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Universidade vAberta vIsced

Faculdade vde vCiências vde vEducação


Curso vde vLicenciatura vem vEnsino vde vPortuguês

Necessidade veducativas vespeciais vno vambiente vescolar

Carla vAlice vLaisse vNhamussua

Xai v– vXai, vMaio, v2024

Universidade vAberta vIsced


Faculdade vde vCiências vde vEducação
Curso vde vLicenciatura vem vEnsino vdePortuguês

Necessidade veducativas vespeciais vno vambiente vescolar

Trabalho vde vCampo va vser vsubmetido


vna vCoordenação vdo vCurso vde
vLicenciatura vem vEnsino vde
vPortuguês vdo vUnISCED.
Tutor:

Carla vAlice vLaisse vNhamussua

Xai v– vXai, vMaio, v2024


Indice
CAPITULOI...........................................................................................................................................4
1.Introdução...........................................................................................................................................4
1.1.Objectivos........................................................................................................................................4
1.1.1.Geral..............................................................................................................................................4
1.1.2.Específicos....................................................................................................................................4
1.2.Metodologias....................................................................................................................................4
CAPITULOII v-FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA...............................................................................5
2.Necessidades vEducativas vEspeciais vno vambiente vescolar.........................................................5
2.1.Declaração vde vSalamanca ve va vescola vinclusiva.....................................................................5
2.2.Caraterização vdas vnecessidades veducativas vespeciais..............................................................5
2.3.Deficiência vmental.........................................................................................................................6
2.4.Causas vda vdeficiência vmental.....................................................................................................7
2.5.período vpré-escolar.........................................................................................................................7
2.6.Perturbação vEspecífica vdo vDesenvolvimento vda vLinguagem v(PEDL).................................7
2.7.Abordagem vao vConceito vde vInclusão.......................................................................................7
2.8.A vEscola vInclusiva.......................................................................................................................9
2.9.Papel vdo vprofessor........................................................................................................................9
2.9.1.Trabalho vcooperativo................................................................................................................10
2.9.2.Parceria vpedagógica..................................................................................................................10
2.9.3.Aprendizagem vcom vos vpares.................................................................................................10
2.9.4.Grupo vheterogéneo....................................................................................................................10
2.9.5.Ensino veficaz.............................................................................................................................10
2.10.O vEnvolvimento vFamiliar.........................................................................................................10
2.11.O vMeio vEnvolvente..................................................................................................................11
2.12.Vantagens vinerentes và vescola vinclusiva................................................................................11
2.12.1.Desenvolvimento vde vatitudes vperante va vdiversidade.......................................................11
2.12.2.Aquisição vde vganhos vao vnível vdo vdesenvolvimento vacadémico ve vsocial.................11
2.12.3.Preparação vpara va vvida vna vcomunidade...........................................................................11
2.12.4.Evitar vos vefeitos vnegativos vda vexclusão...........................................................................11
CAPITULO vIII...................................................................................................................................12
3.Conclusão..........................................................................................................................................12
4.Referênciasbibliográficas..................................................................................................................13
CAPITULOI

