e S
Três derivadas: H, A e G

Essas propriedades são extensivas

São conhecidas como potenciais termodinâmicos (U, H, A e G), com exceção da


S, entretanto, só adquirem caráter intensivo, próprio de um potencial,
quando referida a um mol de uma substância

4
✓ Energia de Gibbs e de Helmholtz
Primeira lei da termodinâmica: balanço energético U = q + w
Segunda lei da termodinâmica: indica quais processos ocorrem
espontaneamente
Suniv = S + Sviz  0

Processos em que: Suniv  0 (processos impossívei s)


Suniv  0 (processos possíveis e irreversíveis)
Suniv = 0 (processos reversívei s)
Possíveis em princípio, mas difíceis de serem
realizados na prática

5
✓ Energia de Gibbs e de Helmholtz

Temos interesse no que ocorre apenas no sistema

Seria mais simples estabelecer um critério de equilíbrio e espontaneidade


relativo à variação de uma função termodinâmica apenas do sistema

6
✓ Energia de Gibbs
Sistema em equilíbrio térmico com a sua vizinhança (T cte)
Segunda lei

dSuniv = dS + dSviz  0
dqviz
dS + 0
T
dq
dS − 0
T
Energia de Gibbs
A p cte dq = dH
G  H − TS
 0 (− T )
dH
dS −
T H, S são funções de estado
dH − TdS  0 G função de estado e tem unidade de energia
7
✓ Energia de Gibbs G  H − TS
Variação infinita a T cte
dG = dH − TdS

Variação finita a T cte

G = H − TS

Critério de equilíbrio e espontaneidade dGTP  0

Sistema em equilíbrio: dG = 0

Processo espontâneo: dG  0

8
✓ Energia de Helmholtz
Segunda lei
- Sistema em equilíbrio térmico com a sua vizinhança (T cte)

dSuniv = dS + dSviz  0
dqviz
dS + 0
T Substituindo na equação da
dq segunda lei
dS − 0
T dU
dS −  0 (−T )
T
Primeira lei
dU − TdS  0
dU = dq + dw
dU = dq − Pext dV Energia de Helmholtz
dU = dq − pdV a V cte
A  U − TS
dq = dU 9
✓ Energia de Helmholtz A  U − TS
Variação infinita a T cte

dA = dU − TdS

Variação finita a T cte

A = U − TS

Critério de equilíbrio e espontaneidade dAT ,V  0

Sistema em equilíbrio: dA = 0

Processo espontâneo: dA  0

10
✓ Processo isotérmico
Energia de Helmholtz
A = U − TS
dA = dU − d (TS )
dA = dU − TdS − SdT
dA = dU − TdS
A = U − TS

Energia de Gibbs
G = H − TS
dG = dH − d (TS )
dG = dH − TdS − SdT
dG = dH − TdS
G = H − TS
11
As funções termodinâmicas (A e G) permitem determinar a quantidade de
trabalho e trabalho útil que pode ser feita em um dado processo reversível
(sistema fechado)

✓ Processo isotérmico
Utilidade da energia de Helmholtz demonstrada pela primeira lei
dA = dU − TdS como dU = dq + dw
dqrev
dS =  dqrev = TdS
T
 dA = (dqrev + dwrev ) − dqrev
 dA = dwrev

12
As funções termodinâmicas (A e G) permitem determinar a quantidade de
trabalho e trabalho útil que pode ser feita em um dado processo reversível
(sistema fechado)

✓ Processo isotérmico
Para variação infinita
d (U − TS ) = dwrev dA = dwrev (processo reversível)
dA = dwrev

Para variação finita


A = wrev (processo reversível)

A variação de energia de Helmholtz em um processo isotérmico é a


quantidade máxima de trabalho que um sistema pode realizar sobre a
vizinhança (apenas para processo reversível)
13
✓ Processo isotérmico
Utilidade da energia de Gibbs demonstrada pela primeira lei

Se a T e p forem ctes d (U + pV − TS ) = dw
não pV
(dw
não pV
= dwelétrico )
d (H − TS ) = dwnão pV
dG = dwnão pV (processo reversível)
14
✓ Processo isotérmico
Para variação finita

