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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO BOTAFOGO LÍDER

Processo nº: XXX

ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO BOTAFOGO


LÍDER, já qualificado nos autos de AÇÃO CIVIL PÚBLICA nº xxx que tramita perante o
Tribunal de Justiça Do Estado Botafogo Lider, que move em face da Lei nº 4567 editado
pelo ESTADO-MEMBRO BOTAFOGO LIDER , também qualificado, vem respeitosamente
e tempestivamente, por intermédio de sua advogada que ao final assina, interpor
RECURSO EXTRAORDINÁRIO com fundamento no artigo 102, III, D da Constituição
Federal e artigo 1.029 do Código de Processo Civil ( CPC) pelas razões que seguem.
Requer o recebimento e processamento do presente recurso, com a intimação da
parte recorrida para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias (QUINZE) nos termos
dos artigos 219, 1.003, § 5º e 1.030, todos do Código Processo Civil.
Requer ainda a juntada das custas nos moldes do artigo 1.007 do CPC e, posteriormente,
a remessa dos autos para o Egrégio Supremo Tribunal Federal.

Nestes termos, pede deferimento.

Local e data.

Advogado

OAB
RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Recorrente: ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO BOTAFOGO


LÍDER
Recorrido: ESTADO-MEMBRO BOTAFOGO LIDER
Origem do processo: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO BOTAFOGO LÍDER
N. origem: XXXX

AO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Colenda Turma

Ínclitos Ministros

Em que pese o respeitável saber jurídico do Plenário do Tribunal de Justiça do


estado Botafogo Lider Minas, a decisão proferida não foi acertada, apesar de não haver
obscuridade, omissão ou contradição, é equivocada, e que não apenas as disposições do
Decreto são inconstitucionais como também a própria interpretação dada pelo Tribunal de
Justiça é incompatível com o ordenamento jurídico nacional, por não restar nenhuma
medida judicial pertinente é que se interpõe o Recurso Extraordinário.

DOS FATOS

O Estado-membro Botafogo Líder editou a Lei nº 4567, a qual estabeleceu que


competiria aos Conselhos Estaduais do Meio Ambiente regulamentar exclusivamente as
licenças ambientais concedidas por aquele Estado. O Conselho Estadual do Meio Ambiente,
com base nesta lei, liberou da obrigação de licenciar empreendimento poluidor de
mineração que anteriormente estava sujeito à licença estadual, autorizando a instalação de
mina a céu aberto, sem maiores salvaguardas e compensações ambientais. A Associação
de Proteção ao Meio Ambiente do Estado Botafogo Líder ajuizou Ação civil pública contra o
Estado Botafogo Líder, alegando que a referida lei conflitava com a competência para
legislar sobre normas gerais de proteção ao meio ambiente, materializada pela União na Lei
nº 6938/1981, a qual atribui ao CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) a criação
de critérios de licenciamento, inclusive para os estados. O empreendimento já está iniciando
e com potencial de causar grave prejuízo ao meio ambiente. A referida ação restou
improcedente tanto no primeiro como no segundo grau.

DOS FUNDAMENTOS

Conforme dispõe o artigo 1.029 do CPC é cabível recurso extraordinário nos casos
previstos na Constituição Federal, artigo 321 do Regimento Interno do STF e também o
artigo 102, III, alínea D e C, prevê que o Supremo Tribunal Federal é o competente para
processar e julgar, “mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou
última instância quando a decisão recorrida: d) julgar válida lei local contestada em face de
lei federal e c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta
Constituição”, tendo em vista que o Plenário do Tribunal de Justiça de ESTADO BOTAFO
LIDER julgou improcedente Ação Civíl Pública n. XXX, e pelo princípio da
unirrecorribilidade, por haver apenas um tipo recursal para cada decisão, por não haver
outro meio eficaz, é perfeitamente cabível o Recurso Extraordinário sendo o Supremo
Tribunal Federal competente para processar e julgar.
No caso, o fundamento do recurso é o artigo 102, inciso III, alínea d, da
Constituição Federal, pois a Lei Estadual nº 4567 conflita com a competência da União para
legislar sobre normas gerais de meio ambiente expressa no artigo 24, inciso VI, da
Constituição Federal, a qual foi materializada na Lei Federal nº 6938/81. O órgão local
considerou a lei local (Lei Estadual nº 1234) aplicável ao invés da lei federal, em ofensa ao
artigo 24, inciso VI da Constituição Federal. Vale ressaltar, que considera-se correta a
invocação da alínea “c”, já que o Tribunal considerou válida lei local, que é inconstitucional
por permitir a dispensa de licenciamento ambiental e , a dispensa de licenciamento ofende o
artigo 225, § 1º, inciso IV, da Constituição Federal.