1. Introdução

Diversos vcasos vde vnão vaprendizagem vescolar vcausam vangústia vnos vmembros vda
vcomunidade vescolar. vA vmaioria vnão vsabe vcomo vajudar vefectivamente vou vsanar vtais
vproblemas, vo vque, vàs vvezes, vpossibilita va vbusca vde vum vmaior vaprofundamento va
vrespeito vdas vdificuldades vda vaprendizagem. vNa vescolas, vem vsua vmaioria, vas vcrianças
vque vapresentam vproblemas vde vaprendizagem vsão vinterpretadas vcomo vcrianças vdistraídas,
vdesatentas ve/ou vpreguiçosas. vPreocupam-se vmuito vcom va vinclusão vdos vdeficientes
vfísicos ve, vpor vvezes, vesquecem vas vcrianças vque vapresentam vdistúrbio vou vdificuldades
vde vaprendizagem, vcomo: vdistúrbio vdo vprocessamento vauditivo vcentral, vdislexia, vdislalia,
vdisgrafia, vTDAH v(transtorno vde vdéficit vde vatenção/hiperatividade), ventre voutros;
vjustificando, vassim, vestes vdistúrbios vou vdificuldades vde vaprendizagem vcomo valteração
vda vleitura, vescrita ve va vnão vinterpretação vde vtextos. vTais vcrianças vpor vsua vvez vnão
vsão vincluídas vcomo vse vdeve, vmascaram vessa vinclusão vatribuindo vum vnota vfictícia vsó
vpara vnão vensinarem vde vmaneira vdiferente vtais valunos, vpois visso vcom vcerteza vdará
vmais vtrabalho vdo vque vensinar vtodos vda vmesma vforma.Atualmente, vna vgeneralidade vdos
vpaíses vobserva-se vuma vprogressiva vtomada vde vconsciência vno vatendimento vdas vcrianças
ve vjovens vcom vNEE. vAo vlongo vdo vtempo vesta vtemática vmobilizou vesforços ve
vcompetências vde vespecialistas, vpais ve ventidades vpara vque vestas vcrianças vfizessem vparte
vde vum vsistema veducativo vequitativo, vdemocrático ve vorientado vpara vo vsucesso vtanto va
vnível vde vacessibilidade vcomo vde vresultados vacadémicos.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Conhecer vas vNecessidades vEducativas vEspeciais vno vambiente vescolar.

1.1.2. Específicos
 Caracterizar vem vpormenor vo valuno vcom vNEE v(identificação, vdescrição ve vavaliação
vdas vsuas vnecessidades);
 Identificar vos vníveis vde vNecessidades vEducativas vEspeciais vno vambiente vescolar.

1.2. Metodologias
 Para va velaboração vdeste vtrabalho vrecorreu v– vse va vdiversas vfontes vcom va
vfinalidade vde vreuniruma vinformação vsatisfatória ve vfácil vcompressão vatravés vde
vconsulta vde vobras, vrevisõesbibliográficase vpesquisa vefectuado vnabibliotecavirtual,
vmanuaise vinternet.
CAPITULOII v-FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA

2. Necessidades vEducativas vEspeciais vno vambiente vescolar


O vconceito vde vNEE vsurge vpela vprimeira vvez, vem v1978, vcom vo vrelatório v“Warnock”.
vEste vrefere-se vao vensino vministrado vem vclasses vespeciais vou vunidades vde vensino vpara
vcrianças vcom vdeterminados vtipos vde vdeficiência, vabarcando vtambém va vnoção vde
vqualquer vforma vadicional vde vajuda vdesde vo vnascimento vaté và vmaturidade vpara vsuperar
va vdificuldade veducacional, vo vque vnão vacontecia vantes vda vimplementação vdeste
vdocumento.
O vconceito vde vNecessidades vEducativas vEspeciais, vengloba vnão vsó valunos vcom
vdeficiências, vmas vtodos vaqueles vque, vao vlongo vdo vseu vpercurso vescolar vpossam
vapresentar vdificuldades vespecíficas vde vaprendizagem”. v(Warnock, v1978, vp.36)
Os valunos vcom vNEE vsão vtodos vaqueles vque vnecessitam vde vapoio veducativo vespecial
vem valgum vmomento vdo vseu vpercurso vescolar, vindependentemente vda vsua vduração vou
vgravidade, ve vassumindo vque va vfinalidade vda veducação vtem vque vser vigual vpara vtodas
vas vcrianças, vquer vsejam vdeficientes vou vnão. vAs vescolas vtêm vde vadaptar-se va vtodas vas
vcrianças vindependentemente, vdas vsuas vcondições vfísicas, vsociais, vlinguísticas vou voutras.

