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Copia Job de Metodologia
Copia Job de Metodologia
Forma do Contrato: Avelino e Xirico formalizaram a sua vontade de alienar o imóvel no verso de
um bilhete de ingresso ao campo de jogo. No direito civil, a forma do contrato de compra e venda de
imóveis deve respeitar certas formalidades, incluindo a escritura pública e o registro no cartório
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competente. Um acordo escrito no verso de um bilhete não satisfaz esses requisitos formais e,
portanto, não seria válido para a transferência de propriedade do imóvel.
Alteração do Preço: Avelino comunicou a Xirico que o preço do imóvel seria alterado devido ao
interesse de outros compradores. Esta alteração unilateral de condições contratuais não é permitida
sem o consentimento da outra parte (Xirico).
Contrato com Mano: Avelino vendeu o imóvel a Mano, que concordou em pagar o dobro do valor
que Xirico pagaria. Mano adquiriu o imóvel após a desistência de Xirico, motivada pela alteração de
preço feita por Avelino.
Forma e Validade: A promessa de pagamento feita por Avelino a João foi escrita em um guardanapo
e assinada por Avelino na presença de João. No direito civil, promessas de pagamento podem ser
válidas, mesmo que não formalizadas de forma convencional, desde que haja prova da intenção de
obrigar-se e da aceitação da outra parte.
Pagamento Parcial: Avelino pagou 30.000,00 Meticais a João, como parte da promessa de
pagamento de 100.000,00 Meticais. Avelino, posteriormente, desistiu de cumprir a promessa e exigiu
a devolução de pelo menos metade do valor entregue a João.
Adenda Contratual: Avelino e Xirico fizeram uma adenda ao contrato inicial, declarando como sinal
o valor de 500.000,00 Meticais que João entregou a Avelino. O sinal é um instituto jurídico que
confere segurança ao cumprimento do contrato, prevendo uma penalidade em caso de
inadimplemento.
Pressão para Alienação do Imóvel a XPTO: Avelino, pressionado por um amigo, alienou o imóvel
para a empresa XPTO. A alienação a XPTO, se formalizada de acordo com a lei (escritura pública e
registro), pode ser válida e efetiva.
Análise Jurídica
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Validade da Venda a Xirico: O contrato de venda entre Avelino e Xirico, feito no verso de um
bilhete, não atende aos requisitos formais legais para a alienação de um imóvel, sendo, portanto,
inválido. A alteração unilateral do preço por Avelino também é ilegal.
Venda a Mano: Se a venda a Mano foi formalizada correctamente, com escritura pública e registro,
esta transação é válida. Mano adquire o imóvel legitimamente.
Promessa de Pagamento a João: A promessa escrita no guardanapo pode ser considerada válida se
houver prova da intenção de obrigar-se. No entanto, a desistência unilateral de Avelino de cumprir a
promessa, sem uma cláusula de arrependimento ou condição resolutiva, pode configurar
inadimplemento. João poderia reter os 30.000,00 Meticais recebidos, a menos que haja prova de que a
devolução parcial foi acordada entre as partes.
Adenda ao Contrato: A adenda indicando o valor do sinal reforça o compromisso entre Avelino e
Xirico. Contudo, a venda subsequente a Mano e, posteriormente, a XPTO, pode ter prejudicado
Xirico, dependendo das circunstâncias da formalização desses negócios.
Venda a XPTO: Se a venda a XPTO foi realizada com todos os requisitos legais, esta transação
prevalece. Qualquer contestação de Xirico dependeria de provar a má-fé ou irregularidade na
alienação anterior.
II
Eduardo, professor de natação no clube “Irão fundo.”, Adormeceu, sentado num banco em frente à
piscina, e por alguns momentos, durante uma aula que leccionava as crianças entre os 5 e os 6 anos.
Durante esse tempo, André, asmático, que frequentava a classe pela primeira vez, deixou de conseguir
controlar a respiração, e, quando estava na iminência de se afogar, agarrou Manuel pelas pernas para
evitar ir ao fundo. As duas crianças acabaram por se afogar. André foi retirado inconsciente da água
alguns segundos depois, acabando por recuperar já no Hospital. Em virtude desta situação, que
prejudicou ainda mais os seus problemas respiratórios, não pôde ir à durante duas semanas, por
necessitar de acompanhamento e medicação permanentes, e passou a ter medo da àgua. Manuel sofreu
algumas escoriações nas pernas, consequência directa dos “agarrões” de André, tendo-lhe sido dada
alta no dia seguinte. Os pais de André pretendem obter uma indemnização por parte de Eduardo,
entendendo que foi ele o responsável por tudo o que se passou. a) Deverá Eduardo indemnizar os pais
de André? Justifique o seu posicionamento. b) Que danos deverão ser abrangidos no respectivo
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pedido indemnizatórios? c) Os pais de Manuel pretendem ser ressarcidos, igualmente, pelos pais de
André, pelo facto deste ter arrastado o seu pé e causado escoriações. Procederá o pedido?
Respostas
Vamos analisar as questões jurídicas envolvidas no caso descrito, com base nos princípios gerais do
direito de responsabilidade civil.
Sim, Eduardo deverá indemnizar os pais de André. A responsabilidade de Eduardo pode ser
fundamentada na sua negligência como professor de natação, que resultou em danos para André.
Eduardo adormeceu durante uma aula de natação, deixando de supervisionar adequadamente as
crianças sob sua responsabilidade.
Segundo o Código Civil português, especificamente o artigo 483.º, quem causa dano a outrem, com
dolo ou mera culpa, fica obrigado a indemnizar. A culpa de Eduardo é evidente, pois ele tinha o dever
de vigiar e proteger as crianças durante a aula e falhou nesse dever ao adormecer. Esta omissão de
vigilância constitui um comportamento negligente.
Além disso, Eduardo estava no exercício das suas funções profissionais, e como tal, tem um dever
acrescido de cuidado. A sua falha em cumprir com este dever resultou diretamente no incidente que
prejudicou André, justificando a sua responsabilidade pela indemnização.
Danos Patrimoniais:
Despesas com medicação: Custos com a medicação necessária para a recuperação de André.
Perda de rendimentos dos pais: Se os pais de André tiveram de faltar ao trabalho para cuidar dele,
podem incluir a perda desses rendimentos.
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Sofrimento e angústia: O sofrimento psicológico e emocional de André devido ao incidente e ao
trauma subsequente.
Prejuízos morais: O medo da água desenvolvido por André, que pode impactar negativamente a sua
qualidade de vida e atividades futuras.
c) Os pais de Manuel pretendem ser ressarcidos, igualmente, pelos pais de André, pelo facto
deste ter arrastado o seu pé e causado escoriações. Procederá o pedido?
O pedido de indemnização dos pais de Manuel contra os pais de André não deverá proceder. O direito
de responsabilidade civil exige que haja culpa por parte do responsável pelo dano. No caso de André,
ele estava em uma situação de emergência, tentando não se afogar, e as suas ações não podem ser
consideradas culposas ou intencionais no sentido jurídico. A ação de André foi um reflexo instintivo
de sobrevivência, sem a intenção de causar danos a Manuel.
Portanto, a ação de André pode ser considerada como um evento fortuito ou um estado de
necessidade, isentando-o de culpa. Sendo assim, os pais de André não devem ser responsabilizados
pelos danos causados a Manuel, dado que a causa principal do incidente foi a negligência de Eduardo,
e não uma ação culposa de André.
Em resumo: