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Aulas integradas

Residências em
Saúde SMS Rio
Abril 2023
SISTEMAS DE
SAÚDE
Tiveram início
na Europa no
século XIX, como
estruturas
organizadas de
assistência à saúde
associados à revolução
industrial. Governos e
2 empregadores
preocupados com a perda
de produtividade laboral
devido à doença iniciaram
esforços no sentido de
melhorar a assistência e
recuperação da mão de
Flexner e seu
relatório de
300 milhões
de dólares
(em 1910)
3

“O estudo da medicina deve ser centrado na doença de forma individual e concreta”.


Abraham Flexner
SISTEMASDE SAÚDE E OMODELO FLEXNERIANOAINDA HEGEMÔNICO

Tecnologia Industrial FATOR ETIOLÓGICO

DOENÇA

Corpo

4
Atenção fragmentada,
especializada e
medicalizante
RELATÓRIO DAWSON 1920 - REDE
HIERARQUIZADA
Ecology of Health System, White, 1961

• 1961:

N Engl J Med, Vol. 344, No. 26 June 28, 2001


Ecology of Health System, Green, 2001

• 2001:

N Engl J Med, Vol. 344, No. 26 June 28, 2001


Cerca de 40 anos Pós Flexner, primeiras
reações Necessidade de outro
modelo
Na década de 40, a resposta dos médicos de clínica geral
criação de academias e
manifestou-se na
faculdades dedicadas à medicina geral para
promover uma prática médica baseada no modelo do médico
de família.
8

1954 - Canadá, fundação do Colégio de Médicos de


Família.
Rivero OC, Marty EJ, Morales MR ET COLS, Antecedentes históricos de la Medicina
Familiar. MEDICIEGO 2010; 16(2) -
http://bvs.sld.cu/revistas/mciego/vol16_02_10/pdf/t16.pdf
1964 – EUA
RELATORIO
WILLARD
a medicina
precisava de um
novo tipo de
especialista, o
médico de 9

família, ...no complexo


sistema de saúde do país

https://cchs.ua.edu/the-willard-report-2/
William Willard
ALMA-ATA 1978
http://www.who.int/publications/almaata_declaration_en.pdf?ua=1

The International Conference on Primary


Health Care calls for urgent and effective
national and international action to develop
and implement primary health care
throughout the world and particularly in
developing countries in a spirit of technical
cooperation and in keeping with a New
International Economic Order. It urges
governments, WHO and UNICEF, and other
international organizations, as well as
10 multilateral and bilateral agencies,
nongovernmental organizations, funding
agencies, all health workers and the whole
world community to support national and
international commitment to primary health
care and to channel increased technical and
financial support to it, particularly in
developing countries.

1
0
Três grandes contribuições de Alma Ata para a Saúde Global

Trouxe o acesso universal como uma questão central para os formuladores de


políticas públicas – APS é implantada em diferentes configurações ao redor do
mundo – e o aumento do acesso ao cuidado resultou em ganhos na saúde das
pessoas.

Mudou o paradigma dos sistemas focados em hospital e nas doenças e colocou as


pessoas (indivíduos, famílias e comunidades) no centro. As experiências em países
de baixa, média e alta renda estabeleceu evidências para a reorientação dos
sistemas de saúde.

A discussão de Políticas de Saúde Pública passou a ter valores indispensáveis como


solidariedade, universalidade, justiça social, participação e direito à saúde para
todos.
Pós Alma-Ata
⚫ Anos 80 – Sistemas de Saúde Orientados à APS
Canadá, Cuba, Portugal, Espanha e outros
⚫ 20 anos após (1998) - Almaty
⚫ 30 anos após (2008) – Relatório OMS

The World Health Report 2008 - primary Health Care


(Now More Than Ever)12

http://www.who.int/whr/2008/en/
Um sistema de Saúde
orientado pela APS é mais
efetivo, é mais barato, traz
13 mais satisfação à
população e é mais
eqüânime, mesmo em
contextos de injustiça
social. Starfield, 1996.
BASES TEÓRICO-CONCEITUAIS ESTRUTURANTES

14

Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil


BASES TEÓRICO-CONCEITUAIS ESTRUTURANTES

15

Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil


OBJETIVOS DE UM SISTEMA DE SAÚDE

Obtenção de níveis ótimos de saúde e das


menores diferenças possíveis no estado de
saúde entre indivíduos e grupos

“Sistemas de Saúde que estabelecem um equilíbrio entre


ações preventivas e curativas, abordam problemas de saúde
prevalentes em localidades específicas e disponibilizam as
terapias mais custo-efetivas tem mais chances de reduzir
16

as iniquidades de saúde.”