2.1. Declaração vde vSalamanca ve va vescola vinclusiva


Este vdocumento vsurgiu vem v1994, v“reafirmando vo vdireito và veducação vde vtodos vos
vindivíduos vcomo vestá vinscrito vna vDeclaração vUniversal vdos vDireitos vdo vHomem, vde
v1948, ve vrenova va vgarantia vdada vpela vcomunidade vmundial vna vConferência vmundial
vsobre vEducação vpara vTodos vde v1990”, vgarantindo veste vdireito vindependentemente vdas
vdiferenças vindividuais. vO vmesmo vrelembra v“as vdiversas vdeclarações vdas vNações vUnidas
vque vculminaram, vem v1993, vnas vNormas vdas vNações vUnidas vsobre va vIgualdade vde
vOportunidades vpara vas vPessoas vcom vDeficiência”, vencorajando vos vEstados va vintegrar
vno vsistema veducativo va veducação vdas vpessoas vcom vdeficiência. v(Declaração vde
vSalamanca, v1994, vp.vii)
O vprincípio vem vque vse vbaseia va vescola vinclusiva vé vo vde vque vtodos vos valunos vdevem
vaprender vjuntos,“sempre vque vpossível, vindependentemente vdas vdificuldades ve vdas
vdiferenças vque vapresentem.”(Declaração vde vSalamanca, v1994, vp.11)

2.2. Caraterização vdas vnecessidades veducativas vespeciais


Os vtranstornos vde vaprendizagem vescolar vsão vuma valteração vque vimpede vo
vdesenvolvimento vnormal vdas vcrianças. vEstes vproblemas vescolares vsão vo vprincipal
vmotivo vque vleva vos vpais va vprocurarem vajuda vpsicológica, visto vé vum vfacto vconstatado
vpor vdiversos vestudos vefetuados vem vclínicas-escolas. v(Silvares, v1998; vSchoen-Ferreira,
vAlves, vAznar-Farias, vSilvares, v2001)
Para vSmith ve vStrick v(2001) vos vtranstornos vde vaprendizagem vsão vproblemas vneurológicos
vque vinfluenciam va vcapacidade vdo vcérebro ventender, vlembrar vou vcomunicar vinformações,
vlevando va vuma vsérie vde vcomportamentos, vpor vvezes, vdesajustados, vtambém vde vbase
vneurológica. vSão velas: vfraco valcance vde vatenção, vdificuldade vpara vseguir vinstruções,
vimaturidade vsocial, vdificuldade vcom va vconservação, vinflexibilidade, vproblemas vde
vplaneamento ve vorganização vmental, vdistração, vfalta vde vdestreza, vimpulsividade ve
vhiperatividade.
Pelegrini ve vGolfeto v(2000) vpropõem vuma vclassificação valternativa vdos vtranstornos vde
vaprendizagem: va) vas vdesordens vespecificamente vescolares; vb) vas vdecorrentes vdo
vpotencial vintelectual vda vcriança; vc) vdecorrentes vde vum vcomprometimento vda
vpersonalidade, vainda vem vevolução, vassociado va vum vconflito vpsíquico; vd) vas vpor vrazões
vsociais v(falta vde vcontinuidade vde vensino, vas vmudanças vde vescola, va vtroca vde
vprofessores ve vclasses vnumerosas); ve) vas vassociadas va voutros vdistúrbios v(desatenção,
vhiperatividade ve vdificuldade vde vconduta).

