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Alimentação da Criança Doente

Moderadora: Helena Pepe


Orientador: Dr Hector Toledo
Sumário
Introdução
Lábio leporino
Paralisia cerebral infantil
Criança exposta
Contra indicações da Amamentação
Lactância artificial
Mal nutrição por excesso
Mal nutrição por defeito
Criança com Cardiopatia
Criança com Insuficiência Renal
Criança com Diabetes
Introduçã o
Todas as infecçõ es, ainda que seja leve diminui a
ingestã o de nutrientes e aumentam as perdas de
nutrientes, mesmo quando subclínicas.
Uma alimentaçã o infantil adequada compreende a
prá tica do aleitamento Materno e a introduçã o, em
tempo oportuno, de alimentos apropriados que
complementam o leite materno.
Cont…
A criança doente deve ser incentivada a se
alimentar. Nã o existe indicaçã o de restringir a
ingestã o de alimentos pelo fato da criança
encontrar-se doente. É claro que a anorexia é um
factor limitante, cujos efeitos podem ser
minimizados oferecendo, com frequência, os
alimentos predilectos da criança.
Lábio leporino
Cuidados a ter na alimentação
Manter a criança em posição semi-sentada ao
oferecer alimentos;
 -Fazer pausas durante as mamada para que a criança
eructe;
-Não se deve evitar o lado da fissura, e sim
proporcionar estímulos através do contato com o bico
do seio ou da mamadeira para exercitar a musculatura
afetada;
 -Após as mamadas, colocar a criança em decúbito
lateral, diminuindo assim o risco de asfixia
Sonda nasogastrica
As indicações
 dificuldade em atingir o volume de leite necessário
por via oral, para efectivo ganho ponderal;
falência em estabelecer adequado ganho de peso e
crescimento quando as demais alternativas já se
esgotaram;
 risco evidente de aspiração ao alimentar a criança;
padrão de sucção e de deglutição
prejudicados/desorganizados.
Paralisia cerebral infantil
A alimentação em crianças com Paralisia Cerebral é
deficiente e de difícil manipulação, decorrente dos
próprios problemas neurológicos associados a essa
patologia. O manejo dietético e não-dietético são
necessários para otimizar a alimentação e nutrição
desses pacientes, procurando melhorar seu estado
nutricional.
Porém, não existem métodos de avaliação nutricional
validados e específicos para essa população, o que
dificulta o manejo clínico.
Na PC é muito frequente a existência de problemas de
mastigação e/ou deglutição. Nestas situações é
necessário proceder-se a adaptações na textura dos
alimentos, triturando-os ou passando-os para que
estes adquiram uma consistência de fácil ingestão.
Sonda Nasogastrica
se
se aa criança
criança tiver
tiver baixo
baixo peso
peso

AA solução
solução passa
passa por
por aumentar
aumentar oo número
número de
de refeições
refeições ee aa densidade
densidade
calórica das mesmas mas, nem sempre estas medidas são
suficientes para resolver o problema e poderá recorrer-se a
suplementos.

Em
Em casos
casos muito
muito graves
graves em
em que
que aa alimentação
alimentação oral
oral ee aa suplementação,
suplementação,
por si só, não são capazes de assegurar necessidades nutricionais,
poderá equacionar-se a colocação de uma sonda nasogástrica
Cá lculo das necessidades hídricas e
caló ricas
Holliday e Segar
1-10kg: 4ml/kg/hora
11-20kg: 2 ml/kg/hora
>21 kg: 1ml/kg/hora

1 á 10 kg -100ml/kg
11 á 20 kg -50 ml por cada kg extra
>21 kg - 20 ml por cada kg extra
CRIANÇA EXPOSTA

Criança exposta – aquela que apresenta risco de vida


ou de contrair alguma enfermidade através da
amamentação.
CONTRAINDICAÇÕES DA AMAMENTAÇÃO
Doenças infecciosas transmissíveis pelo leite materno
como VIH (salvo em países pobres), assim como
situações que exigem suspender temporáriamente
como: Tuberculose na fase activa, herpes simples ou
varicela zoster, hepatite c, lesão na mama.

Doenças maternas muito graves (cardiopatias ou


disfunção renal ou hepáticas).
Doenças psiquiátricas graves com risco para a criança.
-Necessidade de uso de drogas incompativeis com a
amamentação (bromocriptina, ergotamina, cocaína,
anfetamina, heroína, marijuana, etc.)
 -Enfermidades malignas ou crónicas graves.
LACTANCIA ARTIFICIAL
ALIMENTAÇÃO DO LACTENTE PRIVADO DO
LEITE MATERNO
TIPOS DE LEITE:
-NAN 1 (0 a 6 meses)
-NAN 2 (6 a 12 meses)
-NAN 3 (6 a 12 meses)


Nutribén Natal (0 a 6 meses)


Nutribén Continuação (6 a 12 meses)