Starfield, B. Primary care: balancing health needs, services,


and technology. 1998.
Por que APS?

“As evidências mostram que sistemas de saúde


Melhores resultados em saúde
com uma forte base na atenção primária à Maior satisfação dos usuários
saúde conseguem os melhores resultados,
maior equidade, e uma menor taxa de Maior equidade em saúde
crescimento nas despesas em saúde.”
Menores custos
Starfield et al, 2005; Kringos et al 2013.

“Profissionais eficientes que resolvam 85% dos problemas da população sob sua responsabilidade, de
forma humanizada, qualificada e orientados a partir da realidade local.”
Starfield B., 2005. Contribution of Primary Care to Health Systems and Health. The Milbank Quarterly, 83(3): 457–502.
17
17
Constituição Federal, art. 196 (1988)

“A saúde é direito de todos e dever do Estado,


garantido mediante políticas sociais e econômicas
que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário
às ações e serviços para a promoção, proteção e
recuperação”.
18
O Desenvolvimento da APS no Brasil

Ciclos de 8ª Conferência Nacional Lei Orgânica da Saúde


desenvolvimento de Saúde (Lei 8080 e 8142)
da APS Início dos
Década
de 1920 anos 80
1988

1986 1990

Primeiros Centros SUDS + INAMPS


de Saúde (SP) e
Centros de Saúde
Escola

1919
(continua…)
Continuação - Desenvolvimento da APS no Brasil

Pactos pela saúde. ESF


como modelo preconizado
para expansão da APS.
Publicação da 1ª edição
PACS da PNAB Nova PNAB

1994 2011

1991 2006 2017

PSF Revisão da
PNAB

20
20
Linha do Tempo
Financiamento da Atenção Primária à Saúde

outubro 21
SUBPAV.SMSRIO@GMAIL.COM
ORGANIZAÇÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE

RAS

É aceito que os sistemas de saúde


organizados em Redes de Atenção à
Saúde cujos modelos se estruturam
com base numa Atenção Primária
forte, resolutiva e coordenadora do
cuidado dos usuários, apresentam
melhores resultados que aqueles cujo
modelo de Atenção Primária ou
Atenção Básica à Saúde é frágil.
(MENDES, 2009).
RELAÇÕES HORIZONTAIS e REDE POLIÁRQUICA

Conjuntos de serviços de saúde, vinculados


entre si por uma missão única, por objetivos
comuns e por uma ação cooperativa e
interdependente, que permitem ofertar uma
atenção contínua e integral a determinada
população, coordenada pela atenção primária à
saúde – prestada no tempo certo, no lugar
certo, com o custo certo, com a qualidade
certa, de forma humanizada e com equidade –
com responsabilidades sanitária e econômica
e gerando valor para a população.
Mendes (2009)
Rede de Atenção à Saúde
Rede de serviços organizada e integrada

24
Cedido por James Macinko

25
Cedido por James Macinko

26
Cedido por James Macinko

27
Por que APS?

Até 2018, 18 artigos de boa qualidade foram publicados sobre ESF e seu impacto na mortalidade infantil. 92%
identificaram um impacto significativo na redução da mortalidade infantil. (Bastos et al, 2017)

A mortalidade por AVC foi 31% menor, e por doenças cardiovasculares, foi 36% menor nos municípios com cobertura ESF
>70%. (Rasella et al, 2014)

Seis anos após o AVC, indivíduos atendidos pela ESF tiveram risco de morte 42% menor que pessoas sem ESF. A ESF
reduziu o risco absoluto de morte em 16,4%. (Cabral, et al, 2012)

Entre os 15 estudos publicados de boa qualidade, 12 concluíram que a diminuição de ICSAP entre 1999 e 2007 foi
associada com a expansão da ESF (Macinko et al, 2010)

A desnutrição infantil crônica foi reduzida em 50% de 1996 a 2007, e foi maior e mais rápida em municípios com maior
cobertura (Monteiro, 2009).

