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FILOSOFIA

ANTIGA, MEDIEVAL,
MODERNA E
CONTEMPORÂNEA
CONHECIMENTO E VERDADE NA FILOSOFIA ANTIGA
PRÉ SOCRÁTICOS:
heráclito:
● Tudo está em constante mudança e transformação;
● Como tudo está em movimento, todas as coisas são mudanças entre opostos;
● Dessa maneira, embora exista uma alternância entre opostos, eles só existem em relação - por isso, existe
uma harmonia entre opostos.
Parmênides:

● O ser é entendido como uno, eterno e imutável;


● A mudança que percebemos com nossos sentidos é ilusória.

SOFISTAS:
● Viajavam por muitas cidades da Grécia ensinando aos seus alunos diversas especialidades da vida
prática, cobrando por suas aulas;
● Ensinavam especialmente a retórica, com o objetivo de ensinar seus alunos a vencer os debates
(principalmente na área política);
● Tudo que conhecemos do sofismo é devido às críticas antigas, especialmente de Platão e Aristóteles;
● Um dos principais sofistas foi Protágoras, que ensinava que o homem é a medida de todas as coisas
CONTINUAÇÃO IDADE ANTIGA...
ARISTOTELES
SÓCRATES: ● Conceitos de matéria e
substância;
● O método socrático era questionar seu interlocutor, levando-o a ● O conhecimento do que
perceber as contradições em sua forma de pensar e acontece no mundo se ele ao
incentivando-o a pensar por si mesmo; conhecimento do abstrato,
● O nome desse método socrático é Maiêutica; daquilo que é universal;
● Ele não ensinava em escolas, mas fica em lugares públicos como ● Sua lógica é considerada o
praças, dialogando com qualquer pessoa que passasse; primeiro estudo de lógica
● Ensinava de maneira gratuita e criticava os sofistas; formal no Ocidente;
● É conhecido pela frase “Só sei que nada sei”, afirmando uma ● Sua lógica trabalha com
necessidade constante de questionamento e pensar por si silogismos e três princípios:
mesmo. princípio de identidade,
princípio da
não-contradição e princípio
PLATÃO do terceiro excluído.

● Dualismo: Mundo das Formas (mundo inteligível) x Mundo


Sensível (mundo que acessamos através dos nossos sentidos).
● Aquilo que existe em nosso mundo é uma cópia imperfeita
daquilo que existe no mundo das ideias. Nesse contexto surge a
Alegoria da Caverna.
● Teoria da Reminiscência: aprender é recordar-se;
● Doutrinas não-escritas.
CONHECIMENTO E VERDADE NA FILOSOFIA MEDIEVAL