G = wnão pV (processo reversível)

Variação da energia de Gibbs representa a máxima quantidade de trabalho


útil ou de não pV que um sistema pode realizar sobre a vizinhança (apenas
para processo reversível)

Ex.: reações químicas em células galvânicas, em células combustíveis


(trabalho elétrico), etc

15
Exercício 1
Considere a reação de combustão da glicose formando água e dióxido de
carbono a 25 C.

C6 H12O6 (s) + 6O2 ( g ) → 6CO2 ( g ) + 6H 2O(l )


Para queimar 1 mol os seguintes dados foram obtidos a partir de bombas
calorimétricas, Ur =-2801,3 kJ/mol e Sr=260,7 J/mol K. Quanto da
variação de energia pode ser extraída como trabalho?

16
Exercício 1
Considere a reação de combustão da glicose formando água e dióxido de
carbono a 25 C.

C6 H12O6 (s) + 6O2 ( g ) → 6CO2 ( g ) + 6H 2O(l )


Para queimar 1 mol os seguintes dados foram obtidos a partir de bombas
calorimétricas (sistema fechado), Ur =-2801,3 kJ/mol e Sr=260,7 J/mol
K. Quanto da variação de energia pode ser extraída como trabalho?

Resposta:
A = U − TS = −2.879 kJ / mol

Portanto: wrev = −2.879 kJ / mol

17
Exercício 2
Em uma célula combustível, gases naturais, como metano, sofrem a mesma
reação redox como em um processo de combustão e produzem dióxido de
carbono e água, gerando eletricidade. Calcule o trabalho elétrico máximo
que se pode obter a partir de 1 mol de metano a 25 C. Dados: Hr =-
890,3 kJ/mol e Sr=-242,8 J/mol K

A reação é CH 4 ( g ) + 2O2 ( g ) → CO2 ( g ) + 2 H 2O(l )

18
Exercício 2
Em uma célula combustível, gases naturais, como metano, sofrem a mesma
reação redox como em um processo de combustão e produzem dióxido de
carbono e água, gerando eletricidade. Calcule o trabalho elétrico máximo
que se pode obter a partir de 1 mol de metano a 25 C. Dados: Hr=-
890,3 kJ/mol e Sr=-242,8 J/mol K

Resposta:
A reação é CH 4 ( g ) + 2O2 ( g ) → CO2 ( g ) + 2 H 2O(l )

G = H − TS = −818 kJ / mol

Portanto: wel ,rev = wel ,máx = −818 kJ / mol

19
✓ Critério de espontaneidade e equilíbrio em termos exclusivos
das propriedades do sistema
Processo isotérmico, a V cte
A  U − TS
dq
dA = dU − TdS − SdT dU = dq + dw = TdS + dw dS 
T
dA = (dq + dw) − TdS − SdT
dA = TdS + dw − TdS − SdT
dA = − SdT + dw
dA = − SdT + (− Pext .dV )
dA = − SdT − p.dV
dAT ,V  0

20
✓ Critério de espontaneidade e equilíbrio em termos exclusivos
das propriedades do sistema
Processo isotérmico, a p cte
G  H − TS
dq
dG = dH − TdS − SdT dH = dU + dw = (dq + dwexp ) + dw dS 
T
dH = (TdS + dwexp ) + d ( pV ) dq = TdS
dH = (TdS − Pext .dV ) + pdV + Vdp
dH = (TdS − p.dV ) + pdV + Vdp
dH = TdS + Vdp
dG = dH − d (TS )
dG = dH − TdS − SdT
dG = (TdS + Vdp) − TdS − SdT
dG = − SdT + Vdp  dGT , p  0 21
✓ Variáveis naturais independentes
Função Forma diferencial Variável independente
U dU = TdS − pdV S ,V
H dH = TdS + Vdp S, p
A dA = − SdT − pdV T ,V
G dG = − SdT + Vdp T, p
dA = dU − TdS − SdT
dA = − SdT − pdV
dG = dH − TdS − SdT
dU = dq + dw dU = TdS − pdV
dG = − SdT + Vdp
dH = dU + dw = (dq + dwexp ) + dw
dH = (TdS − pdV ) + pdV − Vdp Equação fundamental
Expressão que combina a primeira e
dH = TdS + Vdp segunda lei da termodinâmica 22
✓ Forma diferencial e derivadas parciais
dG = − SdT + Vdp a p cte dG = − SdT + Vdp a T cte
dG = − SdT dG = Vdp
 G   G 
  = −S   = V
 T  p  p T

