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Diogénia João

Esequiel Mário Muhocha

Geraldina Emília Jacinto

Júlia Horácio Anastácia

Plano básico de contabilidade pública (PBCP) – Moçambique


(Curso de Licenciatura em Contabilidade com Habilitações em Auditoria, 4º Ano Lab.)

Universidade
Lichinga
2024
Diogénia João

Esequiel Mário Muhocha

Geraldina Emília Jacinto

Júlia Horácio Anastácia

Plano básico de contabilidade pública (PBCP) – Moçambique


(Curso de Licenciatura em Contabilidade com Habilitações em Auditoria, 4º Ano Lab.)

Trabalho de pesquisa da disciplina de

Estudos Contemporâneos, a ser


entregue ao Departamento de Ciências

Económicas e Empresarias, para fins

avaliativos sob orientação da Msc.


Marcelino Mocola.

Universidade
Lichinga
2024
Índice

1. Introdução ....................................................................................................................................4

1.1. Objectivos ............................................................................................................................4

1.1.1. Objectivo Geral ...........................................................................................................4

1.1.2. Objectivos Específicos ................................................................................................4

2. Plano básico de contabilidade pública – Moçambique ................................................................5

2.1. Objectivo Plano básico de contabilidade pública ................................................................5

2.2. Abrangência e competência do Plano básico de contabilidade pública ..............................5

2.3. Demonstrações contabilísticas Plano Básico de Contabilidade Pública .............................5

2.4. Partes integrantes do Plano Básico de Contabilidade..........................................................6

2.4.1. Lista de Contas ............................................................................................................6

2.4.1.1. Contas ..................................................................................................................6

2.4.1.2. Estrutura das contas contabilísticas, tipos e natureza ..........................................7

2.4.1.3. Níveis de desdobramento das contas contabilísticas ...........................................7

2.4.2. Plano de objectos .......................................................................................................12

2.4.2.1. Objecto do Plano de objectos ............................................................................12

2.4.2.2. Tabela de operações contabilísticas ...................................................................12

2.4.3. Registos contabilísticos .............................................................................................13

2.4.3.1. Nível de registo..................................................................................................13

2.4.4. Demonstrações contabilísticas...................................................................................13

3. Conclusão ..................................................................................................................................15

4. Referências Bibliográficas.........................................................................................................16

5. Anexos .......................................................................................................................................17
4

1. Introdução

O presente trabalho abordara sobre o Plano básico de contabilidade pública, o Plano Básico

de Contabilidade Pública (PBCP) desempenha um papel fundamental na gestão financeira

e patrimonial do Estado, ao estabelecer directrizes para o registo contabilístico dos actos e

fatos relacionados com a execução orçamental, financeira e patrimonial. Visa a

uniformização e sistematização dos procedimentos contabilísticos em todas as Unidades do

Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE), garantindo transparência e

integridade na utilização dos recursos públicos. Sob a responsabilidade da Unidade de

Sistematização do Sistema de Contabilidade Pública, o PBCP é continuamente actualizado

para atender às necessidades de registo e relato, conforme as exigências legais e as

evoluções na gestão pública.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral


 Analisar o Plano básico de contabilidade pública no seu todo.

1.1.2. Objectivos Específicos

 Entender o objectivo do Plano Básico de Contabilidade Pública;


 Descrever a abrangência e competência do Plano Básico de Contabilidade Pública;
 Mencionar as partes integrantes e competência do Plano Básico de Contabilidade
Pública;

 Compreender as partes integrantes do Plano Básico de Contabilidade Pública;


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2. Plano básico de contabilidade pública (PCBP) – Moçambique

2.1. Objectivo Plano básico de contabilidade pública

De acordo com o “Artigo 58 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto”, o Plano Básico da


Contabilidade Pública, tem por objectivo o registo contabilístico, d e forma uniforme e

sistematizada, dos actos e factos relacionados com a execução do Orçamento e da

Administração do Património do Estado.