SANTO AGOSTINHO:
● Representante da Patrística;
● Fortemente influenciado por Platão;
● Defende que a fé recebe clareza da razão, e
a razão o estímulo da fé;
● Afirma que quanto mais conhecemos, mais
nos aproximamos da Verdade; Deus é
considerado o Ser, a Verdade e o Bem.
TOMÁS DE AQUINO:
● Representante da Escolástica;
● Fortemente influenciado por Aristóteles;
● Considerado um Doutor da Igreja Católica;
● Defende que a filosofia possui autonomia, mas
não esgota tudo que pode ser conhecido - é a
teologia que explica aquilo que se relaciona à
salvação eterna;
● Possui uma obra extensa e amparada na razão e
na dialética.
CONHECIMENTO E VERDADE NA FILOSOFIA MODERNA
DESCARTES:
● Cria o método cartesiano: (1) verificar as evidências; DAVID HUME:
● Representante do Empirismo;
(2) analisar o problema, dividindo-o em tantas partes
● A experiência é a fonte de todo conhecimento;
quanto possível; (3) sintetizar, reagrupando as partes
● O hábito se torna um conceito central no modo
em um todo completo; (4) enumerar as conclusões e
como entendemos o mundo;
princípios.
● Enfatiza a incerteza do conhecimento.
● Dúvida Hiperbólica: colocar todo seu conhecimento
em dúvida, buscando um fundamento seguro;
● Autor do famoso pensamento “Penso, logo existo”.
● Divisão entre mente (res cogitans) e matéria (res KANT:
extensa). ● Dialoga tanto com a tradição racionalista quanto
empirista, buscando retomar a certeza do
conhecimento que havia sido abalada por Hume;
● É responsável pela chamada Revolução
JOHN LOCKE:
Copernicana na filosofia, isto é, de colocando que
● Representante do empirismo;
a experiência humana é condicionada por
● Considera a mente como uma tábula rasa, isto é,
ummodo de conhecerhumano.
uma folha em branco;
● Coloca o espaço e o tempo como organizadores
● As ideias são formadas a partir da experiência;
da nossa experiência humana;
● O conhecimento pode ser intuitivo, demonstrativo ou
● Fala sobre a diferença entre o conhecimentoa
sensível;
prioriea posteriori.
● As coisas possuem qualidades primárias (como
solidez, forma e número) ou secundárias (como cor,
gosto e textura).
CONHECIMENTO E VERDADE NA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
ARTHUR SCHOPENHAUER
● Conhecido como o filósofo mais pessimista; MARTIN HEIDEGGER:
● O mundo é entendido como Vontade e Representação; ● Diferencia o conceito
● A Vontade é considerada o motor das nossas vidas, e não se desereente;
submete à razão; ● O ser não é mais colocado
● Fala sobre um desejo insaciável que seria fonte de sofrimento, com como substância, mas
o qual se lida ora com a arte, ora com a supressão total. comoDasein- que é umser-aí,
um ser que existe no mundo e
deve ser entendido dentro de
NIETZSCHE: seu contexto de vivência;
● Sua obra é marcada por uma crítica ao pensamento cristão e a ● É necessário evitar o excesso
toda a tradição de filosofia europeia;
teórico: a teoria sempre chega
● Possui o conceito de Übermensch, o super homem, aquele que
tarde, antes daquilo que se
ressignifica sua própria moral;
abriu ao homem como
● Fala sobre a Vontade de Poder, uma expressão da vida e força
conhecimento.
humana;
● Faz a famosa afirmação de que “Deus está morto”, no sentido de
afirmar que os conceitos do cristianismo já não são mais
suficientes para organizar a moralidade da sociedade;
● Fala sobre o niilismo, afirmando que ele seria a doença dos tempos
modernos - embora defenda que novos valores podem sim ser
encontrados.
CONTINUAÇÃO IDADE CONTEMPORÂNEA...
MAURICE MERLEAU-PONTY
● Representante da Fenomenologia;
● O corpo é considerado não como coisa, mas como condição permanente da experiência;
● A percepção, que era antes colocada como um auxiliar fraco ou obstáculo ao conhecimento, se torna
prioridade na filosofia de Merleau-Ponty.

JEAN-PAUL SARTRE
● Representante do Existencialismo;
● Considera que a existência precede a essência, isto é, que o homem não tem uma essência pré-definida,
mas constrói sua essência ao longo de sua vida, através de suas ações, em um processo contínuo;
● Cada indivíduo deve escolher suas próprias ações, o que pode causar angústia; ainda assim, Sartre
considera que o homem está condenado a ser livre.
PENSAMENTO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA ANTIGA

PRÉ-SOCRÁTICOS:
● Os pré-socráticos se perguntavam pelo princípio das coisas,arché; podem ser considerados filósofos
da natureza;
● O princípio das coisas, para cada um deles, era algo diferente: Tales de Mileto: água; Anaximandro:
ilimitado,apeiron;Anaxímenes: ar; Xenófanes: terra; Heráclito: fogo; Empédocles: quatro elementos;
Pitágoras: números; Demócrito: átomos, partículas indivisível.

ARISTÓTELES:
● Observa a natureza a partir de um método, buscando entender as causas dos fenômenos;
● O conceito de mudança é fundamental, assim ele faz uma distinção entre a potência e o ato;
● Elabora a teoria das quatro causas: a causa formal, a causa material; a causa eficiente e a causa final;
● Elabora a ideia de primeiro motor imóvel;
● Contribuiu com diversas áreas do conhecimento como química, física e biologia.
PENSAMENTO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MEDIEVAL
CIÊNCIA MEDIEVAL:

● A ciência não deixou de ser desenvolvida durante o período medieval;