Efeito combinado da ESF e Bolsa Família, na mortalidade pós-neonatal, 1998- 2010 (Guanais, 2015)

Associação entre a cobertura ESF e a melhoria da saúde odontológica entre idosos (65-74) numa amostra nacional de
2010 (n=7.619) 28
28
SORANZ, DR; PINTO, LF; CAMACHO, LAB. INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À
ATENÇÃO
PRIMÁRIA EM SAÚDE: UMA ANÁLISE LONGITUDINAL DA REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA
25,0% EM SAÚDE
NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, 2017.

20,0%

15,0% Gráfico 1 - Distribuição da


proporção de internações
10,0% por causas sensíveis à
atenção primária
em saúde - Capitais
5,0%
Selecionadas - Brasil - 2005-
2014
0,0%

Rio de Janeiro São Paulo


Belo Horizonte Vitória
Curitiba Porto Alegre
Florianópolis

Fonte: Microdados do Sistema de Informações Hospitalares, AIHs reduzidas.


Nota: O indicador considera apenas as internações de residentes em cada cidade, internados em unidades de saúde da mesma cidade. 33
PARTICIPAÇÃO DE INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE EM RELAÇÃO
AO TOTAL DE INTERNAÇÕES ENTRE OS RESIDENTES DO MRJ - 2005-2014
PARTICIPATION OF THE ADMISSIONS DUE TO CAUSES SENSITIVES TO THE PRIMARY HEALTH CARE ACCORDING TO THE TOTAL OF
ADMISSIONS IN BETWEEN THE RESIDENTS OF THE MRJ - 2005-2014

30

Fonte: Elaboração própria, a partir do SIH-SUS, arquivos reduzidos, disponível em DATASUS/Ministério da Saúde, fevereiro de 2016.
Nota: A tabela considera as internações registradas que possuíam como local de ocorrência (MUNIC_MOV) e local de residência (MUNIC_RES), o município do Rio de Janeiro (código-IBGE 330455).
Olimpíadas de Londres 2012

31
APS – Por quê?
Atenção Primária à Saúde (APS)
Primary Health Care (PHC)

Atributos Derivados
Derivative atributes

Acesso de 1º Contato
First contact access Orientação Familiar
Family orientation
Longitudinalidade 33

Longitudinality, “on-going care” Orientação Comunitária


Community orientation
Coordenação
Coordination Competência Cultural
Cultural competence
Integralidade
Comprehensiveness

21/06/2018
STARFIELD B, Primary Care: concept, evaluation and policy, Oxford University Press, New York,1992
soranz@fiocruz.br
3
A CIDADE DO RIO DE JANEIRO

2º MAIOR METRÓPOLE DO BRASIL, A


6º DA AMÉRICA E A 35º DO MUNDO
2º MAIOR METRÓPOLE DO BRASIL, A 6º DA AMÉRICA E A 35º DO MUNDO

6.498.837 1.197,5
habitantes • inhabitants km²
Maior destino turístico internacional do Brasil

O Rio de Janeiro é uma cidade de fortes contrastes econômicos e sociais,


apresentando grandes disparidades entre ricos e pobres. Enquanto muitos
bairros ostentam um Índice de Desenvolvimento Humano correspondente ao
de países nórdicos (Gávea: 0,970; Leblon: 0,967; Jardim Guanabara:
0,963; Ipanema: 0,962; Barra da Tijuca: 0,959, dados de 2000), em outros,
observam-se níveis bem inferiores à média municipal, como é o caso
do Complexo do Alemão (0,711) ou da Rocinha (0,732).
O Rio de Janeiro é uma cidade de fortes contrastes econômicos e sociais, apresentando grandes
"Rio de Janeiro: Paisagem Carioca entre as Montanhas e o Mar” disparidades entre ricos e pobres. Enquanto muitos bairros ostentam um Índice de Desenvolvimento
Humano correspondente ao de países nórdicos (Gávea: 0,970; Leblon: 0,967; Jardim Guanabara:
0,963; Ipanema: 0,962; Barra da Tijuca: 0,959, dados de 2000), em outros, observam-se níveis bem
inferiores à média municipal, como é o caso do Complexo do Alemão (0,711) ou da Rocinha (0,732).
34
34
Linha do Tempo
Atenção Primária à Saúde

outubro 35
Onde estamos
Unidades de Atenção Primária

Fonte: OSA, disponível em https://pcrj.maps.arcgis.com/apps/webappviewer .


