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20/02/2024

Danos Celulares
Principais definições: Anormalidades celulares:
 Patologia – compreende as causas das
Produzida tanto por processos internos (#
doenças e quais alterações nas células,
genéticos) e externos pelo estresse (#
tecidos e órgãos que estão associadas a
ambientais).
doença e dão origem aos sinais e sintomas
apresentados pelos pacientes. Foco na Homeostasia – funcionamento normal e
origem das doenças. regulado da célula: as células interagem ativamente
 Etiologia – causas subjacentes e aos fatores com o seu ambiente, ajustando constantemente sua
modificadores responsáveis pelo início e estrutura e função para acomodar mudanças nas
progressão da doença. Motivo/ o que demandas e estresses extracelulares, sendo isso
causou/ um microrganismo (agentes pequenas alterações. Consegue manter o meio
etiológicos)? – dengue : vírus da dengue interno em um equilíbrio quase constante,
 Patogênese – refere-se aos mecanismos de independente das alterações que ocorram no
desenvolvimento e progressão da doença, ambiente externo.
que são responsáveis pelas alterações
Adaptação – à medida que as células enfrentam
celulares e moleculares que dão origem às
tensões fisiológicas (#aumento da carga de trabalho
anormalidades funcionais e estruturais
do coração) ou condições potencialmente
específicas que caracterizam qualquer
prejudiciais (# privação de nutrientes) podem sofrer
doença específica. Como ela se
adaptação alcançando um novo estado estacionário
desenvolve? Quais alterações bioquímicas e
e preservando a viabilidade e a função.
estruturais estão acontecendo?

Se a capacidade adaptativa for excedida ou se o


estresse externo for prejudicial ou excessivo, a
célula se ALTERA ...
Danos celulares: base de todas as tecidos, reações alérgicas contra substâncias
doenças: ambientais, respostas imunes excessivas ou
crônicas a microrganismos. (Nessas
Causas da lesão celular:
situações as respostas imunes provocam
 Hipóxia (deficiência de O2 com reações amatórias, que são frequentemente
interrupção do fornecimento de a causa de danos às células e tecidos)
nutrientes) e Isquemia (redução do Citocinas liberadas por células de defesa
suprimento sanguíneo, deficiência de podem fazer mal para o próprio organismo.
nutrientes e acúmulo de metabólitos
tóxicos): uma das causas mais comuns de  Anormalidades genéticas: proteínas com
lesão celular. Ambos privam os tecidos de erros, excesso de DNA danificado e
O2. proteínas mal dobradas.
 Desequilíbrios nutricionais: insuficiência
proteico-calórica e ingestão excessiva de
alimentos (obesidade importante fator
subjacente em muitas doenças, como
diabetes mellitus tipo 2 e aterosclerose).
 Agentes físicos: trauma, temperaturas
extremas, radiação, choque elétrico,
mudanças repentinas na pressão
atmosférica.
 Envelhecimento: senescência celular resulta
em menor capacidade celular de responder
ao stress e causa a morte celular e do
organismo.

Lesão reversível: células lesionadas podem


retornar ao normal se o estímulo prejudicial
for removido.
 Células e organelas intracelulares:
Inchadas: absorvem íons pela falha da bomba
de íons, levando a incapacidade de manter a
homeostase iônica, aumento da
- Causas: obstrução arterial, oxigenação permeabilidade da membrana plasmática,
inadequada do sangue (doenças/ anemias), palidez do órgão, vacúolos pequenos e
envenenamento por CO. claros. Também conhecido como: alteração
 Agentes tóxicos: poluentes atmosféricos, hidrópica ou degeneração vacuolar.
inseticida, CO, amianto, medicamentos
usados de forma incorreta/ excessiva,
excesso de substâncias inócuas (#glicose,
sal, água, oxigênio) ...
 Agentes infecciosos: todos os tipos de
patógenos (vírus, bactérias, fungos,
protozoários), mesmo que com diferentes Alterações lipídicas: se manifesta pelo
mecanismos de lesão. aparecimento de vacúolos lipídicos contendo
 Reações imunológicas: mesmo o sistema triglicerídeos no citoplasma. É encontrada
imunológico defendendo o corpo de principalmente em órgãos envolvidos no
patógenos, as reações imunológicas podem metabolismo lipídico, como o fígado.
resultar em lesões celulares e teciduais:
reações autoimunes contra os próprios Citoplasma mais vermelhos (eosinofílico).
Hipertrofia do retículo endoplasmático. Mecanismo – Necrose: forma de morte
celular em que desencadeia inflamação
Membrana plasmática diferente com bolhas,
(reação local no hospedeiro) – induzida por
distorção.
Aglomeração de creatina.
Alterações mitocondriais.
Citoplasma pode conter figuras de mielina
(grandes precipitados de fosfolípidos (da
membrana danificada), que são fagocitosos
ou degradados em ácidos gordos).

Lesão irreversível – morte celular:


necrose ou apoptose :estímulos intensos e
progressivos.
Morte celular: crucial / evento fundamental na
evolução de doença em qualquer tecido ou
órgão.
Causas:
substâncias liberadas pelas células mortas e
• Isquemia (falta de fluxo sanguíneo), que serve para eliminar os detritos e iniciar
• Infecções (bacterianas, virais e fungicas), o processo de reparo.

• Toxinas  Pode ocorrer por:

• Reações imunológicas exageradas Falha na produção de ATP (energia) por


falta de O2.
*também é um processo normal e essencial na
embriogênese, no desenvolvimento de órgãos e Danos a membranas que resultam no
na manutenção da homeostase dos tecidos. vazamento de conteúdo celular (#enzimas).

DANO CELULAR É A BASE DE TODAS AS Danos irreversíveis aos lipídios, proteínas,


DOENÇAS! ácidos nucleicos que podem ser causados
por ROS e outros.

 Necrose: acontece acidentalmente, gera


inflamação, sempre patológica. Processo se
espalha pelo tecido, não apenas a célula.
Ocorre de forma acidental, lesão é
demasiado grave para ser reparada (muitos
constituintes celulares falham ou
desintegram-se). Resultado final inevitável
de danos graves.
Ex: isquemia, exposição a toxinas, diversas
infecções e trauma. *Células necróticas mostram o aumento de
Necrose é sempre uma indicação de um eosinofilia (corados vermelhos) e após as enzimas
processo patológico. digerirem as organelas citoplasmáticas o
citoplasma torna-se vacuolizado.
 Destino das células necróticas:
o Podem persistir por algum tempo  Ao contrário da necrose a apoptose
ou serem digeridas por enzimas e também pode ocorrer em tecido
desaparecer. saudável.
o Células mortas podem ser  Elimina células indesejadas para manter
substituídas por mielina, que são o número de células constante.
fagocitados por outras células ou  NÃO ESTÁ NECESSARIAMENTE
degradadas por ácidos graxos. LIGADA A LESÃO CELULAR
o Esses ácidos graxos podem se unir PATOLÓGICA.
a sais de cálcio, o que pode resultar  GARANTE A HOMEOSTASE
na calcificação de células mortas.

 Apoptose: lesão é menos grave ou as células Apoptose =A apoptose é uma via de morte celular
precisam ser eliminadas durante processos na qual as células ativam enzimas que degradam o
normais, elas ativam um conjunto preciso de DNA nuclear e as proteínas nucleares e
vias moleculares que culminam na morte. citoplasmáticas das próprias células. Não tem
Geralmente sem processo inflamatório. Morte vazamento do conteúdo celular ou quase nenhum =
celular programada. sem inflamação.
Regulada por genes identificáveis e vias de A membrana plasmática da célula apoptótica é
sinalização podendo ser um processo controlado. alterada de formando os fragmentos, chamados
Possibilitam que vias específicas moleculares corpos apoptóticos que são fagocitados.
possam ser direcionadas terapeuticamente para
prevenir a perda de células em condições Apoptose sinal intracelular ou extracelular (por um
patológicas. receptor)

MECANISMOS DA APOPTOSE
Via Caspases – vias bioquímicas que controlam o
equilíbrio dos sinais indutores de morte e
sobrevivência - culmina na morte celular.

 Processo limpo não deixa restos.