PREQUESTIONAMENTO E REPERCUSSÃO GERAL


Sabe que o recurso extraordinário é recurso de fundamentação vinculada, devendo
haver comprovação de prequestionamento e repercussão geral que deve ser demonstrada
conforme dispõe artigo 1.035, § 2º do CPC.
O prequestionamento se dá pelo esgotamento das medidas judiciais e instâncias
recursais, em que pese a decisão do Plenário não haver obscuridade, omissão ou
contradição, a decisão proferida em única instância é equivocada, e afronta não só a
Constituição Estadual como fere diretamente a Constituição Federal, pois são normas de
reprodução obrigatória, e toda essa questão foi ventilada na Ação Direta de
Inconstitucionalidade, pressupondo assim que o tema já foi diretamente questionado.
Em relação a Repercussão Geral, na forma do artigo 1.035, § 1º do CPC, tem-se que
todo o tema debatido refleti diretamente com uma questão relevante do ponto de vista,
político, social e jurídico, pois o objeto da ação visa proteger direito constitucionalmente e
em pactos que o Brasil faz parte que é o direito de Reunião e liberdade de manifestação e
pensamento.

EFEITO SUSPENSIVO ATIVO

A concessão de tutela antecipada recursal/liminar para a concessão de efeito


suspensivo ativo ao recurso extraordinário , afim de proibir a realização do empreendiment,
nos termos do art. 1.029, § 5º, §único, do CPC/15, tanto quanto artigo 932, inciso II do CPC
que traz que incumbe ao relator analisar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos
processos de competência originária do tribunal.
O fumus boni iuris está configurado no fundamento relevante do direito da recorrente,
e o periculum in mora no risco de ineficácia da medida final se a liminar não for deferida,
tendo em vista a urgência da situação.

DO MERITO

Trata-se de lei estadual inconstitucional formal e material,sendo


Inconstitucionalidade formal por ferir a competência da União para legislar sobre normas
gerais de proteção ao meio ambiente, nos termos do art. 24, inciso VI e seu § 1º, da
Constituição Federal. A inconstitucionalidade material advém da inobservância do art. 225,
§ 1º, IV, da Constituição Federal, pois o meio ambiente ecologicamente equilibrado é um
direito de todos, sendo um instrumento de qualidade de vida e viabilizador da dignidade
humana. É dever da sociedade, juntamente com o Estado, proteger o meio ambiente. A
referida ação restou improcedente tanto no primeiro como no segundo grau, portanto
merece reforma a decisão, pois a prevenção da poluição é matéria concorrente que
competente à União, aos Estados e ao Distrito Federal.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, o Recorrente requer:

a) O recebimento deste recurso extraordinário;

b)A intimação do Ministério Público ou interessado para se manifestar;

c) A concessão de efeito suspensivo para fins de invalidar eficácia da Lei nº 1234,


conforme artigo 1.029, § 5º e 932, inciso II, do Código Processo Civil;

d) O conhecimento e provimento do recurso para reformar a decisão recorrida, a fim de


não permitir a abertura de minas a céu aberto sem licenciamento ambiental;

e) A condenação da parte ex adversa em honorários, custas e demais despesas judiciais.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Local... e data...
Advogado...
OAB nº...

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