2.2. Abrangência e competência do Plano básico de contabilidade pública

De acordo com o “Artigo 59 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto”,

a) O Plano Básico de Contabilidade Pública é estruturado para ser adoptado por todas
as Unidades intermédias e Gestoras Executoras do SISTAFE.
b) A Unidade de Supervisão do Subsistema de Contabilidade Pública é responsável
pela sua normalização, competindo-lhe:

 Criar, especificar, desdobrar, detalhar, codificar e extinguir contas;


 Criar e adequar o Plano de Objectos e a Tabela de Operações Contabilísticas de
modo a atender as necessidades de registo pelas Unidades executoras dos actos e

factos relacionadas' com a execução do Orçamento do Estado;

 Emitir instruções sobre a utilização do Plano Básico de Contabilidade Pública,


contendo os procedimentos contabilísticos, pertinentes;

 Proceder aos ajustes do Plano Básico de Contabilidade Pública, sempre que julgado
necessário, observada a estrutura básica de c antas constante d o Anexo II ao

presente Regulamento.

2.3. Demonstrações contabilísticas Plano Básico de Contabilidade Pública

De acordo com o “Artigo 60 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto”,,

a) A estruturação do Plano Básico de Contabilidade Pública em classes e grupos tem


como objectivo a escrituração contabilística e a preparação dos Balanços, Mapas de

Controlo Orçamental e Demonstrações de Resultados, com vista a:

 Visualizar o Património e suas variações;


6

 Padronizar o nível de entradas e saídas de dados das Unidades integrantes do


SISTAFE;
 Possibilitar o uso de um sistema electrónico único de dados para proceder ao
processamento da execução orçamental, financeira e patrimonial.

 A consolidação de Balanços será feita no terceiro nível da estrutura das contas.

2.4. Partes integrantes do Plano Básico de Contabilidade

De acordo com o “Artigo 61 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto no nº 1”, são partes


integrantes do Plano Básico de Contabilidade Publica além de sua estrutura:

a) Lista de Contas;
b) Plano de Objectos; e
c) Tabela de Operações Contabilísticas.

De acordo com o “Artigo 61 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto no nº 2”, o


Desenvolvimento do Plano Básico de Contabilidade Pública é parte integrante do Manual

de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos.

2.4.1. Lista de Contas

2.4.1.1. Contas

Para Sambo, conta em Contabilidade Publica é a relação de contas contabilísticas

adoptadas pela contabilidade pública, organizada de maneira uniforme e sistematizada, a

fim de atender aos registos contabilísticos dos actos e factos relacionados à administração

dos recursos do Estado pelos seus órgãos e instituições.

De acordo com o “Artigo 62 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto no nº 1”, a Conta


corresponde ao título representativo de formação, composição, variação e situação de um

património, bem como dos bens, direitos e obrigações e situações nele não compreendidos,

que directa ou indirectamente possam vir a afectá-lo, exigindo, por isso, controlo

específico.

De acordo com “Artigo 62 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto no nº 2”, as Contas


compreendem seis níveis de desdobramento, classificados e codificados de forma a

evidenciar a classe, grupo, subgrupo, elemento, sub-elemento e item a que pertencem.


7

De acordo com “Artigo 62 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto nº 3”, as Contas podem


ser agrupadas em contas escrituradas e não escrituradas, contas desagregadas e c antas de

redução, donde:

a) As contas escrituradas admitem registos contabilísticos nos níveis 4 a 6 e


nas contas desagregadas;

b) As contas não escrituradas não admitem registos contabilísticos,


compreendendo o somatório dos valores escriturados rios seus

desdobramentos;

c) Para efeitos de escrituração, as contas desagregadas exigem o


desdobramento em objectos, constantes do Plano de Objectos, de modo a

proporcionar urna maior flexibilidade no uso do plano Básico de

Contabilidade Pública por todas as Unidades Intermédias e Gestoras

Executoras do SISTAFE;
d) As contas de redução são aquelas que deduzem o grupo a que pertencem,
sendo a sua natureza contrária às demais do grupo.

