Linguagem Fonoaudiologia

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PROBLEMA 4

LINGUAGEM

1. Estudar a história da escrita na humanidade;

Referencias: Artigo: A EVOLUÇÃO E REVOLUÇÃO DA ESCRITA: UM ESTUDO


COMPARATIVO. Rosimeri Claudiano da Costa, Renato da Silva, Márcio Luiz Corrêa
Vilaça

Artigo: O PRINCÍPIO DA ESCRITA. Glaucia Regina Santos Domingos, Universidade


Estadual de Campo Grande – MS

Artigo Principal usado para o estudo: A ESCRITA, UMA EVOLUÇÃO PARA A


HUMANIDADE. Leila Minatti Andrade

A escrita pode ser entendida como um instrumento de reprodução da fala humana.


Contudo, ela é muito mais que a pintura da voz. Tornou-se a principal ferramenta do
conhecimento, da ciência, da literatura, da informação popular via imprensa e uma
arte em si (a caligrafia), além de outras manifestações (Fischer, 2009), mas
ultrapassa as esferas destacadas pelo autor, conforme demonstram pesquisas
neurocientíficas recentes, como a de Dehaene (2012) e Scliar-Cabral (1997), que
evidenciam as expressões dos domínios da escrita na reconfiguração morfofuncional
do cérebro humano.

→ História da escrita

A escrita representa o resultado de um processo de desenvolvimento da comunicação


e, entre os povos antigos, tinha uma importante função na vida religiosa e econômica,
pois os rituais e a coleta de impostos, por exemplo, eram registrados dessa forma.

Uma das primeiras maneiras de trocar mensagens e registrar experiências foi a


pintura rupestre. Estudiosos já encontraram, em paredes de cavernas pelo mundo,
gravações que datam de 40 mil anos atrás. A arte rupestre, obviamente, não se trata
de um tipo de escrita, uma vez que não havia uma padronização e uma organização,
contudo, foi o início da comunicação entre os seres humanos. Ao longo de sua
trajetória no planeta, a humanidade encontrou formas diferentes de comunicação. As
sociedades se expressaram por meio da oralidade, de símbolos e de desenhos, até
que a escrita surgiu.

Segundo Sampson (1996), a invenção da escrita aparece tardiamente com relação


ao aparecimento da linguagem; ela apareceu depois da chamada "revolução
neolítica", e sua história pode ser dividida em três fases: pictórica, ideográfica e
alfabética. No entanto, não se pode seguir uma linha cronológica nesta divisão.
A fase pictórica corresponde aos desenhos ou pictogramas, os quais não estão
associados a um som, mas à imagem daquilo que se quer representar. Consistem em
representações bem simplificadas dos objetos da realidade. Aparecem em inscrições
antigas, mas podem ser vistos de maneira mais elaborada na escrita asteca e, mais
recentemente, nas histórias em quadrinhos.

A fase ideográfica é representada pelos ideogramas, que são símbolos gráficos que
representam diretamente uma idéia, como, hoje em dia, certos sinais de trânsito. As
escritas ideográficas mais importantes são a egípcia (também chamada de
hieroglífica), a mesopotâmica (suméria), as escritas da região do mar Egeu (a
cretense, por exemplo) e a chinesa (de onde provém a escrita japonesa).

A fase alfabética se caracteriza pelo uso de letras, as quais, embora tenham se


originado nos ideogramas, perderam o valor ideográfico e assumiram uma nova
função de escrita: a representação puramente fonográfica. O ideograma, por sua vez,
perdeu seu valor pictórico e passou a ser simplesmente uma representação fonética.

Segundo Sven Ohman (apud Kato, 1990, p. 16), a invenção da escrita alfabética é
uma "descoberta", pois, quando o homem começou a usar um símbolo para cada
som, ele apenas operou conscientemente com o seu conhecimento da organização
fonológica de sua língua.

Também com relação a isso é importante ressaltar o que afirma Vygotsky, a partir dos
trabalhos que realizou com crianças: para aprender a escrever, a criança precisa fazer
uma descoberta básica – a saber, que ela pode desenhar não apenas coisas, mas
também a própria fala. (Vygotsky, 1991). Hoje em dia praticamente todas as línguas
possuem um alfabeto, e o modo mais comum de se escrever é da esquerda para a
direita e de cima para baixo. Contudo, os chineses e os japoneses escrevem da direita
para a esquerda e em colunas verticais. Os árabes escrevem da direita para a
esquerda, mas não em colunas, e sim em linhas de cima para baixo.

Até hoje ninguém sabe explicar direito qual foi a causa principal para a origem da
escrita. Quando o povo se conscientizou de sua importância, esta já havia se
consolidado ao ser utilizada amplamente. Por isso muitas sociedades a consideraram
como um presente dos deuses.