● Os gregos eram muito estudados, mas o colapso do Império Romano causou também
uma grande perda no conhecimento. A instituição que mais conseguiu preservar o
conhecimento foi a Igreja Cristã, ainda que tenha conseguido preservar poucas coisas;
● Quando a Europa conseguiu se recuperar, houve um movimento de tradução dos
clássicos gregos para o latim. O impacto dessas traduções foi revolucionário nas
universidades que nasciam por toda a Europa.
● Alguns pensadores se destacaram: Roger Bacon, com seu método baseado em um ciclo
repetitivo de observação, hipótese e experimentação; William de Ockham, com sua
Navalha de Ockham que escolhe a explicação mais simples dentre as igualmente
válidas; Nicole D’Oresme, que trabalha conceitos de movimento e astronomia; e Nicolau
Copérnico, que desenvolveu a explicação heliocêntrica como uma hipótese matemática
de explicação do mundo.
PENSAMENTO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
GALILEU GALILEI:
● É considerado um dos pais da ciência moderna, pois marca a transição da filosofia natural da
antiguidade para o método científico moderno;
● Defende um método científico com experimentação prática das teorias, com um uso cada vez maior da
matemática;
● Desenvolve diversos instrumentos para a verificação prática das teorias científicas, como o
aperfeiçoamento da luneta;
● Se preocupa com a divulgação científica de suas descobertas, escrevendo na língua comum (italiano);
● Desenvolve a teoria heliocêntrica.

FRANCIS BACON:
● Queria realizar a Instauratio Magna, a Grande Restauração: um novo método que superasse e substituísse o de
Aristóteles;
● Valorizava o método indutivo, que parte da observação e da experimentação para a teoria; e criticava o
método dedutivo, que desenvolve as conclusões a partir da razão e da lógica;
● Criticava o método antigo e medieval de coletar poucos fator e utilizá-los para justificar as teorias; para Bacon,
os dados devem ser coletados em grande quantidade e a partir de um método científico rigoroso;
● Falava de quatro ídolos que atrapalham nosso modo de fazer ciência: Ídolos da Tribo, erros da nossa própria
tribo humana; Ídolos da caverna, fazendo referência às nossas crenças pessoas; Ídolos de Foro, problemas
derivados da própria linguagem; e Ídolos do Teatro, problemas derivados de sistemas filosóficos e tradicionais.
● Trabalhava três tábuas: a Tábua da Presença; a Tábua da Ausência e a Tábua da Comparação;
● A ciência deve levar o homem a ter poder sobre a natureza.
CONTINUAÇÃO FILOSOFIA MODERNA...
RENÉ DESCARTE:
● Propõe uma instrumentalização da natureza, uma explicação racional dos fenômenos e das coisas e uma
mecanização, onde tudo passa a ser compreendido a partir das partes que o compõe. Sua visão
mecanicista é baseada em sua divisão entreres cogitanseres extensa;
● No lugar do pensamento indutivo, propõe um método dedutivo onde as experiências confirmam os
princípios gerais delineados pela razão;
● Desenvolve o método cartesiano, método que possibilitou o desenvolvimento tecnológico posterior. Esse
método consiste nos passos de verificar as evidências, analisá-las, dividindo-as em partes menores,
sintetizar essas unidades em um todo e enumerar as conclusões e princípios;
● Uma de suas principais contribuições foi a geometria cartesiana, que usa a álgebra para descrever a
geometria, e a base do cálculo que será desenvolvida posteriormente.

ISAAC NEWTON:
● Para Newton, a função da ciência era descobrir leis universais e enuncíá-las de forma racional: com
isso, ele busca descrever a mecânica do universo através de equações;
● Suas investigações possuíam um intenso rigor matemático, transformando-se um modelo científico
para os séculos posteriores.
PENSAMENTO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
KARL POPPER:
● Considera que toda teoria científica é sempre conjectural e provisória: uma teoria ainda não contrariada
pelos fatos. Para ele, uma teoria científica pode ser refutada por uma única observação negativa, mas
nenhuma quantidade de observações positivas pode torná-la eterna e imutável;
● Desenvolve o conceito de falseabilidade na ciência: o objetivo das experiências e observações é
encontrar provas da falsidade daquela teoria e, quando encontrar, desenvolver uma nova teoria para
explicar o fenômeno analisado.