Como S é uma quantidade positiva: Como V é uma quantidade positiva:


a G com o da T, a p cte a G com o da pressão, a T cte

1) S > 0, Todas as substâncias 1) V > 0, Todas as substâncias


2) Derivada parcial é negativa quando 2) Derivada parcial é positiva quando
S aumenta (G diminui c/ aumento de V aumenta (G aumenta c/ aumento
T, a P cte qdo S aumenta) de p, a T cte qdo V aumenta)

23
✓ Forma diferencial e derivadas parciais
dA = − SdT − pdV a V cte dA = − SdT − pdV a T cte
dA = − SdT dA = − pdV
 A   A 
  = −S   = −p
 T V  V T
Como S é uma quantidade positiva: Como P é uma quantidade positiva:
a A com o da T, a V cte a A com o do volume, a T cte

1) S > 0, Todas as substâncias 1) p > 0, Todas as substâncias


2) Derivada parcial é negativa quando 2) Derivada parcial é negativa quando
S aumenta (A diminui c/ aumento de p aumenta (A diminui c/ aumento de
T, a V cte qdo S aumenta) V, a T cte qdo p aumenta)

24
✓ Forma diferencial e derivadas parciais
dU = TdS − pdV a V cte dU = TdS − pdV a S cte
dU = TdS dU = − pdV
 U   U 
  =T   = −p
 S V  V  S
Como T é uma quantidade positiva: Como P é uma quantidade positiva:
a energia com o da entropia, a V a energia com o do volume, a S cte
cte

1) T > 0, Todas as substâncias 1) p > 0, Todas as substâncias


2) Derivada parcial é positiva quando 2) Derivada parcial é negativa quando
T aumenta (U aumenta c/ aumento de p aumenta (U diminui c/ aumento de
S, a V cte qdo T aumenta) V, a S cte qdo p aumenta)

25
✓ Forma diferencial e derivadas parciais
dH = TdS + Vdp a p cte dH = TdS + Vdp a S cte
dH = TdS dH = Vdp
 H   H 
  =T   = V
 S  p  p  S
Como T é uma quantidade positiva: Como V é uma quantidade positiva:
a entalpia com o da entropia, a p a entalpia com o da pressão, a S cte
cte

1) T > 0, Todas as substâncias 1) V > 0, Todas as substâncias


2) Derivada parcial é positiva quando 2) Derivada parcial é positiva quando
T aumenta (H aumenta c/ aumento de V aumenta (H aumenta c/ aumento da
S, a P cte qdo T aumenta) P, a S cte qdo V aumenta)

26
✓ Derivadas parciais
Função Derivada parcial
U = U ( S ,V )  U   U 
  =T   = −p
H = H ( S , p)  S V  V S
A = A(T ,V )  H   H 
  =T   = V
G = G (T , p)  S  p  p  S
 A   A 
  = −S   = −p
 T V  V T
 G   G 
  = −S   = V
 T p  p T

27
✓ Propriedades da Energia de Gibbs
A Energia de Gibbs varia com a T e P (importantes nas discussões
de transições de fase e reações químicas)
dG = −SdT + Vdp G(T , p)

 G   G 
  = −S   = V
 T  p  p T

28
A partir do critério de reciprocidade de Euler, aplicável às diferenciais exatas,
obtém-se as relações de Maxwell

Diferencial exata Derivada parcial


dU = TdS − pdV U ( S ,V )  T   p 
  = - 
 V  S  S T
dH = TdS + Vdp H ( S , p)  T   V 
  =  
  p S  S p
dA = − SdT − pdV A(T , V )  S   p 
  = 
 V T  T V
dG = − SdT + Vdp G (T , p )  S   V 
  = -  