Deste modo, é difícil precisar qual foi a causa primordial para a criação da escrita,
que, provavelmente, não foi a mesma para todos os povos, nem, com certeza, foi
somente uma, mas a confluência de várias. O que se pode dizer com total convicção
é que a invenção da escrita foi um grande avanço para o desenvolvimento da
humanidade, pois ela representa nossas idéias que podem ficar registradas por
muitos e muitos anos, diferentemente da fala, que, se não for gravada, brevemente
se desvanece.

Além disso, o domínio da língua escrita marca o início da História humana. O uso da
escrita desenvolveu a comunicação entre os homens permitindo-lhes remontar as
barreiras do tempo na recepção de mensagens, facilitou o intercâmbio de informação,
além de ajudar muito no desenvolvimento intelectual do ser humano. Com a Internet,
que é a maior rede de comunicação e informação criada pelo homem até hoje,
escrever ficou ainda mais prático, por isso aumentou muito o número de escritores e
foi criada uma nova face para a língua escrita. Com o avanço acelerado da tecnologia,
com os tratados de livre comércio, com o turismo, enfim, com a Globalização, a escrita
está sendo muito utilizada e cada vez mais é influenciada por outras línguas, o que
vem contribuindo para a evolução do nosso idioma.

2. Compreender aquisição e desenvolvimento da linguagem escrita;

Referencias: Tratado de linguagem (capítulo 4, atualizações sobre o


desenvolvimento da linguagem escrita: evidências cientificas)

Artigo: O processo de aquisição da língua escrita, Cecilia Aparecida de Souza

Artigo: AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA E O ENSINO DE LÍNGUA


MATERNA: UMA ABORDAGEM INTERACIONISTA, Adivânia Franca de Moura,
Maria Alba Silva Cavalcante

Em se tratando da realização da fala e da escrita, entendemos que essas duas


instâncias estão intimamente ligadas uma à outra, porém, com realizações distintas.

No processo de aquisição da fala, a criança realiza um processo em que a linguagem


se percebe de maneira concreta, em que a mesma compreende o seu uso no ato da
comunicação, de acordo com a sua necessidade e uso.

Já na escrita, o processo que a criança precisa é o de abstrair os símbolos concretos


em símbolos gráficos, pode-se dizer que a escrita ela é a abstração desse concreto
e que isso ocorre com maior facilidade em contextos de interação com o outro.

A ideia de que a criança parte do concreto para o abstrato é perceptível quando elas
usam a imagem vinculada ao texto escrito, de modo que o desenho, a figura, por
exemplo, completa o sentido que se pretende expressar com aquilo que está escrito
em um primeiro momento.

Segundo Vygostsky a ideia de simbologia e do imaginário na criança é importante


para a sua formação enquanto escritora, e como a escrita está em um nível mais
abstrato, ela pode adquiri-la com maior facilidade quando desde cedo brinca com a
simbologia nas mais diversas situações que envolvem brincadeiras e jogos.

A realização da escrita e da oralidade costuma se fazer presente em muitas instâncias


da sociedade. Assim, segundo alguns estudiosos, aquelas crianças que conseguem
estabelecer um grau de comunicação maior entre ela e o outro, consegue abstrair a
escrita com maior facilidade, uma vez que esse processo de interação permite ao
indivíduo elaborar uma linguagem mais ativa e, de certa forma, mais simbólica
comparada às crianças que são mais tímidas.
Além disso, deve-se levar em conta que os indivíduos que são inseridos desde cedo
no mundo letrado conseguem perceber a funcionalidade da escrita em diferentes
instâncias, consequentemente, a mesma passa refletir com maior frequência sobre o
significado da escrita. Daí a necessidade de o professor intervir, mostrando a criança
onde cada uma dessas realizações da língua se faz presente na sociedade

→ O PROCESSO DA AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA PELA CRIANÇA

Todo o processo de aquisição da fala e linguagem é importante para


compreendermos como se dá a aquisição da escrita pela criança, seguindo o
pressuposto de Vygostsky de que a fala abre os caminhos para o desenvolvimento
do pensamento, sendo que isso ocorre em consonância com o meio social;
consequentemente a criança que desenvolve bem a sua linguagem oral, adquiri mais
rápido a escrita, uma vez que essa última compreende ao nível abstrato da
linguagem.

Vygostsky afirma que o papel da linguagem é fundamental para a formação cognitiva


da criança, porque ela não capacita a criança apenas para desenvolver os
mecanismos intelectuais relacionados à fala, mas também auxilia a perceber o
mundo. Com a ajuda da percepção, a criança atinge formas mais complexas da sua
cognição.

O desenvolvimento da linguagem oral depende de uma complexidade de fatores


biológicos e ambientais. Apresenta características universais e algumas
particularidades, dependendo da língua e cultura envolvida.

Da mesma forma, o desenvolvimento da linguagem escrita é complexo, e acrescenta-


se a essa equação o fato de que a linguagem escrita deve ser explicitamente
ensinada, e não decorre de um processo natural de interação social, como na
aquisição da linguagem oral.

