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SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR IV

A lógica da produtividade técnica do brincar

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINTA


CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FISICA

EQUIPE :

Bazílio Custódio Neto


Gláuber Linhares Rodrigues Maia
Laisa Cristina dos Santos Araújo
Leonardo Dantas Gomes

São Bento-PB
Novembro, 2019
INTRODUÇÃO
Desde criança aprendemos a compartilhar
experiências e a promover pequenas
disputas, o brincar atua em várias
instâncias de nossa vida, e sua prática é
comum em qualquer comunidade. “O
brinquedo e o brincar são encarados
enquanto movimento de Iibertação da
criança. Na medida em que possibilitam à
criança "re"-inventar seu mundo”.
(BENJAMIN , 1984, p. 153).
DESENVOLVIMENTO

Muitas vezes o contato com o


brinquedo pode transmitir uma
identidade cultural muito forte, pois o
processo de criação do mesmo pode
envolver um legado histórico cultural
muito rico e simbólico. Hoje vivemos
em uma sociedade capitalista, em
que o consumismo exacerbado
esconde valores morais e midiáticos.
Nossos antepassados valorizavam o brincar e o
brinquedo, pois muitas vezes eram os pais com os
seus filhos que fabricavam os objetos que eles iam
utilizar como passa tempo e diversão. Dessa forma,
tais objetos tinham um valor cultural, pois eles davam
muito importância ao processo de criação.
Atualmente com o acelerado crescimento tecnológico,
“perdeu-se” o gosto e o prazer da criação. A facilidade
com que as crianças adquirem seus brinquedos não
oportuniza o gosto de buscar o contato com a
criação. Muitas vezes o que é criado é jogado fora,
pois não possui a mesma beleza do que é produzido
pelas grandes empresas de brinquedos.
De acordo com Huizinga (1996) a criança não
joga para adquirir conhecimento ou
desenvolver qualquer habilidade mental ou
física. a criança joga buscando o lúdico.
Seguindo essa linha de raciocínio, temos no
jogo de bolinhas de gude pouco de lúdico, onde
as crianças se reúnem para jogar, ou em
pequenos grupos formando pares, ou de forma
individual, um contra um. dessa forma travam
disputas entre si. Nesse tipo de jogo não
prevalece qualquer habilidade mental ou física,
a técnica e o gosto pela vitória vão proporcionar
o divertimento e a emoção da conquista.
Além do jogo de bolinha de gude, também
temos a brincadeira das “cinco-marias”. Essa
brincadeira tem origem em um costume da
grécia antiga. Quando queriam consultar os
deuses ou tirar a sorte, os homens jogavam
ossinhos da pata de carneiro (astrágalos) e
observavam como caíam.
Com o tempo, os ossinhos foram substituídos
por pedrinhas, sementes e pedaços de telha
até chegar aos saquinhos de tecido
recheados com areia, grãos ou sementes.
Diferentemente da brincadeira, no
jogo nem sempre as crianças saem
com o mesmo sentimento, por se
tratar quase sempre de uma disputa,
pode não causar tanto prazer já que
quase sempre vai ter um derrotado,
causando assim, situações
dolorosas e fazendo nascer um
sentimento de disputa e revanche.
Bibliografia

BENJAMIN. Walter. A criança, o brinquedo e


a educação. Trad. Marcos Vinícius Mazzari.
São Paulo, Summus, 1984.
HUIZINGA, J. Homo ludens. O jogo como
elemento da cultura. 4. ed. São Paulo:
Perspectiva, 1996.
Obrigado pela atenção!

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