2.4.1.2. Estrutura das contas contabilísticas, tipos e natureza

As contas contabilísticas são estruturadas por níveis de desdobramento, classificadas e

codificadas, de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação orçamental,

financeira e patrimonial, compreendendo seis níveis de desdobramento, da seguinte forma:

X. X. X. X. X. XX

1º Nível: Classe
2º Nível: Grupo
3º Nível: Subgrupo
4º Nível: Elemento
5º Nível: Sub-elemento
6º Nível: Item

2.4.1.3. Níveis de desdobramento das contas contabilísticas

O “Artigo 63 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto no nº 1”, diz que de acordo com os


respectivos níveis de desdobramento, as Contas visam facilitar o conhecimento e a análise

da situação orçamental, financeira e patrimonial.


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De acordo com o “Artigo 63 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto no nº 2”, o primeiro


nível representa a classificação máxima na agregação das contas nas seguintes classes:

Patrimoniais Negativas;
1ª. Activo,
6ª. Resultado de Variações
2ª. Passivo;
Patrimoniais Positivas; e
3ª. Despesa;
7ª. Contas de Ordem Activas; e
4ª. Receita;
8ª. Passivas Contas de Ordem.
5ª. Resultado de Variações
De acordo com o “Artigo 63 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto no nº 3”, a
desagregação das contas no seu maior grau constitui a Lista de Contas e deverá obedecer a

estrutura básica de contas estabelecida na alínea d) nº 2 do Artigo 59 do Regulamento do

Sistema de Administração Financeira do Estado – SISTAFE (Decreto n° 23/2004 de 20 de


Agosto)

2.4.1.3.1. Activo

De acordo com o “Artigo 64 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto nos numeros 1, 2, 3 e


4”, o Activo (Classe 1) inclui as contas correspondentes aos bens e direitos, demonstrando

as aplicações de recursos e compreendem os seguintes grupos de contas, dispostas em

ordem decrescente de liquidez:

a) Activo Circulante – compreende as disponibilidades de numerário, os recursos a


receber, bem como outros bens e direitos, pendentes ou em circulação, realizáveis

até ao término do exercício seguinte. Exemplos: caixa, banco, aplicação financeira,

créditos a receber, etc.

b) Activo Realizável a Médio e Longo Prazo – os bens e direitos, normalmente


realizáveis após o término do exercício seguinte. Exemplos: créditos diversos a

receber, dívida activa, etc.

c) Activo Imobilizado – compreende os activos de carácter permanente,


representados pelas imobilizações corpóreas e incorpóreas, bem como as

amortizações e reintegrações acumuladas. Exemplos: Bens móveis, imóveis e

incorpóreos.
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2.4.1.3.2. Passivo

De acordo com o “Artigo 65 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto no numeros 1, 2, 3, 4


e 5”, o Passivo (Classe 2) compreende as contas relativas às obrigações, evidenciando as

origens dos recursos aplicados no Activo, as quais estão dispostas no Plano Básico de

Contabilidade Pública em ordem decrescente de exigibilidade e compreendem os seguintes

grupos:

a) Passivo Circulante – compreende as retenções de curto prazo, as coberturas de


défices de tesouraria, as obrigações a pagar e os valores pendentes, exigíveis até o

término do exercício seguinte;

Exemplos: consignações, obrigações a pagar, descontos da folha de salário

etc.

b) Passivo Exigível a Médio e Longo Prazo – as obrigações exigíveis, normalmente,


após o término do exercício seguinte.

Exemplos: obrigações a pagar, dívida a pagar, etc.

c) Resultado de Exercícios Futuros – compreende as contas representativas de


receitas de exercícios futuros, bem como das despesas a elas correspondentes.

d) Fundos Próprios – representam o património da gestão, reservas de capital e


outras que forem definidas, assim como o resultado acumulado.

Exemplos: Resultado do exercício, reservas, etc.