2.3. Deficiência vmental


A vpartir vdo vséculo vXX vem v1992, va vAssociação vAmericana vde vDeficiência vMental
v(AAMR) vreviu vestas vcorrentes ve vespecificou vmelhor va vdefinição vde vdeficiência vmental,
vcomo vsendo v“um vfuncionamento vintelectual vsignificativamente vabaixo vda vmédia,
vexistindo vconcomitantemente vcom vlimitações vem vduas vou vmais váreas vdo
vcomportamento vadaptativo: vcomunicação, vindependência vpessoal, vvida vem vcasa,
vcomportamento vsocial, vutilização vdos vrecursos vda vcomunidade, vtomada vde vdecisões,
vcuidados vde vsaúde ve vsegurança, vaprendizagens vescolares v(funcionais), vocupação vde
vtempos vlivres, vtrabalho. vA vdeficiência vmanifesta-se vantes vdos vdezoito vanos”. v(Vieira ve
vPereira, v2003, vp.43)
Como vrefere va vdefinição vsupracitada ve vsegundo vo vDSM vIVTR
v(AmericanPsychiatricAssociation, v2002), va vdeficiência vmental vé vum vdéfice vcognitivo vque
vreúne vtrês vcritérios, vsendo veles vo vfuncionamento vcognitivo, vo vcomportamento vadaptativo
ve vo vperíodo vde vdesenvolvimento. v
A vcaraterística vprincipal vda vdoença v“é vum vfuncionamento vintelectual vsignificativamente
vinferior và vmédia v(Critério vA), vacompanhado vde vlimitações vsignificativas vno
vfuncionamento vadaptativo vem vpelo vmenos vduas vdas vseguintes váreas vde vhabilidades:
vcomunicação, vautocuidados, vvida vdoméstica, vhabilidades vsociais/interpessoais, vuso vde
vrecursos vcomunitários, vautossuficiência, vhabilidades vacadêmicas, vtrabalho, vlazer, vsaúde ve
vsegurança v(Critério vB). vO vinício vdeve vocorrer vantes vdos v18 vanos v(Critério vC)”.

2.4. Causas bda bdeficiência bmental


Relativamente bàs bcausas bda bdeficiência bmental bestas bsão bvárias be bpodem bclassificar-se
bem bfatores bgenéticos, bisto bé, ba borigem bda bdeficiência bestá bdeterminada bantes bda
bgestação batravés bda bherança bgenética. bOs bfatores bextrínsecos btambém bsão bresponsáveis
bpela bdeficiência bmental, bnomeadamente bos bpré-natais, bcomo bé bo bcaso bdas binfeções
bque ba bmãe bpode bcontrair bdurante ba bgestação, bintoxicações, bradiações, bentre boutros. bOs
bfactores bperinatais bocorrem bdurante bo bmomento bdo bparto bou bno brecém-nascido, bcomo
bé bo bcaso bdas binfecções banoxias, bincompatibilidade bRH bentre bmãe be bfilho, bentre
boutros. bOs bfatores bpós-natais bactuam bapós bo bnascimento bcomo bé bo bcaso bdas
bconvulsões, banoxia, btraumatismos, binfeções be bos bfatores bambientais.

2.5. período bpré-escolar


O bperíodo bpré-escolar bé buma bfase bmuito bsensível bà binfluência bdo bambiente bno
bdesenvolvimento bcognitivo, bde bacordo bcom bRutter b(1985). bPara bMarturano b(2000), b“a
binfluência bdo bambiente bfamiliar, bno baprendizado bescolar bé bamplamente breconhecida”. b
Um bambiente bfamiliar bcom bimpacto bfavorável bsobre bo bdesempenho bescolar brequer ba
bcombinação bde bdois bfatores bprincipais: bexperiências bativas bde baprendizagem bque
bpromovamcompetência bcognitiva, be bum bcontexto bsocial bque bpromova bautoconfiança be
binteresse bactivo bem baprender.

2.6. Perturbação bEspecífica bdo bDesenvolvimento bda bLinguagem b(PEDL)


A bAmerican bSpeech bLanguage bHering bAssociation, b(ASHA), bem b1980 bpropôs ba
bseguinte bdefinição bpara ba bperturbação bda blinguagem: b“uma bperturbação bde blinguagem
bé buma baquisição bnão bnormal, ba bnível bda bcompreensão bou bexpressão bda blinguagem
boral be bda bescrita. bA bperturbação bpoderá benvolver buma bdelas bou bambas bou bainda
balgumas bcomponentes bdo bsistema blinguístico, bnomeadamente ba bcomponente bfonológica,
bmorfológica, bsemântica, bsintática bou ba bcomponente bpragmática. bIndivíduos bcom
bperturbações bde blinguagem btêm, bfrequentemente, bproblemas bno bprocessamento bde bfrases
bou bde binformação babstrata, bprincipalmente bnos baspetos bde barmazenamento, bbem bcomo
bna brecuperação bda bmemória bde bcurto be blongo bprazo”.(Bernstein,Ttiegerman, b(1993)
bcit.in: bFranco, bReis, bGil b(2003), bp.37)

