Resenha Cap 7 8 9 - Fase Final

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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS DE

EXTREMA

DIREITO

Alison Thomas da Silva Ferreira - RA: 12887


Geovana Carla da Silva - RA: 12862
Sabrina Silveira Silva - RA: 12769
Samuel de Souza Germano - RA: 12789
Thalisson Pereira dos Santos Costa - RA: 13037
Thayane Cardoso da Fonseca - RA: 12151
Ezequias Corrêa de Matos – RA: 13332

4° FASE DO PROJETO
PROFESSOR: BRUNO BERTOLOTTI

Resenha: Como as democracias morrem.


Capítulos 7, 8 e 9.

EXTREMA-MG
2021
Então, no Capítulo 7, os autores começaram a usar exemplos concretos
para descrever o abandono crescente de regras não escritas, especialmente o
Partido Republicano, que começou a se aprofundar cada vez mais em estados
conservadores do Sul, acentuando enormemente a polarização. Anteriormente,
a composição dos partidos políticos americanos era heterogênea. O Partido
Democrata conservador estava no sul racista e o Norte livre estava progredindo.
O Partido Republicano conservador no Norte estava progredindo no Sul e o Sul
estava progredindo. De acordo com sua interpretação, este sistema
proporcionou um certo grau de melhoria, equilíbrio e proteção.

No Capítulo 8, foca-se nas contínuas violações de Donald Trump da cerca de


proteção do país e as consequências desastrosas que podem ter no futuro da
democracia americana. Lembremos quando Donald Trump venceu as eleições,
em novembro de 2016, tudo indicava que imigrantes ilegais enfrentariam muitas
dificuldades nos Estados Unidos. Mas pouca gente imaginou que as novas
políticas do presidente americano afetariam também estrangeiros que vivem
legalmente no país. Onde ainda na campanha, Trump falava em construir um
muro na fronteira com o México e em deportar milhares de pessoas em situação
irregular. Mas, desde que ele assumiu a Casa Branca, estrangeiros passaram a
temer também a possibilidade de perder direitos adquiridos e até mesmo o visto
que lhes permite morar, estudar ou trabalhar nos EUA. Esse receio tem motivado
muita gente a entrar com o processo para conseguir o green card (visto de
moradia permanente) e, se têm direito, a pedir a nacionalidade americana.

No Brasil, por exemplo, O presidente Jair Bolsonaro disse que entende a política
dos Estados Unidos de deportação de brasileiros que entraram no país norte-
americano sem documentação. De acordo com ele, todas as nações têm
políticas que devem ser respeitadas. “O que eu falar aqui vai dar polêmica: Eu
acho que em qualquer país, as suas leis têm que ser respeitadas. Qualquer país
do mundo onde pessoas estão lá de forma clandestina é um direito daquele
chefe de Estado, usando da lei, devolver esses nacionais”, disse Bolsonaro.

O capítulo 9, "Salvando a democracia", primeiro reconhece mais uma vez que


as exceções democráticas americanas estão enraizadas na exclusão racial e as
tentativas de superá-la no século 20 levarão à polarização e ataques a bares. O
dia de hoje vai ameaçar a democracia do país. Talvez tenham tentado usar um
tom mais otimista e depois voltaram a listar alguns países do mundo em que a
democracia seria fortalecida ou pelo menos ainda totalmente preservada.
Segundo eles, esses países ainda são "enormes". Maioria ”, embora a lista
listada pareça duvidosa, porque inclui o Brasil e o país onde a democracia ainda
está“ intacta ”(p. 195). Mas o Brasil é o quarto país que mais se afastou da
democracia em 2020 em um ranking de 202 países analisados. A conclusão é
do relatório Variações da Democracia (V-Dem), do instituto de mesmo nome
ligado à Universidade de Gotemburgo, na Suécia. Segundo os pesquisadores,
os processos de Índia, Turquia e Brasil, apesar de estarem em estágios
diferentes, seguem um mesmo roteiro. "Primeiro, um ataque à mídia e à
sociedade civil, depois o incentivo à polarização da sociedade, desrespeitando
os opositores e espalhando informações falsas, para então minar as instituições
formais", diz o relatório.
"Estamos muito preocupados porque percebemos que Bolsonaro tem dado
claros sinais que condizem com os padrões de comportamento de outros líderes
autocráticos que vimos atuar antes, como Viktor Orban. São movimentos
preocupantes para a sobrevivência da democracia brasileira", afirma Lindberg.

O sistema de voto eletrônico, como o usado no Brasil, tem se mostrado seguro


e confiável. Bolsonaro, no entanto, tem feito uma campanha pelo voto impresso
no Brasil e dito que o país pode repetir a história das últimas eleições
americanas, quando Trump alegou fraude sem provas, se não mudar o sistema
eleitoral.

A administração de Trump foi a menos pró-democrática desde a de Nixon. Além


disso, os Estados Unidos não são mais um modelo de democracia. Um país em
que presidente ataca a imprensa, ameaça pôr sua rival na cadeia e declara que
pode não aceitar o resultado da eleição não pode defender a democracia de
maneira crível, o que nos traz semelhança ao presidente da república do Brasil,
em que essas características se aplicam, como citado nas fases passadas em
nossos textos críticos. Autocratas estabelecidos e autocratas em potencial se
sentiram ambos provavelmente encorajados com Trump na Casa Branca. Assim,
mesmo que a ideia de uma recessão global da democracia fosse um grande mito
antes de 2016, a presidência de Trump, junto com a crise da União Europeia, a
ascensão da China e a agressividade crescente da Rússia, pode ajudar a fazer
dela uma realidade.