Até o momento da escolarização e da instrução formal em leitura e escrita, o


conhecimento linguístico da criança é implícito, mas a partir de então deve se tornar
cada vez mais explícito, até atingir níveis metalinguísticos.

Diferentemente da aquisição da linguagem oral, a instrução da leitura e escrita deve


ser feita de forma explícita, e, portanto, a variabilidade de padrões do
desenvolvimento dessa habilidade é ainda maior do que a encontrada no
desenvolvimento da linguagem oral.

A comunicação via linguagem escrita é uma invenção recente da humanidade. Os


primeiros sistemas de escrita inventados datam de 4.000 anos AC, enquanto o
homem já se comunicava oralmente há milhares de anos.

A necessidade de registrar transações comerciais e fatos históricos foi a principal


motivação inicial para a invenção dos primeiros sistemas de escrita, como os
hieróglifos (egípcios - 3,000 A.C), sistema cuneiforme etc. Vale ressaltar, no entanto,
que apesar de todos os povos ouvintes apresentarem um sistema de comunicação
oral, nem todos desenvolveram um sistema de escrita correspondente.

De forma geral, os sistemas de escrita podem ser classificados de acordo com a


unidade linguística que é representada pelo sistema gráfico, sendo possível
classificar, pelo menos, três grandes grupos de sistemas de escrita: logográfico,
silábico e alfabético.

Os sistemas de base logográfica representam ideias, palavras ou morfemas;

os sistemas silábicos e alfabéticos são fonográficos, isto é, representam unidades


fonológicas, como sílabas ou fonemas, respectivamente. Em relação ao processo de
aprendizagem da leitura e da escrita em nosso país, deve-se atentar para o fato de
que o nosso idioma oficial é o português

É importante considerar todos esses pontos quando se estuda o desenvolvimento da


linguagem escrita em crianças, adolescentes e adultos brasileiros.

→ O PROCESSO DE ESCRITA

A escrita é uma das formas superiores de linguagem; requer que a pessoa seja capaz
de conservar a ideia que tem em mente, ordenando-a numa determinada sequência
e relação. Escrever significa relacionar o signo verbal, que já é um significado a um
signo gráfico. É planejar e esquematizar a colocação correta de palavras ou ideias no
papel. O ato de escrever envolve, portanto, um duplo aspecto: o mecanismo e a
expressão do conteúdo ideativo. Na escrita se estabelece uma relação entre a
audição (palavra falada) o significado (vivência da criança e a palavra escrita. Quando
a criança já tem o significado do objeto interiorizado, seu processo de escrita fica mais
fácil

Ao copiar uma palavra a criança deverá:

• fazer uma discriminação visual de cada detalhe da palavra;


• relacionar os símbolos impressos aos sons e aos movimentos
fonoarticulatórios;
• observar o traçado gráfico de cada letra da palavra;
• teremsua vivência o significado da palavra copiada;
• reproduzir graficamente a palavra no papel.

O processo é o mesmo com as palavras ditadas (JOSÉ; COELHO, p. 99):

—> discriminação auditiva —> significado pela vivência do indivíduo —> associação
dos sons aos símbolos —> escrita no papel.

Como existe sempre relação entre a palavra impressa e o som, a criança precisa
primeiro aprender a ler para depois escrever.
A escrita como representação da linguagem oral passa por diferentes estágios de
desenvolvimento, que acabam sendo caracterizados pela atividade gráfica. Sendo
assim, a evolução gráfica da criança é resultado de uma tendência natural,
expressiva, representativa, que revela o seu mundo particular.

Alguns aspectos devem ser considerados no desenvolvimento gráfico (JOSÉ;


COELHO, p. 94)

• Desenvolvimento da linguagem oral: para escrever, a criança precisa falar


corretamente os sons das palavras.
• Desenvolvimento das habilidades de orientação espacial e temporal: ao
escrever, a criança dever respeitar a sequência dos sons e sua estrutura no
espaço.
• Desenvolvimento da coordenação visomotora: a criança deve ter movimentos
coordenados dos olhos, braços, mão e também uma preensão perfeita do
lápis.
• Memória visual e auditiva: problemas de discriminação auditiva podem ter
reflexos tanto na escrita quanto na leitura e na fala; as crianças que têm
dificuldade na aprendizagem visual enfrentam um problema ainda maior para
adquirir a palavra escrita.
• Motivação para aprender: a criança precisa ter um bom relacionamento com
os pais, professores e colegas, para que se sinta estimulada a escrever.

→ A LÍNGUA ESCRITA NO CONTEXTO ESCOLAR

Estamos tão acostumados a considerar a aprendizagem da leitura e escrita como um


processo de aprendizagem escolar, que se torna difícil reconhecermos que o
desenvolvimento da leitura e da escrita começa muito antes da escolarização.

Os educadores são os que têm maior dificuldade em aceitar (FERREIRO, 1991, p.


64).