 T
p  T p

29
A partir do critério de reciprocidade de Euler, aplicável às diferenciais exatas,
obtém-se as relações de Maxwell

Derivada parcial
 T   p 
  = - 
 V  S  S T
 T   V 
Difícil de determinar   =   Fácil de determinar
 p S  S p
experimentalmente experimentalmente
 S   p 
  = 
 V T  T V
 S   V 
  = -  

 T
p  T p

A utilidade das equações derivadas: elas fornecem relações entre variáveis que
não são óbvias e que permitem estudar as funções termodinâmicas como P, T e
V. 30
✓ Variação isotérmica de A e G com o volume
Energia de Helmholtz dA = − SdT − pdV
dA = − pdV
V2
dA = −  pdV
V1

Para um gás ideal p = nRT/V

V2 dV V2
A = −nRT  = −nRT ln
V1 V V1
A = wrev

31
✓ Variação isotérmica de A e G com a pressão
Energia de Gibbs dG = − SdT + Vdp
dG = Vdp
p2
dG =  Vdp
p1
Para um gás ideal V = nRT/p

p2 dp p
G = nRT  = nRT ln 2
p1 p p1

Portanto: A = G = wrev

32
Exercício 3
a)Um mol de gás ideal na temperatura de 25 ºC e sob pressão de 10 bar
expande-se isotermicamente e reversivelmente até uma pressão final de 1
bar. Calcule w, q, U, H, S, A e G.

b) Considere que o gás ideal se expande irreversivelmente sob a pressão de 1


bar, desde o início, e recupara no final do processo a temperatura de 25ºC
(ou seja, considere que a expansão é isotérmica). Calcule w, q, U, H, S,
A e G.

33
Exercício 3
a) Um mol de gás ideal na temperatura de 25 ºC e sob pressão de 10 bar
expande-se isotermicamente e reversivelmente até uma pressão final de 1
bar. Calcule w, q, U, H, S, A e G.

Expansão isotermica: U = H = 0
V P
De acordo com a primeira lei U = 0 e q = − w = nRT ln 2 = nRT ln 1 = 5705J
V1 P2
qrev J
S = = 19,14
T K

V2
A = − nRT ln = −5705 J
V1 A = G = wrev
p2
G = nRT ln = −5705 J
p1
34
Exercício 3
b) Imagine que o mesmo processo da letra (a) agora sofre expansão
irreversível sob a pressão de 1 bar e temperatura de 25ºC. Calcule w, q,
U, H, S, A e G.
Expansão isotermica: U = H = 0
De acordo com a primeira lei U = 0 e q = − w
wirrev = − P2 V = −2230 J P1V1 = nRT P2V2 = nRT
nRT nRT
q = +2230 J V1 = V2 =
P1 P2

Srev = Sirrev = S (função de estado) S =


qrev
= 19,14
J
T K

Portanto: A = G = −5705J  w = −2230 J


O trabalho produzido não mede a diminução das funções de A e G

35
Interesse: com G aumenta
✓ Dependência de G com a p quando a pressão aumenta de
P1 para P2
dG = − SdT + Vdp a T cte dG = Vdp
dG = Vdp p2 nRT
p2
G =  Vdp =  dp
 G 
p1 p1 p
  = V p
 p T G = G2 − G1 = nRT ln 2
p1
p2
Se P1= 1 bar (estado padrão) e G1 = Go G2 = G1 + nRT ln
p1
p2
G = G2 − G = nRT ln
1 bar
G2 = G + nRT ln P2 Quantidades molares
G 2 = G + RT ln P2 G 2 = f (T , P)
G = f (T ) 36
Exercício 4
a) Uma amostra de 0,590 mol de gás ideal inicialmente a 300 K e 1,5 bar é
comprimida isotermicamente a uma pressão final de 6,9 bar. Calcule G
para esse processo.