Mesmo que o livro tenha sido publicado em 2018 e, portanto, os autores não
tenham podido considerar os efeitos trazidos pela presidência do claramente
autocrático Jair Bolsonaro, é imperdoável para pesquisadores do quilate dos dois
autores considerar que o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, o qual se
utilizou eminentemente das táticas de jogo duro constitucional por eles apontada
no Capítulo 5, não tenha sequer arranhado nossa democracia. Levitsky e Ziblatt,
então, passam a conjecturar três possíveis cenários para os EUA pós-Trump:
um cenário otimista e considerado improvável, em que os esforços autoritários
do presidente são plenamente derrotados e restaura-se a democracia com todas
as suas grades de proteção e respeito às regras não escritas; um outro cenário
pessimista, considerado por eles como possível, mas ainda não tão provável em
que Trump triunfa plenamente e mata de vez o que resta de democracia no país;
e uma terceira possibilidade, que consideram a mais provável no futuro imediato,
em que a democracia dos EUA passa a viver sem as regras de contenção e com
efeitos perigosos e imprevisíveis no longo prazo. Os autores terminam o capítulo
e o livro tentando apontar caminhos para a restauração democrática e insistem
na reconstrução da tolerância mútua e na reserva institucional como parte
fundamental dos mesmos, apresentando como casos de sucesso a reconstrução
da direita alemã no pós-Guerra e a ampla coalizão chilena da Concertação que
teria permitido o regresso do país à democracia após a ditadura pinochetista.

Alguns dos problemas clássicos na democracia brasileira: as fontes e os limites


do poder, a definição de quem manda, o lugar da soberania popular, a definição
de quem é o "povo" a que o reconhecimento do princípio da soberania faz
referência e as condições que autorizam se, quando e como essas definições
podem mudar (questão de constitucionalismo). Por outras palavras, os
processos de transição política conduzem ao estabelecimento das normas que
determinam, no quadro de padrões de interação política consensualmente
aceitos, as próprias regras que definem como esses padrões podem mudar.
Na democracia brasileira há dilemas para serem resolvidos, que carregam uma
história gigante, há muito tempo, como a grande concentração de riquezas dos
partidos, onde tem origem em privilégios concedidos por governos como:
isenção fiscal, baixa tributação e afins.
Vários dos trabalhadores quanto mais concentração de riqueza e concentração
de renda você tem, menos, digam assim democracia social e política, você vai
ter a democracia social no sentido de que a desigualdade os pontos de partida
passam a ser muito desiguais, então exemplo, filho de uma pessoa de um
bilionário ele tem condições de educação, de saúde e transporte, todas as
condições superiores aquele filho de uma pessoa pobre, de um empregado.
Há algumas soluções efetivas para combater a concentração de renda e reduzir
os prejuízos que ela provoca, aumentar os impostos dos mais ricos para aliviar
a tributação dos mais pobres é uma delas outra é aplicar uma tributação
progressiva sobre heranças de grandes fortunas. O Brasil é um país hoje que
quem paga mais imposto Xbox porque as pessoas que estão no topo que são
“super ricas”, falando da classe média, esses “super ricos” pagam menos
impostos, na realidade essa combinação de serviços públicos, previdência
pública, assistência social progressiva é a melhor medida que nós conhecemos
dentro do capitalismo para reduzir a distribuir a concentração de renda e a
concentração de riqueza.
Falta de valor no voto popular também é um dos vários dilemas, fazendo uma
contextualização histórica, os direitos políticos surgem no momento em que a
soberania popular toma o lugar da monarquia absolutista, quando o povo,
tomando consciência de sua importância e força e assume seu próprio futuro.
Soberania popular significa que a titularidade do poder pertence aos cidadãos.
John Locke dizia que o governo não deveria pertencer ao príncipe, mas ao povo,
que seria, na verdade, o único soberano. Com a Revolução Francesa, essa ideia
disseminou-se pelo mundo, passando em muitos países, a ser o povo o
soberano em lugar do rei. No sistema facultativo, o voto é visto como um dever
político-social, que se não exercido, não pode ser sancionável, mas através dele
em que um “representante” é escolhido, por votos, votos são pessoas, e essas
pessoas não são valorizadas, econômica e politicamente falando.
A democracia, no capitalismo, cada vez mais se torna um jogo decidido antes da
entrada dos times em campo, em gabinetes distantes das cabines de votação.
O projeto de poder dessa burocracia estatal representada pelo Ministério Público
e Judiciário é a porta de entrada para um sistema de justiça estruturado sobre o
arbítrio e o abuso de poder em que a política é cada vez mais relegada às
páginas policiais, esvaindo-se como areia das mãos de cada eleitor e eleitora. A
democracia, no capitalismo, cada vez mais se torna um jogo decidido antes da
entrada dos times em campo, em gabinetes distantes das cabines de votação.
O projeto de poder dessa burocracia estatal representada pelo Ministério Público
e Judiciário é a porta de entrada para um sistema de justiça estruturado sobre o
arbítrio e o abuso de poder em que a política é cada vez mais relegada às
páginas policiais, esvaindo-se como areia das mãos de cada eleitor e eleitora.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://revistacult.uol.com.br/home/dilemas-democracia/
https://alexismadrigal.jusbrasil.com.br/artigos/474890287/voto-no-brasil-
democracia-ou-obrigatoriedade

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