2.4.1.3.3. Despesa

De acordo com o “Artigo 66 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto nos números 1, 2 e


3”, a Despesa (Classe 3) inclui as contas representativas dos recursos despendidos na

gestão, a serem calculados no apuramento do resultado d o exercício, estando desdobradas

nas seguintes categorias económicas:

a) Despesas Correntes - compreendem as contas desdobradas em transferências e


aplicações directas, despesas com pessoal, bens e serviços, encargos da dívida,

subsídios, outras despesas correntes e exercícios findos;


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b) Despesas de Capital - Compreendem as contas desdobradas em transferências e


aplicações directas, de despesas de capital, operações financeiras e outras despesas

de capital.

Os códigos das contas de despesas iniciam-se com o número 3, sendo que os demais
dígitos correspondem à Classificação Económica da Despesa.

2.4.1.3.4. Receita

De acordo com o “Artigo 67 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto nos números 1, 2 e


3”, a Receita (Classe 4) inclui as contas representativas dos recursos auferidos na gestão, a

serem calculados no apuramento do resultado do exercício, desdobradas nas seguintes

categorias económicas:

a) Receitas Correntes – receitas fiscais, não fiscais, as consignadas e as de donativos.


Exemplos: Imposto sobre o Rendimento de Pessoa Singular, Rendas de Casa,

Taxas de Portagem, Donativos Não consignados à Projectos.

b) Receitas de Capital – receitas de alienação de bens, receitas de donativos e


receitas de fundo de empréstimos. Exemplos: Alienação do Património do Estado,

Donativos em Espécie a Projectos, Fundo de Empréstimos Externos.

Os códigos das contas de receitas iniciam-se com o número 4, sendo que os demais dígitos

correspondem à Classificação Económica da Receita.

2.4.1.3.5. Resultado de variações patrimoniais negativas

De acordo com o “Artigo 58 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto nos nº 1, 2 e 3,”,


Resultado de variações patrimoniais negativas (Classe 5), inclui as contas representativas

das variações negativas da situação líquida e do apuramento do resultado respectivo,

desdobradas nos seguintes grupos:

a) Variações Ordinárias – correspondem à diminuição da situação líquida resultante


da execução das despesas orçamentais, transferências passivas e mutações passivas.

Exemplos: Quota Financeira Concedida, Desincorporação de Activos,


Incorporação de Passivos.
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b) Variações Extraordinárias – correspondem à diminuição da situação líquida,


ocorrida de forma independente da execução orçamental e incluem as contas de

despesas não orçamentais, transferências passivas e decréscimos patrimoniais.

Exemplos: Subsídio de Tesouraria Concedido, Transferência Financeira Concedida


para Pagamento de Despesas por Pagar, Desincorporação de Activos, Incorporação

de Passivos.

2.4.1.3.6. Resultado de variações patrimoniais positivas

De acordo com o “Artigo 69 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto nos nº 1, 2, 3 e 4”, a


classe 6 – Resultado de variações patrimoniais positivas, incluí as contas representativas
das variações positivas da situação líquida e do apuramento do resultado respectivo,

desdobradas nos seguintes grupos:

 Variações Ordinárias – correspondem ao aumento da situação líquida e incluem


as contas de receita orçamental, transferências activas e mutações activas.

Exemplos: Quota Financeira Recebida, Incorporação de Activos, Desincorporação

de Passivos.
 Variações Extraordinárias – correspondem ao aumento da situação líquida do
património, ocorrido de forma independente da execução orçamental e incluem as

contas representativas das receitas não orçamentais, transferências activas e

acréscimos patrimoniais. Exemplos: Subsídio de Tesouraria Recebido,


Transferência Financeira Recebida para Pagamento de Despesas por Pagar,

Incorporação de Activos, Desincorporação de Passivos.

