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Aula Professor André Lopes
Aula Professor André Lopes
Residências em
Saúde SMS Rio
Abril 2023
SISTEMAS DE
SAÚDE
Tiveram início
na Europa no
século XIX, como
estruturas
organizadas de
assistência à saúde
associados à revolução
industrial. Governos e
2 empregadores
preocupados com a perda
de produtividade laboral
devido à doença iniciaram
esforços no sentido de
melhorar a assistência e
recuperação da mão de
Flexner e seu
relatório de
300 milhões
de dólares
(em 1910)
3
DOENÇA
Corpo
4
Atenção fragmentada,
especializada e
medicalizante
RELATÓRIO DAWSON 1920 - REDE
HIERARQUIZADA
Ecology of Health System, White, 1961
• 1961:
• 2001:
https://cchs.ua.edu/the-willard-report-2/
William Willard
ALMA-ATA 1978
http://www.who.int/publications/almaata_declaration_en.pdf?ua=1
1
0
Três grandes contribuições de Alma Ata para a Saúde Global
http://www.who.int/whr/2008/en/
Um sistema de Saúde
orientado pela APS é mais
efetivo, é mais barato, traz
13 mais satisfação à
população e é mais
eqüânime, mesmo em
contextos de injustiça
social. Starfield, 1996.
BASES TEÓRICO-CONCEITUAIS ESTRUTURANTES
14
15
as iniquidades de saúde.”
“Profissionais eficientes que resolvam 85% dos problemas da população sob sua responsabilidade, de
forma humanizada, qualificada e orientados a partir da realidade local.”
Starfield B., 2005. Contribution of Primary Care to Health Systems and Health. The Milbank Quarterly, 83(3): 457–502.
17
17
Constituição Federal, art. 196 (1988)
1986 1990
1919
(continua…)
Continuação - Desenvolvimento da APS no Brasil
1994 2011
PSF Revisão da
PNAB
20
20
Linha do Tempo
Financiamento da Atenção Primária à Saúde
outubro 21
SUBPAV.SMSRIO@GMAIL.COM
ORGANIZAÇÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE
RAS
24
Cedido por James Macinko
25
Cedido por James Macinko
26
Cedido por James Macinko
27
Por que APS?
Até 2018, 18 artigos de boa qualidade foram publicados sobre ESF e seu impacto na mortalidade infantil. 92%
identificaram um impacto significativo na redução da mortalidade infantil. (Bastos et al, 2017)
A mortalidade por AVC foi 31% menor, e por doenças cardiovasculares, foi 36% menor nos municípios com cobertura ESF
>70%. (Rasella et al, 2014)
Seis anos após o AVC, indivíduos atendidos pela ESF tiveram risco de morte 42% menor que pessoas sem ESF. A ESF
reduziu o risco absoluto de morte em 16,4%. (Cabral, et al, 2012)
Entre os 15 estudos publicados de boa qualidade, 12 concluíram que a diminuição de ICSAP entre 1999 e 2007 foi
associada com a expansão da ESF (Macinko et al, 2010)
A desnutrição infantil crônica foi reduzida em 50% de 1996 a 2007, e foi maior e mais rápida em municípios com maior
cobertura (Monteiro, 2009).
Efeito combinado da ESF e Bolsa Família, na mortalidade pós-neonatal, 1998- 2010 (Guanais, 2015)
Associação entre a cobertura ESF e a melhoria da saúde odontológica entre idosos (65-74) numa amostra nacional de
2010 (n=7.619) 28
28
SORANZ, DR; PINTO, LF; CAMACHO, LAB. INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À
ATENÇÃO
PRIMÁRIA EM SAÚDE: UMA ANÁLISE LONGITUDINAL DA REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA
25,0% EM SAÚDE
NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, 2017.
20,0%
30
Fonte: Elaboração própria, a partir do SIH-SUS, arquivos reduzidos, disponível em DATASUS/Ministério da Saúde, fevereiro de 2016.
Nota: A tabela considera as internações registradas que possuíam como local de ocorrência (MUNIC_MOV) e local de residência (MUNIC_RES), o município do Rio de Janeiro (código-IBGE 330455).
Olimpíadas de Londres 2012
31
APS – Por quê?
Atenção Primária à Saúde (APS)
Primary Health Care (PHC)
Atributos Derivados
Derivative atributes
Acesso de 1º Contato
First contact access Orientação Familiar
Family orientation
Longitudinalidade 33
21/06/2018
STARFIELD B, Primary Care: concept, evaluation and policy, Oxford University Press, New York,1992
soranz@fiocruz.br
3
A CIDADE DO RIO DE JANEIRO
6.498.837 1.197,5
habitantes • inhabitants km²
Maior destino turístico internacional do Brasil
outubro 35
Onde estamos
Unidades de Atenção Primária
Área coberta
pela ESF
Área sem
cobertura de
ESF
RESULTADOS
VOL.22, N.3 P. 821-832, 2017.