THOMAS KUHN:
● A ciência não funciona de modo cumulativo, mas através de rupturas de paradigmas;
● Trabalha o conceito de paradigma dentro da ciência;
● Cada campo científico passa pelas seguintes fases: A Fase Pré Paradigmática; a Ciência Normal; a
Crise; a Revolução; a Nova Ciência Normal; a Nova Crise; a Nova Revolução e assim por diante.
ÉTICA E POLÍTICA NA FILOSOFIA ANTIGA

SÓCRATES:
● Concentra seus estudos no homem e, especialmente, em sua “alma” -psyche.
● É da virtude que nascem todas as coisas boas para o homem, tanto do ponto de vista individual quanto
social;
● Virtude é aquilo que torna uma coisa boa ou a aperfeiçoa, tornando-a aquilo que ela deve ser;
● Os verdadeiros valores não estão nas coisas exteriores, mas no conhecimento. Assim, a virtude é o
conhecimento, e o vício é a ignorância;
● É impossível conhecer o bem e não fazê-lo, todo mal ocorre por ignorância;
● A base da virtude é o domínio de si mesmo, e o homem livre é aquele que consegue dominar seus instintos.

PLATÃO:
● Corpo e alma são separados, e o corpo é considerado como o cárcere da alma e a raiz de todos os males,
paixões e etc. Assim, a alma inteligível e o corpo estão em embate;
● A verdadeira política é aquela que conduz seu cidadão à virtude: assim, o melhor político é o filósofo;
● Para Platão, existem três classes sociais que correspondem a três virtudes. Na sociedade ideal, cada um
dos cidadãos deve fazer o que lhe compete;
● Considera três formas possíveis de governo (monarquia; aristocracia e democracia).
CONTINUAÇÃO ÉTICA E POLÍTICA NA FILOSOFIA ANTIGA...
ARISTÓTELES: HELENISMO:
● Todas as ações humanas tendem para um fim, e ● Ceticismo: trabalha a impossibilidade
cada fim particular está em relação com o fim de uma explicação absoluta sobre as
último, que é a felicidade; coisas, e a suspensão do juízo;
● A verdadeira felicidade do homem não está em ● Cinismo: considera que a liberdade é
coisas exteriores, mas em sua realização como eliminar as necessidades supérfluas,
ser racional; aproximando-se da animalidade;
● O homem possui razão, apetites e instintos, mas falava do desprezo pelo prazer e
eles podem ser dominados pela própria razão. valorizava a autarquia, bastar-se a si
● Virtudes éticas são a busca da justa medida mesmo;
entre o excesso e a carência; ● Epicurismo: o verdadeiro bem é o
● Virtudes dianoéticas dirigem o homem para o prazer, e os prazeres da alma são
conhecimento da Verdade e do Sumo Bem; considerados superiores aos do corpo;
● O bem do indivíduo é da natureza do bem da a ausência de dor em relação à alma e
cidade, e o homem é considerado um ser ao corpo é considerada o sumo bem;
político; diferencia os prazeres com base em
● São trabalhados diversos tipos de governo, sua naturalidade e necessidade;
variando a figura de quem exerce o poder (um ● Estoicismo: valorização da indiferença
ou muitos) e o modo como exerce (buscando o com relação aos acontecimentos da
bem comum ou o interesse privado). vida e da conformidade com o destino.
ÉTICA E POLÍTICA NA FILOSOFIA MEDIEVAL

TOMÁS DE AQUINO:
● O homem com ser racional é a base da ética e política de Tomás de Aquino;
● Como herdeiro de Aristóteles, ele considera as finalidades das ações. Pela razão, podemos compreender
o fim das coisas, mas não podemos ter uma compreensão imediata do fim último de todas as coisas, de
Deus. Se tivéssemos essa visão, seríamos necessariamente atraídos por ele, mas como conhecemos
apenas os fins parciais, nossa vontade é livre de querê-los ou não, e o homem se dirige livremente para o
fim;
● São quatro tipos de lei: lei eterna (plano racional de Deus, ordem do universo); lei natural (parte que
podemos conhecer da lei eterna); lei humana (direito positivo colocado pelo homem) e lei divina (revelada
no evangelho).

