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Aula 01 - O Fim Último do Homem.

MORAL DAS VIRTUDES

Então nós estamos começando esse curso sobre as Virtudes Morais e para isso nós vamos
nos aproximar um pouco mais dos textos de São Tomás, alguns de autoria direta dele, outros
comentários dele a Aristóteles.

E para isso eu gostaria de tomar três textos básicos que são as introduções a algumas
questões da Suma Teológica. Vale dizer que a Suma Teológica foi escrita no mesmo período
em que São Tomás comentava os escritos de Aristóteles. E basicamente a segunda parte da
Suma Teológica, que é dividida em duas partes, a Prima Secunda e a Secunda Secundae, São
Tomás escreveu propriamente comentando ao mesmo tempo a Ética de Aristóteles e por isso
ela tem tantos acentos de uma maturidade filosófica absurdamente inquestionável e que nos
faz hoje perceber a relevância de tudo aquilo que ele disse.

Bom, vamos começar com a introdução, vamos ver aqui a Questão 1 da Prima Secunda. São
Tomás diz: “a primeira coisa que devemos estudar é o fim último da vida humana. Depois, o
que permite a um homem chegar a este fim ou afastar-se dele. Pois se devem tomar do fim as
razões de quanto a ele se ordena.” Ou seja, São Tomás começa falando sobre o fim e ele
procede na análise das ações humanas em comparação com este fim. Ou seja, aquilo que me
encaminha para o fim último é bom, aquilo que me aparta do fim último é mau. Nós já vamos
voltar a este tema.

Depois ele diz, na abertura da Questão 49, na introdução, o que São Tomás faz? Ele começa
falando sobre o fim último, depois ele fala sobre o ato humano e os princípios desses atos
humanos que estão na própria alma. Então ele se dedica a falar das paixões e agora ele diz na
introdução da página que ele fala sobre os atos.

“Depois do tratado dos atos humanos e das paixões, devemos estudar


os princípios dos atos humanos. Primeiramente os princípios intrínsecos,
depois os princípios extrínsecos. O princípio intrínseco é a potência e o
hábito (ou seja, são as nossas faculdades operativas e os hábitos que
aperfeiçoam essas faculdades operativas). Mas, como as potências já
se tratou na primeira parte, agora fica-nos por estudar os hábitos.
Faremo-lo primeiro em geral para nos ocuparmos depois das virtudes,
dos vícios e de outros hábitos parecidos que são princípios dos atos
humanos”.

E depois ele fala na introdução da Questão 90:


“Na continuação devemos tratar dos princípios extrínsecos, dos
princípios exteriores dos nossos atos. Pois bem, o princípio exterior que
nos inclina para o mal é o diabo, de cuja tentação já falamos na primeira
parte. E o princípio exterior que nos move ao bem é Deus, que nos
instrui pela lei e nos ajuda pela graça”.

Então vocês vejam como que a Teologia Moral fundamental de São Tomás está construída.
Então ele fala sobre o fim dos nossos atos, depois ele fala sobre os atos que conduzem
para o fim, e então ele fala sobre os princípios desses atos. Os princípios intrínsecos, que
são as virtudes e os vícios. As virtudes para os atos bons, os vícios para os atos maus. E os
princípios extrínsecos, que são para o mal o diabo e para o bem Deus, que nos ajuda pela
Lei, aliás, que nos instrui pela Lei e nos ajuda pela Graça. Portanto, nós temos aqui a divisão
da Primeira Parte da Suma Teológica, dada nessas pequenas introduções, que nos mostra a
concatenação entre os Tratados: O fim último do homem, os atos humanos, as paixões, os
hábitos, as virtudes, e por fim a lei e a graça.

Então, essas partes da parte fundamental da Teologia Moral da Suma Teológica, entendidas
assim na sua disposição, como de fato elas estão constituídas, nos ajudam de verdade a
perceber a orientação que elas têm entre si. E como elas estão dispostas, de modo
verdadeiramente racional, fazendo-nos, digamos assim, encaminhar as nossas ações para o
fim último.