36
Cobertura ESF do município do Rio de Janeiro

Área coberta
pela ESF

Área sem
cobertura de
ESF

Fonte: Onde ser atendido. https://pcrj.maps.arcgis.com/apps/webappviewer/index.html?id=014d8ab512a34f259bb27c8a13d4d65f 37


37
Protagonismo
Eixos estratégicos: Acesso de 1º Contato e Abrangência do Cuidado

Meta para 2024


1564
70%
equipes de Saúde da Família cobertura
ESF estimada
5.348.336
cadastrados 254
novembro/2022 Unidades de Atenção Primária 38
SUBPAV.SMSRIO@GMAIL.COM
ONDE SER ATENDIDO
PRIMEIRO CONTATO
FIRST CONTACT
SORANZ, DR; PINTO, LF; CAMACHO, LAB. ANÁLISE DOS ATRIBUTOS DOS CUIDADOS
PRIMÁRIOS EM SAÚDE UTILIZANDO OS PRONTUÁRIOS ELETRÔNICOS NA CIDADE DO RIO DE
JANEIRO, BRASIL. CIÊNC. SAÚDE COLETIVA.

RESULTADOS
VOL.22, N.3 P. 821-832, 2017.

Gráfico 2 - Proporção de consultas médicas por demanda não programada em relação ao total de consultas - Município
do Rio de Janeiro - 2012-2016

100,0%
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
3° trim/2012

1° trim/2013

3° trim/2013

1° trim/2014

2° trim/2014

4° trim/2014

2° trim/2015

4° trim/2015
2° trim/2012

4° trim/2012

4° trim/2013

1° trim/2015

3° trim/2015

1° trim/2016
1° trim/2012

2° trim/2013

3° trim/2014
A2 Meta - lim inf Meta - lim sup

14
Fonte: RIO DE JANEIRO. Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, prontuários eletrônicos - indicadores selecionados. Disponível em:
https://smsrio.org/p4p [acesso em 17 de out 2016]
DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE UNIDADES DA APS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO DE ACORDO COM A
PROPORÇÃO DE CONSULTAS MÉDICAS DO PACIENTE PELO PRÓPRIO MÉDICO DE FAMÍLIA (n = 207 UNIDADES)
DISTRIBUTION OF THE NUMBER OF PRIMARY HEALTH CARE UNITIES IN THE RIO DE JANEIRO COUNTY ACCORDING TO THE PROPORTION
OF THE PATIENTS MEDICAL CONSULTATIONS BY THEIR OWN FAMILY DOCTOR (N = 207 UNITIES)

]0% a 10%] 0
]10% a 20%] 0
]20% a 30%] 0
]30% a 40%] 0
]40% a 50%] 2
]50% a 60%] 2
]60% a 70%] 2
]70% a 80%] 17
]80% a 90%] 91
]90% a 100%] 93

Proporção média entre as unidades de saúde analisadas:


88,45%
Fonte: Prontuários Eletrônicos | jul-ago-set/2016

21/06/2018 soranz@fiocruz.br
PROPORÇÃO DE CONSULTAS MÉDICAS DO PACIENTE PELO PRÓPRIO
MÉDICO DE FAMÍLIA – ROCINHA – MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO – 2013-2015
PROPORTION OF THE PATIENTS MEDICAL CONSULTATIONS BY THEIR OWN FAMILY DOCTOR (A1) - ROCINHA -
2013-2015

100,00%

90,00%

80,00%

70,00%

60,00%
44
50,00%

40,00%

30,00%
44
20,00%

10,00%

0,00%
2013_01 2013_02 2013_03 2013_04 2014_01 2014_02 2014_03 2014_04 2015_01 2015_02 2015_03 2015_04
CF Maria do Socorro Silva e CF Rinaldo Delamare Meta - CMS Albert Sabin
Souza Bairro da Rocinha lim inf Meta - lim sup

Fonte: Pinto (2016), a partir dos prontuários eletrônicos da APS, AP 2.1/SUBPAV/SMS-RJ.

21/06/2018 soranz@fiocruz.br
SORANZ, DR; PINTO, LF; CAMACHO, LAB. ANÁLISE DOS ATRIBUTOS DOS CUIDADOS
PRIMÁRIOS EM SAÚDE UTILIZANDO OS PRONTUÁRIOS ELETRÔNICOS NA CIDADE DO RIO DE
JANEIRO, BRASIL. CIÊNC. SAÚDE COLETIVA.