 Suicídio celular ocorre quando o DNA
ou proteínas de uma célula são
danificados sem possibilidade de reparo.
dentro) que é reconhecida pelos
macrófagos.
o Secreção de fatores solúveis pelas
células apoptóticas (recrutam
fagócitos).
o Alterações prévias da membrana
plasmática e secreção de proteínas
(facilitam a eliminação imediata das
células mortas antes da liberação de
conteúdo: o que pode induzir à
inflamação).
Via mitocondrial – intrínseca: danos ao DNA/ Necroptose- características tanto de necrose quanto
proteínas mal dobradas/ retirada de fatores de de apoptose.
crescimento – célula entende que precisa entrar em
apoptose – uma alteração que é detectada pelo Piroptose - morte quando a célula está infectada
sensor BH3, esse estimula o aumento do número de por um microrganismo, apoptose e inflamação
proteínas pró-apoptóticas (Bak e Bax) e com isso coexistem.
há a diminuição das proteínas anti-apoptóticas. As Autofagia- Digestão lisossomal dos próprios
proteínas Bak e Bax dimerizam-se e inserem-se na componentes da célula
membrana mitocondrial fazendo que haja o
extravasamento do citocromo c. O citrocomo c e 27/02/2024
outras proteínas pró-apoptóticas (ativadas pelo
citrocomo c) ativam as caspases levando a
fragmentação nuclear e a formação de corpos
apoptóticos.
Sistema Imune
Função fisiológica do sistema imune: defesa
Fragmentação nuclear / condensação da cromatina/ contra microrganismos infecciosos. Entretanto,
núcleos fragmentados– característico de apoptose/ mesmo substâncias estranhas não infecciosas
formação de corpos apoptóticos podem elicitar respostas imunes. Mesmos
Via do receptor de morte – extrínseca: ligação de moléculas do nosso próprio organismo podem
um composto (linfócito T citotóxico (fasL), um elicitar respostas imunes (doenças autoimunes) e
antígeno que “passeia pelo organismos” causar lesão tecidual.
procurando defeitos como: células infectadas e de
células tumorais) no receptor de morte celular (a
maioria deles são receptores do fator de necrose
tumoral TNF E Fas), esse receptor vai levar a
ativação de proteínas adaptadoras e essas a ativação
das capazes desencadeantes que ativarão as capazes
executoras, as quais farão com que ocorra a
ativação de endonucleases ( elas vão degradas o
conteúdo celular) e a degradação do citoesqueleto
fazendo com que haja a formação de bolhas
citoplasmáticas que formarão os corpos
apoptóticos, os quais tem receptores para fagócitos. Imunopatologia é o estudo das alterações da
imunidade.
 Células apoptóticas e seus fragmento: sinais
para atrair fagócitos. Resposta imune: reação a microrganismos que são
o Presença de fosfadilserina na reconhecidos como estranhos, independentemente
camada externa da membrana da consequência fisiológica ou patológica de tal
plasmática (em células normais está reação.
*imunoterapia- visa conter o avanço do câncer pela
ativação do próprio sistema imunológico.
No século 5 ac temos o primeiro relato sobre a
imunidade contra uma infecção denominada praga,
onde falava que ninguém adquiria a mesma doença
duas vezes e se adquiria ela não era mais mortal.
As explicações dos fenômenos imunológicos são
baseadas na observação experimental e nas
conclusões tiradas a partir dela.
 Fornece a primeira linha de defesa contra
Vacinação: microrganismos.
Um médico inglês (Edward Jenner) constatou que vacas  Já nascemos com ela.
que tinham se recuperado da varíola bovina nunca mais  Consiste em mecanismos de defesa
contraiam a forma mais grave da doença, baseado nisso celulares e bioquímicos que estão em vigor
ele injetou o material de uma pústula de varíola no mesmo antes da infecção e são preparados
braço de um menino de 8 anos. Quando o menino foi para responder rapidamente a infecções e
inoculado com varíola, a doença não se desenvolveu. respondem da mesma forma para
O tratado de Jenner, um marco na vacinação (do latim exposições repetidas.
vaccinus, ou a partir de vacas) foi publicado em 1798.  São específicos para estruturas que são
comuns a grupos de microrganismos
Após isso houve a diminuição da incidência de doenças
relacionados e podem não distinguir
infecciosas selecionadas para as quais foram
pequenas diferenças entre os
desenvolvidas vacinas eficazes, sendo que em 1979 foi
declarada erradicada a varíola.
microrganismos.
 Principais componentes:
Imunidade natural e adquirida: 1- Barreiras físicas e químicas (epitélios e
A defesa contra microrganismos é mediada pelas substâncias antimicrobianas)
reações iniciais da imunidade inata e pelas Barreiras naturais: pele, saliva, ácido
respostas tardias da imunidade adaptativa. clorídrico do estômago, pH da vagina,
cera da orelha externa, muco presente
nas mucosas, cílios do epitélio
respiratório, peristaltismo, flora normal
etc.
2- Células fagocíticas (neutrófilos e
macrófagos), células dendríticas e NK
(Natural killer), eosinófilos, basófilos,
mastócitos.
3- Proteínas do sangue (sistema
complemento e outros mediadores da
inflamação)
4- Citocinas (regulam e coordenam
Imunidade inata/ natural/ nativa: atividadas das células).
Imunidade Adaptativa/ Adquirida:  Expressão celular: São expressas na
superfície de todas as células nucleadas do
 O sistema imune adaptativo reconhece e
corpo, exceto nos eritrócitos (glóbulos
reage a um grande número de substâncias
vermelhos).
microbianas e não microbianas.
 Função: Apresentam peptídeos derivados de
 Especificidade: a habilidade de distinguir
proteínas endógenas (proteínas produzidas
entre diferentes substâncias.
dentro da célula hospedeira) aos linfócitos
 Memória: habilidade de responder mais
T CD8+ (que se transformaram em T
vigorosamente a exposições repetidas ao citotóxicos). Isso geralmente ocorre quando
mesmo microrganismo. as células estão infectadas por vírus ou
 Os componentes exclusivos da imunidade possuem mutações neoplásicas. As células
adaptativa são células denominadas T CD8+ reconhecem esses peptídeos como
LINFÓCITOS e seus produtos secretados "estranhos" e destroem as células
(anticorpos). hospedeiras infectadas ou cancerosas.
 Substâncias estranhas que induzem as  Papel na imunidade antiviral e antitumoral:
respostas imunes específicas ou são A apresentação de antígenos por MHC
reconhecidas pelos linfócitos ou anticorpos classe I desencadeia uma resposta imune
chamam-se ANTÍGENOS. específica contra células infectadas por
Características principais: vírus ou cancerosas.

1- Especificidade antigênica (antígenos diferentes, MHC classe II:


respostas diferentes)  Expressão celular: São expressas
2- Diversidade (responde a uma grande variedade principalmente em células apresentadoras
de antígenos) de antígenos (como células dendríticas,
macrófagos e células B), que desempenham
3- Memória imunológica (conduz respostas um papel central na ativação de respostas
intensificadas a exposições repetidas do mesmo imunes adaptativas.
antígeno)  Função: Apresentam peptídeos derivados de
4- Reconhecimento do próprio e do não-próprio proteínas exógenas (proteínas ingeridas ou
(evita lesões ao hospedeiro durante respostas a fagocitadas do meio ambiente) aos
antígenos) linfócitos T CD4+. Isso desencadeia uma
resposta imune coordenada envolvendo
Propriedade de reconhecimento de padrões - células B, células T e outros componentes
receptores semelhantes a Toll (TLRs) do sistema imune adaptativo.
 Papel na imunidade contra patógenos
extracelulares: A apresentação de antígenos
por MHC classe II é crucial na ativação de
linfócitos T auxiliares (CD4+), que
coordenam a resposta imune contra
patógenos extracelulares, como bactérias e
fungos.
Tipos de Imunidade Adquirida:
o Humoral:
Os linfócitos B são células produzidas na
medula óssea, pré-processadas no fígado
COMPLEXO DE HISTOCOMPATIBILIDADE que vão para a corrente sanguínea até
PRINCIPAL (MHC) atingir os tecidos linfóides.
MHC classe I: Os linfócitos B são responsáveis por
eliminar antígenos extracelulares, esses
reagem por contato direto ou através de Geram memória imunológica. Ocorre,
uma célula apresentadora de antígeno que já por exemplo, através da vacinação.
identificou e fagocitou o intruso e colocou o Imunidade passiva: é conferida pela
fragmentos seus na própria célula para resposta do hospedeiro a um
mostrar que tem um intruso na corrente microrganismo ou antígeno microbiano.
sanguínea. Ocorre durante a gravidez, na
amamentação, através de soro.
Quando o linfócito B entra em contato com
o antígeno ou com o apresentador de
antígenos ele dilata-se, divide-se formando
o plasmócito maduro que secreta anticorpos
(imunoglobulinas). Esses anticorpos podem
fazer o ataque direto do antígeno levando a
sua lise ou ativar o sistema complemento.
o Celular:
O linfócito T é produzido na medula óssea,
depois vai pro timo onde é pré-processado,
cai na corrente sanguínea e é encaminhado
para os tecidos linfóides.
O linfócito T reage principalmente com
antígenos intracelulares, mas somente
através de uma célula apresentadora de
antígeno. A célula apresentadora de
antígeno possui uma proteína chamada
MHC que apresenta os fragmentos de
antígenos.
Existem dois tipos, a MHC I (expressa em
todas as células nucleadas) que apresenta os
microrganismos aos linfócitos T citotóxicas,
que fazem um ataque direto, capaz de matar
o microrganismo. Aos linfócitos T Fases da resposta imunológica:
citotóxicos possuem receptores que 1. Reconhecimento de antígeno
identificam e se ligam fortemente ao
antígeno, liberando substâncias que fazem 2. Ativação de linfócitos
poros e liberam citotóxicos que fazem a 3. Eliminação do antígeno
dissolução dele.
4. Declínio
O MHC II (expressa somente nas células
APCs) apresenta o antígeno para os 5. Memória
linfócitos T auxiliares, esses liberam
citocinas que estimulam o crescimento dos
linfócitos T citotóxicos e supressores,
estimulam o crescimento e maturação dos
linfócitos B em plasmócitos e fazem a
ativação dos macrófagos.

o Imunidade ativa: é conferida pela


resposta do hospedeiro a um
microrganismo ou antígeno microbiano.
Linfócito B:
 A maturação dos linfócitos B ocorre na
medula óssea.
 na sua liberação, cada linfócito expressa um
único receptor de ligação de antígeno em
sua membrana (é uma molécula de
anticorpo ligada à membrana).