Ora, quando São Tomás fala sobre o fim último do homem, logo no começo da Suma
Teológica, a primeira pergunta que ele se faz é a seguinte: É próprio do homem agir tendo em
vista um fim? Essa pergunta é muito importante. Por quê? Porque São Tomás está partindo da
constatação de que o homem é um animal racional. E portanto, sendo um animal racional, o
homem age tendo em vista um fim, ou seja, um porquê. Nós não agimos simplesmente porque
estamos movidos por uma paixão, por um apetite, por um desejo qualquer, mas se nós
queremos agir enquanto homens, seres humanos, enquanto tais, nós precisamos investigar o
porquê das nossas ações. Ou nós agimos movidos por razões.

Seres humanos, enquanto tais, nós precisamos investigar o porquê das nossas ações, ou nós
agimos movidos por razões. Agir movido por razão é ser, digamos assim, de tal modo
constituído que nós sempre nos propomos um fim em vista do qual nós agimos.

Então, por exemplo, se uma pessoa pergunta, por que você está saindo de casa às quatro da
manhã? Você é um ser humano, você é um animal racional, então você vai explicar o porquê
você está saindo, ou seja, qual é o fim daquela ação que você está tomando, que pode parecer
um pouco, talvez, um pouco injustificada no primeiro instante. Então é próprio do ser humano
agir tendo em vista um fim, agir na expectativa de um fim e tendo como finalidade uma razão
concreta que o move a agir. Só tomar as perguntas se existe um fim para a vida humana como
um todo. Aristóteles já se tinha feito essa pergunta, se existe um fim para a vida humana como
um todo. E ele mesmo havia respondido dizendo que esse fim, se existir, é algo que é querido
por si mesmo. Ou seja, não é algo que é querido tendo em vista outra coisa, porque é próprio
de ser fim ser querido por si mesmo. Se nós queremos algo tendo em vista outra coisa, aquilo,
portanto, não é fim. Não pode ser fim último. Pode, no máximo, ser um fim penúltimo, porque
agir tendo em vista um fim implica que exista um fim que deva ser querido por si mesmo. Caso
contrário, as nossas ações ficariam desorientadas, ficariam indeterminadas, sempre em busca
de algo ao qual elas nunca vão alcançar.

Então é racional que se nós, como racionais, agimos tendo em vista um fim, é necessário que
haja um fim que seja realmente fim. Ou seja, algo que seja querido por si mesmo. Quando
Aristóteles faz essa ponderação, ele examina várias coisas que poderiam ser tomadas como
fim. Então, por exemplo, a riqueza. Se a riqueza poderia, de algum modo, ser considerada
como fim. Ele mostra que ninguém pode querer a riqueza por causa dela mesma. Você quer a
riqueza porque a riqueza te permite fazer tais ou quais coisas. Então, ela não é um fim em si
mesmo. Ela não pode ser o fim último da vida humana. Ele se pergunta se o prazer pode ser o
fim último da vida humana. E ele responde que não, porque o prazer, quando você faz algo
tendo em vista obter o prazer, aquele prazer é evanescente, ele não dura para sempre, ele tem
uma durabilidade muito curta. Portanto, ele não pode ser o fim último, porque justamente o que
é próprio do fim último é ser um bem que seja imperecível, que possa manter-se para sempre.

Depois ele pergunta se pode ser o fim último da vida humana, inclusive a própria virtude. Ele
diz que não, a própria virtude também não pode ser o fim último da vida humana, porque nós
não queremos ser virtuosos simplesmente para sê-lo. Como se ser virtuosos fosse o fim da
nossa vida. Nós queremos ser virtuosos porque nós queremos agir tendo em vista a razão, nós
queremos acertar. E por que nós queremos isso? Enfim, ele vai fazendo uma exclusão de
hipóteses, até que ele vai chegando à ideia de que o fim último da vida humana é a felicidade.
Porque a felicidade é aquele bem que se quer por si mesmo e não se quer tendo em vista um
outro bem. Então, ele chega à conclusão de que a finalidade da vida humana, o fim último da
vida humana, consiste na felicidade, na bem-aventurança, na beatitude.