Nutribén Crescimento (> 12 meses)
TABELA DE ALIMENTAÇÃO
Quantidade Quantidade Nº de
/refeição /refeição refeições/dia
Idade do bebé Água ( ml ) Nº de colheres- Leite Artificial
medida
1ª e 2ª Semana 90 3 6
3ª e 4ª Semana 120 4 5
2º Mês 150 5 5
3 e 4º Mês 180 6 5
5º e 6º Mês 210 7 5
Mal nutrição por excesso
Obesidade é o excesso de gordura no organismo,
causando basicamente pela ingestão energetica de
alimentos maior do que o gasto calórico nas
actividades diárias
IMC: é o peso em Kg divido pelo quadrado da altura
em metros
-Sobrepeso: quando situa-se no percentil 85 para
idade e sexo
-Obesidade : quando está acima do percentil 95
Reeducação alimentar
Suporte emocional, motivação
Aumento das actividades físicas
Restrição das actividades sendentárias
Controle ,vigilância e ajuste
1-verduras,saladas, sopas com legumes, abobora…
( Verde)
2- arroz, feijão, macarrão, biscoitos comuns, batata
cozida ou assada, ovos, frutas, carnes magras
grelhadas , peixe e presunto de peru…(Amarelo)
3- doces, bolos, refrigerantes, chocolates,
hamburgér ,batata frita, manteiga, pizza …(vermelho)
Mal nutrição por defeito
 Kwashiorkor é uma desnutrição energético-proteica
caracterizada por edema, lesões na pele, raridade
capilar, tecido celular subcutâneo ainda presente,
frequentemente diarreia.
O Marasmo é desnutrição energético-proteica de 3º
grau caracterizada por desaparecimento do tecido
subcutâneo, O aspecto físico é de quem consumiu
todas ou quase todas as suas reservas musculares e
de gordura (emagrecimento "seco"). 
É uma criança com baixa atividade, pequena para a
idade, com membros delgados, costelas
proeminentes, pele solta e enrugada na região das
nádegas. Está sempre irritada, com choro forte e
contínuo, além do apetite variável, pois passa a
apresentar anorexia e prostração. 
tratamento
1º fase Estabilização
Os sinais clínicos da desnutrição mascaram os sinais
cutâneos da desidratação: falta de gordura
subcutânea para se avaliar o turgor da pele.
Corrigir distúrbios hidroeletrolíticos, acidobásicos e
metabólicos. Durante de 1 a 7 dias.
2º fase Reabilitação
Dieta balanceada – diminuir as perdas diarréicas,
adaptando a uma dieta tolerável as alterações
intestinais presentes. Dura 1 a 2 semanas

3º fase Manutenção


fornecimento de dietas hipercalóricas para
recuperação do peso. Dura de 2 a 4 semanas.
Criança com Cardiopatia
A alimentação destas crianças devem estar presentes
todos os alimentos contituintes da piramede
alimentar. Mas, devemos prestar atenção aos
seguintes aspectos:
Doseamento da ingestão de alimentos ricos em sódio,
glicose, gordura saturada, carnes vermelhas.
Evitar alimentos muitos calóricos
Pauta Alimentar
Cardioprotec Micronutrien Vitamina B6 Sódio Carboidrato
tores tes
Alho, aveia, Cereja, amora, Vegetais Macarrão Massa, pão,
sardinha, uva, morango verdes, atum, instantâneo, maisena
linhaça leite biscoito
Abacate, Grão, semente Batata, Batata palha, Chocolate,
tomate banana, linguiça bolos
Soja cereais castanhas Fígado, alho Refrigerantes Biscoitos
Vinho tinto, Frutas cítricas Pão integral Comidas Gelados
sumo uva congeladas
Criança com Insuficiência Renal
A enfermidade renal crónica é um processo
fisiopatológico de etiologia diversa, cuja consequência
é a perda inevitável do numero e funcionamento de
néfrons.
Suporte nutricional na IRC
Para alcançar, o tratamento deve ir dirigido as seguintes
metas:
 1.Manter um balance nitrogenado positivo, para não
condicionar uma situação de hiperfiltração renal.
2.Garantir um fornecimento suficiente de energia,
macro e micronutrientes com um control rigoroso na
entrada de proteínas, fósforo, sódio e lípidos.
3.Evitar o aumento precoce na concentração sérica da
parathormona PTH.
 4.Minimizar os efeitos secundários do tratamento e
as complicações da própria enfermidade renal, como:
a hipertensão, a dislipidemia, e a proteinuria,
situações que necessitam um componente dietético
em seu tratamento.
Alimentos que devem ser controlados
Potássio Fósforo Proteínas Agua e sal Dicas
Abacate, Peixes Carne, peixe, Sal, alimentos Comer proteínas
banana, laranja, enlatados, ovos, leite e enlatados, somente no
kiwi carnes seus derivados comida almoço ou janta
defumadas congelada

Batata, Bacon, Molho de soja, Comer fruta


mandioca, toucinho, gema molho inglês sempre cozida
cenoura de ovo,

Feijão, lentilha, Leite e Salgadinhos de Preferir sempre


milho, soja, derivados pacote, batata alimentos
frita caseiros

Trigo, arroz, Feijão, lentilha, Bolacha de agua Evitar o uso de


aveia milho e sal microondas

Biscoito, cereais Soja e derivados Fast food Panela de


pressão
Chocolate, Cerveja, Sopas em pó ou Descascar frutas
caldos, molho refrigerante, enlatadas e legumes
de tomate chocolate
Na criança Diabética
O plano alimentar para criança diabética deve atender

as necessidades individuas de calorias e nutrientes


para garantir melhor o controle da glicemia e evitar as
complicações que possam estar relacionadas a
alimentação, como excesso de peso etc.
Os pacientes com esquemas de doses fixas de insulina

precisam se acostumar a consumir aproximadamente


a mesma quantidade de carboidratos em cada uma
das 3 refeições básicas e dos 3 lanches intermediários
Referencias bibliograficas
1. Stettler N, Bhatia J, Parish A et al. Alimentando lactentes,
Crianças e adolescentes Saudáveis. In Nelson Tratado de
Pediatria. Elsevier 5ª Ed. 2014: 160-167.

2. Martin SV, Vasallo AG. Nutrición y dietética. In Temas de


Pediatría, La Habana/2006: 41-51.

3. www.rgnutri.com.br/sqv/patologias/onic.php
4. Fonte paralises, L.´MC WILLIAMS, B. J. Simplified felder
witheleth eleft palate.Pediatrics, v.53,n.4p.566 568
Obrigada

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