 Os anticorpos são glicoproteínas que


consistem de duas cadeias polipeptídicas
pesadas idênticas e duas cadeias
Teoria da seleção clonal:
polipeptídicas leves idênticas.
1. Linfócitos T e B de diferentes especificades  Todas as moléculas de anticorpo de uma
existem antes do contato com o antígeno. determinada célula B (aproximadamente 10
^5 moléculas) possuem a mesma
2. Presença de receptores específicos.
especificidade antigênica e podem interagir
3. Cada linfócito apresenta receptor contra um diretamente com o antígeno.
antígeno específico.  A maturação que ocorre na ausência de
antígeno produz células B antigenicamente
4. Após ligação com antígeno, o linfócito entra
comprometidas, cada uma expressando o
num processo de ativação.
anticorpo com especificidade antigênica
5. Linfócito autoreativos são eliminados. única.
 A expansão clonal de uma célula B ativada
por antígeno (o número 2 neste exemplo)
conduz a um clone de células B de memória
e de células B efetoras, denominadas
células
Plasmáticas.
 Todas as células no clone expandido são
específicas para o antígeno original.
 As células plasmáticas secretam os
anticorpos reativos com o antígeno ativador.
 Processos semelhantes ocorrem na
população de linfócitos T, resultando em
clones de células T de memória e de células
T efetoras.
 As células TH respondem ao antígeno
pela produção de citocinas.
 As células TC respondem ao antígeno
desenvolvendo-se em CTLs, que
medeiam a eliminação de células
Linfócitos T próprias alteradas (p. ex., células
infectadas por vírus).
 Os linfócitos T se originam na medula
óssea.
 Diferentemente das células B, que 05/03/2024
maturam na medula, as células T
migram para a glândula do timo para
maturar.
Imunidade inata e
 As células T em maturação expressam
uma molécula ligadora de antígeno sistema
exclusiva nas suas membranas, o
receptor de células T (T-cell receptor –
TCR – ponto chave para o
complemento
funcionamento das células T). Imunidade Inata: age bloqueando a invasão
 Ambos os tipos de células T expressam microbiana, destruindo muitos microrganismos,
aproximadamente 105 moléculas sendo capaz de controlar/ erradicar os processos
idênticas TCR ligadoras de antígeno por infecciosos, papel chave na depuração dos tecidos
célula, todas com a mesma mortos e reparação dos tecidos lesados.
especificidade antigênica.
 Existem duas subpopulações bem-
Reconhecimento dos patógenos:
definidas de células T: as células T  O sistema imune inato é capaz de
auxiliares (TH) e as células T reconhecer estruturas compartilhadas por
citotóxicas (TC). vários microrganismos (bactérias, vírus,
 As células T auxiliares e as células T fungos...) e que não estão presentes nas
citotóxicas podem ser distinguidas uma células dos mamíferos (hospedeiros).
da outra pela presença das As moléculas microbianas que estimulam a
glicoproteínas de membrana CD4 imunidade inata são chamadas padrões
(linfócitos t auxiliares) ou CD8 moleculares associados ao patógeno
(linfócitos T citotóxicos) na sua (PAMPs)).
superfície.  PAMPs - são compartilhados pelos
microrganismos, estão ausentes nas células
dos mamíferos e frequentemente são
essenciais para a sobrevivência dos
microrganismos, limitando assim a
capacidade destes de escaparem da
detecção por meio de mutação ou da perda
de expressão dessas moléculas.
 Os mecanismos da imunidade inata vesículas ou endossomos no qual os
reconhecem e respondem a um número produtos microbianos são ingeridos, e no
limitado de moléculas microbianas. citosol que funcionam como sensores de
 O sistema imune inato é capaz de microrganismo citoplasmáticos.
reconhecer moléculas liberadas das células
hospedeiras danificadas ou necróticas - os
Existem 5 grandes famílias de receptores de
chamados padrões moleculares associados
reconhecimento de padrão associados a célula:
a danos (DAMPs).
 Os receptores usados pelo sistema imune  Receptores do tipo Toll (TLR) ou
inato e que estão expressos em fagócitos, semelhante a Toll ficam na célula.
células dendríticas, entre outros, são São específicos para diferentes
chamados de receptores de reconhecimento componentes de microrganismos. Tem
de padrões (PRRs). vários tipos TLR 1,2,3,4,..
o Células dendríticas – fagocitam e Os sinais gerados pelo envolvimento dos
apresentam o antígeno (APM – TLR ativam os fatores de transcrição que
molécula apresentadora de antígeo). estimulam e expressão de genes que
 Os PRRs presentes em diferentes codificam as citocinas, enzimas e outras
compartimentos celulares irão interagir proteínas envolvidas nas funções
com as moléculas presentes nos antimicrobianas dos fagócitos ativados e
microrganismos, ou seja, os PAMPs e nas outras células.
células danificadas, os DAMPs.  Receptores de lectina tipo C ou CLR
 Receptores do tipo NOD ou NLR
 Receptores do tipo RIG ou RLR
 Sensores de DNA citosólico ou CDS
Solúveis (localizadas no plasma): Atuam ligando-
se aos microrganismos, quando então atuam como
OPSONINAS (anticorpos ou fragmentos de
complemento que se ligam ao antígeno que são
essenciais para o processo de opsonização, para o
nosso sistema reconhecer que é “lixo”).
Opsonização – liga tudo (antígeno + anticorpo)
para os macrófagos fagocitarem
 De um lado nós temos os PAMPs e
DAMPs unidos aos antígenos e do outro os
PRRs ligados as células do sistema imune. Promovem respostas pró-inflamatórias que trazem
 Os PRRs estão presentes na superfície da mais fagócitos para os sítios de infecção.
célula em que poderão detectar os
 Pentraxinas (Proteína C reativa...)
microrganismos extracelulares, em
 Colectinas
 Ficolinas
 Complemento.