Ou seja, você, por exemplo, quer um carro porque você quer ir ao trabalho. Você quer ir ao
trabalho porque você quer dinheiro. Você quer dinheiro porque você quer comprar coisas. Você
quer comprar coisas porque você quer ter uma vida confortável. Você quer uma vida
confortável para quê? A gente vai fazer essa série de perguntas, sempre elas vão remetendo a
uma outra finalidade posterior. Mas, quando você pergunta por que você quer ser feliz, aqui
você já não tem mais uma resposta posterior. A felicidade, ela é a resposta final. No fundo,
você quer todas essas coisas porque você quer ser feliz. E se alguma pessoa perguntar por
que você quer ser feliz, você não tem como responder essa pergunta. Porque a felicidade é
fim. É, digamos assim, a causa final que move todas as nossas ações.

Ora, mas em que consiste esta felicidade? Porque uma coisa é nós entendermos que a
felicidade é o fim último que move as nossas ações. Outra coisa é nós entendermos em que
consiste a felicidade em si mesmo. Ora, São Tomás responde essa pergunta. E aqui, na
Primeira Questão da Suma Teológica, na Prima Secunda, na Questão 2, ele vai se ocupar
disso. Ele vai perguntando se consiste nisso, se consiste naquilo, na vanglória, no poder, no
corpo e assim por diante. E ele vai chegar à conclusão de que o fim último da vida humana é
Deus. Mas por que que é Deus? O fim último da vida humana é Deus porque o fim, ele precisa
ser tomado em si mesmo. E ele precisa ser fim realmente, ele não pode ser fim apenas de
modo metafórico, ele tem que ser fim de uma maneira real, de uma maneira completa.

Ora, quando nós, analisando as nossas ações e os escopos, os objetivos que nós temos para
as nossas ações, nós chegamos à conclusão, nos que nós queremos ser felizes, esta
conclusão é uma conclusão racional. Ou seja, o grande porquê, por trás de todas as nossas
ações, é o nosso desejo de felicidade. Portanto, a pergunta sobre o fim não é apenas uma
pergunta racional, mas é uma pergunta sumamente racional, é a mais racional de todas as
perguntas. Ora, se a pergunta pelo fim é a mais racional de todas as perguntas, mover-se na
direção do fim é agir racionalmente de modo máximo. E se o homem é animal racional,
portanto, não há nada mais humano do que agir tendo em vista o fim último e, portanto, não
pode haver nada mais racional do que agir tendo em vista esse fim último. Ou seja, agir tendo
em vista o fim último é o que há de mais racional e, portanto, o que há de mais humano.

Ora, se nós dizemos isso, então, nós estamos dizendo o seguinte, que a pergunta sobre o fim
último é uma pergunta racional. Se a pergunta sobre o fim último é uma pergunta racional, e
isso é o que há de mais característicamente humano para nós, porque nós somos isso, animais
racionais, essa felicidade consiste num tipo de vida que não é de qualquer modo, é o tipo de
vida de acordo com a razão. Parece que estamos dando voltas em torno da mesma ideia, mas
não é isso. É que nós estamos como que enxergando um diamante em diferentes perspectivas.

Ou seja, o que é característico da vida feliz é ser uma vida de acordo com a razão. Uma vida
de acordo, portanto, com aquilo que de mais humano e de mais alto existe em nós, seres
humanos. Ora, como nós dizemos que a vida feliz consiste em viver de acordo com a razão,
então, é muito simples nós entendermos por que a bem-aventurança é Deus. Por que?
Somente nele nós temos a explicação da ordem de todo o universo. Não pode haver uma vida
verdadeiramente racional, em sentido integral, sem que haja um Princípio Primeiro ao qual
todas as coisas se ordenam. E ao qual nós mesmos nos ordenamos voluntariamente.