Gráfico 2 - Proporção de consultas médicas por demanda não programada em relação ao total de consultas - Município
do Rio de Janeiro - 2012-2016
100,0%
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
3° trim/2012
1° trim/2013
3° trim/2013
1° trim/2014
2° trim/2014
4° trim/2014
2° trim/2015
4° trim/2015
2° trim/2012
4° trim/2012
4° trim/2013
1° trim/2015
3° trim/2015
1° trim/2016
1° trim/2012
2° trim/2013
3° trim/2014
A2 Meta - lim inf Meta - lim sup
14
Fonte: RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, prontuários eletrônicos - indicadores selecionados. Disponível em:
https://smsrio.org/p4p [acesso em 17 de out 2016]
DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE UNIDADES DA APS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO DE ACORDO COM A
PROPORÇÃO DE CONSULTAS MÉDICAS DO PACIENTE PELO PRÓPRIO MÉDICO DE FAMÍLIA (n = 207 UNIDADES)
DISTRIBUTION OF THE NUMBER OF PRIMARY HEALTH CARE UNITIES IN THE RIO DE JANEIRO COUNTY ACCORDING TO THE PROPORTION
OF THE PATIENTS MEDICAL CONSULTATIONS BY THEIR OWN FAMILY DOCTOR (N = 207 UNITIES)
]0% a 10%] 0
]10% a 20%] 0
]20% a 30%] 0
]30% a 40%] 0
]40% a 50%] 2
]50% a 60%] 2
]60% a 70%] 2
]70% a 80%] 17
]80% a 90%] 91
]90% a 100%] 93
21/06/2018 soranz@fiocruz.br
PROPORÇÃO DE CONSULTAS MÉDICAS DO PACIENTE PELO PRÓPRIO
MÉDICO DE FAMÍLIA – ROCINHA – MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO – 2013-2015
PROPORTION OF THE PATIENTS MEDICAL CONSULTATIONS BY THEIR OWN FAMILY DOCTOR (A1) - ROCINHA -
2013-2015
100,00%
90,00%
80,00%
70,00%
60,00%
44
50,00%
40,00%
30,00%
44
20,00%
10,00%
0,00%
2013_01 2013_02 2013_03 2013_04 2014_01 2014_02 2014_03 2014_04 2015_01 2015_02 2015_03 2015_04
CF Maria do Socorro Silva e CF Rinaldo Delamare Meta - CMS Albert Sabin
Souza Bairro da Rocinha lim inf Meta - lim sup
21/06/2018 soranz@fiocruz.br
SORANZ, DR; PINTO, LF; CAMACHO, LAB. ANÁLISE DOS ATRIBUTOS DOS CUIDADOS
PRIMÁRIOS EM SAÚDE UTILIZANDO OS PRONTUÁRIOS ELETRÔNICOS NA CIDADE DO RIO DE
JANEIRO, BRASIL. CIÊNC. SAÚDE COLETIVA.
RESULTADOS
VOL.22, N.3 P. 821-832, 2017.
Gráfico 1 - Proporção de consultas médicas em unidades de saúde da família pelo próprio médico de família - Município
do Rio de Janeiro - 2012-2016
100,0%
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
2° trim/2014
1° trim/2012
2° trim/2012
3° trim/2012
4° trim/2012
1° trim/2013
2° trim/2013
3° trim/2013
4° trim/2013
1° trim/2014
3° trim/2014
4° trim/2014
1° trim/2015
2° trim/2015
3° trim/2015
4° trim/2015
1° trim/2016
A1 Meta - lim inf Meta - lim sup
13
Fonte: RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, prontuários eletrônicos - indicadores selecionados. Disponível em:
https://smsrio.org/p4p [acesso em 17 de out 2016]
CARTEIRA DE SERVIÇOS EM DIFERENTES SISTEMAS
Espanha
A carteira de serviços foi desenvolvida como parte da reestruturação do sistema de saúde entre o
final da década de 1980 e início da década de 1990.
Objetivos:
•Equilibrar os critérios institucionais com as demandas
46 expressas pelos cidadãos a respeito dos
serviços que deveriam ser ofertados no sistema público
•Assegurar uma oferta de serviços homogênea em todo o âmbito da atenção primária
•Servir como possível marco de referência para criar modos de incentivar aquelas unidades de
trabalho que oferecem serviços mais amplos e de melhor qualidade à sua população
CARTEIRA DE SERVIÇOS EM DIFERENTES SISTEMAS
Portugal
Em 2005 iniciou ampla reestruturação da rede de atenção primária à saúde, conduzida pela
Missão para os Cuidados de Saúde Primários.