SISTEMA
COMPLMENTO
 Proteínas inativadas que circulam na corrente
sanguínea.
 É um PRR
 É composto de proteínas séricas (plasmáticas)
que interagem umas com as outras de maneira
altamente regulada para gerar produtos que
funcionam para eliminar os microrganismos.
 Na ativação do complemento ocorrem
clivagens sequenciais de proteínas as quais
irão dar origem a COMPLEXOS
ENZIMÁTICOS (enzimas grudadinhas) com
atividade proteolítica (atividade enzimática).
 Parte da imunidade inata (não faz diferença
entre o patógeno que já tem memória pronta ou
patógeno de primeira infecção), mas às vezes
precisa da reação antígeno – anticorpo (parte
da imunidade adaptativa) para ser ativado.
Função: lise de células infectadas e patógenos e
potencializa respostas inflamatórias.
Destrói diretamente células infectadas e patógenos,
produz quimiocinas que que potencializam muito a
resposta imune (recrutando fagócitos para o sítio de
infecção) e fazem uma opsonização potente
(parecido com o que os anticorpos fazem).
C1, C6, C7, C8, C9 não é quebrado / hidrolisado

Como o sistema complemento ataca o patógeno?


Uma cascata de reações que leva ao MAC Parte a e parte b:
(complexo de ataque à membrana): fazem furos Parte a: liberada para causar inflamação e recrutar
na membrana plasmática do patógeno, que fazem outras células e parte b opsoniza.
entrar água, levando a lise osmótica.
C1, C6, C7, C8, C9 não são clivadas.
No sistema complemento tudo é reaproveitado: no
processo para formar o MAC algumas proteínas As diferenças entre as 3 vias de
são clivadas e não são usadas diretamente no MAC,
aQvação do sistema complemento
elas são utilizado para opsonizar, fagocitar e fazer
quimiotaxia (chamar células do sistema imune). ocorrem até a formaçào da C5
Existem 3 vias: clássica, alternativa e via das convertase
lectinas.
Via clássica:
 Precisa da interação dos anticorpos (IgM ou
IgG – primeiros a serem produzidos em
uma resposta imune) com o antígeno.
 Início da reação com o fragmento C1.  A C3 convertase cliva as proteínas C3
(várias) em C3a (volta para a corrente
sanguínea para inflamar – uma importante
anafiloxina: atrai mastócitos e basófilos
para eles liberarem estamilas (causa vaso
dilatação que permite que mais células
cheguem)) e C3b (se liga a superfície do
antígeno para opsonizar) - amplifica.