Nesta perspectiva pode-se considerar o ensino escolar como resultante da articulação


de três variáveis: o aluno, a língua e o ensino:

• aluno — é o sujeito da ação de aprender, aquele que age sobre o objeto de


conhecimento.
• língua — é o objeto de conhecimento, a Língua Portuguesa, tal como se fale e
se escreve, dentro e fora da escola.
• ensino — concebido como a prática educacional que organiza a mediacão
entre sujeito e objeto do conhecimento. Mediação esta que requer do professor
planejamento e direção das atividades didáticas, com o objetivo de
desencadear, apoiar e orientar o esforço de ação e reflexão do aluno.
Quando se pretende que o aluno construa conhecimento, a questão não é apenas
qual informação deve ser oferecida, mas, principalmente, que tipo de tratamento deve
ser dado à informação que se oferece. A questão então é de natureza didática. Nesse
sentido avaliar sistematicamente se ela está adequada, se está contribuindo para a
aprendizagem que se espera alcançar.

Fases da aquisição da ESCRITA:


Fase pré-silábica: A criança compreende que existe uma escrita, ela sabe passar as
folhas do livro de historinha, compreende que há uma forma de representação, sabe
escrever uma letrinha ou outra, mas ainda não está desenvolvida a parte textual, ou
seja, a criança ainda não consegue escrever. A criança usa pseudoletras, garatujas
(expressões visuais de uma fase inicial do grafismo das crianças), usa números,
mas ainda não forma palavras. A criança ainda não entende o que é a escrita, não
sabe que é a representação da fala. Nessa fase a criança vai estar reconhecendo as
letras, e a escrita.
Fase silábica: Nessa fase, existe um silábico sem valor, ou seja, a criança não faz
relação do som com a grafia, ela ainda não consegue compreender e sonorizar a
palavra, ela usa uma letra para representar cada silaba sem se preocupar com o valor
sonoro. A criança tenta fazer um direcionamento de palavra, objeto, palavra e
significado.

Fase silábica com valor sonoro: A criança entende que a escrita representa a fala, ela
percebe que o som tem uma relação com a grafia. Nessa fase não necessariamente
a acriança já vai estar escrevendo as palavras completas e corretas, mas ela já vai
ter uma noção do som e das letras que podem formar as palavras.

Fase silábica alfabética: Apresenta a escrita as vezes com silabas completas ou


incompletas. Ainda não consegue compreender que a palavra precisa ter a silabas
corretas, tanto porque ainda está em fase de teste, quanto porque ainda está
aprimorando o léxico, a escrita alterna entre silábica e alfabética.

Fase alfabética: Ainda no processo de aquisição da escrita. Nessa fase acontece a


correspondência direta entre os fonemas e grafemas, a criança passa a escrever
como se fala, claro que vai ter erros, ainda não se tem todas as noções de ortografias,
então ela pode escrever cavalo com “K”, tomate com “i’ no final, já que é o modo como
ela ouve. Mas para ser alfabetizada ela precisar treinar esses códigos que aprendeu,
aumentar o vocabulário, etc.

3. Explicar as rotas fonológica e lexical;

Artigo: Processos Cognitivos na Leitura de Palavras em Crianças: Relações com


Compreensão e Tempo de Leitura. Jerusa Fumagalli de Salles, Maria Alice de Mattos
Pimenta Parente

CAMPOS, Ana Maria Gomes; PINHEIRO, Luciana Ribeiro e GUIMARAES, Sandra


Regina Kirchner. A consciência fonológica, a consciência lexical e o padrão de
leitura de alunos com dislexia do desenvolvimento. Rev. psicopedag. [online].
2012, vol.29, n.89 [citado 2020-11-17], pp. 194-207.

A basicamente duas rotas para a leitura: a rota fonológica e a rota lexical. Na rota
fonológica, a pronúncia da palavra é construída por meio da aplicação de regras de
correspondência grafo-fonêmica, ou seja, o indivíduo consegue realizar a leitura da
palavra, fazendo uso dos conhecimentos fonológicos.

Por exemplo, para ler a palavra: “NUMPERILHONDRAL”, a qual é chamada de


logatoma ou pseudopalavra, o leitor a faz decodificando as letras e seus respectivos
fonemas, juntando-os uns aos outros até completar a palavra. Neste caso
observamos que, embora o leitor desconheça a palavra e seu significado, ele é capaz
de ler porque há um reconhecimento da correspondência grafema-fonema.

Na rota lexical as palavras são identificadas conforme o reconhecimento de sua


ortografia e também pelo acesso imediato ao seu significado semântico.

Por exemplo: vamos dizer que alguém lhe dita uma palavra e você fica na dúvida se
a palavra é com s ou z, e imediatamente num ato automático, escreve a palavra
como modo a sanar tal dúvida. Isso acontece porque já temos armazenado um
“arquivo de palavras” que nos permite lembrar da forma ortográfica da mesma no
momento em que a visualizamos.