 Resultado Patrimonial – conta transitória utilizada no encerramento do exercício,


para demonstrar o apuramento do resultado patrimonial do exercício, obtido pelo

confronto das variações activas e passivas ocorridas no período,

 O Resultado Patrimonial do Exercício é uma conta transitória utilizada no


encerramento do exercício, para demonstrar o apuramento do resultado patrimonial

do exercício, obtido pelo confronto das variações activas e passivas ocorridas no

período, podendo ser positivo (quando apurado um Superávit) ou negativo (quando

apurado um Déficit).

2.4.1.3.7. Contas de ordem


12

De acordo com o “Artigo 70 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto”,, Classes 7 e 8


compostas por contas de ordem activas e passivas, respectivamente, têm a função primária

de controlo da execução orçamental, financeira e de outros controlos não compreendidos

no património, mas que directa ou indirectamente possam vir a afectá-lo.

2.4.2. Plano de objectos

2.4.2.1. Objecto do Plano de objectos

Para Sambo, o Plano de Objectos consiste numa técnica de codificação do Regulamento do

Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) que permite a utilização


simultânea de uma mesma conta contabilística, com atributos distintos, pelos diversos

usuários do sistema, sem a necessidade de desagregação dos códigos da conta. Os códigos

são detalhados de acordo com as necessidades de desdobramento e individualização dos

actos e factos a serem registados, a fim de permitir a qualificação do registo contabilístico.

De acordo com o “Artigo 71 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto”, Plano de objectos


tem por objectivo,

 As contas de escrituração são desagregadas por um único objecto;


 Os objectos devem ser criados de acordo com as necessidades de desdobramento a
individualização dos actos e factos administrativos a serem registados nas contas

contabilísticas correspondentes.

2.4.2.2. Tabela de operações contabilísticas

2.4.2.2.1. Registo automatizado

De acordo com o “Artigo 72 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto”,,

 A Tabela de Operações Contabilísticas relaciona as codificações dos actos e factos


administrativos, convertendo os mesmos em registos contabilísticos automáticos,

por intermédio das transacções do sistema informático e-SISTAFE.

 As transacções do sistema informático servem-se de uma ou mais operações


contabilísticas para realizar o registo contabilístico dos actos e factos da execução

orçamental, financeira e patrimonial.


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De acordo com Sambo, Tabela de operações contabilísticas Relaciona as codificações de

actos e factos administrativos, convertendo-os em registos contabilísticos automáticos, por

intermédio de transacções do Sistema e-SISTAFE, sendo que as transacções do sistema


servem-se de uma ou mais operações contabilísticas para realizar o registo contabilístico

dos actos e factos da execução orçamental, financeira e patrimonial, como exemplificado

no anexo 4.

2.4.3. Registos contabilísticos


2.4.3.1. Nível de registo

De acordo com o “Artigo 73 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto”, os registos


contabilísticos são efectuados a nível de Unidades Intermédias e Gestoras Executoras dos

Subsistemas do SISTAFE, por exercício económico e pelo classificador orçamental de


Gestão.

2.4.4. Demonstrações contabilísticas

De acordo com Sambo,

“A estrutura do Plano Básico de Contabilidade Pública em classes e grupos


tem como objectivo a escrituração contabilística e a preparação das
Demonstrações Contabilísticas, com a finalidade de visualizar o Património
e suas variações; padronizar o nível de entradas e saídas de dados das
Unidades integrantes do SISTAFE; bem como possibilitar o uso de um
sistema único de dados para proceder ao processamento da execução
orçamental, financeira e patrimonial do Estado”.

Para Sambo, o Governo elabora, no final de cada exercício económico as seguintes


Demonstrações Contabilísticas:

 O Balanço;
 Mapas de Controlo Orçamental;
 Demonstração de Resultados;
 Inventário Contabilístico.

De acordo com o “Artigo 74 do Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto”,

 Os Balanços e as Demonstrações Contabilísticas devem mostrar as posições


individualizadas dos órgãos e instituições do Estado e consolidadas de forma que
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visualizem a organização administrativa das gestões que compõem as finanças

públicas.