 O C3b se junta à C4bC2a formando o


complexo C4bC2aC3b que equivale C5
convertase (clivam proteínas C5).

o Alguns C3b não se juntam ao


C4bC2a se espalham em cima da
membrana plasmática do patógeno
pois é uma potente opsonina
(responsável por opsonizar o
patógeno para facilitar a fagocitose).
 C5 convertase cliva a C5 em C5a (que vai
 C1 é formado por um conjunto de para corrente sanguínea inflamar-
moléculas de C1q, 2 moléculas de C1s e anafilotaxia mais potente e quimiotaxia) e
duas moléculas de C1r. C5b (fica na membrana plasmática para
opsonizar – sua função é chamar outras
 C1q se liga à no anticorpo (IgM ou IgG) proteínas para formar o MAC).
que está ligado ao PAMP na bicamada  C5b se junta a C6, C7, C8 e vários
lipídica do antígeno. segmentos de C9 (forma um tubinho) para
formar o MAC.
 Isso gera a ativação dos fragmentos C1r e Existe alguma maneira de iniciar a ativação da
esse ativa C1s, que clivam os fragmentos via clássica na ausência de IgM (infecção ativa,
C2 e C4. primeira que vem) e IgG (infecção mais tardia)?

 C4 é clivada em C4a (que volta para a As proteínas solúveis do sistema imune inato
corrente sanguínea para inflamar) e C4b chamadas pentraxinas (reconhecem membranas
(que se liga a superfície do antígeno para bacterianas e células apoptóticas) que ligam nas
opsonizar). bactérias e também podem se ligar ao C1q e iniciar
a via clássica. Pentraxina (proteína c reativa PCR)
 C2 é clivada em C2a (que se liga também a alta no sangue: infecção.
superfície do antígeno para opsozinar) e Via Alternativa
C2b (que volta para a corrente sanguínea
para inflamar).  Ocorre na ausência de interação antígeno-
anticorpo.
 União da C4b e da C4a formando o
complexo C4bC2a.  C3 é clivada naturalmente na circulação (via
basal), em C3a (vai pra corrente sanguínea para
 A junção do C4BC2a equivale a C3 inflamar) e C3b (inicia o processo de
convertase enzima que serve para opsonização e se associa ao fator B) resultando
amplificar o processo(como se fosse uma em:
máquina de clivar C3 ).
o Hidrólise do C3b (se não usado é  É iniciada pela ligação da lectina ligadora de
destruído se unindo a uma molécula de manose (proteína do sistema complemento) na
água – não tem nenhum processo própria manose, um açúcar que se encontra na
inflamatório). superfície de fungos e bactérias, ativa MASP-1
que ativa o MASP-2 (enzimas).
o Ligação em superfície bacteriana com
Fator B (na presença de patógeno)  Assim que a lectina ligadora de manose se liga
a manose ela cliva C2 e C4.
 Fator B é clivado pelo fator D em Ba (corrente
sanguínea para inflamar) e Bb (fica associado a
C3b, formando a C3bBb = C3 convertase da  C4 é clivada em C4a (que volta para a corrente
via alternativa (estabilizado pela sanguínea inflamar) e C4b (que se liga a
properdina)). superfície do antígeno para opsonizar).
 Mais uma C3b se associa, formando
C3bBbC3b = é a C5 convertase da via  C2 é clivada em C2a (que se liga também a
alternativa, as reações são iguais. superfície do antígeno para opsonizar) e C2b
(que volta para a corrente sanguínea para
 C5 convertase cliva a C5 em C5a (que vai para inflamar).
corrente sanguínea -anafilotaxia mais potente e
quimiotaxia) e C5b (fica na membrana  União da C4b e da C4a formando o complexo
plasmática – sua função é chamar outras C4bC2a.
proteínas para formar o MAC).
 A junção do C4BC2a equivale a C3 convertase
(enzima que amplifica o processo) (como se
 C5b se junta a C6, C7, C8 e vários segmentos fosse uma máquina de clivar C3).
de C9 (polimeriza forma um tubinho) para
formar o MAC.  A C3 convertase cliva as proteínas C3 em C3a
(volta para a corrente sanguínea – uma
importante anafiloxina: atrai mastócitos e
basófilos para eles liberarem estamilas (causa
vaso dilatação que permite que mais células
cheguem)) e C3b (se liga a superfície do
antígeno).

 O C3b se junta à C4bC2a formando o


complexo C4bC2aC3b que equivale C5
convertase (clivam proteínas C5).

o Alguns C3b não se juntam ao C4bC2a se


espalham em cima da membrana plasmática
do patógeno pois é uma potente opsonina
(responsável por opsonizar o patógeno para
facilitar a fagocitose).

