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QUALIDADE Gpo 3
QUALIDADE Gpo 3
Como refere Ramos Pires, “toda a gente é a favor de uma boa qualidade e contra uma
má qualidade”. Qualquer empresa existe para satisfazer os seus clientes, e, portanto, todas têm
em comum objetivos em relação à qualidade. No entanto, nem sempre as empresas
conseguem atingir estes objetivos acabando por fornecer produtos e/ou serviços que não
conseguem satisfazer os consumidores1.
A cervejaria “Letra” garante a sua qualidade através de uma a ficha técnica do produto
realizada durante os 12 meses, filtrando desvios mínimos à qualidade sensorial e química do
produto com limites de deteção predefinidos pela equipa interna de produção. Quando um
cliente compra um produto na cervejaria pode esperar um espaço que aposte em produtos de
qualidade e diferenciados.
Gurus da qualidade
1
https://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/2134/1/PP_PaulaLemosCosta_2013.pdf
Walter Andrew Shewhart
Joseph Moses Juran
Armand V. Feigenbaum;
John Oakland;
W. Edwards Deming;
Kaoru Ishikawa;
Genichi Taguchi;
Shigeo Shingo;
Masaaki Imai;
Tais homens foram fundamentais para a melhoria e evolução da qualidade, porém definir o
conceito de qualidade nunca foi fácil e para alguns dos gurus da qualidade a definição de
qualidade é apresentada da seguinte forma:
Importância da qualidade
1. Reputação
• Uma organização deverá contar que a reputação está intrinsecamente ligada a
qualidade.
• A qualidade aparecerá na perceção aos novos produtos, nas práticas dos trabalhadores
e nas relações com os fornecedores.
• A autopromoção não é um substituto da qualidade dos produtos
2. Responsabilidade do produto
Numerosas ações judiciais estão pendentes nos tribunais contra organizações que
desenvolvem, fabricam ou distribuem produtos ou serviços defeituosos e são responsabilizadas
por danos ou riscos decorrentes do seu uso. O objetivo desta lei é forçar as organizações a
adotarem certos padrões para seus produtos e bani-los do mercado caso não os cumpram.
Para que as empresas possam competir eficazmente nos mercados globais, os seus
produtos devem satisfazer as expectativas dos consumidores em termos de qualidade, design e
preço. Produtos de baixa qualidade têm um impacto negativo na rentabilidade de uma
empresa e na balança de pagamentos de um país.
• Clientes
• Empregados
• Proprietários
• Fornecedores
• Sociedade .
Segundo Campos (2004), o que, de fato, irá garantir a sobrevivência das empresas no
mercado é a garantia de sua competitividade. A competitividade depende de alguns pilares,
entre eles a qualidade das empresas que tem grande interferência na competitividade e
crescimento; além disso, a competitividade tem sua origem em fatores como a diferenciação,
isto é, as empresas se tornam mais competitivas e têm mais sucesso se conseguirem se
diferenciar da concorrência.
A “Letra” tenta ser competitiva ao nível de preço, sendo esta 2 a 3 vezes superior às
cervejas industriais mas esta discrepância de preço reflete-se nas suas características, inovação
e diferenciação. A qualidade do seu produto é sempre um padrão que tem de
obrigatoriamente se atingir. Se o produto não tem qualidade não é comercializado.
https://pt.linkedin.com/pulse/gest%C3%A3o-da-qualidade-como-fator-de-
competitividade-setor-covate
Analise externa
As empresas não atuam num mundo isolado, antes pelo contrário, estas mantêm
relações com diferentes agentes externos que influenciam e por quem são influenciadas. Esta
interação entre a empresa e o ambiente ocorre através de entradas (de informação, de
recursos financeiros e humanos, entre outros) e de saídas (de produtos e serviços da empresa)
Assim, torna-se essencial para as organizações compreender a evolução do contexto,
usualmente designado por ambiente ou meio envolvente, de forma a conseguirem identificar
as oportunidades e ameaças que o mesmo acarreta, o que se afigura como o ponto de partida
para a formulação da sua estratégia.
Desta forma, a análise do ambiente externo é vista como a primeira fase do processo
de gestão estratégica e consiste numa monitorização do ambiente onde a organização se insere
de forma a serem identificadas as ameaças e oportunidades que condicionam a atividade da
mesma. Por outras palavras, define-se o ambiente externo como um conjunto de variáveis
externas que condicionam a atuação das empresas. Essas variáveis, tanto podem exercer uma
influência positiva, traduzindo-se em oportunidades de negócio para as empresas
influenciadas, como negativa, traduzindo-se em ameaças ou constrangimentos que as
empresas procuram evitar ou pelo menos minimizar.