2.7. Abordagem bao bConceito bde bInclusão


a bintegração bcomeçou ba bser bsubstituída bpela binclusão, bpara bque bas bcrianças bcom
bqualquer bnecessidade beducativa bespecial bse bsintam bparte bactiva bna bescola be bna
bsociedade.
Este bprincípio bpassou ba busufruir bde bmaiores be bmelhores batenções bdepois bda
bConferência bde bSalamanca b(1994). bA bproclamação bda bDeclaração bde bSalamanca
b(UNESCO, b1994) bé buma bverdadeira b“magna bcarta” bda bmudança bde bparadigma bde
bescola bintegrativa bpara ba beducação binclusiva. bToda ba bdeclaração baponta bpara bum bnovo
bentendimento bdo bpapel bda bescola bregular bna beducação bde balunos bcom bNEE.
bSeleccionaríamos, ba btítulo bde bexemplo, besta bpassagem b(Correia, b1999): b“As bescolas
bregulares, bseguindo besta borientação binclusiva, bconstituem bmeios bmais bcapazes bpara
bcombater bas batitudes bdiscriminatórias, bcriando bcomunidades babertas be bsolidárias,
bconstruindo buma bsociedade binclusiva be batingindo ba beducação bpara btodos b…” b(p. b38).
Alper be bRyndak b(1992) be bBoatwright b(1993, bcit. bem bCorreia, b1997) bafirmam bque
b“inclusão bsignifica batender bo baluno bcom bNEE, bincluindo baquele bcom bNEE bseveras, bna
bclasse bregular bcom bo bapoio bdos bserviços bde beducação bespecial” b(p. b33). b
Deste bmodo, bo bprincípio bde binclusão bbaseia-se bna binserção bde btodos bos balunos bcom
bNEE bna bescola bdo bensino bregular be, bsempre bque bseja bnecessário bou bpossível, bdevem
breceber bapoio beducativo bde bacordo bcom bas bcaracterísticas be bnecessidades bde bcada bum.
bPor bconseguinte, bas bclasses bregulares bpassam ba bser bum bespaço bonde bprevalece ba
bdiversidade, ba bdiferenciação be ba bheterogeneidade. b
Segundo bCorreia b(2005), b“o bconceito bde binclusão bdá bainda brelevância ba buma beducação
bapropriada, bdevendo besta bnão bsó brespeitar bas bcaracterísticas be bnecessidades bdos balunos,
bcomo btambém bter bem bconta bas bcaracterísticas be bnecessidades bdos bambientes bonde beles
binteragem” b(s/p).
Correia b(1999) bdefende btambém bque bas bNEE bpodem bser bdivididas bem bdois bgrandes
bgrupos, bNEE bpermanentes be bNEE btemporárias:
2.8. A bEscola bInclusiva
O bprincípio bfundamental bda bescola binclusiva, bsegundo ba bDeclaração bde bSalamanca
b(UNESCO, b1994) b“ bconsiste bem btodos bos balunos baprenderem bjuntos, bsempre bque
bpossível, bindependentemente bdas bdificuldades be bdas bdiferenças bque bapresentem. bEstas
bescolas bdevem breconhecer be bsatisfazer bas bnecessidades bdiversas bdos bseus balunos,
badaptando-se baos bvários bestilos be britmos bde baprendizagem, bde bmodo ba bgarantir bum
bbom bnível bde beducação bpara btodos, batravés bde bcurrículos badequados, bde buma bboa
borganização bescolar, bde bestratégias bpedagógicas, bde butilização bde brecursos be bde buma
bcooperação bcom bas brespectivas bcomunidades” b(p. b11,12).
Por bconseguinte, bo bconceito bde bescola binclusiva bvem breforçar bo bdireito bde btodos bos
balunos bfrequentarem bo bmesmo btipo bde bensino, bpreconizando bque bos bobjectivos
beducacionais be bo bplano bde bestudos bsão bos bmesmos bpara btodos, bindependentemente bdas
bdiferenças bindividuais bque bpossam bsurgir.
Citando bapenas balguns bautores b(Ainscow, b1995; bArmstrong, b2001; bCorreia, b2001;
bRodrigues, b2001; bWarwick, b2001), buma bdas bideias bchave bda bescola binclusiva bé bque ba
bescola bdeve bestar baberta ba btodos bos balunos, bindependentemente bda bsua bcondição
bfísica, bintelectual bou bsocial, bdo bseu bsexo, bcor, betnia bou bcrença breligiosa, bo bque
bcoloca bo bfoco bna bgestão bda bdiferença, bconsiderando ba bdiferença bcomo bo bponto bde
bpartida bpara bo btrabalho ba bdesenvolver.