 C5 convertase cliva a C5 em C5a (que vai para


corrente sanguínea -anafilotaxia mais potente e
quimiotaxia) e C5b (fica na membrana
plasmática – sua função é chamar outras
Via das lectinas do complemento proteínas para formar o MAC).
 C5b se junta a C6, C7, C8 e vários segmentos
de C9 (forma um tubinho) para formar o MAC.
B- Estimulação de reações inflamatórias (c3a,
c5a, c2b...) recruta e ativa os leucócitos para
destruir os microrganismos.
C- Citólise mediada pelo sistema
complemento.

REGULAÇÃO DO
SISTEMA
Funções do sistema complemento: COMPLEMENTO
A- Opsoniza para lisar: fagócitos tem anticorpo Se não regulasse iria ficar ativando o sistema o
para reconhecer c3b, c4b. tempo todo e limitar a duração da ativação:
proteínas reguladoras da atividade complemento Doença: em uma alteração da C1-INH: angiodema
(RCA) pode ser circulantes ou membranáceas. hereditário:
Evitar a ativação do complemento em células Edema agudo intermitente na pele e mucosa,
normais do hospedeiro. diarreia, dor abdominal, vômito, níveis plasmáticos
de C1inh reduzido, fazendo que a ativação de C1
o a ativação do complemento ocorre contínua
por imuno complexos (antígeno e anticorpo) não
e espontaneamente em um nível baixo e, se seja regulada.
for permitido que tal ativação prossiga, o
resultado pode ser danoso para as células e Inibidores de C3b e C4b: só preciso saber que se
tecidos normais. elas caírem na célula errada existem proteínas que
não vão deixar a cascata de reações começarem.
Limitar a duração da ativação do complemento,
mesmo em células microbianas e complexos Se C3b for depositado sobre as superfícies de
antígeno-anticorpo. células normais de mamífero, ele pode se ligar a
várias proteínas de membrana.
o mesmo quando o complemento é ativado
onde é realmente necessário, como sobre Presentes nas membranas de nossas células:
células microbianas ou complexos • Proteína de cofator de membrana (MCP)
antígeno-anticorpo, ele precisa ser
controlado porque os produtos da • Receptor do complemento do Tipo 1 (CR1)
degradação de proteínas do complemento
• Fator de aceleração do decaimento (DAF)
podem se difundir para as células
adjacentes e produzir lesão. Fatores solúveis
Quando ativa no lugar errado existem proteínas que • Fator H: Inibe somente C3b
impede e inativa o sistema complemento.
• Proteína ligadora de C4 (C4BP) – inibe somente
C1-INH (solúvel)- inibe C1 serve de substrato para C4b
a C1r e C1s e as dissocia.
MCP, CR1 e DAF (principalmente em eritrócitos -
hemácias) são produzidas por células de
mamíferos, mas não por microrganismos. Dessa
maneira, esses reguladores do complemento inibem
seletivamente a ativação dessa cascata sobre
células hospedeiras e permitem que a ativação do
complemento prossiga em microrganismos.

Deficiência de DAF:
• Hemoglobinúria paroxística noturna
• caracterizada por episódios recorrentes de
hemólise (quebra das células sanguíneas)
intravascular, pelo menos parcialmente
atribuíveis à ativação desregulada do
complemento na superfície de eritrócitos.
• anemia hemolítica
– Fator regulador: Fator I
Se liga No C5b logo depois da ligação da C8 e
MCP, Fator H, C4BP e CR1: antes da ligação C9.
• Essas proteínas reguladoras das células
hospedeiras promovem a degradação proteolítica
das proteínas do complemento (cliva e inativa);
• Todos esses fatores servem como cofatores para Deficiências:
clivagem de C3b (e C4b) – convertases: mediada
por Fator I.
RESUMO PROVA
Sistema Imunológico

Imunodeficiência de fator I infecções


Tipos de defesa do corpo Inatos ou não específicos
meningocócicas e piogênicas recorrentes
(IMUNIDADE INATA):
• Deficiência hereditárias de C3, fator D,
Proteção da pele
properdina, fator H, fator I e componentes da via
terminal do complemento estão fortemente Acidez gástrica
associadas a um aumento de infecções
Células fagocitárias
meningocócicas invasivas.
Secreção de lágrimas;
– Fator regulador: CD59

Pele (física) / mudança de PH


Mastócitos – cheios de grânulos: reconhecem o
patógeno e libera grânulos.
Sistema imune adaptativo (IMUNIDADE
ADQUIRIDA): ação direcionada dos linfócitos e a
sua produção de anticorpos específicos.

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