MARSÍLIO DE PÁDUA:
● Na época, havia diversas discussões sobre o primado político do papa;
● De um lado, Guilherme de Ockham combatia o primado político do papa, afirmando que o objetivo
principal deveria ser a salvação espiritual e não o reino temporal; do outro lado, Egídio Romano
defendia esse primado, afirmando que tanto a autoridade política como qualquer outro poder
derivariam da Igreja ou através da Igreja, identificada na época com o papa;
● Marsílio de Pádua representa o fim do pensamento medieval e o início da era moderna,
desenvolvendo teorias políticas e jurídicas fora de ideia de um direito natural divino;
● O estado é considerado uma construção humana com finalidades humanas; assim como a fé e a
razão são distintas, a Igreja e o Estado também devem ser. A lei social é diferente da lei divina.
ÉTICA E POLÍTICA NA FILOSOFIA MODERNA

NICOLAU MAQUIAVEL: THOMAS HOBBES:


● Defende o estudo da política como campo ● A condição natural dos homens é de guerra de
autônomo, não condicionado por outros campo de todos contra todos: os homens buscam utilizar o
estudos; necessário para sua sobrevivência e assim
● Realismo político: é necessário trabalhar com as dominam uns sobre os outros. Dessa maneira, o
coisas como elas realmente são, e não como elas homem é o lobo do homem;
“deveriam ser”; ● Para escapar dessa situação, onde ele está em
● Há uma visão pessimista do homem, que para perigo de vida, ele constitui a sociedade;
Maquiavel tende a ser mau - assim, o político deve ● As leis naturais não bastam para constituir essa
levar isso em consideração ao tomar suas ações; sociedade: é necessário um poder que obrigue
● Embora o ideal fosse ser temido e amado, é muito os homens a respeitá-las. Assim, Hobbes
difícil conciliar ambos - dessa maneira, a escolha defende um governo absolutista, simbolizado
mais funcional para o estado é ser temido; pela figura do Leviatã.
● A virtude é a habilidade natural, e a virtude política
do príncipe é um complexo de força, astúcia e
capacidade de dominar a situação; a essa virtude
opõe-se a sorte, e metade das coisas humanas
dependem da sorte;
● O ideal político de Maquiavel é a volta aos
princípios da república romana; o príncipe por ele
descrito era considerado uma necessidade do
momento histórico.
MONTESQUIEU:
CONTINUAÇÃO FILOSOFIA MODERNA... ● Utilizou os critérios do método experimental para o
estudo da sociedade, sendo considerado um dos pais
ROUSSEAU: da sociologia;
● Busca mostrar o conjunto de relações (morais,
● O homem nasce bom, mas a sociedade o
religiosas, econômicas, geográficas e etc) que
corrompe: o homem selvagem tinha a
caracterizam o conjunto de leis, regulando os
calma das paixões e ignoravam os vícios,
comportamentos e relações humanas nas diversas
em um estágio anterior ao bem e ao mal.
sociedades. Isso cria uma espécie de espírito geral,
A sociedade nasce com o surgimento da
onde o espírito das leis é o conjunto daquelas leis
propriedade e das hostilidades que
que regulam as ações humanas nas várias
vinham disso.
sociedades.
● A cultura piora o homem, favorecendo os
● A lei é a razão humana, que governa todos os povos
vícios e conflitos. Para corrigir isso, seria
da terra; as leis políticas são os casos particulares
necessário uma ruptura radical,
nos quais ela se aplica. As leis e sistemas políticos
reconstruindo a sociedade, apoiando-se
são diferentes de acordo com cada povo.
na bondade humana e renaturalizando
● Em um estado, a liberdade é fazer tudo aquilo que é
o homem.
permitido pelas leis - assim, as leis asseguram a
● O contrato social tem como base a
liberdade para o cidadão.
vontade geral que deseja o bem comum.
● A liberdade política só é possível quando há certeza
É o fruto de um pacto entre iguais, onde
da própria segurança e do cumprimento das leis, o
o indivíduo abandona seus direitos
que só pode ocorrer quando há a divisão dos três
individuais, dando origem a um corpo
poderes do Estado: o poder legislativo, executivo e
moral e coletivo.
judiciário.
CONTINUAÇÃO FILOSOFIA MODERNA...