RESULTADOS
VOL.22, N.3 P. 821-832, 2017.

Gráfico 1 - Proporção de consultas médicas em unidades de saúde da família pelo próprio médico de família - Município
do Rio de Janeiro - 2012-2016

100,0%

90,0%

80,0%

70,0%

60,0%

50,0%

2° trim/2014
1° trim/2012

2° trim/2012

3° trim/2012

4° trim/2012

1° trim/2013

2° trim/2013

3° trim/2013

4° trim/2013

1° trim/2014

3° trim/2014

4° trim/2014

1° trim/2015

2° trim/2015

3° trim/2015

4° trim/2015

1° trim/2016
A1 Meta - lim inf Meta - lim sup

13
Fonte: RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, prontuários eletrônicos - indicadores selecionados. Disponível em:
https://smsrio.org/p4p [acesso em 17 de out 2016]
CARTEIRA DE SERVIÇOS EM DIFERENTES SISTEMAS

Espanha
A carteira de serviços foi desenvolvida como parte da reestruturação do sistema de saúde entre o
final da década de 1980 e início da década de 1990.

Objetivos:
•Equilibrar os critérios institucionais com as demandas
46 expressas pelos cidadãos a respeito dos
serviços que deveriam ser ofertados no sistema público​
•Assegurar uma oferta de serviços homogênea em todo o âmbito da atenção primária​
•Servir como possível marco de referência para criar modos de incentivar aquelas unidades de
trabalho que oferecem serviços mais amplos e de melhor qualidade à sua população​
CARTEIRA DE SERVIÇOS EM DIFERENTES SISTEMAS

Portugal
Em 2005 iniciou ampla reestruturação da rede de atenção primária à saúde, conduzida pela
Missão para os Cuidados de Saúde Primários.
Em 2007, o Ministério da Saúde publicou decreto que estabeleceu a Carteira Básica de Serviços.

47
CARTEIRA DE SERVIÇOS (INTEGRALIDADE/ABRANGÊNCIA)

48
CARTEIRA DE SERVIÇOS EM DIFERENTES SISTEMAS

Rio de Janeiro
Em 2009, o município do Rio de Janeiro iniciou a Reforma da Atenção Primária, que levou à
construção de novas clínicas da família, expansão da cobertura populacional e qualificação
clínica da rede.

2010 2016
49
Atenção Primária à Saúde

50
CARTEIRA DE SERVIÇOS EM DIFERENTES SISTEMAS

Florianópolis
Curitiba
Natal

51

Belo Horizonte
CARTEIRA DE SERVIÇOS EM DIFERENTES SISTEMAS

Ministério da Saúde Campo Grande - MS

52
PERCENTUAL DE AÇÕES DA CARTEIRA DE SERVIÇOS REALIZADAS

53
BENEFÍCIOS ESPERADOS DE UMA CARTEIRA DE SERVIÇOS

Identifica necessidades de capacitação

SERVIÇOS COMPETÊNCIAS
visão de gestão visão de formação

54
SORANZ, DR; PINTO, LF; CAMACHO, LAB. ANÁLISE DOS ATRIBUTOS DOS CUIDADOS
PRIMÁRIOS EM SAÚDE UTILIZANDO OS PRONTUÁRIOS ELETRÔNICOS NA CIDADE DO RIO DE
JANEIRO, BRASIL. CIÊNC. SAÚDE COLETIVA.
VOL.22, N.3 P. 821-832, 2017.

RESULTADOS
Gráfico 3 - Percentual de itens da carteira de serviços implementados, proporção de diabéticos
com pelo menos 2 consultas registradas nos últimos 12 meses, proporção de hipertensos com registro
de pressão arterial nos últimos seis meses - Município do Rio de Janeiro - 2012-2016.

100,0%
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%

3° trim/2013

1° trim/2015

3° trim/2015

1° trim/2016
2° trim/2012

3° trim/2012

4° trim/2012

1° trim/2013

4° trim/2013

1° trim/2014

2° trim/2014

4° trim/2014

2° trim/2015

4° trim/2015
1° trim/2012

2° trim/2013

3° trim/2014
A5 D2 D3 Meta A5 - mín Meta D2, D3 - mín

15
Fonte: RIO DE JANEIRO (Estado). Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, prontuários
eletrônicos - indicadores selecionados. Disponível em: https://smsrio.org/p4p [acesso em 17 de out 2016]
Aztana, Kazakhstan, 25-26 Outubro de
2018
I. APS é essencial para o desenvolvimento da
Saúde
II. APS é essencial para o sucesso e
sustentabilidade dos Sistemas de Saúde
III. APS é essencial para atingir a cobertura
56

universal e os objetivos do desenvolvimento


sustentável
MFC no mundo

Existe um profissional próprio à


APS?