Segundo Porter (2004) as cinco forças que determinam a presença de Oportunidades e
Ameaças numa organização são: Ameaça de produtos substitutos: A concorrência de produtos
substitutos pode ser em vários níveis como em: qualidade, sofisticação tecnológica,
posicionamento de custos diferentes. Essas diferenças podem tornar o produto volátil, onde o
consumidor pode adquirir um produto substituto. Rivalidade entre empresas: A rivalidade
entre empresas consiste na concorrência de preços, publicidade e atendimento (este último
pode ser tanto no momento da venda como o pós-venda). Sendo assim, quando a concorrência
tem fortes poderes nos critérios citados, o setor se torna menos atraentes com grandes
barreiras. Poder de negociação dos fornecedores: O fornecedor detém o poder de negociação
quando não há muitos concorrentes. Vendas para consumidores mais fragmentados
influenciam em preços e qualidade. Poder de negociação dos compradores: os compradores
ganham poder de negociação a partir do momento em que ele joga os fornecedores
concorrentes uns contra os outros, mostrando os preços dos concorrentes. E também quando
o comprador adquire volumes de produtos muito grandes em relação ao volume de venda.
Ameaça da entrada de novas empresas: com a entrada de novos concorrentes, os preços dos
produtos tendem a cair, as empresas mais antigas irão procurar meios de reduzir os custos de
produção, onde as novas empresas estão com o desejo de conquistar uma fatia do mercado. O
ambiente externo envolve e influência de maneira positiva ou negativa a empresa e é
composto pelos concorrentes, consumidores, fatores políticos, econômicos, sociais, culturais,
legais e Tecnológicos, que representam as ameaças ou oportunidades do negócio,
determinando as macrotendências e os seus impactos2.
Mas como nem tudo pode ser prazeroso, a “Letra” enfrenta as suas ameaças. A
indústria de cerveja artesanal é altamente competitiva, com um grande número de cervejarias
no mercado. As cervejarias e novos participantes existentes representam uma ameaça para a
captura de participação de mercado. Ainda, as preferências e tendências do consumidor na
indústria da cerveja podem mudar rapidamente. O negócio da cervejaria precisa se adaptar e
2
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/24469/1/Trabalho%20de%20Projeto_Sara%20Rocha.pdf
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/34198/1/Ana%20Catarina%20Gomes%20Rodrigues%20Castro.pdf
inovar constantemente para atender às demandas em evolução dos consumidores,
especialmente com relação a sabores, técnicas de fabricação e embalagem. Para além disso, a
conformidade com os regulamentos locais, estaduais e federais que regem a produção, venda e
distribuição de bebidas alcoólicas pode ser complexa e demorada, alterações nos regulamentos
podem exigir recursos e investimentos adicionais para garantir a conformidade.
Controlo
Nesta fase existem alguns pontos estratégicos de controlo que devem ser localizados
de modo a permitir a identificação dos problemas antes da ocorrência de prejuízos graves;
devem conduzir a uma perceção do nível de desempenho; devem ser em número reduzido;
devem produzir informação sintética e rápida, entre outros. Além disso, no que diz respeito à
amplitude e abrangência de controlo esta empresa pratica um controlo estratégico onde o
gestor de topo define a missão, objetivos, estratégias e políticas da empresa, normalmente
com caráter plurianual; por outro lado, refere também a prática de um controlo operacional
feito pelos gestores de primeiro nível que implementam as estratégias e, por fim, é também
destacado um controlo de tarefas, realizada pelos gestores operacionais, onde há um controlo
da performance de modo a medir a eficiência e eficácia das tarefas individuais dos
trabalhadores. A "LETRA" revela que este último topo de controlo lhes tem possibilitado a
melhoria da produtividade da organização, fornecendo informações úteis sobre a atuação dos
trabalhadores, permitindo-lhes aperfeiçoar cada vez mais, tal como era de esperar. Por outro
lado, no que diz respeito à posição relativa do controlado em relação ao controlador, a
empresa assume a modalidade de heterocontrolo, mais centralizado no controlo hierárquico
onde a pessoa que ocupa a posição superior na hierarquia das empresas controla as de nível
inferior tendo, por exemplo, o caso em que o diretor comercial controla o pessoal das vendas.
Note-se que esta empresa revelou na entrevista que não sentem reações negativas ao
controlo, o que pode significar que os colaboradores entendem a necessidade desta função e
também pode querer dizer que os gestores lidam bem com os seus funcionários mantendo
com eles uma relação de interação amigável e de confiança.