 Entende-se por Gestão a parcela do Orçamento e do Património do Estado gerida


por um ou mais órgão ou instituição do Estado que, tendo ou não personalidade

jurídica própria, devam ter demonstrações contabilísticas, acompanhamento e

controlos distintos.
15

 Para o efeito do estabelecido neste Artigo é utilizado o classificador orçamental de


Gestão para o registo, contabilístico no e-SISTAFE.

3. Conclusão

Em jeito de conclusão dizer que o Plano Básico de Contabilidade Pública é uma ferramenta

essencial para a eficiência e transparência na administração dos recursos públicos. Por

meio da padronização dos procedimentos contabilísticos e da constante actualização, o

PBCP contribui para uma gestão financeira mais eficaz, permitindo o registo adequado dos

actos e factos relacionados com a execução do Orçamento do Estado. A responsabilidade


da Unidade de Sistematização do Sistema de Contabilidade Pública assegura a coerência e

a conformidade do plano com a legislação vigente, garantindo a sua relevância e utilidade

na condução das actividades contabilísticos no sector público.


16

4. Referências Bibliográficas

Regulamento do Sistema de Administração Financeira do Estado – SISTAFE, (2004).


Decreto n° 23/2004 de 20 de Agosto. Recuperado da URL
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url=https://feni.i
sutc.ac.mz/isutc/downloadFile/849230998537164/Decreto%2520n23.2004,%2520de252
024%2520de%2520Agosto%2520%2520Regulamento_SISTAFE_.pdf&ved=2ahUKEw
inn5Mme6FAxVrXqQEHY69CX8QFnoECA0QBg&usg=AOvVaw1LFUSZaeEXmBU
cj0mgD9N

Sambo, L., (). Contabilidade Publica aplicada ao e-STAFE.


5. Anexos
ANEXO I: Estrutura das contas do plano básico de contabilidade pública – Moçambique
1. ACTIVO 2. PASSIVO
2.1 Passivo Circulante
2.1.1 Retenções de Curto Prazo
2.1.2 Cobertura de Deficits de Tesouraria
1.1 Activo Circulante
2.1. 3 Obrigações a Pagar
1.1.1 Disponível
2.1.4 Valores Pendentes
1.1.2 Créditos
2.2 Exigível a médio e longo prazo
1.1.3 Materiais
2.2.1 Divida Interna
1.1.4 Bens e Valores Pendentes
2.2.2 Dívida Externa
1.2 Realizável a médio e longo prazo
2.3 Resultados de exercícios futuros
1.2.1 Créditos Realizáveis a M. e L. prazo
2.3.1 Receitas de Exercícios Futuros
1.3 Activo Imobilizado
2.4 Fundos próprios
1.3.1 Corpóreo
2.4.1 Património da gestão
1.3.2 Incorpóreo
2.4.2 Ajustamentos do Capital
1.3.3 Amortizações c Reintegrações
2.4,3 Reservas
2.4.4 Subsídios e Doações
2.4.5 Resultado

3. DESPESAS 4. RECEITAS
3.1 Despesas Correntes
3.1.1 Despesa com Pessoal
3.1.2 Bens e Serviços 4.1 Receitas Correntes
3.1.3 Encargos da Divida 4.1.1 Receita Fiscal
3.1.4 Transferências Correntes 4.l.2 Receita Não Fiscal
3.1.5 Subsídios 4.1.3 Receitas Consignada
3.1.6 Outras Despesas Correntes 4.1.4 Receita de Donativos
3.1. 7 Exercícios Findos 4.2 Receitas de Capital
3-2· Despesas de Capital 4.2.1 Receita de Alienações de Bens
3.2.1 Bens de Capital 4.2.2 Receita de Donativos
3.2.2 Transferências de Capital 4.2.3 Receita de Fundo de Empréstimos
3.2.3 Outras Despesas de Capital
3.2.4 Operações Financeiras
6. RESULTADO DA VARIAÇÃO PATRIMONIAL
5. RESULTADO DA VARIAÇÃO PATRIMONIAL NEGATIVA
POSITIVA
6.1 Resultado Ordinário
5.1 Resultado Ordinário 6.1.1 Receita Orçamental
5.1.1 Despesa Orçamental 6.1.2 Transferências de Bens e Valores Recebidas
5.1.2 Transferências de Bens e Valores Concedidas 6.1.3 Mutações Patrimoniais Activas
5.1.3 Mutações Patrimoniais Passivas 6.2 Resultado Extraordinário
5.2 Resultado Extraordinário 6.2.1 Receita não Orçamental
5.2.1 Despesa Orçamental 6.2.2 Transferências de Bens e Valores Recebidas
5.2.2 Transferências de Bens e Valores Concedidas 6.2.3 Acréscimos Patrimoniais
5.2.3 Decréscimos Patrimoniais 6.3 Resultado Patrimonial
6.3.1 Resultado Apurado