57

Todos com Residência


Médica!
58

V. Casado Vicente et al / Gac Sanit. 2012;26(S):69–75


VAGAS DE RESIDÊNCIA
NO CANADÁ

Quota Overview for all


disciplines in R-1 Match
Main Residency Match -
First iteration

http://www.carms.ca/assets
/upload/Match%20reports/2
014%20R-
1%20match/EN/Table%2012
%20-
%20Quota%20offered%20to
59 %20CMG%20Applicants%20 59

by%20Discipline_English.pdf

1325 / 2989 = 44%


Expansão do programa

2023

Fonte:
RACIONALIDADE PRESCRITIVA E CUSTO- EFETIVIDADE

Taxa de solicitação de exames por


consulta

Nas Equipes com residentes e MFC


Fica entre 0,5 a 1 solicitação/consultas

65

Nas demais equipes


Fica entre 2 a 3 solicitação/consultas

Fonte: PRMFC/SMSRJ Prontuário eletrônico excluídas equipes outliers


RACIONALIDADE PRESCRITIVA E CUSTO-EFETIVIDADE

Outro estudo significativo comparou o


número de solicitações de exames
laboratoriais como o PSA, TSH e Uréia

Demostraram que equipes sem medico


especialista em MFC
Solicitaram em 2016 20% a mais destes
exames específicos que as equipes com 66

médicos especialistas em MFC

O resultado evidenciou solicitações


desnecessárias e sem base científica

Fonte: PRMFC/SMSRJ Prontuário eletrônico excluídas equipes outliers


A Changing World

Urbanization Social Media & Comm. Changing Economy Climate Change

67
Growing Inequity
Condition of Women
Rural & Remote

(Forced) Migration Geopolitical landscape Consumer Movement


Mudanças
Climáticas

68
Migração (forçada)

Venezuelanos

69

Haitianos
Sírios
Situação de Saúde no Brasil
Envelhecimento Tripla Carga de Doença Alocação Recursos

Condições crônicas
Doenças Emergentes Resistência complexas/multimorbidade
Microbiana
FORMAÇÃO FLEXNERIANA +INTERESSESDA INDUSTRIA

• Somente
10% da
71

população
se interna
• Menos de
MODELO HOSPITALOCENTRICO 5% nos
PARADIGMA BIOTECNOLÓGICO hospitais
universitários
PARADIGMA
CARTESIAN
O

MODELO
BIOMÉDICO

MEDICINA
HOSPITALOCÊNTRI
CA

INDUSTRIA DA
DOENÇA
MUDANÇA DE PARADIGMA
Tecnologia Industrial FATOR ETIOLÓGICO

DOENÇA
Corpo Atenção fragmentada,
especializada e
medicalizante

73

TecnologiadoCuidado Processo

PESSOA – FAMILIA – COMUNIDADE

Processo
Saúde-Adoecimento Atenção Integral à saúde
Paradigma Complexidade Biopsicosocial

▪ Inter-ação de fatores
▪ Psiconeuroimunologia

Saúde-Doença

Biológicos

Existenciais
Psicológicos Espirituais

Ambientais Socio - culturais


Quais as necessidades e problemas de saúde das famílias na prática diária do MFC?
Quais as necessidades e problemas de saúde das famílias na prática diária do MFC?
Quais as necessidades e problemas de saúde das famílias na prática diária do MFC?
Quais as necessidades e problemas de saúde das comunidades na prática diária do MFC?
Quais as necessidades e problemas de saúde das comunidades na prática diária do MFC?
2016 – 21o CONGRESSO MUNDIAL DA WONCA
CIDADE DO RIO DE JANEIRO – DANIEL SORANZ RECEBE PREMIO
PELA REFORMA DO SISTEMA DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO COM
BASE NA ESF
PRMFC SMS Rio
prmfc.smsrio@gmail.com 83

Andre Lopes
Coordenador do Programa de Residência Médica em MFC SMS Rio
andrelopessmsdc@gmail.com

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