Como nós vimos no começo da Questão 49, na introdução que eu li agora a pouco, convém ao
homem chegar à Bem-aventurança Eterna através de atos. O que significa, portanto, que
quando nós percebemos que a vida feliz é a vida conforme a razão. E, portanto, a vida que me
faz olhar para o fim objetivo como a minha última perspectiva e orquestrar tudo na direção
desse fim, então nós percebemos a transcendência imensa que as nossas ações possuem,
uma vez que é por elas que nós chegamos a este fim último que é Deus. Você pode me
perguntar por que o senhor está dizendo tudo isso e qual é a finalidade prática disso que o
senhor está dizendo aqui, citando, dando voltas em torno do texto de São Tomás. O problema é
o seguinte, nós temos hoje em dia uma série de perspectivas de tipo psicológico que silenciam,
invisibilizam a objetividade do fim último.

Então, por exemplo, toda a Psicologia Moderna, ela parte dessa ideia de que é o homem que
formula o seu próprio fim. Então é você que tem que saber o que você quer, você que tem que
se projetar com o que você deseja, é você que tem que dar o sentido para a sua própria
existência. Correntes de pensamento muito interessantes, no âmbito da filosofia, com a
Logoterapia do Victor Franklin, padecem desse erro de perspectiva. Talvez tenha a ver com o
fato de que a psicologia moderna tem um fundo fortemente judaico. O Victor Franklin era judeu,
o Freud era judeu, enfim, tudo isso produz essa perspectiva que é um pouco pitoresca, que
entende a relação entre a criação e Deus em termos muito deístas. Deus está lá no seu lugar e
ele governa o mundo através de leis e no fundo nós estamos autonomamente aqui tendo de
obedecer a essas leis por nós mesmos.

Importante, como não há esse enriquecimento do cristianismo, da graça, como participação na


vida divina e portanto de Deus, implicado de alguma maneira nas nossas ações e nós mesmos
como sendo extensões da vida de Deus, não apenas pela permanência na graça santificante,
mas pela capacitação que a graça santificante nos dá de realizar atos deiformes, atos que
efetivamente carregam, por assim dizer, o conteúdo qualitativo da vida de Deus, aquilo que nós
chamamos de mérito e assim por diante, pela ausência dessa perspectiva, com esses traços
de deísmo que estão ali presentes, então nós temos hoje em dia um conjunto de abordagens
psicológicas que estão muito baseadas em ideias do tipo você tem que dar um sentido para a
sua conduta, você tem que ter uma alta imagem tal e qual, você tem que fazer as coisas deste
modo ou daquele outro modo por causa do seu bem, porque você está querendo chegar neste
ou naquele objetivo, inclusive existem atualmente técnicas de coach que não passam disso,
que você é monitorado por alguém que tenta melhorar a sua alta imagem e que faz você
perseguir objetivos pessoais e formular, por assim dizer, aquele sentido que você quer dar à
sua vida, aquilo que você quer fazer com você mesmo.

Então a grande pergunta destas abordagens é o que você quer fazer com você mesmo, o que
você está interessado em fazer consigo mesmo. Então a questão do fim, ela é deslocada da
objetividade para a subjetividade, então parece que é você que compõe o fim, e não o fim que
te compõe, é você que determina o fim, e não o fim que te determina. Não sei se você está
percebendo o que eu estou querendo dizer. O ser humano quando se raciocina nesses termos,
como se ele mesmo devesse, digamos assim, determinar o fim que ele persegue, isso gera no
homem um tipo de redundância psicológica que é apenas, não imensamente desgastante, mas
profundamente enlouquecedora.

Não é sem razão que as pessoas estão enlouquecendo, as pessoas estão perdendo o sentido,
estão perdendo o rumo, porque elas não caminham para a objetividade, ou seja, elas não estão
olhando para um fim objetivo que nos determina independentemente daquilo que nós
queremos. Ou seja, a nossa autodeterminação é configurada objetivamente pelo fim último, e
não o contrário. Ela não é uma pura e simples autodeterminação. Ela é uma autodeterminação
na determinação objetiva dada pelo fim último. Isso, em um determinado momento, para uma
pessoa, por exemplo, egoísta, pode parecer algo um pouco, assim, decepcionante.