7. CONTAS DE ORDEM ACTIVAS 8. CONTAS DE ORDEM PASSIVAS


7.1 Execução Orçamental da Receita
8.1 Previsão Orçamental da Receita
7.1.1 Realização Orçamental da Receita
8.1.1 Previsão Orçamental - Natureza da Receita
7.2 Fixação Orçamental da Despesa
8.1.2 Previsão Orçamental - Fonte de Recursos
7.2. I Dotação Orçamental
8.2 Execução Orçamental da Despesa
7.2.2 Movimentação de Dotação Orçamental
8.2.1 Disponibilidades de Dotações Orçamentais
7.2.3 Detalhamento de Dotação
8.2.2 Movimentação de Dotação Orçamental
7.2.4 Execução da Despesa
8.2.3 Detalhamento de Dotação
7.3 Execução da Programação Financeira
8.2.4 Execução da Despesa
7.3.1 Quota de Despesa Orçamental
8.3 Execução da Programação Financeira
7.3.2 Disponibilidades Financeiras
8.3.1 Quota de Despesa Orçamental
7.3.9 Outras Programações
8.3.2 Disponibilidades Financeiras
7.4 Execução das Despesas por Pagar
8.3.9 Outras Programações
7.4.1 Inscrição de Despesas por Pagar
8.4 Execução das Despesas por Pagar
7.4.2. Inscrição de Despesas por Pagar de Exercícios Anteriores
8.4.1 Despesas por Pagar Liquidada
7.5 Execução de Acordos e contratos
8.4.2 Despesas por Pagar Paga
7.5.1 Valor Acordado
8.4.9 Despesas por Pagar Canceladas
7.5.2· Acordos e Contratos a Receber
8.5 Direitos e Obrigações Acordadas
7.5.3 Acordos e Contratos a Comprovar
8.5.1 Celebração de Acordos e Contratos
7.5.4 Acordos e Contratos Comprovados
8.9 Outras Contas de Ordem Passivas
7.9 Outras Contas de Ordem Activas
Anexo II: codificação do Plano de objectos