Os processos mentais que permitem ao leitor identificar, compreender e pronunciar


palavras escritas são explicados por meio de modelos que enfatizam a estrutura
cognitiva envolvida no reconhecimento de palavras e as interconexões dessa
estrutura. Assim, a leitura em voz alta de um sistema de escrita alfabético pode
ocorrer, pelo menos, de duas maneiras: por meio de um processo visual direto (Rota
Lexical) ou através de um processo envolvendo mediação fonológica (Rota
Fonológica).

Recebem, consequentemente, o nome de Modelos de Leitura de Dupla Rota . Ambas


rotas de leitura iniciam com o sistema de análise visual, que tem as funções de
identificar as letras do alfabeto, a posição de cada letra na palavra, e agrupá-las

A Rota Fonológica utiliza o processo de conversão grafemafonema, envolvendo a


procura de pronúncias para palavras não-familiares e pseudopalavras (formadas por
uma combinação de fonemas ou grafemas que não existem no léxico de uma língua)
de uma forma serial, traduzindo letras ou grupos de letras em fonemas, através da
aplicação de regras.
As representações fonêmicas armazenadas ativam as formas fonológicas das
palavras que, por sua vez, levam à ativação das representações semânticas e
ortográficas correspondentes. O fonema é o menor elemento constitutivo da cadeia
falada que permite distinções semânticas, enquanto o grafema é a referência gráfica
de um fonema.

Na leitura por Rota Lexical, geralmente utilizada por leitores adultos, as


representações de milhares de palavras familiares são armazenadas em um léxico
de entrada visual, que é ativado pela apresentação visual de uma palavra.

Isto é seguido pela obtenção do significado a partir do sistema semântico (depósito


de todo o conhecimento sobre os significados de palavras familiares) e, então, a
palavra pode ser articulada. Pessoas que utilizam apenas esta rota têm pouca ou
nenhuma dificuldade em pronunciar palavras familiares, entretanto, encontram muita
dificuldade com palavras relativamente não-familiares e pseudopalavras.

Através da rota lexical, palavras de alta frequência de ocorrência na língua são


reconhecidas com maior rapidez e precisão do que palavras de baixa frequência, o
que é conhecido como efeito de frequência. A presença de um efeito de lexicalidade,
ou seja, palavras reais sendo identificadas mais rápida e precisamente do que
pseudopalavras, é outro indício de leitura por rota lexical. As palavras, quando
familiares, têm unidades de reconhecimento no léxico de entrada visual, o que não
ocorre com as pseudopalavras

Considerando o Modelo de Leitura de Dupla-Rota, leitores que usam


preferencialmente a rota lexical têm maior facilidade na leitura de palavras irregulares
do que na leitura de pseudopalavras, enquanto leitores que usam preferencialmente
a rota fonológica têm maior facilidade na leitura de palavras regulares e
pseudopalavras do que na leitura de palavras irregulares.

Como incentivar a criança a se tornar um bom leitor

Incentivar hábitos de leitura diários ajuda as crianças a ter mais capacidade de buscar
informações na memória e a ter mais memória operacional de forma que consigam
prestar atenção em vários aspectos da leitura. São eles: interpretação, comparação
e identificação das ideias centrais.
Para que as crianças alcancem uma maior fluência e velocidade de processamento
na leitura, elas precisam ter uma bagagem lexical. Os treinos e o incentivo aos hábitos
de leitura ajudam, mas algumas crianças podem apresentar déficits em alguma das
rotas, fonológica ou lexical.
É preciso se atentar que a maioria das disciplinas do ensino fundamental exigem
leituras. Caso uma criança tenha estratégias de leitura somente pela rota fonológica,
pode haver um atraso na compreensão. Isso porque a memória e a busca por
imagens mentais que ajudam na leitura podem estar comprometidas.
Mesmo que a criança use a rota fonológica na leitura pode ser que alguns processos
sejam deficitários, como a consciência fonológica, por exemplo. No entanto, outros
processos da rota fonológica também podem estar comprometidos, como
discriminação auditiva e memória fonológica.
Nesses casos, o treino da leitura não ajuda muito, pois esses outros fatores precisam
ser estimulados e desenvolvidos. Por alguma razão, quando elas veem as primeiras
palavras escritas, têm dificuldade em reconhecer a relação entre os sons da fala e as
letras usadas para representá-las.
Por isso, as crianças que passam pelo processo de alfabetização sem desenvolver
todas essas habilidades, precisam ser avaliadas para entender quais fatores precisam
ser estimulados.
Em contrapartida, os leitores experientes usam principalmente a rota lexical, pois têm
experiência suficiente com leitura para desenvolver conhecimento lexical. O objetivo
de toda instrução de leitura deve ser ajudar os alunos a lerem a maioria das palavras
com fluência, usando a rota lexical.
Aprender a ler é um processo complicado que requer instrução em, entre outras
coisas, consciência fonológica, conhecimento de letras, fonética, ortografia,
desenvolvimento de estratégia, vocabulário, consciência gramatical e estratégias de
compreensão.