Em 2007, o Ministério da Saúde publicou decreto que estabeleceu a Carteira Básica de Serviços.
47
CARTEIRA DE SERVIÇOS (INTEGRALIDADE/ABRANGÊNCIA)
48
CARTEIRA DE SERVIÇOS EM DIFERENTES SISTEMAS
Rio de Janeiro
Em 2009, o município do Rio de Janeiro iniciou a Reforma da Atenção Primária, que levou à
construção de novas clínicas da família, expansão da cobertura populacional e qualificação
clínica da rede.
2010 2016
49
Atenção Primária à Saúde
50
CARTEIRA DE SERVIÇOS EM DIFERENTES SISTEMAS
Florianópolis
Curitiba
Natal
51
Belo Horizonte
CARTEIRA DE SERVIÇOS EM DIFERENTES SISTEMAS
52
PERCENTUAL DE AÇÕES DA CARTEIRA DE SERVIÇOS REALIZADAS
53
BENEFÍCIOS ESPERADOS DE UMA CARTEIRA DE SERVIÇOS
SERVIÇOS COMPETÊNCIAS
visão de gestão visão de formação
54
SORANZ, DR; PINTO, LF; CAMACHO, LAB. ANÁLISE DOS ATRIBUTOS DOS CUIDADOS
PRIMÁRIOS EM SAÚDE UTILIZANDO OS PRONTUÁRIOS ELETRÔNICOS NA CIDADE DO RIO DE
JANEIRO, BRASIL. CIÊNC. SAÚDE COLETIVA.
VOL.22, N.3 P. 821-832, 2017.
RESULTADOS
Gráfico 3 - Percentual de itens da carteira de serviços implementados, proporção de diabéticos
com pelo menos 2 consultas registradas nos últimos 12 meses, proporção de hipertensos com registro
de pressão arterial nos últimos seis meses - Município do Rio de Janeiro - 2012-2016.
100,0%
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
3° trim/2013
1° trim/2015
3° trim/2015
1° trim/2016
2° trim/2012
3° trim/2012
4° trim/2012
1° trim/2013
4° trim/2013
1° trim/2014
2° trim/2014
4° trim/2014
2° trim/2015
4° trim/2015
1° trim/2012
2° trim/2013
3° trim/2014
A5 D2 D3 Meta A5 - mín Meta D2, D3 - mín
15
Fonte: RIO DE JANEIRO (Estado). Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, prontuários
eletrônicos - indicadores selecionados. Disponível em: https://smsrio.org/p4p [acesso em 17 de out 2016]
Aztana, Kazakhstan, 25-26 Outubro de
2018
I. APS é essencial para o desenvolvimento da
Saúde
II. APS é essencial para o sucesso e
sustentabilidade dos Sistemas de Saúde
III. APS é essencial para atingir a cobertura
56
57
http://www.carms.ca/assets
/upload/Match%20reports/2
014%20R-
1%20match/EN/Table%2012
%20-
%20Quota%20offered%20to
59 %20CMG%20Applicants%20 59
by%20Discipline_English.pdf
2023
Fonte:
RACIONALIDADE PRESCRITIVA E CUSTO- EFETIVIDADE
65
67
Growing Inequity
Condition of Women
Rural & Remote
68
Migração (forçada)
Venezuelanos
69
Haitianos
Sírios
Situação de Saúde no Brasil
Envelhecimento Tripla Carga de Doença Alocação Recursos
Condições crônicas
Doenças Emergentes Resistência complexas/multimorbidade
Microbiana
FORMAÇÃO FLEXNERIANA +INTERESSESDA INDUSTRIA
• Somente
10% da
71
população
se interna
• Menos de
MODELO HOSPITALOCENTRICO 5% nos
PARADIGMA BIOTECNOLÓGICO hospitais
universitários
PARADIGMA
CARTESIAN
O
MODELO
BIOMÉDICO
MEDICINA
HOSPITALOCÊNTRI
CA
INDUSTRIA DA
DOENÇA
MUDANÇA DE PARADIGMA
Tecnologia Industrial FATOR ETIOLÓGICO
DOENÇA
Corpo Atenção fragmentada,
especializada e
medicalizante
73
TecnologiadoCuidado Processo
Processo
Saúde-Adoecimento Atenção Integral à saúde
Paradigma Complexidade Biopsicosocial
▪ Inter-ação de fatores
▪ Psiconeuroimunologia
Saúde-Doença
Biológicos
Existenciais
Psicológicos Espirituais
Andre Lopes
Coordenador do Programa de Residência Médica em MFC SMS Rio
andrelopessmsdc@gmail.com