2.9. Papel bdo bprofessor


Para bCollicott b(1999), bo bprofessor btem bum bpapel bmuito bimportante bna binclusão, bna
bmedida bem bque b“serve bde bexemplo bpara bos boutros, bprincipalmente bpara bos balunos
bdas bclasses bregulares, bao baceitar bcrianças bcom bincapacidades be bcom bdeficiência bmental.
bNos blocais bonde bos bprofessores btomaram ba biniciativa bde baceitar buma bcriança bcom
bincapacidade be bestão ba btrabalhar bactivamente ba bfim bde bpromover ba baceitação be ba
binteracção, ba bcriança bfoi baceite bna bsala bde baula bpelas boutras bcrianças” b(p. b1).
Na bopinião bde bCosta b(1999), b“ bpara bque ba bescola binclusiva bdeixe bde bser buma butopia,
be bpasse ba bser buma brealidade, bé bnecessário bque bhaja bcoordenação bde besforços be bde
brecursos bentre bos bdiversos bministérios, bespecialmente, bEducação, bEmprego be bSegurança
bSocial be bque btodos bos bimplicados bno bprocesso b(pais, bprofessores, bgovernantes, btécnicos
be bpopulação) bacreditem bque bvale ba bpena blutar” b(p. b28).
O bprofessor bdeve bver ba bheterogeneidade bdo bgrupo bcomo bum bfactor ba bexplorar, bpelo
bque bprecisa bconhecer bmuito bbem bos bseus balunos bdo bponto bde bvista bpessoal be
bsociocultural, bpara bque bessas bcaracterísticas bsejam btidas bem bconta bquando bcom beles
btrabalha. bTambém bdeve bter bconhecimentos bpedagógicos bque blhe bpermitam bcriar
binstrumentos bde bdiferenciação bpedagógica, bque bpassa bpor borganizar bas bactividades be bas
binteracções, bde bmaneira ba bque bcada baluno bse bdepare bregularmente bcom bsituações
bdidácticas benriquecedoras bpara bele, badequadas bàs bsuas bcaracterísticas, binteresses,
bnecessidades be bsaberes. b
Para bisso, bo bprofessor bterá bque bagir bcomo bum binvestigador, bdesencadeando buma batitude
breflexiva be bcrítica bsobre btodo bo bprocesso bde bensino/aprendizagem b(Sanches, b2005).
2.9.1. Trabalho bcooperativo
Com bo btrabalho bcooperativo bincentiva-se bà bcooperação bem bvez bda bcompetição,
bprivilegia-se bo bgrupo bem bvez bdo bindividual, bobtêm-se bmelhores bdesempenhos, bfavorece-
se ba binteracção bpositiva bentre bos balunos be bdesenvolvem-se bcompetências bsociais.
2.9.2. Parceria bpedagógica
Se bo bespaço bda bsala bde baula bfor bum bespaço bfechado, bo bprofessor bnão bcria
boportunidades bde bpartilhar bcom bos bseus bpares bos bseus bactos bpedagógicos be beducativos.
bNo bentanto, ba bdiversidade bde bcaracterísticas be bcondições bde btodos bos balunos bde
bdeterminado bgrupo bnão bpode bsobreviver bsem bo bapoio, ba bdiscussão be ba bpartilha.
2.9.3. Aprendizagem bcom bos bpares
A bfilosofia bda binclusão breconhece baos balunos bcom bNEE bo bdireito bde baprender bcom
bos bseus bpares, bfuncionando bestes bcomo bmodelos be, bpor bvezes, bcomo btutores.
2.9.4. Grupo bheterogéneo
A bheterogeneidade bexistente bactualmente bnas bescolas bé bum bdesafio bpara bos bprofessores,
bna bmedida bem bque bimplica bestratégias badequadas, bque bpermitam buma bboa bgestão bda
bdiversidade bda bsala bde baula. b
2.9.5. Ensino beficaz
O bobjectivo bda bescola bé bensinar, bmas batravés bdo bensino/aprendizagem ba bescola btambém
beduca be bsocializa. b