4. Estudar os Distúrbios de Aprendizagem; dislexia, discalculia, disortrografia


e disgrafia.
Artigo: Distúrbios de aprendizagem: disgrafia, dislexia e discalculia. Belinda
Talarico FRANCESCHINI, Gabriela ANICETO, Sabrina David de OLIVEIRA,
Rosimeire Maria Orlando.
Texto leitura e escrita (material da professora).

Artigo: Avaliação e intervenção da disortografia baseada na semiologia dos


erros: revisão da literatura

→ O que é dificuldade de aprendizagem?


Entende-se por dificuldade de aprendizagem toda a diversidade de desordens
apresentadas durante o desenvolvimento e manifestações do processo de aquisição
de uma língua, seja através do raciocínio lógico, da fala, da escrita e de
representações do entendimento auditivo.
Podemos ainda classificar os transtornos que afetam a aprendizagem em:
• transtornos simples e comuns;
• dificuldades de aprendizagem - decorrentes de problemas psicológicos,
sociais, pedagógicos, etc.;
• Ou distúrbios de aprendizado - cujos transtornos são mais graves e de
natureza patológica.

→ O PROBLEMA DE APRENDIZAGEM DE ACORDO COM A


EPISTEMOLOGIA CONVERGENTE
Uma primeira aproximação à delimitação do problema de aprendizagem seria postular
que ela consiste em:
1) O emergente da interação entre o sujeito e o meio;
2) Emergente que pode adotar uma modalidade patogênica;
3) Função das precondições do sujeito e das circunstâncias do meio.

De acordo com a CID (Classificação Internacional de Doenças) , os Distúrbios de


Aprendizagem estão dentro da categoria de Transtornos do desenvolvimento
psicológico, mais especificamente, como Transtornos Específicos do
Desenvolvimento das Habilidades Escolares e dentro dessa categoria estão a
dislexia, a disgrafia, a discalculia e a dificuldade em soletração
De acordo com o DSM-5 (2014) (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais), os transtornos específicos de aprendizagem não são mais subdivididos em
transtorno de leitura (dislexia), transtornos de cálculo (discalculia), transtornos de
expressão escrita (disgrafia), entre outros transtornos, como eram classificados no
DSM-4 (2000), com a justificativa de que os indivíduos que apresentam esses
transtornos podem ter déficits em mais de uma área de aprendizagem
O processo de aprendizagem estabelece integração com diversas habilidades, como
cognitivas e linguísticas, que, quando prejudicadas ou deficitárias, podem influenciar
negativamente no desenvolvimento humano e aumentar a probabilidade de
problemas físicos, sociais e emocionais, expondo o indivíduo ao risco de fracasso
escolar ou dificuldade escolar e transtornos de aprendizagem.
Um ponto importante a ser destacado é a diferença existente entre transtorno de
aprendizagem e dificuldade escolar. O primeiro relaciona-se com problemas na
aquisição e desenvolvimento de funções cerebrais envolvidas no ato de aprender,
enquanto a dificuldade escolar varia desde a adaptação escolar ao plano pedagógico
adotado por determinada instituição de ensino até o ambiente sociocultural que a
criança está inserida.
Em relação a essa questão, ainda é importante frisar que uma criança que apresenta
dificuldade escolar não apresenta, necessariamente, algum transtorno de
aprendizagem.
→ Dislexia: o que é?
Durante o período de aprendizagem, mais especificamente, no processo de
alfabetização, a criança é exposta a aprender diversas habilidades, como habilidades
motoras, linguísticas e cognitivas, a fim de realizar a decodificação das palavras e ter
a habilidade motora suficiente para a execução das atividades, resultando no
aprendizado dos processos de leitura e escrita.
Durante a segunda infância, período compreendido entre os 6 e 10 anos de idade da
criança, o uso dessas habilidades se torna mais requerido e mais utilizado. Dessa
forma, é nessa etapa da vida da criança que também é possível identificar os
distúrbios de aprendizagem, como a dislexia, uma vez que alterações no processo de
ensino-aprendizagem ficam mais evidentes, tanto para os professores quanto para a
família e até mesmo para a criança.
A dislexia é entendida como um transtorno de aprendizagem, resultado de um déficit
específico na linguagem. O indivíduo apresenta, primeiramente, dificuldades na fala
devido à dificuldade o processamento fonológico e reflete-se nos processos de leitura.
Os principais sinais apresentados pelos indivíduos disléxicos são leitura e escrita,
muitas vezes, incompreensíveis, atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem,
dificuldade na identificação de letras, confusões de letras na grafia, confusão de sons
semelhantes, dificuldade de aprender letra-som (inversões de sílabas ou palavras),
redução do léxico, substituição de palavras.
Tipos de Dislexia:
1. Dislexia visual: Há distúrbio na análise visual das palavras, os erros de leitura
mostram a semelhança visual entre a escrita da palavra pronunciada e da
palavra-alvo.