37
Exercício 4
a) Uma amostra de 0,590 mol de gás ideal inicialmente a 300 K e 1,5 bar é
comprimida isotermicamente a uma pressão final de 6,9 bar. Calcule G
para esse processo.

p2
G = nRT ln = 2,25 x103 J
p1

38
✓ Dependência de G com a p
Vsólido ou Vlíquido praticamente
independe da pressão aplicada

G = G2 − G1
p2
G2 − G1 =  Vdp
p1

G2 − G1 = V ( p2 − p1 ) = Vp
G2 = G1 + Vp

As energias de Gibbs de líquidos e sólidos são muito menos dependentes da


pressão.
Desse modo, o G com a P pode ser desprezada, exceto em processos
geológicos no interior da terra ou em condições de altas pressões criadas em
laboratórios
39
✓ Energia de Gibbs e equilíbrio entre fases

- Em um sistema com um só componente (sistema que tem sempre a


mesma composição química) pode existir uma ou mais fases
simultaneamente.

- Uma fase é uma porção da matéria que tem estado físico uniforme
- Quimicamente: identificamos as fases sólida, líquida e gasosa

- A fase em qualquer sistema com um componente depende das condições


do sistema (p,T, V e quantidade de matéria no sistema)

40
✓ Energia de Gibbs e equilíbrio entre fases

- Considere duas fases (S e L) de um sistema de um componente em


equilíbrio a uma dada p e T.

- Energia de Gibbs molar da substância (propriedade intensiva independe


da quantidade da substância presente) é a mesma para as fases em
equilíbrio (como: ). Logo: G sólido = G líquido

- Se as condições externas (p e T) forem alteradas de modo que G sólido  G líquido


parte do sólido derreteria espontaneamente, pois: G fusão = G líquido − G sólido  0

- Se G sólido  G líquido parte do líquido congelaria espontaneamente


G solidifica ção = G sólido − G líquido  0
41
✓ Energia de Gibbs e equilíbrio entre fases
- A energia de Gibbs molar de um S, L, V, depende da T e p
- Como um aumento na T afeta o equilíbrio entre as fases?
dG = − SdT + Vdp a p cte 1) S > 0, Todas as substâncias
dG = − SdT 2) Derivada parcial é negativa quando S
 G 
  = − S aumenta (G diminui c/ aumento de T, a P cte
 T  p qdo S aumenta)

- Como a S é sempre positiva em qualquer fase (gráfico Gmolar x T, a p cte,


fornece uma reta com coeficiente angular negativo)
 G sólido   G líquido   G vapor 
  = − S sólido ;   = − S líquido ;   = − S vapor
 T  p  T p  T  p

- A qualquer T a S molares de uma substância decrescem na ordem


S vapor  S líquido  S sólido
42
✓ Energia de Gibbs e equilíbrio entre fases
Fase mais estável possui a menor
energia de Gibbs molar (mais baixa)

Esse comportamento depende da T

A intersecção entre duas retas indica


duas fases em equilíbrio
S e L coexistem na Tf
G sólido = G líquido
L e V coexistem na Teb
G líquido = G vapor

43
✓ Energia de Gibbs e equilíbrio entre fases
Como um aumento na pressão afeta o equilíbrio entre as fases?

- Para uma dada mudança de


pressão, o aumento é maior
para vapores, e muito menor
para líquidos e sólidos (com
exceção da água)

- Aumento da p, aumenta o
ponto de fusão e de ebulição
da maioria das substâncias

44
dG = − SdT + Vdp a T cte
✓ Energia de Gibbs em função da pressão dG = Vdp
 G 
 
 p  = V
 T

1) V > 0, Todas as substâncias


2) Derivada parcial é positiva quando V
aumenta (G aumenta c/ aumento da P, a
Tcte qdo V aumenta)

V vapor  V líquido  V sólido

G é mais sensível a
pressão quando o V
é grande

45
✓ Equações de Clapeyron e de Clausius-Clapeyron
✓ Relações quantitativas de equilíbrio entre fases
A condição de equilíbrio (T e p ctes) para uma substância que
existe em duas fases  e  é:

G = G 
De modo que d G = dG Logo: − S  dT + V  dp = − S  dT + V  dp
(S  ) ( )
− S  dT = V  − V  dp
Sendo: d G = − S  dT + V  dp dp  S
=
d G  = − S  dT + V  dp dT V

46
✓ Equações de Clayperon e de Clausius-Clapeyron
Relações quantitativas de equilíbrio entre fases
dp  S
=
dT V