2.10. O bEnvolvimento bFamiliar


A bimportância bdo bpapel bda bfamília bna beducação bdas bcrianças be bjovens bcom bNEE, btal
bcomo bdas boutras bcrianças bsem bproblemas, bé bsem bdúvida bfundamental be bindiscutível. bÉ
bpois bessencial ba bparticipação bdos bpais bem btodo bo bprocesso beducativo, batravés bde buma
bestreita bcolaboração bentre bescola/família. bOs bpais bsão bparticipantes bindispensáveis bna
bmedida bem bque bcontribuem bcom bo bconhecimento bespecífico bque btêm bdo bfilho be bda
bsua bsituação bfamiliar be bmanifestam bas bsuas bpreocupações be bexpectativas brelativamente
bao bseu bfuturo.

2.11. O bMeio bEnvolvente


A bcolaboração bda bcomunidade bna bprocura bde brespostas bpositivas bpara ba bdiversidade
bdos balunos, bé buma bquestão bextremamente bimportante ba btodos bos bníveis, bmas bque bse
btorna bainda bde bmaior bimportância bno bque brespeita bàs bcrianças bcom bNEE, buma bvez
bque bexistem bredes bde bsuporte be bapoio bna bcomunidade, bque bpodem bser bformais
b(educativos, bsociais, bsaúde…) bou binformais b(família balargada, bamigos, bgrupos bde
bpais…), bque bpodem bfornecer bdiversos btipos bde bajuda, btais bcomo, bapoio bdirecto ba
balunos, bprodução bde bmateriais badaptados, bapoio be binformações bàs bfamílias, bformação be
baconselhamento btécnico, btroca bde bexperiências, bdesenvolvimento bde bgrupos bde btrabalho,
bde breflexão be bde binvestigação.
Assim, bo bmeio benvolvente bpassa ba bser bequacionado bpara bo bprocesso bde
bdesenvolvimento bdo bindivíduo, bsendo besta borientação bconsistente bcom bo bmodelo
b“bioecológico” bde bBronfenbrenner b(1979), bque bconsidera bo bindivíduo be bo bambiente
bdimensões bdinâmicas be binteractivas.

2.12. Vantagens binerentes bà bescola binclusiva


2.12.1. Desenvolvimento bde batitudes bperante ba bdiversidade
através bda brealização bde btrabalhos bentre bpares, bque bpromovem ba binteracção, ba
bcomunicação be bo bdesenvolvimento bda bamizade bentre beles, btornando-os bmais bsensíveis,
bcompreensivos be brespeitadores, bpermitindo bo bcrescimento be ba bconvivência bcom ba
bdiferença; b

2.12.2. Aquisição bde bganhos bao bnível bdo bdesenvolvimento bacadémico be bsocial
através bde bpermanentes binteracções bcom bos boutros bcolegas, bos balunos binteriorizam bmais
be bmelhores bcompetências bacadémicas, bsociais be bcomunicativas; b