2. Dislexia de negligência: Os distúrbios também estão no sistema de análise


visual na leitura ocorrem erros sistematicamente em certas partes da palavra
geralmente na parte inicial.

3. Leitura letra a letra: Ha distúrbio no reconhecimento global de palavras, ou


seja, no processamento paralelo das letras a leitura só é feita corretamente
após a soletração.

4. Dislexia atencional: Há dificuldades na codificação das posições específicas


das letras nas palavras apesar de a identificação paralela das letras estar
preservada pode haver migrações de letras dentro de uma mesma palavra ou
principalmente de uma palavra a outra durante a leitura de frases

5. Dislexia Fonológica: Ha dificuldade nas leituras pela rota fonológica e,


portanto, a rota lexical é preferencialmente usada, a leitura de pseudopalavras
e de palavras desconhecidas é problemática, mas a leitura de palavras
familiares é feita normalmente independentemente da regularidade com ou do
cumprimento.

6. Dislexia morfêmica ou semântica: Ha dificuldade na leitura pela rota lexical


sendo que a leitura é feita basicamente pela rota fonológica logo a dificuldade
na leitura de palavras irregulares e longas.

7. Dislexia profunda: Ha sérios distúrbios no processo de conversão grafema


fonema e algum distúrbio na rota lexical. A leitura de pseudospalavras e de
palavras de função é extremamente pobre e ocorrem muitos erros semânticos.

8. Dislexia superficial: Ha sérios distúrbios na rota lexical e algum distúrbio na


rota fonológica. Porém atualmente há uma tendência em não diferenciar a
dislexia superficial da dislexia morfêmica os erros demonstram efeitos de
regularidade e ausência de efeito de lexicalidade.

Manifestações Encontradas na Dislexia


Desordens no processamento fonológico da informação, decorrentes de disfunções
neuro-psicológicas, estão presentes no distúrbio específico de leitura, ocasionando
transtornos para execução de atividades intraneurosensoriais (atividades que exigem
o uso de um processamento apenas visual ou auditivo, como em atividades de
repetição de palavras e cópia), e/ou atividades interneurosensoriais (que exigem o
uso de dois ou mais processamentos, como o auditivo-visual, auditivo-visual e tátil,
como em atividades de leitura oral ou escrita sob ditado)9.
As primeiras manifestações das dificuldades encontradas em crianças com dislexia
do desenvolvimento aparecem na decodificação fonografêmica, quando a criança
precisa entender e utilizar a associação dos sinais gráficos com as sequências
fonológicas das palavras no início da alfabetização.
As crianças com distúrbio específico de leitura apresentam dificuldades na habilidade
narrativa, que são detectadas, primeiramente, pelos professores em situação de sala
de aula, e se manifestam quanto à capacidade de desenvolver a temática textual,
manter a coerência em suas narrativas e utilizar as ligações coesivas para
estabelecer conexões entre as frases que, geralmente, influenciam a contagem, a
recontagem e a compreensão de estórias.
É importante saber que, na dislexia, essas dificuldades podem acontecer apesar da
pessoa ter uma inteligência normal, ou até acima da média, ter uma educação
adequada, não ter problemas de audição ou visão e ter um ambiente sociocultural
adequado. Tanto influências ambientais quanto genéticas podem afetar a maneira
como a dislexia se manifesta.
→ Discalculia: o que é?
O transtorno relacionado às habilidades matemáticas é conhecido como discalculia,
palavra que provém do grego (dis = mal) e do latim (calculare = contar).
No entanto, as inabilidades matemáticas podem ser conhecidas por duas
terminologias: Discalculia ou Discalculia do Desenvolvimento e Acalculia.
A primeira a discalculia, quando forem constitucionais, e a segunda, quando forem
adquiridas após doenças neurológicas, doenças cérebro vasculares e demências,
podendo ocorrer em crianças, adolescentes e adultos, posterior aquisição da função,
quando já havia se consolidado a habilidade.
De acordo com a classificação de Kosc, há seis tipos de discalculia: verbal,
practognóstica, léxica, gráfica, ideognóstica e operacional.
A discalculia verbal corresponde à dificuldade na nomeação de quantidades,
números, termos e símbolos.
A practognóstica diz respeito à dificuldade para enumerar, comparar e manipular
objetos reais ou imagens.
Discalculia léxica corresponde a dificuldade na leitura de símbolos matemáticos.
A ideognóstica trata-se da dificuldade na compreensão de conceitos e na realização
de operações mentais;
Operacional refere-se à dificuldade em executar operações e cálculos numéricos.