IMMANUEL KANT:
● A moral kantiana está baseada na razão, e não em qualquer tradição ou autoridade. Por manter a base
racional, se propõe como uma moral que possa valer para todos os seres racionais.
● É uma moral deontológica, baseada em princípios.
● A maioridade é a capacidade de servir-se do próprio entendimento, sem a direção de outro; atingir ou
não esse estado não é uma questão de capacidade ou não de entendimento, mas de coragem de
servir-se dele;
● Todo homem tem valor absoluto pois é capaz de boa vontade, de agir de acordo com a razão prática.
Assim, todo homem tem dignidade - e seu valor não é relativo, mas absoluto.
● O imperativo categórico da moral é agir de tal maneira que possamos querer que a máxima de nossa
ação se torne uma lei universal: isto é, se todas as pessoas do mundo fizessem essa mesma ação, isso
seria benéfico?
● O conceito de dever pressupõe uma ação determinada de maneira objetiva pelo imperativo categórico e
de maneira subjetiva pela boa vontade de agir de acordo com a lei moral.
ÉTICA E POLÍTICA NA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
KARL MARX: MAX WEBER:
● A crítica à religião está voltada a uma crítica ● Weber combate a ideia de que a
social e política, onde a religião é um meio de economia é algo único, fazendo uma
lidar com com as condições de desigualdade e divisão dos fenômenos sociais com
opressão pelas quais as pessoas passam; base em sua relação com a economia;
● Materialismo Histórico: a estrutura econômica de ● Há só uma ciência, uma vez que o
uma época determina sua superestrutura conhecimento científico (nas ciências
ideológica (isto é, o conjunto de idéias religiosas, naturais ou histórico-sociais) é
morais, políticas e etc); caracterizado por explicações causais;
● A essência do homem está ligada à sua atividade ● O cientista social utiliza métodos
produtiva. Inicialmente, o trabalho era humanizar científicos para investigar realidades
a natureza de acordo com as necessidades dos sociais e históricas: e, para esse estudo,
homens. Mas, atualmente, os homens se é proposta a teoria do tipo ideal;
distanciaram disso, se tornando uma peça dentro ● Qualquer fato histórico-social se
de um processo de produção, onde ele é alienado explica por uma constelação de causas.
dos seus instrumentos de trabalho e até mesmo O objetivo daquele que faz ciência não
do próprio produto que produz; é emitir juízos de valor, mas explicar o
● Dessa alienação, vem todas as outras formas de que ocorre;
alienação, como a política e a religiosa. Da ● O mundo é desencantado, um lugar
necessidade de superar o trabalho alienado são onde a razão e a técnica são o modo de
trabalhados os conceitos de luta de classes e do atingirmos nossos objetivos.
capital.
CONTINUAÇÃO FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA...
THEODORE ADORNO: JURGEN HABERMAS:
● Representante da Escola de Frankfurt; ● Faz parte da Escola de Frankfurt;
● Defende uma Dialética Negativa, negando a ideia ● Nem toda razão pode ser reduzida à
de que podemos abarcar todo o real a partir do perversidade utilitária que Adorno
pensamento, subvertendo as falsas seguranças considerava, pois ela também tem uma função
dos sistemas filosóficos; comunicativa, e a própria linguagem cotidiana
● O Iluminismo pretendia racionalizar o mundo, exige racionalidade. Com isso, ele se reconcilia
tornando-o manipulável pelos homens, mas isso com a razão ocidental;
levou-os à autodestruição. A razão não é capaz ● Existe o agir comunicativo, que busca o
de discutir objetivos e finalidades pelas quais os entendimento entre sujeitos, baseado no
homens conduzem suas vidas, mas apenas discurso argumentativo;
construir meios para alcançar fins estabelecidos ● É preciso buscar uma ética da discussão, onde
pelo sistema; as questões morais sejam livremente
● Indústria Cultural: a mídia impõe valores e debatidas, dando lugar a acordos. O agir
modelos de comportamento, cria necessidades e comunicativo, que tende ao entendimento,
estabelece a linguagem. Esses valores são pode ser a base ética de uma sociedade.
uniformes, uma vez que devem alcançar a todos.
Eles não estimulam a criatividade mas a
bloqueiam, acostumando as pessoas a receber
passivamente as mensagens.

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