2.12.3. Preparação bpara ba bvida bna bcomunidade


na bmedida bem bque bo bdesempenho beducacional, bocupacional be bsocial bmelhora
bproporcionalmente bcom bo btempo bque bos balunos bcom bNEE bestiverem bem bambientes
binclusivos, baumentando ba boportunidade bde badaptação bà bvida bem bsociedade, bpreparando-
os bpara ba bvida bactiva; b

2.12.4. Evitar bos befeitos bnegativos bda bexclusão


ambientes bsegregadores bsão bprejudiciais baos balunos bcom be bsem bNEE. bAos bprimeiros
beste btipo bde bambiente bnão bos bprepara bpara ba bvida bquotidiana. bAos balunos bsem bNEE
bnão bos bajuda ba bcooperar be brespeitar baqueles bque bsão bdiferentes. bAssim, bas bescolas
binclusivas, bpela bfilosofia bque btransmitem, bpodem bcombater bmuitos bdos befeitos bnegativos
bda bexclusão. b
CAPITULO bIII
3. Conclusão
Em bsuma, bpara bse bter bdificuldades bde baprendizagem bnão bestá bimplícito bser bdeficiente,
bpois bas bcrianças bsem bdeficiência bpodem bapresentar bproblemas be bdistúrbios bna
baprendizagem. bPor bconseguinte, bincluir balunos bcom bNEE brequer buma bintervenção
beducativa bque bpossibilite bo bseu bprogresso bna bescola, bo bque, bdependendo bda
bproblemática, bimplica balterações ba bnível bdo bcurrículo, bdas bestratégias be bdos brecursos,
bque, bpor bvezes, bnão bsão bfáceis bde bconcretizar bse ba bsala bde baula bcontinuar
btradicional. bDesta bforma, bcompete bà bescola binclusiva bcriar bas bcondições be bproporcionar
bos bmeios badequados, bpara bque btodas bas bcrianças bse bpossam bdesenvolver bo bmais
bharmoniosamente bpossível, bindependentemente bdas bsuas bnecessidades bespecíficas.
Por bconseguinte, ba bescola bconfronta-se bcom ba bnecessidade bde brepensar bo bseu bpapel bna
bsociedade. bComo btal, bdeve borganizar bo bseu bProjecto bEducativo badequando bos
bcurrículos be bos bprogramas bnacionais bà bespecificidade bdo bseu bcontexto, bpassando bdesta
bforma ba bquestionar bo bpróprio bcurrículo be ba badaptá-lo bàs bcaracterísticas, binteresses,
bnecessidades be bexperiências bdos bseus balunos, btendo bem bconta bo bmeio benvolvente be
bos brecursos.
4. Referênciasbibliográficas
 JANUZZI, bG. b1992.A bLuta bpela bEducação bdo bDeficiente bMental bno bBrasil. b2
bed. bCampinas, bEditora bAutores bAssociados.
 MAZZOTTA, bM. bJ. bS. b1998.Educação bEspecial bno bBrasil: bHístória be bpolíticas
bpúblicas. bSão bPaulo, bEditora bCortez.
 OMOTE, bS. b1994.Deficiência be bNão-Deficiência: bRecortes bdo bMesmo bTecido.
bRevista bBrasileira bde bEducação bEspecial, bv. b1, bnº. b2, bpp. b65-73, bjan./jun.
 SASSAKI, bR. bK. b1997.Inclusão: bConstruindo buma bSociedade bpara btodos. bRio bde
bJaneiro, bEditora bWVA.
 TUNES, bE. b2002.Incluir bquem, bPor bque be bPara bquê? bA bdimensão bética bda
binclusão. bGoiânia: bAnais bdo bXII bEncontro bRegional bde bPsicopedagogia, bpp. b14-
21.
 VYGOTSKY, bL. bS. b1983 bFundamentos bde bDefectologia. btraduzido bpor bCarmem
bPanceFernandez. bSão bPaulo, bEditora bMartins bFontes, b1995.

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