Então quer dizer que eu tenho que viver em vista de alguém, em vista de algo. Mas, na
verdade, isso não é decepcionante. É o contrário. Ou seja, quando nós entendemos que existe
um fim, uma razão objetiva, que eu não preciso ficar aqui me ocupando em criar razões. Essa
razão já existe. E ela é objetiva. Ela é que determina tudo. Quando eu concebo as coisas desse
modo e eu capto a racionalidade objetiva que há em torno de mim e em torno do universo, isso
é extremamente repousante para o meu intelecto. Por quê? A tarefa de determinar a
objetividade do fim não é minha. Ela já está dada na realidade. O que eu tenho que fazer é
descobrir o fim e me encaminhar para ele. Descobrir aquilo que me aparta dele e me afastar
disso. Me orientar para o fim último que me transcende, que não é um resultado das minhas
próprias operações, do ponto de vista de que ele não é determinado por mim. E persegui-lo
com toda a dedicação, com todo o empenho, com toda a consagração da minha existência.
Não há nada mais tranquilizador do que isso.

Basta pensar o seguinte. Uma coisa, por exemplo, uma pessoa que pensa em descansar no
caos. Você tem que criar tudo para descansar. O que é mais repousante? É você entrar no
caos e ter que organizar o caos para você descansar? Ou haver uma ordem já estabelecida em
que você se encontra e a partir dessa ordem você consegue enxergar como é que você
descansa? Me parece bastante óbvio que você só consegue descansar na segunda hipótese.
No meio do caos ninguém descansa. No meio do caos nós ficamos perdidos, nós ficamos
desorientados, nós ficamos perplexos. E aos poucos nós vamos enlouquecendo, aos poucos
nós vamos inclusive desistindo da razão, que é o que está acontecendo com o ser humano nos
nossos dias. Justamente porque ele não percebe a objetividade do fim último, então o ser
humano desiste da razão, desiste de ser racional. Ele vai agindo apenas movido por desejos
caóticos, por pulsões desencontradas. E exatamente por isso ele vai se esfacelando, de tal
modo que a sua personalidade vai ficando fragmentada e ele não se torna capaz de chegar a
lugar nenhum, do ponto de vista moral. Ele se torna refém de paixões, ele se torna refém de
estados de ânimo, porque a razão para ele se tornou insuportável, uma vez que ela, não tendo
um ponto de referência objetivo, ela tem que se autodeterminar de uma maneira absoluta.

Então, essa autonomia absoluta da razão, que foi postulada na filosofia moderna justamente
por se abandonar a referência a Deus, é antagônica com uma visão integralmente racional da
realidade, com a visão cristã em que a realidade e Deus possuem uma relação analógica. Ou
seja, na realidade mesmo nós temos uma orientação a Deus que pode ser descoberta pela
nossa razão, e sumamente pela nossa razão iluminada pela fé.

Portanto, é importante nós sairmos desta perspectiva imanentista, que nos faz o tempo todo
olhar para nós mesmos como fim, ou para a necessidade de nos compormos como se
fôssemos nós o fim último da nossa existência, e começarmos a olhar para Deus como o nosso
fim, e as nossas ações ordenadas para Ele.

Quais são as ações que me ordenam para o fim? Quais são as ações que me encaminham
para o meu fim? Quais são aquelas que me desorientam do meu fim? Viver uma vida conforme
a razão é o conteúdo da felicidade, mas como viver uma vida de acordo com a razão? Quais
são os obstáculos que nós temos em nós mesmos para viver uma vida orientada para o fim?

No fundo, essa é a questão que nós vamos respondendo ao longo de todo esse curso.
Agradeço a você pela atenção nessa nossa primeira aula, e espero que você tenha
aproveitado, e nós tenhamos conseguido ter um pouco de clareza nesses pontos que
queremos apresentar.
Um grande abraço, e até a próxima aula.

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