Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FP080 EP CO Por - v1r1
FP080 EP CO Por - v1r1
ESCOLAR
ATIVIDADE PRÁTICA
INDICAÇÕES GERAIS
Requisitos formais:
Por outro lado, lembramos que existem alguns critérios de avaliação, que é de suma
importância que os alunos sigam. Para mais informações, consulte o documento de
avaliação da disciplina.
Atividade prática
1
ATIVIDADES
2
ATIVIDADE PRÁTICA
Nomes e sobrenome(s):
Grupo: 2023-05-15
Data: 15/01/2024
RESOLUÇÃO E TRANSFORMAÇÃO
DE CONFLITOS NO ÂMBITO
ESCOLAR.
3
ÍNDICE:
- INTRODUÇÃO ............................………………………………………………...……….05
- JUSTIFICATIVA .............................……………………………………………...…….....05
- SITUAÇÃO DE MEDIAÇÃO DE CONFLITO NO AMBIENTE ESCOLAR .....….........06
- BIBLIOGRAFIA.……………………………………………………………………………..08
4
INTRODUÇÃO
Os conflitos que permeiam o ambiente escolar têm sua origem no contexto
histórico da própria escola, no qual os castigos físicos eram a garantia de harmonia.
Os castigos, atualmente conhecidos como punições simbólicas, por exemplo:
advertência, suspensão, realização de tarefas adicionais, entre outros, muitas vezes
não desempenham a eficácia e efetividade esperadas, além de não serem eficazes,
dificultam a preparação dos indivíduos para a vida em sociedade como sujeitos
integrais.
A boa convivência não significa ausência de conflitos. A escola como
organização social, além de identificar divergências, faz a mediação, intervém e
propõe alternativas voltadas para uma cultura de paz. A mudança para uma nova
convivência é que permitirá a transformação dentro e fora do ambiente escolar.
O grande desafio está em favorecer uma abertura para o diálogo e
compreensão, rompendo com qualquer forma de intolerância.
Segundo Catarina Morgado e Isabel de Oliveira (2009, p. 47):
“A promoção de ambientes de aprendizagem construtivos, isto é, a
promoção de um ambiente positivo na sala de aula, cuja gestão eficaz
dos comportamentos potencie a disciplina e, simultaneamente, o
respeito e o afeto, necessários para que crianças e jovens se sintam
confiantes na partilha de ideias e sentimentos. ”
JUSTIFICATIVA
Ortega-Ruiz, R. & Del Rey, R., 2015 declara que “Pode ser que o âmbito
educativo seja um espaço privilegiado para que aconteçam vários tipos de conflitos
(...) isso pelas diversidades de pessoas e suas histórias, as que fazem parte destes
espaços”. A sociedade vem transferindo para a escola e, em especial, aos
professores, funções que são exclusivas da família. Não cabe à escola sanar
carências e falta de princípios gerada no seio familiar, por mais que o aluno
permaneça no âmbito escolar em tempo integral.
5
Em virtude da diversidade de conflitos existentes dentro do ambiente escolar,
criar ações efetivas de mediação e intervenção, respeitando os princípios de alteridade
e interculturalidade deve ser uma premissa. Dentre os conflitos existentes e
nominados conforme Ortega-Ruiz, R. & Del Rey, citamos: a) os de relação, que
derivam de fortes emoções negativas, de informações suficientes para tomar decisões
corretas; b) os de interesses, que são causados quando uma ou mais partes pensam
que, para satisfazer suas necessidades, devem ser sacrificadas as necessidades dos
rivais; c) os conflitos de valores, que surgem por crenças incompatíveis; d) os
intrapessoais, que se dão entre os indivíduos.
Dentro do ambiente educativo, segundo Ortega-Ruiz, R. & Del Rey, existem os
conflitos pontuais: a) conflitos de poder relacionados à instituição; b) os de relações
(como exemplo, o bullying); c) os de rendimento, relacionados ao currículo; d) os
interpessoais que seria uma reprodução da sociedade em que está inserida, que nos
afetam constantemente, mas também podem nos trazer inúmeros aprendizados.
Este trabalho foi elaborado para trazer uma situação hipotética de mediação e
a aplicação de três princípios que auxiliarão na resolução do conflito apresentado
dentro do âmbito escolar.
6
pai estava abusando sexualmente dele e de seu irmão mais velho. E que seu irmão
abusava sexualmente dele também. A professora regente relatou a informação para a
direção da escola, que logo iniciou uma série de providências. Acionaram o Conselho
Tutelar. Como o aluno estava sendo vítima de um crime, nem a professora nem a
escola puderam mediar a situação, pois o princípio de igualdade havia sido violado e o
aluno estava em situação vulnerável perante o agressor. O Conselho Tutelar fez uma
diligência à casa do aluno e percebeu que a situação era mais difícil, pois a mãe logo
disse aos conselheiros: “Pode levar todos os meus filhos, menos o deficiente”, uma
vez que o menino recebia do governo um benefício decorrente de sua condição.
Todas as crianças foram levadas pelo Conselho Tutelar e encaminhadas a instâncias
superiores. O juiz decidiu que as crianças ficariam no abrigo para serem adotadas, por
não ter encontrado parentes que pudessem ficar com a tutela delas.
Nessa situação os princípios observados e aplicados foram: a) Sensibilidade: a
professora foi sensível ao perceber que a causa do comportamento agressivo do aluno
B não se limitava a situações do ambiente escolar; b) Ética: a professora respeitou
regras e preceitos de valor moral; c) Supremacia dos direitos humanos: ao observar o
comportamento do aluno, a professora se aproximou dele para descobrir o que estava
ocorrendo e, ao tomar conhecimento do abuso sofrido por ele, buscou auxílio junto aos
órgãos necessários; d) Capacidade de escuta: a professora A demonstrou empatia
com o aluno, teve paciência para ouvi-lo após observar seu comportamento e
reconhecer que ele precisava de uma atenção especial; e) Capacidade de manter
sigilo: a professora manteve o sigilo sobre os assuntos tratados com o aluno, até o
momento que precisou levá-los a outra esfera pelo fato de a situação em que o aluno
estava envolvido tratar-se de um crime.
A escola criou um projeto interdisciplinar para sensibilizar a comunidade
escolar e, dentre uma das ações, os alunos criaram cartazes com frases de
sensibilização sobre abuso infantil.
Frases para cartazes:
7
BIBLIOGRAFIA:
ABRAMOVAY, Miriam; RUA, Maria das Graças (Org.). Violência nas escolas. Brasília,
DF: Unesco, 2002.
Ruotti, C., Alves, R., Cubas, V. O. (2006). Violência na escola: um guia para pais e
professores. São Paulo: Andhep: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.