H dp  H Equação de
No equilíbrio:  S = Logo: =
T dT TV Clapeyron

T: temperatura de transição de fase


(Tf ,Teb, ou T em que as fases
coexistem em equilíbrio)

47
✓ Equação de Clapeyron

dp  H Equação de
=
dT TV Clapeyron

Aplica-se à fusão, à vaporização e à sublimação, e ao equilíbrio


entre duas formas alotrópicas, como o grafite e o diamante

48
✓ Equação de Clapeyron

dp  H
=
dT TV

Aplica-se também no caso de equilíbrio de vaporização e


sublimação (nestes casos, Vmolar do vapor >>> Vmolar da
fase condensada)

V vap = V g − V l  V g

RT
Gás ideal V vap = V g =
p
49
✓ Equação de Clausius-Clapeyron

RT
Substituindo V vap = V g =
p
dp  H vap dp P H vap dp  H vapdT
Em = temos: =  =
dT T V vap dT RT 2
p RT 2
 H vapdT
d ln p = Equação de
RT 2
Clausius-Clapeyron

50
✓ Equação de Clausius-Clapeyron

 H vap dT
d ln p =
RT 2
p2  H vap T2 dT
p1 d ln p = R T1 T 2
p2  H vap  1 1 
ln =−  − 
p1 R  T2 T1 

dx 1
 x2 = −x = − x
−1

51
✓ Equação de Clausius-Clapeyron
Integração indefinida (integração sem os limites)

 H vap dT
d ln p =
RT 2
 H vap dT
 d ln p = R  T 2
 H vap
ln p = − + cte
RT

52
Exercício 5
Os seguintes dados mostram a variação da pressão de vapor em função da
temperatura
P (mmHg) 17,54 31,82 55,32 92,51 149,38 233,17
T (º C) 20 30 40 50 60 70

Determine a entalpia de vaporização da água

53
Exercício 5
Os seguintes dados mostram a variação da pressão de vapor em função da
temperatura
P (mmHg) 17,54 31,82 55,32 92,51 149,38 233,17
T (º C) 20 30 40 50 60 70

Determine a entalpia de vaporização da água

Resposta:
ln p 2,865 3,460 4,013 4,527 5,007 5,454
1/T (K) 3,41 x 10-3 3,30 x 10-3 3,19 x 10-3 3,10 x 10-3 3,00 x 10-3 2,92 x 10-3

Gráfico de ln P x 103/T (K)


54
Gráfico de ln P x 103/T (K)

 H vap
− = −5090K
R
 H vap = (8,314 J / molK )(5090K )
 H vap = 42,3 kJ / mol

55
dp  H
✓ Equação de Clapeyron =
dT TV
Para fusão
 H fusão dT
dp =
T .V fusão
 H fusão dT
 dp = 
p2 T2

p1
V fusão T1
T1
 H fusão T2
P2 − P1 = ln Equilíbrio S-L, T2 –T1 pequeno
V fusão T1

56
Exercício 6
Calcule o coeficiente angular da curva S-L a 273,15 K em atm/K, dado que o
H molar de fusão = 6,01 kJ/mol, Vmolar do líquido = 0,018 L/mol e
Vmolar do sólido = 0,0196 L/mol

1 J = 9,87 x 10-3 L atm

57
Exercício 6
Calcule o coeficiente angular da curva S-L a 273,15 K em atm/K, dado que o
H molar de fusão= 6,01 kJ/mol, Vmolar do líquido = 0,018 L/mol e
Vmolar do sólido = 0,0196 L/mol

dp  H fusão
Resposta: =
dT T f V fusão
dp (6010 J / mol )(9,87 x10−3 Latm / J )
=
dT (273,15K )(0,0180 − 0,0196) L / mol )
dp
= −136atm / K
dT

1 J = 9,87 x 10-3 L atm

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Atkins, P.W; Físico-química. Volume 1. 2008.
Atkins, P.; Paula, J; Físico-química biológica, 2008.
Ball, D. W. Físico-química. Vol. 1, São Paulo: Thomson, 2005.
Chang, R., Físico-química para ciências químicas e biológicas, Vol.
1, McGraw-Hill, 2009.
Pilla, L., Físico-química, Volume 1, 2ª edição, Editora UFRGS,
2010.

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