Tipo Detalhe
0 Sem detalhe
1 Número da Nota de Cabimentação;
2 Identificador do Credor/Devedor (BI, ou código identificador);
3 UO + Fonte de Recursos + Classificador Económico da Receita;
4 Ordem de pagamento;
5 Domicílio Bancário (banco + balcão + conta bancária);
6 Identificação do Credor + Nota de Liquidação da Despesa;
7 Célula Orçamental Completa;
8 Classificação Económica da Despesa;
9 Fonte de Recursos;
10 Banco;
11 Unidade Gestora Beneficiária;
12 Célula Orçamental Completa + detalhe da despesa;
13 Número do Acordo;
14 Gestão + UO + UGB + FR + CED;
15 Gestão + UGE + UGB + FR + CED + Mês;
16 Gestão + UGE + UGB + FR + Grupo Agregado de Despesa;
17 Unidade/ Favorecida/Emitente + FR;
18 ANO + Identificação do Responsável;
19 Identificação do Credor + Nota de Liquidação da Despesa + FR;
20 Nota de Liquidação da Despesa + Fonte de Recursos
21 UGB + Identificação do Credor + FR
22 Identificação do Credor + FR
23 Número da Nota de Cabimentação + Número da Nota de Cabimentação Referência
24 UGB + Identificador do Credor/Devedor (BI, ou código identificador);
25 Unidade + Gestão
26 Identificador do Credor/Devedor (BI, ou código identificador) + Número do Processo Administrativo;
27 Unidade/ Gestão/Favorecida/Emitente + FR;
28 UGB
29 UGB + FR
30 UGB + FR + Agregado de Despesa
31 UGB + FR + Programa + CED
32 UGB + Número da Ordem de Pagamento
33 FR + UI STP Receita
34 UO + FR + CER + UI STP Receita
35 UGB + Função + FR + Programa + CED
36 UGB + NUIT + Domicílio Bancário
37 UO + Gestão + FR + CER + UI STP de Despesa + Mês
38 UI STP Despesa + FR
39 UGE
40 Fonte de Recursos + Nota de Cabimentação
41 Identificação do Credor + Nota de Liquidação + Nota de Cabimentação + FR (+4)
42 Domicílio Bancário (Banco + balcão + conta bancária) + Processo Administrativo
43 Unidade/Gestão/Favorecida/Emitente
44 UGE + UGB
45 Célula Orçamental da Despesas Completa + UGE + Mês
46 UGB + Programa + FR + Agregado de Despesa
47 Nota de Liquidação + Nota de Cabimento + FR (+4) + Conta de Retenção
48 Nota de Liquidação + Nota de Cabimento + COD COM CED Desagregada
49 Ordem de Pagamento + Nota de Liquidação + FR (4) + Nota de Cabimentação
50 Célula Orçamental Completa + Mês PF + Período de Desembolso

Anexo III: tabela de operações contabilísticas

Registos Contabilísticos
Operação Contabilística
Débito Crédito
11001 - Previsão Inicial da Receita 7.1.1.1.1.00 – Receita a Realizar Classificada 8.1.1.1.0.00 – Previsão Inicial da Receita
8.2.1.1.0.00 – Dotação Disponível 8.2.1.3.1.00 – Dotação Cabimentada a Liquidar
23001 – Emissão de Cabimento da 8.3.1.4.1.00 – Quota de Limite Orçamental a 8.3.1.4.2.00 – Quota de Limite Orçamental Utilizada
Despesa por via Directa Utilizar
7.2.4.1.1.00 – Emissão de Nota de Cabimento 8.2.4.1.1.01 – Cabimentos a Liquidar por via Directa
Anexo IV: grupos e subgrupos das operações contabilísticas

GRUPOS SUB-GRUPOS
11 – Previsão da Receita
10 – Receita
12 – Execução da Receita
21 – Orçamento da Despesa
22 – Movimento de Dotação
23 – Cabimento da Despesa
20 – Despesa 24 – Liquidação da Despesa por via Directa
25 – Concessão de Adiantamento de Fundos
26 – Prestação de Contas de Adiantamento de Fundos
27 – Liquidação de Despesas por Adiantamento de Fundos
31 – Inscrição de Despesas por Pagar
32 – Pagamento de Despesas por Pagar
30 – Despesas por Pagar
33 – Cancelamento de Despesas por Pagar
34 – Recursos de Despesas por Pagar
41 – Apropriação de Direitos
42 – Liquidação de Direitos
40 – Apropriação e Liquidação de Direitos e Obrigações
43 – Retenção de Obrigações
44 – Liquidação de Obrigações
50 – Acompanhamento de Acordos e Contratos 51 – Acordos e Contratos;
80 – Programação Financeira 81 – Orçamento de Tesouraria
82 – Plano de Tesouraria
83 – Libertação de Recursos
84 – Registos de Quota Livre
90 – Diversos 91 – Desincorporação de Bens Patrimoniais
92 – Movimentação de Bens Patrimoniais
93 – Incorporação de Bens Patrimoniais
94 – Abertura do Exercício
95 – Encerramento de Exercício
96 - Diversos

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