→ Disortografia: o que é?
O Transtorno Específico da Escrita, também conhecido como Disortografia, é uma
alteração na planificação da linguagem escrita, que causa transtornos na
aprendizagem da ortografia, gramática e redação, apesar de o potencial intelectual e
a escolaridade do indivíduo estarem adequados para a idade.
A disortografia, portanto, compreende um padrão de escrita que foge às regras
ortográficas estabelecidas convencionalmente, que regem determinada língua. Os
escolares que começam a alfabetização com dificuldade para a aprendizagem da
ortografia provavelmente chegarão ao final do ensino fundamental com dificuldades
ortográficas.
As características da disortografia fazem parte do processo de apropriação do
sistema ortográfico da língua, mas são superadas ao longo da escolarização. No caso
de crianças com disortografia decorrente do quadro de transtorno de aprendizagem,
essas características não desaparecem com a progressão da escolaridade,
mostrando-se persistentes.
A caracterização da disortografia se dá pela dificuldade em fixar as formas
ortográficas das palavras, apresentando como sintomas típicos a substituição,
omissão e inversão de grafemas, alteração na segmentação de palavras, persistência
do apoio da oralidade na escrita e dificuldade na produção de textos.
A disortografia é a escrita incorreta, com erros e substituições de grafemas, alteração
atribuída às dificuldades no mecanismo de conversão letra-som que interferem nas
funções auditivas superiores e nas habilidades linguístico-perceptivas.
A disortografia é parte do quadro da dislexia do desenvolvimento. As crianças que
apresentam dislexia do desenvolvimento possuem o sistema fonológico deficiente,
ocasionando alterações na conversão letra-som. Assim, a correspondência letra-som
não consegue ser armazenada provocando leitura e escrita lenta, confusão entre
palavras similares tanto na leitura como na escrita e alteração na compreensão da
leitura e escrita ineficiente.
→ Disgrafia: o que é?
Crianças disgráficas são aquelas que apresentam dificuldades no ato motor da
escrita, tornando a grafia praticamente indecifrável; sendo assim, disgrafia é a
perturbação da escrita no que diz respeito ao traçado das letras e à disposição dos
conjuntos gráficos no espaço utilizado.
Relaciona-se, portanto, está às dificuldades motoras e espaciais. Estudos apontam
que a criança com disgrafia escreve de maneira desviante ao padrão, contemplando
uma caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas e mal elaboradas/
proporcionadas.
Quando a criança apresenta esse distúrbio, são comuns características como: letra
excessivamente grande ou excessivamente pequena – macrografia e micrografia,
respectivamente; forma das letras irreconhecível; traçado exagerado e grosso ou
demasiadamente suave; grafismo trêmulo ou com irregularidade; escrita
demasiadamente rápida ou lenta; espaçamento irregular das letras ou palavras; erros
e borrões que podem impossibilitar a leitura da escrita; desorganização geral no texto
e utilização incorreta do instrumento com que escrevem.
→ Causas da Disgrafia
(Cinel 2003) traz como prováveis causas para o desenvolvimento da disgrafia os
distúrbios da motricidade fina e da motricidade ampla, distúrbios de coordenação
visomotora, deficiência da organização têmporo-espacial, os problemas de
lateralidade e de direcionalidade e, por fim, o erro pedagógico.
Os distúrbios da motricidade fina e ampla compreendem disfunções
psiconeurológicas ou anomalias na maturação do sistema nervoso central, levando à
falta de coordenação entre o que a criança se propõe a fazer (intenção) e a respectiva
ação.
Em relação à coordenação visomotora, é a correspondência do movimento dos
membros superiores, inferiores ou de todo o corpo a um estímulo visual; dessa
maneira, quando a criança apresenta esse aspecto comprometido, ela apresenta
dificuldade para traçar linhas com trajetórias predeterminadas, visto que a mão não
“obedece” ao trajeto estabelecido.
No que se refere à organização têmporo-espacial, observa- -se a relação entre a
orientação e a estrutura do espaço e do tempo.
A deficiência nesse campo faz com que as crianças escrevam invertendo as letras e
combinações silábicas, desobedecendo o sentido correto de execução das letras e
escrevendo fora das linhas por não terem orientação sobre como utilizar a folha de
papel.
Os problemas de lateralidade e de direcionalidade podem ser causados por
perturbações do esquema corporal, pela má organização do próprio corpo em relação
ao espaço ou por desarranjos de ordem afetiva.
Quando as crianças apresentam esses problemas, estes podem ser observados de
diversas maneiras: lateralidade mal estabelecida ou dominância não claramente
definida.
exemplo1: inversão de letras na leitura ou na escrita; sinitrismo ou canhotismo
contrariado.
exemplo2: a dominância da mão esquerda contraposta ao uso forçado e imposto da
mão direita; lateralidade cruzada
exemplo3: a dominância da mão direita em conexão com o olho esquerdo, ou da mão
esquerda com o olho direito.
Cinel (2003) expõe a causa do erro pedagógico. Esse item costuma ser relacionado
com as falhas no processo de ensino, com as estratégias inadequadamente
escolhidas pelos docentes, pelo desconhecimento destes sobre o problema e até
mesmo pelo seu despreparo.

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